«A aplicação do Acordo Ortográfico não levará apenas ao caos no ensino nos oito países. Levará a que a língua portuguesa se cubra de ridículo no plano internacional. […] Mesmo sem se abordar a questão dos interesses políticos, económicos ou geoestratégicos em jogo, qualquer leigo verifica que o acordo não traz qualquer solução inteligente. Não traz qualquer utilidade ou mais-valia. Enferma de muitos vícios e, a entrar em vigor, será altamente pernicioso nos mais variados planos.»
Vasco Graça Moura, Escritor
«Custa ver Angola mais sensata do que Portugal num caso como o Acordo Ortográfico. Muito pouca gente quis este acordo. Na verdade, quem quis este acordo foram duas classes profissionais portuguesas que agiram por interesse próprio: a classe dos editores, que maravilha ter que [sic] substituir os dicionários e os livros escolares todos, e meia dúzia de académicos que tiveram aquele sonho clássico do intelectual, que é legislar.»
Pedro Mexia, Escritor e Crítico Literário
«Por vezes, parece que entramos em contradição. Há o caso do recente Acordo Ortográfico: enquanto criador angolano que aprendeu português em Portugal, custa-me um pouco entender porque estive tanto tempo a aprender algo que agora se altera com o que me parece ser uma única preocupação, de negócio. Claro que a ideia de lusofonia é importante para mim, mas não me revejo em tudo o que se faz em nome dessa ideia.»
Paulo Flores, Músico angolano
Fazendo uma breve incursão por alguns órgãos da Comunicação Social, como é habitual, deparamos com o arsenal do costume. Assim, vejamos:
Como vê, caro leitor, nos sítios do costume, continua a morar a ortografia do costume, aquela que ninguém pediu. Será que pode ser alvo de uma acção de despejo? Repare ainda neste último excerto onde nos surge a palavra aspecto, que mantém esta grafia no Brasil, enquanto em Portugal, com o AO90, se escreve, agora, aspeto. Ainda se lembra de ouvir dizer que o AO90 vinha unificar as diferentes variantes do Português? Aqui, unificou tanto que ficou diferente o que era igual. Ele há coisas!
Ah, a RTP vai continuando a ter umas louváveis recaídas, acertando quando erra.
Ah, a febre de amputar consoantes vai-se estendendo. Por serem menos fervorosos, serão meros adetos?
Ah, Vasco Graça Moura, dez anos após a sua morte, continua carregado de razão.
Ah, a omnipresença dos contatos continua, continua…
João Esperança Barroca
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