Recebi a mensagem, abaixo reproduzida, de um subscritor do APELO ao Presidente da República, que me parece importante divulgar (encómios à minha pessoa, à parte), por conter uma visão, que me parece muito elucidativa, acerca do pseudo-acordo engendrado por pseudo-linguistas e implantado em Portugal por pseudo-políticos.
Não podemos permitir que esses pseudo-políticos nos façam de parvos, obrigando-nos a engolir um produto proveniente de uma insanidade em estado já muito avançado
Há que resistir e insistir até que a razão brote do pântano.
Isabel A. Ferreira
«Dra. Isabel A. Ferreira
É inestimável o trabalho que, em nome de todos os subscritores e na defesa deste primado da Nação Portuguesa, tem realizado sobre a mais do que necessária (imperiosa!) abolição do auto-denominado "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", um pseudo-acordo forjado nos gabinetes dos seus autores à revelia de qualquer consulta pública a anteriore (como deveria ter acontecido), ou mesmo a posteriore.
O pseudo "acordo ortográfico" é tudo isso (pseudo!), pois resulta da tentativa da sua imposição à sociedade dos falantes de português (que aqui são quem "mais ordena"), por parte de um grupo de pseudo-"linguistas" que, em meu entender, infantilmente, assim pensam defender a Língua Portuguesa.
Em todos os lugares, as línguas aí faladas são sujeitas a influências naturais (vizinhanças, ambientes, posturas, costumes...). A própria Língua Portuguesa resulta de uma matriz ancestral que ainda hoje a enforma e da qual é apenas uma das várias línguas daí resultantes.
Hoje, a Língua Portuguesa já está sendo a matriz de outras formas emergentes, movimento imparável que não resulta de intervenções artificiais e organizadas, de inclusão do que é próprio de outras gentes e outros lugares. Isto, por si só, deve ser-nos motivo de um enorme orgulho.
As variantes linguísticas praticadas em outras regiões são muito importantes (a variante do Brasil não é a mais importante, é-o tanto quanto outras), pois, além do mais, se enraízam como testemunhos desse Outrora que ainda hoje nos une ou aproxima, afirmando o seu e o nosso Presente! Essas variantes linguísticas não podem vir a tornar-se a nova regra da Língua Portuguesa, quando muito serão a regra dessas variantes, talqualmente a nossa Língua Portuguesa assim se afirmou como tal.
Trata-se de um movimento cultural natural que bole com todos, de todos os continentes e lugares. Hoje como outrora.
A orgânica que presidiu à pseudo-implantação do "novo acordo ortográfico" é, em si mesma, um processo abortado à nascença, pois não seguiu os trâmites naturais das evoluções linguísticas (a sua matriz é absolutamente artificial).
Os meus sinceros agradecimentos, pelo seu esforço em nome de muitos.
Os meus cumprimentos,
José Manuel Campos d'OLiveira Lima»
Em Portugal, criam-se comissões para avaliar questões fracturantes, e chamam-se os mais abalizados peritos para darem pareceres. Os pareceres são dados, mas se estes colidirem com o quero, posso e mando dos governantes, há que descartá-los, esquecê-los, atirá-los ao caixote do lixo, para que se imponha o que APENAS os todo-poderosos governantes têm previamente concertado. E estas comissões acabam por ser, além de dispendiosas, completamente inúteis, existem apenas para inglês ver. E esta é uma atitude típica das ditaduras fantasiadas de democracias.
O que está por detrás desta atitude prepotente, não está no segredo dos deuses. Todos os que têm lutado pela defesa da Língua Portuguesa conhecem bem os enredos sórdidos desta tirania, e têm-nos denunciado recorrentemente, por onde podem, porque no meio mais abrangente – o das televisões – é assunto tabu, e o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa, a este respeito, ele, que fala de tudo, ou quase tudo, todos os dias, em todo o lado, quase ao mesmo tempo, de tão indiciador é absolutamente incompreensível e inaceitável, algo que o fará entrar para a História como um dos coveiros da Língua Portuguesa.
O que Dom Diniz iniciou com glória, Marcelo Rebelo de Sousa terminará com desonra.
Já estamos fartos deste jogo, que se joga nos bastidores da política, escondido do escrutínio dos Portugueses. Basta de andarem a brincar aos democratazinhos, ao encherem a boca com somos um Estado de Direito e uma Democracia, quando, na realidade, somos um profundo estado caótico, onde democracia é apenas uma palavra esvaziada do seu significado mais primordial.
Posto isto, e na sequência do repto lançado aos Portugueses Pensantes, para que subscrevam um APELO a enviar ao Presidente da República, para que este faça cumprir a alínea nº 3, do Artigo 11º da Constituição da República Portuguesa, e no âmbito da celebração da Língua Portuguesa, a efectuar neste Blogue, no próximo Dia 10 de Junho, Carmen de Frias e Gouveia, Mestre em História da Língua Portuguesa e doutoranda na mesma área, deu-me a conhecer o seu preciso e precioso parecer que, em 2017, enviou à XII Comissão da Assembleia da República, o qual NÃO foi levado em conta, aliás como todos os outros doutos pareceres que se apresentaram a quem de direito, e quem de direito simplesmente os desprezou, por motivos que devem ser democraticamente explicados ao Povo Português.
Aqui deixo, aos meus caros leitores, o link para esse parecer, e mais dois links para as suas intervenções em 2015 e 2018, as quais também foram desprezadas ditatorialmente, porque apenas ditatorialmente se desprezam intervenções e pareceres válidos, quando está em jogo a DEFESA do nosso maior património identificativo: a Língua de Portugal.
«Ao Ex.mo Senhor Coordenador do Grupo de Trabalho de Avaliação do impacto do Acordo Ortográfico de 1990 e aos Ex.mos Senhores Deputados que o integram (12ª Comissão da Assembleia da República)»
Carmen de Frias e Gouveia - A (in)viabilidade do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990... (2015)
https://www.youtube.com/watch?v=w8loVrmdtME
Dra. Carmen de Frias e Gouveia - Da inutilidade do "novo" Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. (2018)
https://www.youtube.com/watch?v=ktbQbjMbtgg
Isabel A. Ferreira
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