Sábado, 31 de Agosto de 2024

O que estão a fazer à NOSSA Língua? Não têm vergonha?

 

Esta publicação nada tendo a ver com o AO90, diz do DESPREZO a que a Língua Portuguesa, a NOSSA Língua, foi votada, depois da imposição ilegal deste abortográfico.

Hoje , vale tudo! Cada um fala e escreve como a ignorância, que carregam, lhes ordena.


A vergonha emigrou. O brio profissional também emigrou, e o SABER esvaiu-se na escuridão dos tempos que correm...

E o pior é que não há ninguém racional que tenha a capacidade de ver o óbvio.

Isabel A. Ferreira

 

Intacta Ignorância.png

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:49

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Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024

Novo jornal «PÚBLICO Brasil» informa que “Casal de brasileiros compra escola em Estoril”. A meta é investir no seCtor, que eles consideram um dos mais promissores de Portugal (?)

 

(A Parte I desta matéria encontra-se aqui)

 

Para tornar a Saga da Língua Portuguesa ainda mais surreal, chegou-me, via e-mail, uma notícia que me surpreendeu pela negativa: em Portugal, nasceu mais um jornal, o PÚBLICO Brasil, com o objectivo de falar com os brasileiros que vivem em Portugal, e dar visibilidade à Variante Brasileira do Português, como se já não bastasse os subservientes órgãos de comunicação social, que, cegamente, se venderam ao ilegal AO90, tal como Judas se vendeu ao Sinédrio, por 30 dinheiros, e já propagam a torto e a direito, em demasia e mal, a grafia brasileira, e o Brasileiro, as Brasileirices e os Brasileiros reinam, em Portugal, e já há portugueses com vontade de deixar de o ser.

 

Belo serviço está o Jornal Público a prestar a Portugal!

Não esperava tal atitude. Não, do Jornal Público.

 Considero isto uma espécie de traição à Língua Portuguesa.

 

Os Brasileiros precisam de um jornal só para eles, com a linguagem deles, porque não percebem a nossa? Então, têm de deixar de designar a linguagem do Brasil como "Português do Brasil", porque o Português do Brasil NEM sequer existe. O que existe é a Variante Brasileira do Português, tão válida quanto outra qualquer variante de uma qualquer outra Língua.

 

E é óbvio que isto nada tem a ver com integração. Quando vamos para um país estrangeiro, integramo-nos através da Língua local. Isto tem a ver com uma imposição, cada vez mais evidente, da Variante Brasileira do Português, com motivações unicamente políticas.

 

Eles são muitos? São. Ninguém pode negar as evidências.

Mas nós não temos nada a ver com isso.

 

Entretanto, aguardei um certo tempo, para publicar esta PARTE II, da minha reflexão sobre a questão das Línguas d’aquém e d’além-mar, até que aparecesse algo que me fizesse unir as pontas, para poder perceber melhor esta necessidade premente de criar o PÚBLICO Brasil, para dar visibilidade à Variante Brasileira do Português, como se já não nos incomodasse ver, por aí, a Língua Portuguesa manchada pelo mal-amanhado AO90.

 

E esse algo, surgiu-me, através de um texto [clicar no link], publicado no PÚBLICO Brasil, intitulado «Casal de brasileiros compra escola em Estoril. “Foi paixão à primeira vista”» - Brasileiros assumem o comando do Colégio Príncipes de Aviz. A meta é investir no setor, [em Língua Portuguesa seCtor] que eles consideram um dos mais promissores de Portugal.

 

Parece-me que dizer que o seCtor escolar é um dos mais promissores de Portugal traz água no bico. Tudo isto, aos olhos de quem está atento à actual triste realidade portuguesa, é muito estranho e não passará de uma espécie de jogo, há muito engendrado, para, propositadamente, pôr em destaque a Variante Brasileira do Português, desprezando-se, desse modo, a Língua autóctone: a Portuguesa. E não me venham falar do AO90, porque é ilegal, inconstitucional e NÃO está em vigor em Portugal.  

 

É que esta escola NÃO se limita a ser uma escola para alunos brasileiros. Nada contra, muito pelo contrário, até porque cada Povo tem o direito de manter viva a sua própria Língua e dar a conhecê-la aos mais novos, caso queiram regressar ao seu País de origem.

Porém, com 91 alunos portugueses matriculados, o Colégio Príncipes de Aviz (antigo Externato com o mesmo nome), com 13 professores também portugueses, trabalha com o primeiro ciclo educacional.

A grande questão é: que linguagem vai vigorar neste Colégio: a Língua Portuguesa em vigor, em Portugal, legalmente [NÃO a do ilegal AO90] ou a Variante Brasileira do Português? Terão os alunos portugueses de escrever Antônio ou António? Geladeira ou frigorífico? Sorvete ou gelado? Irã ou Irão? Celular ou telemóvel? Diretor [vocábulo brasileiro originário do unilateral Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943, ou direCtor [vocábulo português, mas também inglês, castelhano, francês de raiz latina]? Trem ou comboio? Ação ou ACção?

E quanto à pronúncia das palavras?
Pronunciarão direitu ou djirêitu? P'rspéCtivâ ou pêrspéquitchivá?

A não ser que esses alunos queiram aprender a Variante Brasileira do Português (ou Língua Brasileira a ser) como uma Língua estrangeira, assim como aprendem o Inglês, o Francês, o Castelhano, etc., não descurando nunca a Língua Materna: a Língua Porruguesa.

 

António Eça de Queiroz.png

As crianças que entrarem para o primeiro ciclo deste Colégio qual das linguagens aprenderão? A NOSSA ou a do casal brasileiro? A d'aquém ou d’além-mar?

 

É verdade que o Português será tão mais vivo, quanto maior for a sua diversidade. Mas o que está a acontecer é uma tentativa dolosa de meterem a Língua Portuguesa no mesmo saco da Variante Brasileira do Português agitando-o energicamente, para dali fazer sair uma linguagem amixordizada, que não pode ser designada nem como Portuguesa, nem sequer como Brasileira.

 

Será o quê então?

O que pretendem com este jogo político [não-linguístico] alienígena?

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:37

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Sábado, 24 de Agosto de 2024

Título de um artigo publicado no “Executive Digest”: «Português do Brasil com os dias contados? Linguista garante que sim e que idioma passará a chamar-se ‘Brasileiro’. Será mesmo assim?

 

Por dias não estará, e muito menos por décadas. Resta-nos daqui a algum tempo.

O linguista garante, mas há quem garanta com firmeza que o idioma falado e escrito, actualmente, no Brasil é o Brasileiro, há muito, muito tempo...

Apenas os decisores políticos o designam como Português do Brasil por meros obscuros interesses políticos.

Não sou eu que o digo!

 

Enviaram-me, via e-mail, um texto  [clicar no linkpublicado ontem, com um conteúdo que, na minha opinião, NÃO de perita na matéria, mas de uma estudiosa empírica da Língua Portuguesa, é falacioso, e vou explicar porquê.

Barack Obama.PNG

 

(E bajuladores é o que há mais ao redor dos decisores políticos, por isso, estes acham que estão a fazer a coisa certa)

 

- Há muito que insisto, neste meu Blogue, nesta temática. Tenho sido ignorada. Nós queremos que o AO90 seja eliminado e reposta a nossa grafia, a grafia portuguesa, e que o Brasil reconheça, de uma vez por todas, que a sua Língua é a Língua Brasileira, para ONTEM. Não para daqui a décadas, quando a Língua Portuguesa já estiver morta e enterrada, como eles pretendem.

 

- O linguista citado no texto insiste em designar como “Português do Brasil”, a linguagem brasileira, desconhecendo que, no Brasil, já não se fala Português há muito, muito tempo.

 

- Como a linguagem no Brasil sofreu grandes evoluções, desde há muito, não será dentro de algumas décadas, conforme o refere o linguista, que poderá ser reconhecido o Brasileiro, porque já o é reconhecido por milhões de brasileiros, há muito tempo, até porque passei parte da minha infância e juventude no Brasil, a ouvir falar em Brasileiro e NÃO em Português, e há pouco tempo, uns editores brasileiros, quiseram que eu traduzisse para Brasileiro, o meu livro “Contestação”, que foi escrito em Português, mas eu recusei. Apenas os políticos d’aquém e d’além-mar e os que gravitam à volta deles, como fiéis satélites, insistem nesta falácia, por conveniências meramente políticas, e NÃO linguísticas.

 

- Portanto, este linguista, ao falar em décadas, até que o Brasileiro (que já o é oficiosamente há muito tempo), se transforme em Brasileiro (oficialmente), está a desviar-se da realidade.

 

- Para destruírem a Língua Portuguesa, até já vale dizer que o «Português não nasceu propriamente em Portugal, mas sim no Reino da Galiza, um território que fazia parte do que hoje é a Galiza, em Espanha, fundado no século V após a queda do Império Romano». Então o que fez Dom Diniz, quando contratou doutores das Ciências da Linguagem, para fazer nascer uma nova Língua?

 

- Este linguista refere as variantes brasileira e portuguesa, como se a Língua Portuguesa fosse uma variante de si própria. Parece desconhecer, por completo, o significado do termo variante, que em Linguística é sinónimo de dialecto, e a Língua Portuguesa deixou de ser um dialecto, quando se distanciou do Galaico-Português, um dialecto derivado do Latim, de onde se originaram a Língua Galega e a Língua Portuguesa. Línguas irmãs. Para quem estiver interessado em aprofundar este tema, recomendo, vivamente, a leitura de um precioso livro, intitulado «Historia da Lingua Galega», da autoria de Xosé Ramón Freixieiro Mato [professor emérito na Facultade de Filologia da Universidade da Corunha na área de Filologia Galaico-Portuguesa] e Anxo Gómez Sánchez [filólogo, escritor, licenciado em Filologia Hispânica, subsecção galaico-português, na Universidade da Corunha, e Professor de Língua Galega em Carral] onde a história do Galego e do Português é contada com mestria, saber e de um modo absolutamente fascinante.

 

- O linguista também «antevê [e tem todo o direito em antever] um futuro em que a língua falada no Brasil se distanciará tanto do Português europeu que acabará por ser considerada um idioma separado. “Não há maneira de retroceder, não há maneira de travar esse processo de afastamento entre o Português e o Brasileiro». O que talvez o linguista não saiba é que a língua falada actualmente no Brasil já se distanciou há muito tempo do Português, e não será necessário designar como europeu o NOSSO Português, porque NÃO há outro. Isto é absolutamente um descabido pleonasmo.

 

- O linguista dá como exemplo de influências entre a linguagem brasileira e a portuguesa (como se no Brasil o léxico português tivesse lá alguma influência) a geladeira e o frigorífico, esquecendo-se de que o vocábulo geladeira, para designar frigorífico é exclusivamente um vocábulo brasileiro, portanto, a criança NÃO está a falar à brasileira, ao usar o termo geladeira, mas, sim, a falar Brasileiro, se aplicar ao vocábulo geladeira. Em Português geladeira significa tanque utilizado nas fábricas de gelo para congelar a água. E isso tem toda a importância no adequado uso das palavras. E vê-se por aí tantos vocábulos mal aplicados, que até dói!

 

- Esquece-se o linguista de que a estrutura da linguagem usada no Brasil NÃO é a estrutura do Português. As diferenças lexicais são acentuadas. A grafia é o que se vê, na aplicação do AO90, as diferenças na morfologia, na sintaxe e na semântica são bem notórias, e, obviamente, NÃO impediriam a consolidação de uma “língua brasileira” distinta, como o afirma o linguista, porque a motivação é unicamente política.

 

- Não concordo, nem nunca concordei com as teorias deste linguista, por não ver nelas nenhuma consistência científica. Penso que ele está para a Língua Portuguesa tal como Malaca Casteleiro esteve, não contribuindo, até ao momento, com absolutamente nada que pudesse dar dignidade à Língua Portuguesa, que está a ser insolentemente usada e abusada.


- Para mim, este artigo não traz nenhuma mais-valia em Defesa da Língua Portuguesa, tendo sido tratada como se ela não fosse carne, nem peixe, como sói dizer-se lá na minha terra.


 Isabel A. Ferreira

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Sexta-feira, 16 de Agosto de 2024

NÃO existe Português de Portugal vs. Português do Brasil, muito menos Variante do Português de Portugal. Enquanto insistirem nestes antilogismos a Língua Portuguesa continuará a ser vilipendiada... (Parte I)

 

Então o que existe?

Existe a Língua Portuguesa, única e inviolável, e as suas Variantes, sendo a mais evidente, a Variante Brasileira do Português, que pretendem impor aos países da CPLP.

 

É do foro da estupidez dizer que existe um Português Europeu, e que este é uma variante da Língua Portuguesa, quando o berço da Língua Portuguesa é Portugal, e foram os Portugueses que a levaram aos quatro cantos do mundo, onde deixaram um rasto de dialectos oriundos dessa Língua Lusa.



NÃO existe Português do Brasil, porque o Brasil alterou a estrutura da Língua Portuguesa, afastando-a das suas raízes greco-latinas, criando uma variante que apenas pertence ao Brasil, e a mais nenhuma outra ex-colónia portuguesa, e muito menos a Portugal. E essa alteração não se limita apenas à ortografia, mas igualmente ao léxico, à morfologia, à sintaxe e à semântica, porém, a mais notória alteração acontece na fonologia. A partir destas alterações, já não se pode mais falar de “Português” quando falamos da Língua do Brasil.

 

Ponham, por exemplo, um cidadão angolano e um cidadão brasileiro, frente a frente, numa entrevista, na televisão, e depois perguntem a uma criança, que já frequentou a Escola Básica, quem fala o quê. A criança dirá, sem qualquer hesitação, que o angolano fala Português, e o Brasileiro fala Brasileiro. Assim, tal e qual. E se perguntarem a um estrangeiro que tenha conhecimentos do Português, ele dirá o mesmo.


Há por aí quem (até ao mais alto nível) queira pôr em evidência a Variante Brasileira do Português -- à qual chamam, indevidamente, “português” --   apenas porque ela é utilizada por mais de 200 milhões de pessoas.  E daí? O que temos nós a ver com isso, a não ser sentirmo-nos usurpados na nossa identidade linguística?

 

As Variantes do Castelhano e do Inglês são utilizadas por muito mais de 200 milhões de pessoas. A Língua Castelhana e a Língua Inglesa andam por aí a ser vilipendiadas? NÃO andam. E sabem porquê? Porque os decisores políticos Espanhóis e Ingleses não sofrem do complexo de inferioridade de que os portuguesinhos sofrem, e não andam por aí a fazer desacordos desortográficos, para imporem aos Espanhóis e aos Ingleses as variantes que esses milhões falam e escrevem.  

 

E enquanto os decisores políticos portuguesinhos continuarem a aceitar, servilmente, a designação de “Português do Brasil”, e a impor aos Portugueses não-pensantes [porque os há pensantes, logo, insubmissos] a Variante Brasileira do Português, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, com o argumento parvo de que eles são 200 milhões, a Língua Portuguesa continuará a ser vilipendiada.


Eles são milhões? E o que é que nós temos a ver com isso? Podiam ser muitos mais. E daí? Esses milhões têm lá a Variante deles, assim como os ex-colonizados espanhóis e ingleses têm as variantes deles, e os ex-colonizados espanhóis e ingleses não andam por aí a rastejar à ordem dos milhões...


O Brasil ainda não conseguiu cortar o cordão-umbilical com o ex-colonizador. Abominam a colonização portuguesa, até estão interessados em absurdas reparações históricas, deformaram a Língua pela qual optaram, quando se libertaram do jugo português. Por que não assumem de uma vez por todas a Variante Brasileira do Português, que, na escrita até pode parecer semelhante ao Português, mas na estrutura e na oralidade NÃO é. 



Nunca estudei Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Nem os Italianos, nem os Galegos, nem os Mirandeses falam a minha Língua. Eu não sei falar Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Mas leio e compreendo perfeitamente a escrita italiana, galega e mirandesa. Por que será?

 

Com esta idiotice de nos querem impingir a linguagem dos 200 milhões, criou-se uma terceira variante, que bem podemos designá-la como Mixórdia Portuguesa, que levou a uma balbúrdia ortográfica, única no mundo civilizado, onde a Escrita é um meio de comunicação e fixação do Saber, da Cultura e do Pensamento de um Povo.  Em Portugal, essa Mixórdia Ortográfica serve apenas para os básicos se comunicarem.

 

Este facto deplorável não deve dar ânimo a ninguém, porque quanto mais a balbúrdia se impõe, mais a Língua Portuguesa definha. Nunca ouviram dizer que uma mentira repetida muitas vezes transforma-se em verdade? Pois é! É o que está a acontecer nas redes sociais, na Internet, no Google, e os disparates que lá se escrevem começam a ser o pão nosso de cada dia. Nas redes sociais, na Internet, no Google apenas uma elite culta escreve em BOM Português.

 

José de Alencar.png

 

E a ignorância impera, ao mais alto nível, a este respeito. É só estar atento a quem fala e ao que se escreve nas televisões, para ver como se fala e escreve vergonhosamente a Língua Oficial de Portugal.  O que vale é que a Língua Portuguesa NÃO tem a projecção no mundo que têm o Mandarim (1,1 biliões de falantes); o Castelhano (480 milhões); o Inglês (380 milhões); o Hindi (341 milhões); o Árabe (315 milhões); o Bengali (228 milhões) [números de 2024], e, assim, a Língua Portuguesa, escrita e falada de um modo absolutamente deplorável, como se fôssemos um país de básicos, pode ser que passe despercebida.

 

Entretanto, soubemos que Angola tinha (não sei se ainda tem) a intenção de forçar a revisão do AO90. Rever o quê? Para quê? Devia era forçar a anulação pura e simples do abortográfico, porque os abortos não têm e nunca tiveram viabilidade possível.

 

Dizem-me que a questão do AO90 está nas mãos de Angola.

Estará? Angola até pode ser o caminho, mas quem quer, pode e manda, em Angola, ainda não mexeu uma palha neste sentido. Estão à espera de quê?  

 

E para tornar tudo isto ainda mais surreal, chegou-me, via e-mail, uma notícia que me surpreendeu pela negativa: em Portugal, nasceu mais um jornal, o PÚBLICO Brasil, com o objectivo de falar com os brasileiros que vivem em Portugal, e dar visibilidade à Variante Brasileira do Português, como se já não bastasse os subservientes órgãos de comunicação social, que, cegamente, se venderam ao ilegal AO90, tal como Judas se vendeu ao Sinédrio, por 30 dinheiros, e o Brasileirês, as brasileirices e os Brasileiros imperam, em Portugal, e já há portugueses com vontade de deixar de sê-lo.

 

Mas esta matéria é para desenvolver na Parte II, desta minha publicação.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:53

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Domingo, 11 de Agosto de 2024

Não morri. Resisti e regressei para dizer que não desistirei de defender a Língua Portuguesa dos seus predadores, ainda que eles insistam em nos impor a sua vil vontade...

 

Porém, mais dia, menos dia, a casa há-de cair, por não ter capacidade de suster a tamanha infâmia de se ter substituído a Língua Portuguesa por uma Variante (na sua forma grafada).

 

Será isto fruto apenas da ignorância? Ou será fruto da ignorância aliada a interesses não-nacionais? Talvez esta infâmia seja fruto de um pacto bilateral, avassalado à mais descomunal trapaça, que por ser uma descomunal trapaça, agora não há coragem para se humildarem e reconhecerem o erro, se bem que, reconhecer os erros não é para todas as mentes, apenas as mais evoluídas conseguem.

 

Não direi que é fácil lidar com os cegos, surdos e mudos que nos governam.

 

Mudaram-se os tempos. Mudaram-se os governantes, só não mudou aquela retrógrada vontade de não querer mudar, continuando-se a fazer vénias à quantidade, desprezando a qualidade, vincando, deste modo, um entranhado complexo de inferioridade, comum a todos os que governaram Portugal, desde 1990 até aos nossos dias.

 

Como ajudar as mentes não-pensantes, que se fecham à evolução? Às mentes que vêem no retrocesso, progresso? As mentes para as quais errar é humano, por isso, insistem no erro. Se ao menos tivessem a capacidade de pensar...!

 

Durante a minha ausência das lides do Blogue, tive tempo para reflectir no desprezo que os governantes votam aos Portugueses Pensantes, que são aqueles que não os bajulam; aqueles que sabem discernir entre um Idioma e a Variante desse Idioma; aqueles que dizem NÃO à estupidez; aqueles que se recusam a aceitar que a ignorância possa prevalecer sobre o Saber.

Ainda ontem, um cidadão português saiu-se-me com esta: «Não sei se já reparou que estamos a lutar contra moinhos de vento!»

Não, não reparei! Por que haveria de reparar em algo que não existe?

No que reparo é num Portugal que já não é o país dos heróis, que já foram do mar, nem de um Povo, que já foi nobre, nem sequer é aquela Nação valente e imortal de outrora...

 

Reparo num Portugal a finar-se, por estar a matar a própria identidade, através da destruição da Língua Portuguesa, a Língua que o identifica como País livre e soberano.

 

Não há moinhos de vento, mas se os houvesse, não haveria nada que nos impedisse de destruí-los, se, para tal, tivéssemos mais homens e mulheres com coragem de lutar, demonstrando a infâmia que é o desprezo votado à Língua Oficial de Portugal, trocada por uma Variante (na sua forma grafada).

 

Tal afronta causa-nos (pelo menos a mim) uma profunda indignação, algo, aliás, a que temos direito, e mostrar aos decisores políticos essa indignação, que os mais distraídos confundem, erradamente, com agressividade, falta de respeito e, por vezes, ódio, é um dever cívico. A História diz-nos que o mundo nunca avançou através dos distraídos politicamente correctos.



Não seremos muitos, eu sei. Mas não podemos esquecer-nos da Batalha de Aljubarrota, quando poucos derrotaram muitos, porque esses poucos eram Portugueses de uma estirpe, infelizmente, em extinção.

 

Hoje predominam os cobardes, os servilistas, os comodistas, os acomodados, os alienados, os indiferentes, os que andam no mundo só por ver andar os outros, e os subservientes e medricas, tal como referiu José Rentes de Carvalho, escritor luso-holandês, numa entrevista ao jornal Observador, em 13 de Março de 2016 [aconselho a leitura desta entrevista, embora no final, possam ficar com dores de estômago, por ter de engolir uma linguagem tão maltratada, a que ousam chamar “português”].



Posto isto, de regresso à luta, não contra moinhos de vento, mas contra pessoas de carne e osso, que se recusam a ouvir a voz do Povo, que deviam servir, mas desprezam, o que fazer daqui em diante, para sugerir ao presidente da República e ao governo português que tomem em conta o grave erro que estão a cometer, até porque ainda vão a tempo de NÃO ficar à porta da História, recordados como os que, podendo desfazer o malfeito, se recusaram a fazê-lo, por mera cobardia?

 

Não podemos continuar em banho-maria, enquanto na Internet, a Língua Portuguesa está a ser vilipendiada, desbragadamente, não sei se de má-fé, ou se devido a uma agigantada ignorância, sem que nenhum decisor político português tome medidas para travar esta situação deplorável, da qual, por exemplo, o Google, empresa multinacional americana de serviços online e software, é o transmissor-mor dos disparates linguísticos, quando se trata de pesquisar em “português”, conforme a imagem mostra:

 

DEREITOS.PNG

 

Estes “dereitos” estão ali desde 2015, sem que alguém de direito (linguistas, governantes, professores, ministros da Cultura e da Educação, Academia das Ciências de Lisboa [actualmente, vassala da Academia Brasileira de Letras] mexesse uma palha a favor da Língua Oficial do País que dizem servir, mas não servem.

 

Por cada calinada destas (são aos milhares na Internet) Portugal devia cobrar uma altíssima multa. Tenho certeza de que encheria os cofres e os Portugueses viveriam à grande e à francesa, até ao fim dos tempos.

 

Consideram-me melodramática?
Dramática é a situação da NOSSA Língua. Eu apenas transmito uma realidade, que muitos varrem para debaixo do tapete, para não se incomodarem. A vida é curta, há que a gozar! Não é o que dizem? Mas eu não quero mais ser a loba solitária a uivar para a Lua, como os acordistas me consideram.

 

Será assim tão difícil Marcelo Rebelo de Sousa e os governantes portugueses   perceberem o que diz o escritor David Soares, que faz eco do que uma infinidade de Cidadãos Portugueses Pensantes também consideram?

David Soares.png

 

Isto é assim tão difícil de perceber?

As autoridades judiciárias não terão nada a dizer sobre esta violação da Lei e da Constituição da República Portuguesa?

E os que se afirmam defensores da Língua Portuguesa vão continuar a fazer-de-conta que o são, mas nada fazem, ou vão começar a agir?

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:31

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