Foi usando estas expressões eruditas, referidas no título, que o mui ilustre escritor português, intelectual, crítico literário e académico, actualmente com a nacionalidade holandesa, Fernando Venâncio, comentou no Facebook, numa página intitulada «Acordo Ortográfico Não!» a Carta enviada à UNESCO Pela Salvaguarda da Língua Portuguesa como Património Cultural Imaterial, subscrita por 61 cidadãos de nacionalidade portuguesa (que integraram o núcleo inicial, mas que, em poucos dias, já aumentou para 85).
Não que eu tenha alguma coisa contra o eruditismo de tão notável intelectual, muito pelo contrário, penso que tal até lhe confere bastante prestígio, além de que o insigne académico tem todo o direito e liberdade de expressar o que lhe vai na alma.
Mas não à custa do meu nome e de falácias.
Pois o notável escritor português, que agora tem nacionalidade holandesa, escreveu o seguinte, nessa tal página do Facebook, sobre a Carta à UNESCO, que, ao que parece, leu pela rama:
«Como é possível que gente sensata como NUNO PACHECO, ANTÓNIO CHAGAS (António Chagas Dias?) e ANTÓNIO-PEDRO VASCONCELOS tenham aposto o seu nobre nome a esta abominável mixórdia (refere-se à Carta) cozinhada pela pseudo-linguista ISABEL A. FERREIRA, conhecida detractora do Português do Brasil?
«Existe actualmente uma situação absurda em Portugal, onde, de forma oculta, está a tentar-se substituir a Língua Portuguesa, conforme determinado no artigo 11.º n.º 3 da Constituição da República Portuguesa (CRP), pelo Dialecto Brasileiro», lê-se no texto.
Mais se lê: «O governo português violou a Constituição da República Portuguesa (CRP), impondo de forma brutal, autoritária, ilegal e inconstitucional, o dialecto brasileiro».
Meus Senhores e Amigos: para cozinhados indigestos, já nos chegava o próprio "Acordo Ortográfico de 1990".
Link para a Carta à UNESCO:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/movimento-em-prol-da-lingua-portuguesa-147014
também publicada no Jornal PÚBLICO, aqui:
Link para a publicação de Fernando Venâncio:
https://www.facebook.com/groups/acordo.ortografico.nao/permalink/2275121362512331/
***
Como mulher PENSANTE e LIVRE, sou frequentemente alvo do ataque de machistas que acham que a mulher foi feita para estar em casa a coser as meias do marido, ficar de boca calada, e não fazer sombra ao homem. Daí que me veja obrigada a vir a público, de vez em quando, defender-me desses ataques, não só para marcar posição, como também para pôr no seu devido lugar os que acham que as mulheres existem para serem dominadas socialmente pelos homens.
Ora acontece que, já há bastante tempo, sou o ódio de estimação do distinto crítico literário Fernando Venâncio, o qual certa vez me mandou calar, e claro, eu não me calei, fiz-lhe frente e fiz-lhe sombra, facto que ele nunca me perdoou, e isto acontece até aos mais ilustres intelectuais!
Excelentíssimo Senhor Doutor Fernando Venâncio,
Continuarei, como sempre, a fazer orelhas moucas aos que odeiam as mulheres que PENSAM, e desafio-o a mostrar-me onde encontra, no meu currículo, que é público, que sou "linguista", para dizer que sou pseudo; e exemplifique essa de ser "detractora" do que chama erradamente Português do Brasil; e justifique a designação de abominável mixórdia, para que os leitores percebam o que quis dizer com isso, e eu possa defender-me deste elevadíssimo ataque de um holandês.
Que me odeie, porque tem aversão a mulheres que PENSAM, que têm opinião, que não aceitam tudo o que suas eminências dizem, tudo bem. Estou habituada a esse tipo de ódio machista.
Mas não me calará com a sua verborreia! Entendido?
E tudo por causa do "dialecto", como se chamar dialecto ao que se fala e escreve no Brasil seja um insulto! Logo no Brasil, que é um poço de dialectos! Enfim, gostaria que as pessoas reflectissem, mas ao que vejo, reflectir é algo inacessível a muitos.
E os que mais criticam são os que menos fazem em prol da Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Apesar de o incidente já ter sido “remendado” (e já explicarei o porquê do “remendado”) deixo aqui este alerta, para que isto ou outras usurpações não voltem a acontecer.
Desde que se tornou pública a existência do MPLP os ataques e dissimulações têm abundado, mas estamos atentos, e não permitiremos que nada, nem ninguém se meta no caminho deste Movimento, que está a crescer e já engrossou o núcleo inicial.
É que o MPLP não é mais um movimento ou mais um grupinho.
O MPLP é ACÇÃO, e veio para mover montanhas até que o AO90 seja revogado.
Mas vamos à história da usurpação, para que não se repita:
Quando o Francisco João da Silva me apresentou a ideia de se internacionalizar a luta em prol da Língua Portuguesa, e que considerei uma óptima ideia, ele próprio decidiu dar um nome a esta iniciativa e denominou-a Movimento em Prol da Língua Portuguesa, e eu gostei do nome, porque MOVIMENTO implica acção, e não estagnação, e se quisermos fazer alguma coisa em prol da Língua Portuguesa temos de AGIR, e não andar a fazer-que-se-faz.
Ora qualquer Movimento, seja de que natureza for, tem de ter coordenadores, ou então a balbúrdia instala-se. Como o Francisco foi o da ideia e eu acolitei, decidimos ficar responsáveis por todas as iniciativas encetadas pelo Movimento, obviamente, integrando os subscritores, que podem e devem sugerir iniciativas, mas não tomá-las à revelia dos coordenadores.
Ora acontece que existia um Grupo no Facebook que dava pelo nome de Movimento Orto-desacordista pela Língua Portuguesa (MOLP).
Logo que o MPLP se tornou conhecido, o administrador deste grupo, Alberto Pimentel, que não estava vinculado ao MPLP, decidiu apossar-se do nome do novel Movimento, e mudar o nome do anterior grupo para Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP) e, em nome deste Movimento, com um logótipo diferente do nosso (que está ainda em “construção”) começou a fazer convites para adesões, sem dar conhecimento ou sequer ter pedido autorização aos coordenadores do MPLP, como soe das boas regras.
Não será estranho que se se apodere da sigla MPLP e a usem para substituir uma outra, sem conhecimento e/ou autorização dos seus coordenadores? O termo para isto é usurpação.
Depois de ter deixado na página do grupo a minha indignação e a minha reclamação, o seu administrador mudou novamente o nome ao grupo chamando-lhe CLUBE DOS ORTO-DESACORDISTAS, acompanhado da seguinte declaração, à laia de “remendo”, como se fosse ele a vítima da usurpação, e usando da cobardia de não permitir comentários:
«DECLARAÇÃO da ADMINISTRAÇÃO aos interessados.
Senhoras e Senhores, o ex-MOLP, Movimento Orto-desacordista pela Língua Portuguesa foi alterado para abraçar um novo Movimento em defesa da Língua Portuguesa, de seu nome, «MPLP», Movimento em Prol da Língua Portuguesa. Acontece que a má fé de algumas pessoas me acusam de "Usurpação" de uma Causa que, (jugava eu) era comum a todos os associados neste grupo, mas na realidade não é. Mea culpa.
Lamento os incómodos que provoquei, sem querer, à Srª Drª Isabel A. Ferreira e restantes apoiantes do novo Movimento, MPLP, que a partir de hoje, dia 30 de Setembro de 2018, me desvinculo completamente.
Convido desde já a todos os associados que apoiam as declarações das pessoas do MPLP neste grupo, a sairem do agora designado «CLUBE dos ORTO-DESACORDISTAS».
Resta-me desejar os maiores sucessos ao MPLP e aos seus apoiantes, mas a luta contra o Acordo Ortográfico de 1990 não poderá continuar em união, porque não existe Vontade da coordenação do "MPLP", que é inteiramente respeitada por mim, Administrador do Clube dos Orto-desacordistas.
As publicações que fiz em defesa do MPLP e da Srª Drª Isabel Ferreira, foram apagadas. O meu "erro" foi corrigido. Peço a compreensão daqueles que puderem compreender.
Ainda assim, quem quiser aderir ao MPLP, está à vontade de aderir e sair, ou de ficar nos dois: MPLP e Clube dos Orto-desacordistas. No meu entender, é assim que se demonstra a elevação e a defesa real da nossa Ortografia e Língua, pois no fundo é isso o que realmente interessa àqueles que não aceitam a Mixórdia Gráfica de 1990.
Viva a Língua Portuguesa!
***
Como não pude comentar no Clube, deixo aqui a minha resposta a esta “declaração”:
Primeiro: o senhor Alberto Pimentel não estava vinculado ao MPLP, para dizer que se desvincula dele. Logo, também não podia usar a sigla sem dar conhecimento ou pedir autorização dos coordenadores do Movimento, os únicos que podem activar qualquer ideia ou sugestão dos subscritores.
Segundo: dispenso “defesas” quando estas não são absolutamente claras.
Terceiro: se houve aqui alguém com má-fé, e com má vontade garanto-lhe que não fui eu.
Quarto: não ando aqui a brincar aos movimentozinhos. Estou nisto muito, mas muito a sério! E se o que se passou foi uma manobra de diversão para testar a solidez do MPLP, a manobra foi abortada, como serão abortadas todas as manobras mal-intencionadas, tudo em prol da Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
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