Do que é que o governo PS está à espera para atirar ao lixo um acordo (AO90) alvo da chacota dos cidadãos cultos de cá... e de lá…?
Publicado (no YOUTUBE) a 29/06/2017
Ricardo Araújo Pereira e Gregorio Duvivier analisam o Acordo Ortográfico, satirizando o seu conteúdo e as justificações apontadas para a sua aplicação. Ambos consideram que as diferenças de ortografia foram sempre o menor dos problemas no entendimento entre Brasileiros e Portugueses, e o humorista brasileiro qualifica inclusivamente o AO como um crime que criou problemas que não existiam. RAP destaca ainda a fragmentação actual da ortografia e Duvivier elogia a resistência contra o acordo em Portugal.
Vídeo indisponível?
Não servia os interesses de Portugal e do Brasil?
É o que fica desta indisponibilidade...
Contributo do Escritor A M Pires Cabral no Grupo de Trabalho para Avaliação do Impacto do AO90, criado no âmbito da Comissão Parlamentar da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, pelas mãos do PSD.
Se, depois desta grande defesa, este Grupo não ficar completamente elucidado e não disser: «BASTA! Não precisamos de ouvir mais nada, porque nada mais há a acrescentar. O assunto fica encerrado. O AO90 vai para o caixote do lixo», é porque este Grupo de Trabalho não passa de uma farsa, e ninguém está realmente interessado em ouvir a opinião dos sábios.
O que será preciso mais? Fazer um desenho?
A. M. Pires Cabral (origem da foto: Internet)
«POSIÇÃO SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO E SUA APLICAÇÃO»
Começo com uma prevenção: a de que fui, sou e serei sempre adversário do Acordo Ortográfico (AO).
Publiquei recentemente um texto de que repesco algumas linhas:
«A pendência que anda assanhada entre os antagonistas do AO e os seus defensores é insanável, porque radica em duas atitudes básicas inconciliáveis.
De um lado, temos os que olham para a língua acima de tudo como meio de comunicação. São sujeitos práticos e desempoeirados. Para eles, o Português é um instrumento como outro qualquer, uma navalha ou um isqueiro. Usa-se, é tudo — e tanto se lhes dá que se escreva desta como daquela maneira. Que mais dá escrever ‘insecto’ ou ‘inseto’? Desde que o receptor entenda... O importante é pois fazerem-se entender. A sua concepção da língua é utilitária: não lhe pedem mais nada — apenas que funcione.
Por outro lado, há os que olham para a língua como ferramenta comunicacional, sim, mas não apenas isso. Olham-na também amorosamente como se deve olhar uma verdadeira obra de arte, nos seus aspectos históricos e, porque não?, estéticos. Acarinham as aderências culturais de que a língua se vai revestindo à passagem dos séculos. A esses repugna escrever — e, se bem os conheço, nunca escreverão — ‘arquiteta’, ‘recetar’, ‘semirreta’, ‘espetador’, ‘ereção’.
Não há, nesta história, os bons e os maus. Cada um é como é. E a história terminou com a adopção do AO (com o seu quê de golpada, em boa verdade), porque, naquele momento, a relação de forças pendeu para o lado dos primeiros: os nossos políticos de então, desde os senhores deputados que o aprovaram, ao senhor presidente da República que o promulgou e ao senhor primeiro-ministro que o pôs em marcha, eram todos criaturas práticas, p’rafrentex, que não se deixavam embaraçar por considerações de ordem histórica e estética, isto é, cultural e afectiva. Foram surdos a tudo, excepto ao canto de sereia dos professores Malaca e Houaiss, a anunciar amanhãs que cantavam à língua portuguesa.»
Na verdade, o AO, que almejava unificar, acabou em muitos casos por diversificar: onde havia uma só grafia (‘recepção’, por exemplo), passou a haver duas: ‘recepção’ e ‘receção’ (esta correntemente confundida com ‘recessão’). Não vale a pena aduzir mais exemplos.
Por outro lado, o AO é um cúmulo de incoerências, que têm sido devidamente apontadas e exploradas. Não vale a pena enumerá-las a todas; bastará o exemplo da retirada do acento em ‘pára’ (do verbo ‘parar’), que era antes do AO justificado pela necessidade de distinguir de ‘para’ (preposição). Ora, se a necessidade de distinção cessou como por milagre (o mirífico contexto! — que estamos fartos de saber que funciona... quando funciona), porque se manteve o acento no verbo ‘pôr’? Incoerência. Ou que justificação séria pode ser encontrada para escrever com hífenes ‘cor-de-rosa’ e sem hífenes ‘cor de laranja’?
Não insistirei na enumeração de casos particulares. Direi apenas que o AO não tem qualquer justificação científica em que se apoie. Tem apenas a justificação política de que da sua aplicação resultariam benefícios para a língua portuguesa, a nível de prestígio e mais fácil utilização nos fóruns internacionais. Até hoje, creio que ninguém de boa fé poderá dizer que já notou alguma diferença.
Aproximando-nos agora um pouco mais dos objectivos do Grupo de Trabalho, julgo oportuno fazer uma única e definitiva consideração (transcrevendo também palavras já por mim publicadas algures):
«O Sr. Professor Malaca Casteleiro, escreveu recentemente, defendendo o AO, que o dito está a ser aplicado “sem problemas”. Santa ingenuidade! Não se dá conta o professor da chusma de ‘fatos’ (em vez de ‘factos’) que enxameia o próprio Diário da República? Se não se dá conta, em que país das maravilhas devaneia o professor? Se dá, não acha o professor que isso é um problema — e bem bicudo —, que rói o próprio cerne da língua portuguesa?»
Defendem os apoiantes do AO dizendo que isso não é culpa do acordo, mas do mau uso e ignorância de alguns utentes da língua. É claro que sim. Mas quando é que, antes do AO, se disse ‘fato’ em vez de ‘facto’, e ‘contato’ em vez de ‘contacto’, deste lado do Atlântico? Será arriscado afirmar que foi o AO que criou o ambiente propício para mutilações destas da língua portuguesa, as quais — água mole em pedra dura... — acabarão por se tornar irreversíveis?
Contrariamente ao que o Sr. Professor Malaca Casteleiro quer fazer crer, a aplicação do AO tem gerado inúmeros problemas (oiçam os professores!) e está a ser um factor de erosão do Português.
Termino, recomendando que Portugal se desvincule, e quanto antes, do tratado do Acordo Ortográfico de 1990.
A. M. Pires Cabral»
Fonte:
Recebi este texto, via e-mail, e porque concordo com o seu conteúdo, partilho-o com todos aqueles que lutam contra algo que nunca deveria ter acontecido, porque inacreditável e bizarro, impatriótico e irracional: a imposição forçada da grafia brasileira, a Portugal.
Atenção! Nada contra a grafia brasileira ou o Dialecto Brasileiro.
Contudo, precisamos de obrigar o governo português a devolver a Portugal a grafia portuguesa.
Se os governantes não sabem, precisamos dizer-lhes que Portugal é um país livre, que pertence à Europa, e não um feudo sul-americano, e a Língua Portuguesa não é um produto vendível.
Origem da imagem: Internet
Texto de Francisco João DA SILVA
«A luta contra este “crime” de lesa língua deve continuar até à revogação final e definitiva desse monstro linguístico que é o pseudo, bastardo, ilegal e inconstitucional DES-acordo ortográphico 1990.
Este “acordo” é a ilustração mais recente de uma TARA LUSO-BRASILEIRA, que tem erupções desastrosas a cada geração (mais ou menos 25 anos) e que mexe no nosso (e no dos outros países igualmente...) PATRIMÓNIO IMATERIAL de maneira totalmente irresponsável.
Isto, contrariamente a outros Povos (Castelhano, Francês, Inglês, Austro-alemão, etc.) cujas línguas podem ter até ter 37 variantes (caso do Inglês) sem que isso tenha impedido os seus interlocutores de se compreenderem e de se apreciarem na suas respeCtivas diversidades.
No caso LUSO-BRASILEIRO esta TARA tem evoluído de maneira doentia, para uma forma de esquizofrenia... ou será apenas a ganância financeira de determinados editores e das classes políticas?
Aqui fica esta interrogação pertinente.
Queriam UNIFICAR A LÍNGUA PORTUGUESA, nos 8 países de língua oficial portuguesa… O que é IMPOSSÍVEL!
O FRACASSO é total.
O DESCALABRO PATENTE.
Os outros povos devem estar a olhar com muita ironia para este DESASTRE linguístico, que igualmente é uma TRAGÉDIA CULTURAL.
E a consequência dessa TARA é que agora temos 3 variantes "oficiais" do Português:
1)- o Português culto, o Português europeu, que muitos de nós continuamos a aplicar, incluindo, e ainda bem, ANGOLA e MOÇAMBIQUE; TIMOR-LESTE e SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE.
2)- o português, dito ACORDÊS (AO9O), apenas adoPtado em Portugal;
3)- o português dito “português-brasileiro”, que é apenas um eufemismo para não o chamarem de língua brasileira, a qual parece estar a encaminhar-se rápida e independentemente para o que parece ser uma forma de crioulo português.
Isto se nada for feito, pelos próprios brasileiros, cujas “elites” querem continuar a dar (ERRADAMENTE) primazia à fonética e não à etimologia e às raízes latinas do Português do Brasil. O que é deveras lamentável e apenas "empobrece” a língua, empurrando-a efectivamente para uma forma de crioulo, que nada tem de pejorativo (ver mais abaixo), pelo menos para mim.
CABO VERDE rejeitou oficialmente, recentemente a Língua Portuguesa, que é, por conseguinte, considerada uma Língua ESTRANGEIRA, substituindo-a pelo CRIOULO CABO-VERDIANO! É um direito seu.
O pseudo e bastardo "Acordo Ortográfico de 1990" (AO90) é um "Frankenstein linguístico". É
O AO90 não é (mais) uma convenção bilateral entre Portugal e o Brasil, mas sim um Tratado Internacional entre oito (8) Estados de Língua Portuguesa, que viola o Direito Internacional e a Convenção de Viena, a qual institui a regra da UNANIMIDADE! E apenas 4 dos 8 países ratificaram o AO90!
O AO90 não está, portanto, jurídica e internacionalmente em vigor, em NENHUM país de Língua Portuguesa!!!
A Convenção Luso-Brasileira de 1945, (que o Brasil assinou, mas NÃO CUMPRIU) continua, por conseguinte, em vigor, visto que o Decreto-Lei Nº 35.228 de 8 de Dezembro de 1945 que a instituiu NÃO FOI revogado!
O Des-governo de José Sócrates, assim como Aníbal Cavaco Silva, usurparam poderes que não tinham, e violaram a Constituição da República Portuguesa (CRP).
A matriz da Língua Portuguesa, que teve origem na Europa e não Brasil, está a ser objectivamente destruída e mutilada por que razões obscuras?
Os Portugueses dignos e verticais têm o DEVER de defender a Matriz da Língua Portuguesa, que é uma parte essencial do PATRIMÓNIO IMATERIAL DE PORTUGAL, segundo a Convenção da UNESCO.
Por conseguinte, NÃO deve adoPtar-se o pseudo “Acordo Ortográphico” de 1990 (AO9O), visto ser um dialeCto estatal, que é:
1ILEGAL e INCONSTITUCIONAL;
2)- linguisticamente inconsistente;
3)- estruturalmente incongruente;
4)- para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral, e de ter provocado um CAOS ORTOGRÁPHICO em Portugal e um DESCALABRO a nível internacional, tendo sido REJEITADO por vários outros países (entre eles Angola e Moçambique).
As ditaduras, incluindo as ortográficas, não se combatem, derrubam-se!
Francisco João DA SILVA
... Porque quem semeia ventos, merece colher tempestades…
Mais uma reacção, desta vez, em bom Português, ao vergonhoso artigo assinado por Malaca e Verdelho
«Manifesto anti-casteleiro e por extenso *
por Paulo César Gonçalves; filósofo às terças-feiras; Poeta assim-assim; 2017
Basta pum basta!!!
Uma geração que assente deixar-se estupidificar por um casteleiro é uma geração alarve. É uma chusma de patetinhas, contentinhos e nhónhós! É uma horda de passivos e de vendidos!
Abaixo a geração!
Morra a obra do casteleiro, morra! Pim!
Uma geração com um casteleiro não quer cavalo: já tem um burro!
Uma geração com um casteleiro ao leme é um titanic em potência!
O casteleiro é um cavaco!
O casteleiro é meio cavaco (e não se sabe o que é pior: se meio ou se inteiro)!
O casteleiro saberá gramática, saberá sintaxe, saberá até fonética (e fazer sopa de letras), saberá até as orações todas; saberá tudo menos escrever, e quer que os outros também não o saibam!
O casteleiro não é invejoso: quer a burrice para todos (e não apenas para si)!
O casteleiro é um frustrado!
O casteleiro queria ser consoante muda!
O casteleiro é menos que um 'h'!
O casteleiro é o acento circunflexo da palavra 'pênis'!
O casteleiro é malaca!
O casteleiro é joão!
Morra a obra do casteleiro, morra! Pim!
O casteleiro é a prova de que nem todos os que escrevem sabem escrever!
O casteleiro é uma canção pimba!
O casteleiro é um careto de Podence! Não! O casteleiro é uma tentativa de gárgula da igreja da Colegiada!
Morra a obra do casteleiro, morra! Pim!
O casteleiro é o esgoto da consciência!
Se o casteleiro escreve em português eu quero ser de Namek!
O casteleiro é a síncope da intelectualidade portuguesa e do mundo lusófono!
O casteleiro é a meta numa maratona asna!
Mas ainda há quem admire o casteleiro!
E ainda há quem lhe estenda a pata!
E quem lhe lamba o rego!
E ainda há quem ache que o casteleiro, por ser doutor, não é burro!
E o alucinado peixoto na Coreia do Norte! E o zink que parece um choque eléctrico! E o reis que devia lançar-se ao mondego para lavar o ânus! E as imbecilidades do Verdelho! E mais pedantices do casteleiro! E a vasconcelos, a casteleira da escultura! E a edite que é a paula bobone da escrita! E a Edviges, a groupie do casteleiro! E o jn e o expresso e todos, todos os jornais, revistas e publicações que seguem a obra do casteleiro! E os políticos e professores que o defendem! E o que se acha o Pessoa do século XXI! E a guiné equatorial na cplp! E o casteleiro, que é o casteleiro mais casteleiro de todos os casteleiros! E todos os artistas de Portugal de quem eu não gosto e que cheiram mal dos sovacos! E os workshops de escrita criativa! E as 'sinopses'! E as 'performances'! E as 'artes performativas'! E todo o lixo indie-hipster aligeirado! E todos os casteleiros que por aí houver!!!!!!!!!
E as ideias feitas! E os circuitos fechados! E o filão romélico-lamechas na literatura!
E os concertos de borla! E o gin, as selfies e as sapatilhas rotas! E tudo! Tudo o que remeta para o casteleiro!
Morra a obra do casteleiro, morra! Pim!
Portugal é o país menos português do mundo, por causa do casteleiro! Portugal há-de (haja esperança) gritar comigo, a meu lado, a frase mais asseada de sempre:
Morra a obra do casteleiro, morra! Pim!
*adaptação livre para o texto original de
José de Almada Negreiros
Poeta d'Orpheu
Futurista E Tudo
(1915)
E quem o diz é Sérgio Marques.
Malaca e Verdelho escreveram aqui:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/acordo/um-discurso-ignorante-e-retrogrado/3551
um artigo intitulado «Um discurso ignorante e retrógrado sobre a petição "Cidadãos contra o Acordo Ortográfico» que envergonha o mais analfabeto cidadão português, como se ignorantes e retrógrados fossem os que defendem a Língua Portuguesa dos predadores que se venderam ao estrangeiro, mediante uma negociata obscura, que há-de vir à luz do dia, mais dia, menos dia.
Sérgio Marques respondeu-lhes à letra, e eu subscrevo tudo o que Sérguio Marques escreveu.
Texto de Sérgio Marques
«O Professor Malaca Casteleiro, infame artífice do maior crime jamais cometido pelo Estado de um país contra a sua própria língua, entendeu colocar uma cereja envenenada em cima do bolo putrefacto que, sob a sua sábia orientação técnico-científica, uma geração de políticos curtos de inteligência e visão obrigou os portugueses a deglutir, de olhos e ouvidos fechados.
Deslumbrado com o superior legado à língua portuguesa que julga resultar do seu papel crucial no parto deste aborto que não é apenas ortográfico (se o AO90 prevalecer, as sequelas fonéticas e semânticas sobre a língua portuguesa falada em Portugal serão irreparáveis), o Senhor Professor Malaca Casteleiro resolveu insultar alarvemente os cidadãos deste país que não integram o outro grupo de cidadãos que reagiu "... com geral acatamento" [expressão usada pelo subtil Catedrático] à imposição do Acordo Ortográfico pelos governantes medíocres e corruptos que nos calharam em sorte.
Que belíssimo hino à submissão e à imbecilidade.
Pois permita-me que lhe diga, Senhor Professor, que "acatamento", embora pareça, não rima com liberdade de pensamento. Tampouco prepotência rima com ciência ou presunção com razão.
Nessa linha, é de uma delicadeza invulgar o rótulo de intelectualóide aplicado por V. Exa. a quem, fundamentadamente, de si discorda. Ao contrário de Vossa Senhoria, os homens e mulheres de bem - intelectuais ou não - não se prestam, quais mercenários, a assassinar, por encomenda, o património maior da cultura de qualquer povo à face da terra: a sua língua materna.
Permita-me, igualmente, que lhe devolva, merecidamente, o epíteto de reaccionário. É, no mínimo, com grande perplexidade, que assisto a este tipo de acusação proferida pela boca do homem que, indisfarçavelmente, quer ficar na História deste país como o arquitecto de uma Orwelliana "Novilíngua", uma língua truncada na sua etimologia greco-latina pela estapafúrdia e fascizante ambição de uniformizar a escrita de uma língua viva e livre, falada, naturalmente, de forma crescentemente diferenciada nos cinco continentes ao longo dos últimos 500 anos.
É nesta parte, desperdiçado lamentavelmente o tempo consumido a ler o aviltante texto por si dedicado ao "Movimento de Cidadãos contra o AO90", que confesso que o Senhor Professor Malaca Casteleiro - pelo imperdoável crime de lesa-pátria de que é o inspirador e ideólogo, pela sobranceria e pobreza dos argumentos pateticamente subjacentes aos insultos que brotam vorazmente da sua boca viperina - me envergonha perante o mundo por comigo partilhar a nacionalidade e, supremo desgosto, a nobre língua de Pessoa.
Voltemos à luta! O combate pela integridade e dignidade da língua portuguesa não pode morrer! Nunca!»
Fonte:
https://www.facebook.com/sergio.marques.37266?fref=hovercard
Infelizmente, não são as grandes mentes que governam este nosso país, metade grandioso, metade insignificante.
Um ministro (minus) (o tal dos negócios dos estrangeiros) que diz «se quiséssemos, acabaríamos com o AO90, mas não queremos…» não tem o mínimo sentido de Estado, não tem personalidade própria, não tem dignidade, nem inteligência, e governa conforme os quereres, e não conforme os deveres.
E isto tem as mais desastrosas repercussões para o país, principalmente para o futuro dos futuros analfabetos funcionais que estão a fabricar-se nas actuais escolas portuguesas.
Durante os cerca de 800 anos em que existimos como país, já tivemos de tudo: bons e maus reis; razoáveis presidentes da República e governantes; e maus presidentes da República e governantes; até já tivemos uma ditadura, mas nunca, nunca, ao longo destes 800 anos tivemos um tão péssimo presidente da República e um tão péssimo governo, no que à defesa da identidade portuguesa diz respeito.
A um, só interessa ouvir este tu cá, tu lá: «Ó Marcelo, anda cá tirar uma selfie!...», enquanto, sem o menor pejo, promove o acordês abrasileirado pelas comunidades portuguesas, e na feira do livro de Lisboa.
Aos outros, interessa assegurar que a negociata trafulhenta, que atou Portugal aos ignorantes, se mantenha, não para bem da Nação, mas para bem dos trafulhas.
Todos os Portugueses, mais ou menos instruídos, e principalmente livres, ou seja, os que não têm medo do bicho-papão instalado no poder, os que têm uma espinha dorsal bem erecta, e não se vergam aos maus mandos dos que se aproveitam dos cargos que ocupam, para servir exclusivamente os lobbies e disso tirarem proveito próprio, perplexos com a estupidez reinante, têm encetado todos os esforços e apresentado todos os argumentos racionais, válidos e assentes nas Ciências da Linguagem (e não no simples “querer” de mentes com os neurónios avariados), com o objectivo de iluminarem as mentes mergulhadas na mais profunda ignorância e teimosia e irracionalidade e que insistem em manter vivo um aborto deformado, mutilado, feio, desengonçado, aparvalhado, que dá pelo nome de AO90, também conhecido por socratês, cavaquês, lulês, brasileirês…
Fernando Pessoa não era Phernando, mas escrevia pharmácia
Os acordistas apresentam a rejeição de Fernando Pessoa à ortografia de 1911, como um modelo, mas Fernando Pessoa, não era Phernando, mas escrevia pharmácia. Ora se havia a letra EFE, no alfabeto português, porque não utilizá-la? Para bom entendedor...
Fernando Pessoa debateu-se apenas contra a mudança, e não contra a estupidez dessa mudança, porque simplesmente o que se propunha em 1911 não era estúpido, como o que se propôs em 1990. O que se propôs em 1911, fez parte da evolução da Língua, e não da mutilação dela.
Uma coisa é substituir uma grafia, baseados na Ciência, outra coisa é mutilar as palavras, transformando-as numas aleijadinhas, sem pés nem cabeça, para facilitar a aprendizagem dos menos dotados intelectualmente, ou simplesmente para destruir a língua do colonizador mal-amado, ou para encher os bolsos dos tratantes, ou ainda para colonizar o colonizador.
Então, com base em coisa nenhuma que valha a pena, apenas por uma teimosia eivada da mais profunda estupidez, uns tantos desilustrados, já caducados, lusos e brasileiros (porque não foram convocados representantes dos restantes países lusófonos?), com o intuito fajuto de unificar algo que é absolutamente impossível de unificar (e isso está mais do que provado, e nem sequer isso os acordistas conseguem perceber) pariram um aborto ortográfico sem precedentes na História de toda a Humanidade (tinham de ser os portuguesinhos, com neurónios miudinhos e avariados a protagonizar tal desfeito histórico), que está a esmagar uma das mais belas e nobres línguas indo-europeias - a Língua Portuguesa.
Eles acham ridículo escrever as consoantes mudas, por isso são um zero à esquerda em Línguas como a Inglesa ou a Alemã, que têm consoantes mudas, umas a seguir às outras, e nem por isso, os Ingleses ou os Alemães as capam. As Línguas cultas são feitas com Cultura, não com palermices de incapacitados mentais.
Neste momento, existe um grupo de trabalho no Parlamento para avaliar o impacto da aplicação do AO90 que, como não podia deixar de ser, tem o PS a bater o pé, com o seu obscurantismo. E, apesar de todas as críticas bem fundamentadas contra o monumental malefício de uma ortografia parida e aplicada à balda, por todos os que, subservientemente, aderiram a este desmando, não houve ainda fumo branco, para extirpar esta vergonha do nosso País, da nossa Cultura, do nosso Ensino.
É que apenas as mentes iluminadas cedem quando se vêem à beira do abismo.
Os cegos mentais, porque nada vêem, vão em frente e caem no fosso que, cegamente, eles próprios cavam.
Porém, se querem suicidar-se, suicidem-se, mas não levem para a cova a nossa bela e nobre Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
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