Conheço crianças que querem escrever correCtamente a sua Língua Materna e não lhes permitem fazê-lo, acenando-lhes com penalizações.
Conheço gente adulta, a fazer mestrado, que quer escrever correCtamente a sua Língua Materna e não lhes permitem fazê-lo, acenando-lhes com penalizações.
E, no entanto, NÃO há lei alguma que as obrigue a escrever incurrêtamente a sua Língua Materna.
Isto só acontece num País que tem um PR, um PM e um PAR a defender interesses que não interessam a Portugal e aos Portugueses.
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo?fbid=612068260948294&set=a.592015392953581
Dia Mundial da Lingua Portuguesa|05 mai. 2023
Filomena Crespo conversou com Carlos Rocha, coordenador executivo da plataforma Ciberdúvidas, e também com Manuel Monteiro, revisor linguístico e autor dos livros "Por Amor à Língua" e "O Mundo Pelos Olhos da Língua"
Para ouvir o debate clicar no link:
https://www.rtp.pt/play/p2803/e689929/pecas-culturais
Ouvi este debate com muita atenção, e o que tenho a dizer sobre ele é que o único que esteve bem e não disse disparates foi Manuel Matos Monteiro. E isto não é para o bajular, até porque sou das que diz o que tem a dizer, seja a quem for, sem papas na língua.
Manuel Matos Monteiro defendeu bem o seu ponto de vista e apontou a fraqueza de um acordo que só veio APODRECER a Língua Portuguesa.
Ao contrário, como é possível a Filomena Crespo dizer que «há letras que não estão lá a fazer nada»? referindo-se às consoantes não-pronunciadas de uma infinidade de vocábulos, as quais o Brasileiros decidiram suprimir, apenas porque sim, sem ter em conta as regras das Ciências da Linguagem, no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943, cuja Base IV serviu para engendrar o AO90.
Filomena Crespo demonstrou um desconhecimento que não esperava dela. Pareceu-me que, para ela, o AO90 só veio facilitar uma escrita que ela não conseguia PENSAR.
O Carlos Rocha, esse então, esteve péssimo, ao defender o AO90, achando (foi o que espremi das palavras dele) que a Língua Portuguesa estava mais pobre antes da introdução deste abortográfico que nos impingiram, e que o AO90 só veio enriquecer a nossa Língua, reduzindo-a à mais básica grafia. E quando disse que desde 2012 já há muita gente, até nas universidades, a aplicar o AO90, como poderia este sair de cena?
Este é o argumento mais parvo que já ouvi na minha vida, e que anda por aí disseminado, pelos acordistas, com o objectivo de impedir que se mande às malvas algo que os Portugueses não pediram, não querem e é irracional: o AO90.
Em 2012, já havia muita gente, incluindo crianças do 1º ciclo, que escreviam correCtamente a sua Língua Materna. E o que aconteceu? De um dia para o outro, tiveram de a escrever "incorretamente" (que sem o C, obviamente, lê-se incurrêtâmente). E tão incurrêtâmente que, nas Línguas que também andam a estudar (Inglês e Castelhano) escrevem diretor (lê-se dir'tôr) em vez de direCtor (tanto em Inglês como em Castelhano) porque se, em Português, ao escreverem direCtor marcam erro, as crianças ficam com dúvidas e, pelo sim ou pelo não, escrevem em Inglês ou em Castelhano "diretor" sem o C.
Disto tenho provas concretas, porque tenho netos no 5º ano e no 8º ano, e a mixórdia ortográfica que lhes ensinam é a mesma mixórdia que o PR, o PM e o PAR também usam nas suas escrevinhações públicas.
Esta foi a leitura que fiz sobre este programa, que em vez de celebrar a NOSSA Língua, desprezou-a, até porque no dia 05 de Maio NÃO se celebra o dia mundial da Língua Portuguesa, mas dá voz à mixórdia ortográfica portuguesa, que apenas os acordistas celebram, nesse dia.
Com gente assim, em lugares-chave de divulgação da Língua, Portugal virá a ser (ou até já é) o único país do mundo que tem por Língua Oficial um patoá, mais conhecido por Patoá dos Tugas, indo-se do 80 para o 08 sem o mínimo pejo.
Isabel A. Ferreira
«É a nossa aversão à cultura, o baixo índice de sentido crítico, bem como a total falta de desejo de defesa e preservação do nosso Património Linguístico que ajudam a manter o AO90» (Professor António Vieira)
Por isso, os Portugueses Pensantes REJEITAM este falso dia desta FALSA celebração.
A mixórdia ortográfica portuguesa, que andam por aí hoje a celebrar, é tão ridícula, tão medíocre, tão pobre, tão sem sentido, tão feia que, por muito que a queiram impingir ao mundo, ela NÃO tem pernas para andar, porque é coxa das duas pernas.
O verdadeiro Dia em que se celebra a Língua Portuguesa é o Dia 10 de Junho, Dia de Camões.
Hoje, uma vez que os predadores da Língua Portuguesa andam por aí a “celebrar” o dia mundial do mixordês, (NÃO, o Dia da NOSSA Língua Portuguesa), repesco um poderoso texto do Professor António Vieira, que faz uma análise nua e crua, numa linguagem apropriada à mediocridade, à subserviência e a tiques de rastejamento inerentes ao uso e abuso de um acordo abortográfico, sobre o qual Augusto Santos Silva (o ainda pretenso dono da língua) disse esta coisa inaceitável no tempo em que era ministro dos Negócios DOS Estanheiros: «Se quisesse, o Governo podia denunciar o acordo ortográfico – mas não quer», ou seja ELE, Augusto Santos Silva que se apoderou da Língua DOS Portugueses, NÃO QUER, como se a Língua Portuguesa fosse pertença do Governo e possa andar por aí aos rebolões, segundo o querer ou o não-querer de suas “excelências”, que de excelências nada têm. E isto tem um nome: ditadura!
Hoje, mais do que nunca, temos todos os motivos para estarmos de LUTO pela nossa Língua Portuguesa, que anda por aí desenraizada, despojada da sua beleza, apenas porque uns nada esclarecidos políticos, impregnados de um colossal complexo de inferioridade, entre outros que tais estados psicológicos, assim o querem.
Hoje, NADA HÁ, portanto, a celebrar. Muito pelo contrário: há a lamentar que Portugal tivesse vendido ao desbarato a sua preciosa Língua, e ande agora por aí a celebrar os farrapos que dela restam.
Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Augusto Santos Silva deviam vir a público retractar-se, pela VERGONHOSA imagem que passam ao mundo, ao permitirem que por aí se ande a enxovalhar uma das Línguas mais antigas da Europa, com mais de 800 anos de história [e, na Europa, nem todos são parvos, para não verem a diferença entre o que é Português e o que é Brasileiro] apenas porque sofrem de um complexo de inferioridade patológico.
Por isso, HOJE, os Portugueses Pensantes EXIGEM a preservação da Língua Portuguesa, e fazem LUTO por vê-la ignorantemente tão ENXOVALHADA na Internet, no Google, na Wikipédia, nas redes sociais, nos documentos oficiais do Estado Português, sites governamentais, site da presidência, nas televisões, nos livros incurrêtâmente traduzidos, nos livros acordizados de escritores que abominavam o AO90, enfim, no mundo MEDÍOCRE que é o dos PREDADORES da íntegra, culta, original e verdadeira Língua Portuguesa.
Uma coisa é certa e segura: Língua Portuguesa há só UMA e mais nenhuma: é a de Camões, a de Gil Vicente, a de Pessoa, a de Eça, a de Camilo, a de Saramago, a MINHA.
A Língua Portuguesa deu várias Variantes dela ao mundo, sendo uma delas a Variante Brasileira, tal como os navegadores portugueses deram novos mundos ao mundo.
Isto chegará a um ponto em que os Portugueses, não tendo mais uma LÍNGUA sua, terá um linguajar escrito e falado que, NÃO pertencendo às Famílias Linguísticas do mundo, que foi estruturando as suas Línguas Maternas segundo as regras das Ciências da Linguagem, estarão fora desse mundo a papaguear e a juntar umas letras com outras, que não fazem o mínimo sentido, ou seja, os Portugueses estão a caminhar para o regresso ao tempo das cavernas, e os que se estão nas tintas para esta tragédia linguística, e não se manifestam, começarão a fazer desenhos nas paredes dessas cavernas, para se entenderem uns aos outros, e a rebusnar como um animal de uma nova espécie que, em vez de evoluir, regride, ao ponto de ser candidato a uma criatura em vias de extinção.
Esta é uma previsão do que poderá acontecer ao nosso País, cujos actuais governantes não têm capacidade intelectual para defender o seu património, e uma grande fatia do seu Povo é zombie.
Para os interessados, para os que querem manter-se informados, para os que amam a Língua Portuguesa, aqui deixo o texto do Professor António Vieira.
Isabel A. Ferreira
Agradeço ao Erick a sua lucidez.
Lamento que em Portugal haja portugueses que não tenham a lucidez do Erick.
Erick de Castro Valverde respondeu a um comentário no post «Fonoaudióloga brasileira em Portugal luta para provar que fala português» às 16:37, 04/05/2023 :
Olá, Célia e Isabel! Concordo plenamente com a vossa colocação. Eu sou brasileiro, estudei em escola pública e atesto que a educação brasileira está muito aquém da portuguesa. Há até mesmo estrangeiros de outras nacionalidades se colocando como linguistas criando padrões para o Português falado no Brasil. Se nem os brasileiros em seu precário sistema de ensino conseguem dominar, imaginem estrangeiros de outras nacionalidades em solo brasileiro se colocando como letrados... Acho que isso já diz a que pés andam as equivalências educacionais... O "vitimismo" realmente impera. Vocês não imaginam os absurdos que algumas pessoas escrevem se houver uma simples fala que relacione a cor da pele ou questões sexuais. Eu aprecio e acordo com a vossa postura. Defendam tudo que preserve a cultura e as tradições do vosso povo. Infelizmente, Portugal está sobrecarregado de estrangeiros. Reconheço que há falta de mão de obra e a única forma de tapar essas lacunas é abrir as fronteiras para os imigrantes ( e os que tem vindo ultimamente, ao menos do Brasil, são da pior espécie), mas desenvolvam políticas públicas para preservar os traços linguísticos do vosso povo, ou muito em breve, o que hoje se conhece como o sotaque Português de Portugal vai ser conhecido apenas por relatos em livros de história. Um abraço do Alto Minho.
E um ALERTA!!!!!!! 《(...) muito em breve, o que hoje se conhece como o sotaque Português de Portugal vai ser conhecido apenas por relatos em livros de história.》Diz o JPG que esta é uma frase assassina, sim, por isso, o Erick ALERTA para que Portugal desenvolva políticas públicas para preservar os traços linguísticos do NOSSO povo, OU, muito em breve, o que hoje se conhece no Brasil como o "sotaque Português de Portugal" vai ser conhecido apenas por relatos em livros de história. E isto é uma verdade cruel. E se nada fizermos para SALVAR a NOSSA Língua, é isto que acontecerá, e é isto que eles pretendem: os de lá e os de cá. Vamos deixar que isto aconteça?
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