A propósito disto tenho algo a dizer:
Talvez quem escreveu a notícia, quisesse referir-se à obsessão de Marcelo Rebelo de Sousa pelas “selfies”.
Então, Marcelo poderia ir "retratar-se" junto dos cemitérios onde estão enterrados os corpos dos que os antepassados DELE mataram, e, do bolso DELE, pagar os custos da colonização feita pelos antepassados DELE, a Lula da Silva que, sem o mínimo pejo, está a cobrar esses custos, que ele acha que pertence a Marcelo. E já agora, que Marcelo peça muita desculpa pelo que ELE (Marcelo) fez de mal aos brasileiros do século XXI.
Porque nós, Portugueses do século XXI, não nos sentimos culpados de nada. A escravatura africana nasceu em África, com os africanos a escravizar outros africanos para os vender aos brancos que por ali passavam... Era um negócio da époa, como hoje há o negócio dos imigrantes escravizados, por aí... Não devemos nada a ninguém. Não roubámos nada. O ouro que os brasileiros dizem que Portugal "roubou" pertencia a Portugal, porque o Brasil era território Português.
E isto faz parte da História. Faz parte do PASSADO. E andar por aí a desenterrar mortos é coisa de gente mórbida e ignorante.
Pelo que se vê, os brasileiros esquerdistas andaram a fazer uma lavagem cerebral a Marcelo, como fazem aos desinstruídos brasileiros, que andam por aí a espalhar estas insipiências, demonstrando uma gigantesca ignorância sobre o que é a HISTÓRIA.
E sim, com a entrega da Língua Portuguesa ao Brasil, e agora com estas lamentáveis declarações, Marcelo TRAIU Portugal, diante de jornalistas estrangeiros, que deviam ter ficado com muita má impressão dos Portugueses.
É óbvio que as pessoas civilizadas do Século XXI d. C. lamentam profundamente a escravidão, a tortura e a morte de TODOS os seres humanos que, desde o aparecimento do Homem na Terra, foram submetidos a esses horrores, arbitrariamente. O que podemos fazer é aprender com os erros cometidos nesse Passado, para não voltar a cometê-los. No entanto, a História diz-nos que o Homem nada aprendeu com esses erros, e continua a cometê-los, cada vez mais sofisticadamente. E é isto que HOJE deve contar.
Numa destas, talvez os Egípcios do século XXI d. C. também queiram pedir desculpa a Isaac Herzog, actual Presidente de Israel, ou indemnizá-lo, pela cruel escravatura imposta ao Povo Hebreu, pelos Faraós.
Há coisas inacreditáveis, que só se devem à falta do SABER e da Lucidez.
Isabel A. Ferreira
Origem da foto: https://www.facebook.com/photo/?fbid=7939515449406278&set=gm.1554476052012686&idorvanity=1059980261462270
Rezam as crónicas que há precisamente 524 anos, no dia 22 de Abril de 1500, Pedro Álvares Cabral e a sua Armada aportaram a terras de um continente, que viria a ser chamado América (do Sul), habitado por indígenas com uma Cultura própria. Os Portugueses não sabiam, mas aportaram a um território a que os indígenas chamavam Pindorama, ao qual os Portugueses deram o nome de Terra de Vera Cruz, e só em 1527 passou a ser designado como Brasil, que passou a fazer parte do Reino de Portugal e dos Algarves. Com a transferência da Corte de Dom João VI para o Brasil, em 1808, o Brasil ficou integrado no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 16 de Dezembro de 1815.
Em 07 de Setembro de 1822, Dom Pedro I, nas margens do Rio Ipiranga, gritou lá do alto do seu Cavalo: «Independência ou morte». E o Brasil, nesse dia, deixou de pertencer à Coroa Portuguesa.
***
Costumava-se (tempo passado) dizer que de Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos.
Mas HOJE nada temos a lamentar sobre os ventos e os casamentos que vêm de Espanha, pois nós e os de Espanha soubemos encontrar o nosso lugar na História, e o espírito de fraternidade sobrepôs-se a malquerenças antigas. E é deste modo civilizado que devemos estar no mundo, e não cegos por vinganças, que só inferiorizam quem as quer levar a cabo.
Isto para dizer que o mesmo já não podemos dizer em relação ao Brasil, pois é de lá que actualmente vêem os maus ventos e os casamentos de conveniência, passados que são 524 anos desde a descoberta de um território que viria, mais tarde a chamar-se Brasil, um país que, se existe, aos Portugueses o deve. Os Portugueses fizeram do Brasil um país com um enorme território, situado na América do Sul, e que se estende desde a Bacia Amazónica, no Norte, até às gigantescas Cataratas do Iguaçu, no Sul.
O que fizeram dele, ou melhor, o que NÃO fizeram dele os Brasileiros, os Portugueses nada têm a ver com isso, desde 07 de Setembro de 1822. Quinhentos e vinte e quatro anos já não seria tempo mais do que suficiente para terem cortado o cordão umbilical com os senhores do antigo Reino, ao qual pertenceram?
E, inexplicavelmente, hoje, os de cá aceitam ser vassalos do Brasil, muito servilmente, diria até, muito sofregamente, como bons sedentos de uma grandeza que NÃO existe.
Como é lamentável o espírito de vassalagem que assentou arraiais em Portugal!
E pensar que Portugal, já foi um País de bravos navegadores, que deram a conhecer novos mundos ao mundo, e que hoje não passa de um país pequeno, cheio de servis vassalos dentro.
E isto é caso único no mundo.
Eu, por mim, fazendo os dois Países parte da minha História, não posso deixar de assinalar esta data, que poderia ser festiva, se a relação Brasil/Portugal não estivesse manchada por um obscuro sentimento de vingança de um lado, e, de uma vergonhosa submissão, do outro.
Os motivos deste desprezo que o Filho (Brasil) dedica ao Pai (Portugal), são bem visíveis no Mundo da Cibernética. E não se vê ninguém com lucidez, para pôr ordem na casa, e dizer a essa gente que estão a apoucar o Brasil, com essa desmedida sede de vingança.
Temo que tudo se encaminhe para que venhamos a LAMENTAR que Pedro Álvares Cabral não estivesse a dormir a sesta, em Belmonte, naquele dia 22 de Abril de 1500...
No entanto, tenho esperança de que o Brasil ponha a mão na consciência, e decida deixar Portugal e a sua Língua Portuguesa, para os Portugueses, e vá tratar da sua vida, para poder construir um Grande País, com real importância no mundo, sem precisar da muleta do Pai Português. Os filhos que com 524 anos de existência ainda não conseguiram separar-se do Pai, é porque não têm maturidade nem capacidade suficientes para caminharem pelo próprio pé.
Por enquanto, o Brasil é apenas um País grande, passados que são 524 anos desde a chegada dos Portugueses ao que é hoje o território de Porto Seguro, no estado da Bahia (na altura o Brasil NÃO existia), onde, conforme a imagem documenta, foram recebidos por indígenas, em alvoroço.
Desembarque dos Portugueses em território ocupado por indígenas, os verdadeiros donos das terras que vieram a ser designadas como Brasil. Pintura a óleo sobre tela (acabado em 1900) do artista brasileiro Óscar Pereira da Silva.
18 de Abril de 2024
Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
no dia 18 foi o primeiro, depois seguiram-se mais quatro.
No dia 18 de Abril de 2023, há precisamente um ano, o Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes enviou a Vossa Excelência, através do Formulário da Presidência (que nos garantia uma resposta), a primeira via do APELO, depois seguiram-se mais três vias, à medida que foram chegando mais subscritores, esperando que V. Exa. se dignasse a responder-nos, como é do nosso direito. A única reacção que obtivemos foi através de quatro ofícios oriundos da Casa Civil da Presidência da República, a dar conta da “receção” (palavra que NÃO faz parte do léxico Português) do APELO, e o número que foi atribuído ao processo que, no entanto, não sabemos para que serviu. Na altura, éramos 194 cidadãos, hoje somos 295. Este número, aos olhos de V. Exa., poderá parecer irrisório: por que haveria de estar a incomodar-se com um APELO subscrito apenas por 295 cidadãos? Porquê? Porque V. Exa. é o Presidente de todos os cidadãos Portugueses e também dos que têm dupla nacionalidade, e, segundo a Constituição da República Portuguesa (Art. 109.º), «A participação directa e activa de homens e mulheres na vida política constitui condição e instrumento fundamental de consolidação do sistema democrático.» E convém não esquecer que, dentro de uma semana, a 25 de Abril, estaremos a festejar os 50 anos da nossa Democracia! Será que este nosso Grupo Cívico é constituído por cidadãos de segunda, que não merecem a consideração do presidente da República?
A este propósito, devemos acrescentar que o nosso Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, fazendo parte da União Europeia, da qual Portugal é membro, mereceu uma resposta da Senhora Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, a qual teve a gentileza de encaminhar a Carta que lhe endereçámos, sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade do Português usado na União Europeia, para a Direcção-Geral da Educação, Juventude, Desporto e Cultura, dirigida pela Senhora Monika Kepe-Holmberg, que nos informou de que a Comissão Europeia apoia a diversidade linguística, o que nos levou, de novo, a escrever-lhe, e aguardamos resposta.
Há que salientar que o nosso Grupo Cívico mereceu a consideração da Presidente da Comissão Europeia, e é lamentável que ainda NÃO tenha merecido a consideração do presidente da República do NOSSO País, o qual continua a oferecer-nos apenas o seu mais ruidoso silêncio, sobre esta questão crucial para a sociedade portuguesa.
Se formos consultar as funções de um Chefe de Estado, não vemos em parte alguma que ele tenha de se relacionar institucionalmente com o Povo. Mas há algo que é uma das suas mais importantes funções: «Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu acto de posse, “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. E neste ponto é que está o busílis da Questão da Língua.
Entretanto, deambulando pela Internet, encontrámos a seguinte declaração:
Esta afirmação apresentou-se-nos tão assertiva que nos ocorreu transmiti-la a Vossa Excelência que, embora sendo o actual Chefe de Estado da República Portuguesa, abandonou a Língua Portuguesa, por motivos que só V. Exª. poderá explicar, estando, no entanto, com essa incompreensível atitude, a condenar Portugal ao esquecimento e a um fracasso, que já começou a dar os seus frutos putrefeitos, como foi profetizado por Vasco Graça Moura.
Porquê, Senhor Presidente?
Pensamos que os Portugueses, pelo menos aqueles que PENSAM, merecem que V. Exa. nos explique o motivo pelo qual o senhor NÃO defende a Língua Portuguesa, aquela que está consignada na Constituição da República Portuguesa, e permite que ande por aí a circular uma linguagem, na sua forma grafada, assente num “acordo ortográfico”, que todos os pareceres jurídicos independentes, efectuados por Professores Universitários da área Constitucional, provam minuciosamente ser inconstitucional e ilegal, e que o Embaixador Carlos Fernandes, Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, tão meticulosamente o demonstrou no seu livro «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em VIGOR – PREPOTÊNCIAS DO GOVERNO de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva», publicado pela Editora Guerra & Paz, curiosamente, também em Abril de 2016.
De igual forma, Vasco Graça Moura, com muito rigor, no seu livro «ACORDO ORTOGRÁFICO: A PERSPECTIVA DO DESASTRE», abordou a mesma questão, publicado, por coincidência, também em Abril de 2008, pela ALÊTHEIA Editores.
Ao que parece, as coisas mais importantes acontecem em Abril.
E estando todas estas personalidades com a razão do seu lado, como sabemos que estão, até porque não falta documentação sobre esta questão, porquê ainda nada foi feito para pôr fim a esta inconstitucionalidade e ilegalidade e anular o AO90? Os Cidadãos Portugueses têm o direito de saber o motivo, e, principalmente, as nossas crianças, os nossos adolescentes e os nossos jovens têm o direito de aprender correCtamente a sua Língua Materna, o Português, a Língua Portuguesa, que está consignada na alínea 3, do Art.º 11º da Constituição da República Portuguesa.
Finalmente, Senhor Presidente, gostaríamos de ser esclarecidos sobre a afirmação do Dr. Augusto Santos Silva, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros: Se quisesse, o Governo podia denunciar o acordo ortográfico. Mas não quer [MAS NÃO QUER ?], em resposta à petição “Cidadãos contra o Acordo Ortográfico de 1990”, entregue na Assembleia da República, em 09 de Março de 2017, e assinada por mais de 20 mil cidadãos, e com mais de 200 subscritores. Como pode uma questão desta natureza, que diz respeito à nossa Identidade Linguística, à nossaidentidade como Nação livre e soberana, estar dependente de um simples QUERER de um Governo que viola deliberadamente a CRP?
Senhor Presidente da República, não haverá algo estranho nesta forma de tratar a coisa pública, um Símbolo Nacional fundamental, o Português – cuja ortografia respeita o resultado da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, e que o Brasil assinou, mas rejeitou – de acordo com o n.º 3 do artigo 11.º da CRP?
Para terminar, enviamos a V. Exa., pela quinta vez, este APELO, esperando que V. Exª., desta vez nos responda, atendendo à gravidade da situação em que se encontra a Língua Portuguesa, incorrectamente escrita e falada, nomeadamente nas escolas e nos órgãos de comunicação social, escritos e televisivos, os quais constituem os maiores veículos do mal-escrever-Português, em Portugal, berço da Língua Portuguesa [saliente-se que em Angola escreve-se escorreitamente o Português] estando-se a criar um caos insuportável e a disseminação de uma linguagem incorrecta e tosca, que NÃO pertence à nossa Cultura.
Com os nossos melhores cumprimentos,
P’lo Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes
Isabel A. Ferreira
***
Nota: esta Carta Aberta foi enviada ao PR, através do Formulário e do seu e-mail; aos governantes actuais e partidos políticos com assento no Parlamento; à Procuradoria-Geral da República, à Embaixada de Angola, e a todos os órgãos de comunicação social com maior projecção.
É que por mais modernaços que os designers queiram ser nas suas concepções de arte, há uma coisa comum às Artes de todos os tempos: o bom gosto e a beleza.
A moeda que pretende assinalar os 500 anos do Nascimento de Luís de Camões, o nosso maior Poeta, é simplesmente FEIA, coisa de muito, muito, muito, mas muito MAU gosto.
Camões NÃO merece ser assim deformado.
Deve haver limites para a expressão artística, quando se trata de retratar pessoas. É que isto nem para caricatura serve. E a Arte da Caricatura é uma Arte.
A carantonha, que consta na moeda, mais parece uma CARETA CARNAVALESCA, tipo Caretos de Podence, sendo que estes últimos são muito mais artísticos e belos do que a careta da moeda.
E não me venham dizer que gostos não se discutem, porque isto nada tem a ver com gostos, mas com ARTE e respeito pela memória das pessoas.
Isto só prova que anda por aí uma seita destruidora dos símbolos da nossa História, da nossa Cultura, da nossa Língua, com uma intenção obscurantista.
E não querem que se diga que Portugal sofreu um golpe retrocessionista?
Isabel A. Ferreira
Eu não conhecia João Pedro Graça pessoalmente. Cruzámo-nos na Internet, através dos nossos Blogues, porque partilhávamos da mesma luta: restituir a Portugal a NOSSA amada Língua Portuguesa, livre da enfermidade que a desfigurou, o inadjectivável acordo ortográfico de 1990 (AO90, reduzindo-a ao estado mais básico que uma linguagem pode descer.
No seu Blogue Apartado 53, João Pedro Graça, corajosamente, com determinação, sem papas na língua, sem receio de ser politicamente incorrecto, defendeu a NOSSA Língua Portuguesa com unhas e dentes e outras ferramentas, que ele, eximiamente, sabia usar como ninguém mais o fazia.
Nunca teve prurido em que ou timbrassem de xenófobo ou racista, algo que ele não era, porque quando defendemos a nossa Língua, a nossa Cultura, a nossa História, de predadores malévolos, exercemos o nosso dever cívico de cidadãos portugueses. E o resto são balelas de quem NÃO sabe argumentar, de quem não tem como argumentar, e o mais fácil é chamar-nos de xenófobos e racistas.
João Pedro Graça partiu demasiado cedo, mas deixa-nos um legado precioso: o seu Apartado 53, um precioso acervo documental sobre o maldito AO90, que há-de levar para o charco da História todos os seus intervenientes.
Desde 16/17 de Março de 2024 que não tínhamos notícias de João Pedro Graça, na sua Página do Facebook. Estranhámos a sua ausência, poderia estar de férias, mas jamais esperávamos que ausência seria tão definitiva.
Hoje fomos surpreendidos pela triste notícia da sua morte.
João Pedro Graça era um Homem, com H maiúsculo, que nos habituámos a respeitar.
Um Homem que entrará para a História, como um cidadão Português que cumpriu briosamente o seu DEVER cívico de defender a nossa Identidade Linguística, ao contrário dos predadores da Língua, que ficarão às portas da História, como gente que passou pelo mundo e nenhum legado deixou aos vindouros senão cobardia, servilismo e mediocridade.
Uma GRANDE PERDA para a família e amigos, a quem envio as minhas mais sentidas condolências, mas também uma GRANDE PERDA para todos nós, para mim, que o tinha como um amigo, ainda que virtual.
Em sua memória, continuaremos a lutar como ele lutou, até que devolvam a DIGNIDADE à nossa Língua-Mãe.
Até sempre, amigo João Pedro Graça!
Até sempre!
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ILC Vídeo Apresentação Web, por João Pedro Graça
Como foi possível a ILC-AO ser rejeitada?
Só o concebo num regime ditatorial.
Isabel A. Ferreira
https://www.youtube.com/watch?v=4EEB3TZT0zI
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P.S.:Por falar em culturas portuguesa e brasileira, morreu esta semana João Pedro Graça, professor e tradutor, que foi impulsionador e primeiro subscritor da Iniciativa Legislativa de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico de 1990 (ILC-AO), que também subscrevi por imperativo de consciência e dever de cidadania. Iniciativa que a Assembleia da República, como foi oportunamente denunciado, tratou de silenciar recorrendo a tudo o que tinha à mão. Apesar disso, João Pedro Graça não desistiu de lutar publicamente contra essa aberração a que polidamente chamaram “acordo” e cujo préstimo tem sido nulo, além de não contribuir para o futuro da língua portuguesa no mundo. João Pedro Graça morreu, mas não morreu a causa a que dedicou parte da vida e que continuaremos em sua memória. O “acordo” é que tarda a morrer, alimentado artificialmente pelo soro da ignorância.
Nuno Pacheco
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Sim, "as culturas portuguesa e brasileira podem conviver em saudável harmonia, sem que qualquer delas perca identidade", no respeito pelas respectivas características da língua, oral e escrita, em que cada uma se exprime e define. Saúdo o esforço, a dedicação, o saber e o empenho com que João Pedro Graça - que infelizmente a morte nos roubou - defendeu a língua portuguesa, combatendo a imposição política aberrante, acéfala e criminosa do AO90 a Portugal. Subscrevi a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (ILCAO), para a qual recolhi centenas de assinaturas. E não posso admitir que, na democracia, que nos trouxe há 50 anos o 25 de Abril, a Assembleia da República se permita ignorar e desprezar a voz dos cidadãos expressa na ILCAO! Leiam e respeitem a Constituição!
Comentário de Maria José Abranches
«Eu sou contra o Acordo Ortográfico. Por isso, até me prenderem ou me darem cacetadas, escrevo em português antigo. E mesmo depois de prenderem e de me darem cacetadas.»
Nuno Markl, Humorista, locutor e escritor
«O acordo ortográfico é uma merda. A Academia [Brasileira de Letras] é uma excrescência de velhos tempos.»
Millôr Fernandes, Humorista e escritor brasileiro
«A confusão entre gramática e convenção leva a muitos enganos — como defender o Acordo Ortográfico porque a língua muda (pois muda, mas a ortografia não tem de mudar à força) […]. O acordo ortográfico trouxe confusão à ortografia e, nesse ponto em particular, estamos pior do que estávamos há 10 ou 20 anos. É um dado objectivo, que pode ser atestado pelo número absurdo de “fatos” que aparecem no Diário da República.»
Marco Neves, Tradutor, escritor e professor universitário
«Contrariamente ao muito que se diz por aí, as alterações que vão ser introduzidas são muito poucas e julgo que basta uma meia hora para os professores aprenderem as novas regras. E depois é aplicá-las.»
Paulo Feytor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português (APP), 02-09-2009 Diário Digital.
Em escritos anteriores, temos chamado a atenção dos caros leitores para todo o tipo de aberrações que têm visto a luz do dia, à boleia do inadjectivável AO90. Não será por acaso, como já o dissemos anteriormente, que Millôr Fernandes, numa das citações em epígrafe, tenha optado por um substantivo em detrimento de um adjectivo quando o seu propósito era o de caracterizar negativamente o dito acordo.
Neste escrito de Março, a nossa pesquisa centrou-se essencialmente no termo contato, que a par de fato, é uma verdadeira pedra-de-toque da cacografia. Limitámos, desta vez, a nossa pesquisa a um único órgão de comunicação social, o jornal O Minho, contra o qual nada nos move. Apenas queremos, mais uma vez, denunciar o infindável sem-número de atropelos, decorrentes da aplicação do AO90. Acrescentamos ainda que a maior parte das citações e das imagens são relativamente recentes, comprovando que vieram para ficar. É ainda imperioso mencionar que este tipo de erros não existia antes da aplicação forçada do inaplicável AO90.
Vejamos, então, os resultados de uma breve pescaria numa tarde de fim-de-semana:
[…] As autoestradas geridas pela concessionária têm experimentado aumentos médios anuais no tráfego de 12% desde 2011, sendo impulsionadas pelo fato de servirem como uma alternativa ao congestionamento na VCI, no Porto.» O Minho, 22-02-2024
Ah, repare na semelhança entre as citações números 2 e 6. O erro atrai o erro, não é? Os revisores fazem falta, não é?
Ah, seguindo o conselho expresso na citação número 8, é de evitar o contacto com esses seres gelatinosos e com uma ortografia incoerente, ilógica, incongruente e desrespeitadora da sua etimologia.
Ah, quantas meias horas há em catorze anos?
Ah, além de se perceber que esta ortografia só pode ter tido origem em gente sem tacto, não podemos deixar de referir o fato que impulsiona aumentos de tráfego. Sabe o leitor onde se vendem tais fatos e semelhantes fatiotas? Que estes fatos custam caro, temos absoluta certeza!
João Esperança Barroca
É urgente acabar com a lusofobia tanto quanto com a lusofonia
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Recebi o comentário de uma/um (?) brasileira/o (?) que reproduzo mais abaixo, e destacá-lo-ei no Blogue, para ver se, de uma vez por todas, os brasileiros, a quem fizeram lavagem cerebral, encaixam que, se querem fazer do grande Brasil em território, um Brasil GRANDE em nobreza, devem aceitar o seu passado, tal como ele foi e não como gostariam que tivesse sido, e o deixem lá, nesse tempo antigo, de onde os mortos jamais virão reclamar o que era natural na vida de todos os povos dessa época. Lembrem-se de que os vindouros irão criticar, no futuro, o que os seus antepassados NÃO fizeram para lhes deixar um mundo melhor, por ficarem presos a um passado que não volta mais.
É, pois, da ESTUPIDEZ pretender julgar o passado através dos valores culturais, sociais e morais do presente.
Também é preciso que os brasileiros, a quem fizeram lavagem cerebral, encaixem, de uma vez por todas, que não é soltando, por aí, a sua LUSOFOBIA patológica que alcançarão o reino dos céus de Portugal.
Obviamente, este pensamento de Epicuro não se aplica aos que SOFRERAM e SOFREM horrores às mãos de carrascos. Os outros, os que nunca estiveram no lugar desses que SOFRERAM e SOFREM horrores, devem reflectir sobre as palavras de Epicuro, e não andar por aí a cobrar dos outros, o que esses outros nunca fizeram, porém, lamentam que a vida seja tão cruel para uns, e tão benevolente para outros.
Nayara comentou o post A notícia «Há crianças portuguesas que só falam 'brasileiro'» gerou comentários que dizem de uma exacerbada e incompreensível LUSOFOBIA e da ignorância optativa às 03:13, 05/04/2024 :
Claramente alguns comentários destacados estão em português de Portugal portanto devem ser descartados visto que como a própria senhora pontuou não temos capacidade para tal. Logo são comentários maliciosos falsos feitos por outros portugueses. Quanto as influências que o português do Brasil sofreu, você sabia que o sotaque do sul foi predominantemente moldado por portugueses dos Açores que é muito peculiar? Já em 1808 quando a coroa portuguesa se mudou para o Rio de Janeiro o “R” com fonema do francês chegou ao Brasil Os integrantes da realeza imitavam o “R” falado pelos franceses, referência cultural e intelectual europeia naquela época. Em pouco tempo, a elite local também passou a copiar esse jeito de falar e assim permaneceu. Quanto a suas outras pontuações eu não sou esquerdista e não preciso ser pra dizer que os 388 anos de escravidão no Brasil implantado por portugueses foi um crime contra a humanidade. Esse é um capítulo tenebroso e inegável na história de Portugal o qual a senhora recusa-se a admitir. Foi uma colonização no mínimo revoltante mas é passado. Passado no qual precisamos admitir, aprender e nos distanciar enquanto sociedade. |
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1 – NÃO existe Português de Portugal, bem como NÃO existe Português do Brasil. O que existe é a Língua Portuguesa, o PORTUGUÊS, e a VARIANTE BRASILEIRA DO PORTUGUÊS, entre outras Variantes, geradas noutras esferas.
2 – O Português até pode ser razoavelmente compreensível, para os brasileiros, na sua forma escrita, porém, na sua forma oral NÃO é, tanto que dobram e legendam tudo o que é falado em Português, nas televisões brasileiras, e não nos percebem quando falamos cara a cara, com eles.
3 – Aconselho-a a reler o que escrevi, para avaliar a que “capacidade” me referi, no meu texto, em relação aos Brasileiros. Isto já é uma prova da iliteracia brasileira em relação ao Português escrito.
4 –Os comentários publicados, além de não serem falaciosos, são escritos por brasileiros incultos, basta considerar o léxico e a construção frásica. O YouTube está cheio de vídeos brasileiros com conteúdos iguais.
5 – Aos Portugueses não interessa para nada os sotaques brasileiros, que variam de região para região. Interessa a FONOLOGIA, que é completamente outra coisa, e nada tem a ver com a Fonologia da Língua Portuguesa.
6 – O vosso problema é terem uma fixação doentia e complexada pelo vosso passado, negligenciando o presente e ignorando o futuro. Os Brasileiros são o ÚNICO povo colonizado que ainda mantém uma relação/ódio com o ex-colonizador. Aceitem o vosso passado, porque NÃO podem mudá-lo. Além disso, os únicos brasileiros com direito a protestar são os INDÍGENAS brasileiros, os donos das terras do Brasil. Se você é brasileira, a Portugal o deve, e se não gosta, mude de nacionalidade, mas não queira ter a nacionalidade portuguesa – que muitos têm apenas para obterem privilégios e darem o salto para outros países europeus, por odiarem estar em Portugal, mas sem a muleta portuguesa, jamais conseguiriam – porque sentir-se-ia como um peixe fora d’água.
7 – Não nos interessa NADA como se falava em 1808. Interessa, sim, como se fala e escreve em 2024 d.C., e o que se escreve e fala no Brasil, actualmente, NÃO nos diz respeito.
8 – Não interessa se você é esquerdista ou não. O que interessa é que foram os esquerdistas brasileiros, da ala mais ignorante, que decidiram DETURPAR a Língua do ex-colonizador, continuando a designá-la como Português, e a isso chama-se USURPAÇÃO do IDIOMA ALHEIO, com a agravante de o terem deformado.
9 – A escravidão no Brasil foi exactamente igual a todas as outras escravidões, desde o Egipto antigo até aos tempos que correm. Sempre houve escravidão. Ainda há escravidão e tráfico humano no Brasil. Deviam preocupar-se com isso, não, com o que não pode voltar atrás, para ser redimido. Também deviam preocupar-se com as barbaridades que HOJE o Brasil está a cometer contra os Indígenas brasileiros, algo que os colonizadores nunca fizeram. Apenas os descendentes dos escravos africanos podem sentir-se “incomodados”, com a escravidão dos seus antepassados, mas têm de saber que SE os seus antepassados foram escravizados, aos próprios africanos o devem, pois eram eles que os apanhavam nas tribos vizinhas, os traficavam, os vendiam aos Portugueses, aos Ingleses, aos Castelhanos, aos Holandeses, aos Franceses. Se devemos condenar a escravidão? Claro que devemos condenar TODAS as escravidões, desde a Antiguidade até aos nossos dias. Mas o que interessa condenar a escravidão de tempos antigos se são mantidas nos tempos modernos? Crime contra a Humanidade são todas as escravidões, todas as guerras, todas as torturas, todas as crianças deixadas a morrer à fome, a serem exploradas, a serem violadas, a servirem de objectos sexuais, HOJE. Mas o que importa para si a escravidão actual? Só interessa o que se passou há séculos, no Brasil, algo, de que NÓS, Portugueses do século XXI d. C., NÃO fomos responsáveis? É, pois, da estupidez julgar os actos do passado à luz dos valores do presente.
10 – Vejo que nada sabe das minhas posições sobre o que chama “capítulo tenebroso da História de Portugal”. A propósito disso, até escrevi um livro. E sobre os capítulos tenebrosos da História do Brasil pós-1822, a Nayara sabe alguma coisa? Não lhe interessaria saber?
11 – Para sua informação, e uma vez que os brasileiros, descendentes de europeus e de outras paragens, dizem que preferiam ter sido colonizados pelos Ingleses (como se pudessem fazer recuar o tempo!) as colonizações inglesa e castelhana foram muito mais bárbaras e cruéis do que a colonização portuguesa. Nós não exterminámos impérios, nem tribos inteiras de indígenas. Vejo que nada sabe da História da América do Norte e da História da América do Sul. Aconselho-a a informar-se melhor, antes de vir comentar o que quer que seja, e também aconselho a não seguir as mentiras que os esquerdistas ignorantes andam a espalhar por aí...
12 – Por fim, deixe-me dizer-lhe que o seu comentário é de alguém a quem fizeram lavagem cerebral, que não estudou por livros, mas por “bocas”, algo que não lhe permite viver no século XXI d. C., estando especada num tempo que jamais será reescrito, ainda que o Brasil estrebuche até à exaustão.
Isabel A. Ferreira
Com que intenção o teria feito?
Os Portugueses, que NÃO usam palas, sabem muito bem os motivos obscuros que levaram o governo socialista a destruir um símbolo do Governo de Portugal, para o substituir por três figuras geométricas que podem representar qualquer coisa que se queira, mas JAMAIS poderá representar o Governo de Portugal, e pior, usurparam algo da exclusividade do Estado Português, ao substituírem "Governo de Portugal", por "República Portuguesa". E Marcelo Rebelo de Sousa calou-se. Na verdade, a República Portuguesa NÃO tem logótipos, tem SÍMBOLOS, e os símbolos são intocáveis. E o que fizeram não tem nada a ver com modernices, com inovações, mas com outra coisa: a intenção clara de desidentificar Portugal, para dar lugar a usurpadores.
Atentem bem nestas duas imagens, e digam-me qual das duas, de imediato, nos leva a Portugal, sem precisar de outra qualquer identificação?
Pode ser que não interesse a ninguém, mas, ainda assim, vou aqui deixar a minha interpretação sobre o ex-símbolo do ex-governo destruidor de símbolos portugueses, aqui incluída a Língua Portuguesa, que também está totalmente descaracterizada, e pelos mesmos motivos.
Como sabemos, o partido comuno-socialista rasteja aos pés do Brasil, e até permite que seja ele o dono da NOSSA Língua, e faça acordos, por detrás do pano, para beneficiar o País do “verde e amarelo” (cores brasileiras).
A primeira vez com que me deparei com o novo símbolo do ex-governo, constituído por um rectângulo verde, um círculo amarelo e um quadrado vermelho, veio-me imediatamente à cabeça a descarada subserviência dos ex-governantes portugueses ao Brasil.
Este símbolo descaracterizado, que daria para representar qualquer país do mundo, serviria para fazer o frete ao Brasil com o "Verde e Amarelo" correspondente à Bandeira Brasileira, e o quadrado vermelho, numa alusão à Bandeira Portuguesa, em posição subalterna e quadrada?
Para quem não sabe, no Brasil, designar uma pessoa como quadrada é chamá-la de bota-de-elástico, antiquada, chata, retrógrada, ultrapassada. Foi o que chamaram, nas televisões brasileiras, à Selecção Portuguesa e também à bola quadrada com que os portugueses iriam jogar, em 1966, aquando da realização do Campeonato do Mundo de Futebol, antes do jogo Brasil-Portugal, em que Portugal ganhou ao Brasil por 3-1, e ficou em terceiro lugar, facto que levou à destruição de muitas lojas de portugueses. Eu estava lá, e vi, com os meus próprios olhos, a destruição das montras dos negócios dos portugueses. Uma coisa realmente muito, muito feia. Eu era ainda uma adolescente, mas não era cega e já era dotada de espírito crítico.
Quando vi aquele símbolo descaracterizado com as cores do Brasil (verde e amarelo) em primeiro lugar e o quadrado vermelho em lugar subalterno, tudo isto me veio à cabeça, e não me surpreendi que tivesse vindo, devido ao mais que evidente CAPACHISMO dos governantes Portugueses. Quiseram imitar o símbolo também descaracterizado do governo de Lula da Silva, que mais parece uma bandeira LGBTQIA+? E nada tenho contra esta sigla, apenas com o símbolo descaracterizado.
Nada naquele símbolo socialista nos levava a Portugal.
E eu, quando o vi pela primeira vez, conhecendo como conheço as manhas e artimanhas dos políticos de lá e de cá, fiz, de imediato, esta leitura. Tô certa ou tô errada? -- (Como diria Sinhozinho Malta, personagem da extraordinária novela brasileira Roque Santeiro).
Pode ser que esteja errada. Mas o que é que isso importa?
O que importa é que descaracterizaram um símbolo português, porque talvez a intenção fosse desidentificar Portugal, e se a este barbarismo juntarmos a descaracterização da Língua Portuguesa, que anda por aí a circular como Português, assinalado com a Bandeira Brasileira, temos um quadro bastante elucidativo.
E a isto que se vê na imagem abaixo chama-se USURPAÇÃO do Idioma de um País alheio.
NOTA: e que ninguém diga que sou xenófoba, porque xenofobia não rima com o direito de defender os valores do MEU País, além disso, o Brasil faz parte da minha história, e irrito-me quando os brasileiros incultos insultam o Brasil, ao insultarem acintosamente Portugal e os Portugueses.
Isabel A. Ferreira
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