(Recebido via e-mail - Francisco João)
O PRÓXIMO ESCÂNDALO que irá REBENTAR! O que é que querem esconder? MAIS CORRUPÇÃO ainda? Depois de terem vendido ao desbarato o “PATRIMÓNIO IMATERIAL de PORTUGAL” do qual a Língua Portuguesa faz parte.
Faço minhas as palavras de Teresa Araújo Costa:
«Eu sempre disse e insisto: aqui há gato... Grandes trafulhices foram feitas e é por isso que o PS está tão renitente em aceitar críticas ou em pôr em causa o Acordo. Têm medo de qualquer coisa, que se saiba qualquer coisa.
Terá havido corrupção também neste caso?
Devia ser investigado todo este processo obscuro. Não é normal esta teimosia. Estão a esconder qualquer coisa...»
Origem da imagem: https://www.facebook.com/TradutoresContraAO90/photos/pb.199515723483437.-2207520000.1493213371./1124382404330093/?type=3&theater
Texto de Nuno Pacheco
«Nem Guiné-Bissau nem Timor-Leste ratificaram o Acordo Ortográfico de 1990
Dos oito países da CPLP que negociaram o AO90, afinal apenas metade o ratificou. Falta Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Nem a Guiné-Bissau nem Timor-Leste fizeram o depósito dos instrumentos de ratificação do Acordo Ortográfico de 1990 junto do Estado português, pelo que, dos oito subscritores iniciais apenas quatro o validaram oficialmente. A revelação é do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em carta enviada ao gabinete do Secretário de Estados dos Assuntos Parlamentares, em resposta a uma petição solicitando “a desvinculação de Portugal do Tratado e Protocolos Modificativos ao Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) e a revogação da Resolução do Conselho de Ministro n.º 8/2011.” Esta petição, recorde-se, foi entregue oficialmente na Assembleia da República em 9 de Março deste ano e subscrevem-na mais de duzentas figuras públicas.
A carta do MNE diz que o AO90, enquanto “convenção internacional”, “encontra-se em vigor para Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe”, deixando claro que apenas estes quatro países fizeram o depósito dos instrumentos de ratificação junto do Estado português (o depositário da convenção). Angola e Moçambique são omissos na carta, enquanto se diz que na Guiné-Bissau e em Timor-Leste “terminaram os respectivos processos internos de aprovação” (não se explicando em que termos), embora sem ter sido feito o depósito. “Nesse sentido”, lê-se na carta, “não está concluído o processo de vinculação daqueles Estados no plano internacional; estes não poderão, assim, em bom rigor, ser considerados Partes no Acordo Ortográfico, mas somente ‘Estados Contratantes’”. Ivo Barroso, um dos peticionários, que divulgou a carta do MNE à imprensa, diz que isto “revela a opacidade de todo este procedimento”. Afinal, diz, o AO90 e o 1.º e 2.º Protocolos Modificativos “têm, em rigor, não 6 Estados Parte, mas sim apenas 4 Estados (Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), isto num universo total de 8 Estados.” Já Artur Anselmo, presidente da Academia de Ciências, mostrou-se admirado quando confrontado pelo PÚBLICO com esta revelação do MNE. “É a confissão de que realmente as coisas estão difíceis. Só com quatro acho muito pouco, realmente. É muito estranho.”
Recorde-se que o principal promotor do AO90, José Malaca Casteleiro, afirmara em Fevereiro passado ao Observador que Angola é “praticamente, é o único país em que [o AO] está parado.” E responsáveis governamentais têm passado a ideia de que só faltaria Angola e Moçambique ratificarem o AO90 para que este fosse finalmente uma realidade nos oito países subscritores.
Retirada ou denúncia
Na carta do MNE, que reafirma que “a legitimidade dos Protocolos Modificativos do Acordo ortográfico não pode ser questionada” (por terem sido aprovados, em 1998 e 2005, por “mútuo acordo de todos os Estados que participaram na negociação” do AO), colocam-se, em resposta aos peticionários, hipóteses de desvinculação, que seria regida pela Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados. Assim, segundo o MNE, a retirada do AO90 “poderá ter lugar mediante o consentimento de todos os Estados Partes (unanimidade) e a consulta dos estados Contratantes” (os que não concluíram a vinculação, neste momento 4 em 8); a denúncia (“um recesso não-consensual”) implicaria “um aviso prévio de 12 meses”; por fim, a suspensão do AO “por tempo indeterminado” é também admissível pela Convenção de Viena, mas “também dependerá do consentimento de todas a Partes e da consulta dos Outros Contratantes.”
Tudo isto são meras hipóteses, já que o MNE insiste, no final da carta, que o AO “está em plena aplicação” e “Portugal tem sempre cumprido com as suas obrigações internacionais.” Portanto, continuará.
Prosseguem, entretanto, iniciativas com vista a uma possível revisão ou mesmo anulação do AO90. No Parlamento, continuam audições num grupo de trabalho criado neste âmbito; na Academia das Ciências, Artur Anselmo diz que a “ideia de que aquilo é intocável é absurda” e tem notado alguma “descompressão” na abordagem do tema com responsáveis do governo; na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Anfiteatro 1) vai realizar-se dia 3 de Maio, das 16h às 20h, o 3.º Fórum Pela Língua Portuguesa, Não ao “Acordo Ortográfico” de 1990!; e, em Luanda, o Jornal de Angola continua a publicar uma série de artigos críticos do AO, assinados por Filipe Zau, professor e compositor angolano, investigador em ciências da educação.»
Fonte do texto:
Origem da foto:
Hoje, ouvi o ministro da Saúde dizer no telejornal que as vacinas não são obrigatórias, porque soa a ditadura (mais ou menos isto).
E então a obrigatoriedade nas escolas, da aplicação de uma ortografia mutilada, estrangeirada, inculta e idiota, que dá pelo nome de AO90, com a agravante da penalização para os alunos que escrevam correCtamente a sua Língua Materna, não soa a ditadura????
***
E a FENPROF (Federação Nacional de Professores)?
Quado lhes mexem nos bolsos ou nas carreiras, mexem-se eles nas ruas.
Agora, quando se trata de defender o instrumento maior do Ensino: a Língua Portuguesa, com que devem comunicar todos os saberes aos alunos, isso já não interessa.
Também, com um secretário-geral desta estrutura sindical a bandear-se para o lado dos predadores da Língua, tudo é possível!
Que vergonha de país!
Que vergonha de governantes!
Que vergonha de professores interesseiros!
Tudo isto é repugnante.
Isabel A. Ferreira
Um excelente texto, escrito em bom Português, para reflectirmos o actual estado do País, através da actual comunicação social (com dignas excepções), vendida ao poder político, numa total e vergonhosa vassalagem.
Informa-se apenas o que interessa aos governantes, aos políticos, aos partidos; fala-se incorrectamente, e legenda-se ainda pior, ou seja, numa mixórdia ortográfica, arrastada pelo AO90, mas não só...
Faço totalmente minhas, todas as palavras de António Barreto.
António Barreto (Sociólogo português)
(Origem da imagem: Internet)
Os directos excitantes, sem matéria de excitação, são a jóia de qualquer serviço. Por tudo e nada, sai um directo
É simplesmente desmoralizante. Ver e ouvir os serviços de notícias das três ou quatro estações de televisão é pena capital. A banalidade reina. O lugar-comum impera. A linguagem é automática.
A preguiça é virtude. O tosco é arte.
A brutalidade passa por emoção. A vulgaridade é sinal de verdade. A boçalidade é prova do que é genuíno. A submissão ao poder e aos partidos é democracia. A falta de cultura e de inteligência é isenção profissional.
Os serviços de notícias de uma hora ou hora e meia, às vezes duas, quase únicos no mundo, são assim porque não se pode gastar dinheiro, não se quer ou não se sabe trabalhar na redacção, porque não há quem estude nem quem pense.
Os alinhamentos são idênticos de canal para canal. Quem marca a agenda dos noticiários são os partidos, os ministros e os treinadores de futebol. Quem estabelece os horários são as conferências de imprensa, as inaugurações, as visitas de ministros e os jogadores de futebol.
Os directos excitantes, sem matéria de excitação, são a jóia de qualquer serviço. Por tudo e nada, sai um directo. Figurão no aeroporto, comboio atrasado, treinador de futebol maldisposto, incêndio numa floresta, assassinato de criança e acidente com camião: sai um directo, com jornalista aprendiza a falar como se estivesse no meio da guerra civil, a fim de dar emoção e fazer humano.
Jornalistas em directo gaguejam palavreado sobre qualquer assunto: importante e humano é o directo, não editado, não pensado, não trabalhado, inculto, mal dito, mal soletrado, mal organizado, inútil, vago e vazio, mas sempre dito de um só fôlego para dar emoção! Repetem-se quilómetros de filme e horas de conversa tosca sobre incêndios de florestas e futebol. É o reino da preguiça e da estupidez.
É absoluto o desprezo por tudo quanto é estrangeiro, a não ser que haja muitos mortos e algum terrorismo pelo caminho. As questões políticas internacionais quase não existem ou são despejadas no fim. Outras, incluindo científicas e artísticas, são esquecidas. Quase não há comentadores isentos, ou especialistas competentes, mas há partidários fixos e políticos no activo, autarcas, deputados, o que for, incluindo políticos na reserva, políticos na espera e candidatos a qualquer coisa!
Cultura? Será o ministro da dita. Ciência? Vai ser o secretário de Estado respectivo.
Arte? Um director-geral chega. Repetem-se as cenas pungentes, com lágrima de mãe, choro de criança, esgares de pai e tremores de voz de toda a gente. Não há respeito pela privacidade. Não há decoro nem pudor. Tudo em nome da informação em directo. Tudo supostamente por uma informação humanizada, quando o que se faz é puramente selvagem e predador. Assassinatos de familiares, raptos de crianças e mulheres, infanticídios, uxoricídios e outros homicídios ocupam horas de serviços.
A falta de critério profissional, inteligente e culto é proverbial.
Qualquer tema importante, assunto de relevo ou notícia interessante pode ser interrompido por um treinador que fala, um jogador que chega, um futebolista que rosna ou um adepto que divaga.
Procuram-se presidentes e ministros nos corredores dos palácios, à entrada de tascas, à saída de reuniões e à porta de inaugurações. Dá-se a palavra passivamente a tudo quanto parece ter poder, ministro de preferência, responsável partidário a seguir. Os partidos fazem as notícias, quase as lêem e comentam-nas. Um pequeno partido de menos de 10% comanda canais e serviços de notícias.
A concepção do pluralismo é de uma total indigência: se uma notícia for comentada por cinco ou seis representantes dos partidos, há pluralismo! O mesmo pode repetir-se três ou quatro vezes no mesmo serviço de notícias! É o pluralismo dos papagaios no seu melhor!
Uma consolação: nisto, governos e partidos parecem-se uns com os outros. Como os canais de televisão.
Origem do texto:
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/as-noticias-na-televisao-5407534.html
Uma reflexão sobre a ignorância e os ignorantes militantes, ou seja, aqueles que, apesar de toda a informação, optam por continuar ignorantes.
Por isso, o AO90 mantém-se pendurado por um fio de aranha, sobre um abismo…
Origem da foto: Internet
Consta que são bastantes, os ignorantes, os indiferentes, os invejosos, os mesquinhos, os desconfiados, os medrosos, os corruptos e os interesseiros, que desconhecem o sentido da cidadania, logo, não a exercem. E, por isso, permitem que o país seja malgovernado, abandalhado e vendido aos pedaços, a quem dá mais.
Se a ignorância pagasse imposto, Portugal seria o país mais rico do mundo. Esta é uma triste verdade.
É que a ignorância está disseminada por toda a parte, por todos os extractos sociais e pelos mais altos cargos da Nação.
A Saúde, em Portugal, está gravemente doente.
A Pobreza espreita em cada esquina.
O Ensino anda a rastejar por um chão pejado de uma descomunal cegueira mental.
A Cultura Culta e a Cultura Crítica emigraram para mundos mais civilizados.
As Artes sufocam, e apenas os escravos do poder vivem à custa delas.
A Língua Portuguesa anda perdida nos subterrâneos de uma ignorância e de uma indiferença descomunais que, alarvemente, estão a esmagar a identidade do povo português.
A política da violência e crueldade contra seres vivos têm os seus maiores defensores sentados nos Palácios de São Bento e de Belém.
Os indiferentes andejam por aí, como sonâmbulos. Se lhes mexem nos bolsos, agitam-se, mas sem grande convicção, por isso tudo continua sempre igual, sempre funesto, sempre obscuro, sempre mergulhado no lodo de um passado que se quer passado, e não presente ou futuro.
Na hora do voto, vota-se na continuidade, porque o medo de mudar é mais forte do que a vontade de ousar o desconhecido, a modernidade, o avanço civilizacional.
A ignorância e a indiferença estão a cozinhar Portugal em banho-maria, e os bobos da corte saltam e riem, porque enquanto houver povo ignorante e indiferente, mantê-lo-ão sob o seu jugo, e destruirão a Nação, em prol de interesses que não interessam, de modo algum, a Portugal.
E os Portugueses, tal como num tempo ainda bem presente, lá vão cantando e rindo, levados, levados, sim, pela voz do som tremendo, da ignorância sem fim… (1)
Isabel A. Ferreira
(1) Excerto adaptado do Hino da Mocidade Portuguesa, letra de Mário Beirão
Com fé e esperança no triunfo da lucidez dos governantes deste nosso país, vendidos aos interesses dos estrangeiros. É que a Língua Portuguesa não é matéria dos Ministérios da Educação ou da Cultura, como deveria ser, num país a sério.
A Língua Portuguesa, em Portugal, é matéria do Ministério dos Negócios DOS Estrangeiros.
E isto não dirá tudo?
Isabel A. Ferreira
Origem da foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1331296350284032&set=gm.972341346202655&type=3&theater
Relatório da audição da ANPROPORT (Associação Nacional dos Professores de Português) no Grupo de Trabalho de Avaliação do Impacto do AO90 (com a Dra. Rosário Andorinha), 15 de Março de 2017:
«De entre os aspectos referidos, destacam-se:
- Aumento dos erros ortográficos ocorrido nos últimos anos fruto da aplicação do Acordo Ortográfico, questão muito preocupante para os docentes, pais e encarregados de educação e alunos;
- Gravidade da supressão das consoantes não articuladas;
- Ocorrência de problemas na aplicação do Acordo Ortográfico em diversos países;
- Com o Acordo Ortográfico 2.691 palavras que se escreviam de forma diferente continuam a sê-lo; 569 palavras que se escreviam de forma diferente tornaram-se iguais; 1.235 palavras que eram iguais tornaram-se diferentes; e 200 palavras que foram «inventadas»;
- Como cada país envolvido no Acordo Ortográfico tem a sua própria língua, não entende esta «tentativa» de uniformização. A este respeito as representantes da Associação adiantaram que até ao presente não foi feita qualquer uniformização ou harmonização e que há países que nem sequer ratificaram o Acordo Ortográfico (e provavelmente nunca irão fazer);
- Não é a ortografia que vai unificar a língua ou dispensar a existência de dois textos diferentes;
- O princípio fonético |"rectius", "critério da pronúncia"| é um erro e tende a criar divisões; não há princípios fonéticos em linguística no que respeita à grafia, a grafia é uma coisa e a fonética é outra;
- A Associação defende que não se pode nem deve branquear este processo, inquinado desde o seu início, sobretudo porque os pareceres solicitados, 27 dos quais contrários à implementação do Acordo Ortográfico, designadamente o do Ministério da Educação, foram logo de seguida «escondidos» e ignorados;
- A desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico não criará problemas entre os diversos países;
- Com este Acordo Ortográfico o prestígio da língua portuguesa em todo o mundo não será maior, o que só pode e deve ser alcançado com outro tipo de medidas;
- O português estava estabilizado há 65 anos, o que já não acontece agora;
- A língua portuguesa, como fenómeno cultural que é, não pode estar sujeita a jogos políticos.
Fonte:
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