O porto da cidade de Nagasaki (長崎), no Japão, fez 450 anos, no dia 20 de Novembro 2024, e para comemorar o feito, o coro masculino daquela cidade cantou o hino nacional português para simbolizar a importância de Portugal na sua história, uma vez que foi o povo português que abriu as portas de Nagasaki (長崎) ao mundo, em 1571. O momento foi partilhado pela representante do Turismo de Portugal no Japão, Inês Queiroz, na rede social Linkedin.
"Existem momentos inesquecíveis. Este é um desses e que cada português deve saber que aconteceu. Foi ontem, dia 20 de Novembro que a cidade de Nagasaki (長崎) celebrou os 450 anos da abertura do seu porto. Ouvir cantar o hino nacional português, pelo coro masculino de Nagasaki (長崎), é um momento emocionante e que revela a importância e a admiração que as autoridades japonesas atribuem à chegada dos portugueses ao Japão", este é um dos comentários que se podem ler na publicação.
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Para celebrar a relação histórica entre os dois países, realizaram-se várias exposições e outras iniciativas.
Isto para dizer que em Portugal e no Brasil, há quem cuspa na Portugalidade, na Língua, na História e na Cultura Portuguesas, que em Países como o Japão, que não desdenhou a presença dos Portugueses nesse território, são celebradas até com o Hino Nacional de Portugal, cantado em bom Português.
Depois aqui-d’el-rei que a extrema-direita ganha terreno, no nosso País...
(*) Uso a grafia Nagasaki (長崎), porque é a grafia e fonética que corresponde ao nome original japonês (entre parêntesis), mais elegante do que o aportuguesamento do nome: Nagasáqui.
Isabel A. Ferreira
(Vídeo exclusivo da equipa do jornal Minho Digital.)
Questão:
«Minha Senhora não tenha expectativas nem julgue que vai mudar algo. Aliás, com o Ensino em Portugal no ponto em que está o tal AO não existe para além da criatividade de erros dos alunos. Até na Universidade. Eu aposto no fim da III República e no advento da IV, trampolim para o regresso à Nação, realidade cultural que só uma monarquia pode garantir. O resto é Maçonaria. Cumprimentos.» João A. M.
Resposta:
Senhor João, ai de mim se eu não tivesse expectativas e não pensasse que com a minha atitude diante do mundo, eu não pudesse mudar alguma coisa, ainda que seja invisível aos olhos de quem não quer ver. Com as minhas lutas , já ganhei muitas batalhas, e mudei muita coisa na sociedade ao meu redor.
Eu sigo o lema da Joana D’Arc: «Defende o que é certo, mesmo que isso signifique estar sozinha». E quer saber? Já consegui que muitos adeptos do acordo ortográfico o abandonassem, por considerarem que eu estou certa. E já contribuí para mudanças de opinião sobre a justeza da continuidade de tão desacordado acordo.
O Ensino em Portugal está de rastos, graças à deterioração do principal pilar que o eleva: a Língua Portuguesa. Se todas as pessoas do Bem, do Bom e do Belo fossem como eu, o AO90 já teria sido atirado ao caixote do lixo. Infelizmente temos um povo maioritariamente não-pensante, para o qual tudo tanto-faz-como-tanto-fez...
Concordo consigo quanto à Maçonaria: quem manda em Portugal NÃO são os governantes portugueses, que o povo escolheu para os (des)governar (eu estou fora dessa escolha, porque voto em branco). Quem manda em Portugal talvez seja é a Maçonaria brasileira, da qual os governantes portugueses são vassalos muito, muito servis. Se não for da Maçonaria é, sem dúvida, dos governantes esquerdistas brasileiros, da ala mais ignorante, que, sem se aperceberem, ainda arrastam os grilhões coloniais, agarrados à Língua Portuguesa, que não falam, nem escrevem, precisando da muleta europeia para se mostrarem ao mundo.
Isabel A. Ferreira
O 81.º escrito da série “Em Defesa da Ortografia” tem características que nenhum dos textos anteriores possuía.
A aposta é, agora, a de apresentar diálogos humorísticos que exemplificam as graves falhas do AO90, pondo a nu as suas incoerências.
Os termos a vermelho indicam formas alteradas pelo AO90. As formas a verde, quando ocorrerem, referem grafias do Acordo Ortográfico de 1945, que, nalguns casos se mantêm como duplas grafias.
I
— Tenho cera nos ouvidos.
— Estás com um problema ótico, não é?
— Sim. E também tenho uma conjuntivite na vista direita.
— Estás com um problema ótico, não é?
— Já não percebo nada. Estás a brincar comigo?
— Não. Estou a brincar com a língua.
II
— Estou na secção infantojuvenil. E tu?
— Cheguei agora ao sector dos produtos materno-infantis.
— Andas a gastar hífenes acima das tuas possibilidades. És um gastador. Assim, não irás longe. Devias seguir o meu exemplo. Eu sou um poupador de consoantes.
III
— Agora, em Portugal, a receção é uma exceção.
— Perdão. No Brasil a recepção é que é uma excepção.
— Pois. Deve ser a unidade essencial da língua, apesar das exceções.
IV
— Bom dia. Em que posso ajudar?
— Queria ver aquela camisola cor-de-rosa que está na montra.
— Lamento, mas nessa cor não tenho o seu tamanho. Para si, só tenho cor de laranja.
— E é o mesmo preço?
— É, sim.
— Mas, tendo em conta os custos de produção, não deveria ter um desconto?
— Porquê?
— Como tem menos dois hífenes, era lógico que fosse mais barata. Não acha?
— Acho, mas isto é como a unidade essencial da língua. Umas vezes, quando há folga orçamental, usa-se o hífen. Outras vezes, não.
V
— Estão cá todos? Vamos proceder à chamada. Ótico?
— Presente!
— Ótica?
— Presente!
— Oticidade?
— Presente!
— Oticista?
— Presente!
— Mas, já acabei a chamada e ainda há gente na fila? Como pode isso ser? Tu, como te chamas?
— Optometria.
— E tu?
— Optometrista.
— E tu?
— Ortóptico.
— E tu?
— Opticometria.
— Mas sois da mesma família ou não?
— Éramos. Quando veio o AO90, começaram a cortar consoantes e expulsaram os que tinham pê. Disseram que queriam criar a maravilhosa língua unificada e universal, mas só aumentaram a desunidade essencial da língua.
VI
— Tenho epilepsia, isto é, sou epilético.
— Tens muita sorte. Muito pior estou eu que tenho dispepsia, isto é, sou dispéptico.
— Tens razão. Isso de ter uma consoante a mais, para alguns, é um problema gravíssimo. Sugiro-te que contrates um podador de palavras para te remover essa consoante.
VII
— O teu filho vai estudar Adictologia?
— Vai, vai.
— Que raio de ciência é essa?
— Diz aqui, no dicionário, que é a ciência que estuda os comportamentos aditivos.
— Então, vai ser sempre a somar, não?
VIII
— Menina Bissetriz, fez o trabalho de casa?
— Fiz, sim, Senhor Professor!
— E a menina Trissectriz?
— Também fiz, Senhor Professor!
— Ficaram com alguma dúvida?
— Sim. Ainda, hoje, mais de doze anos depois, não percebo a razão para ter uma consoante a menos que a minha prima Trissectriz. Não posso deixar de me sentir discriminada. Acho que a distribuição de consoantes não respeita a Constituição.
IX
— Vou marcar, com brevidade, uma consulta no adictologista.
— Esse é o especialista em comportamentos aditivos, não é?
— Sim, sim.
— Pode ser dinheiro mal gasto. Tu não achas que a divisão é muito mais difícil que a adição?
X
— Tenho uma infeção num pé.
— E qual foi o agente infeccioso?
— Não sei. Tenho de consultar um infecciologista.
— Não te preocupes. Perigoso seria teres uma infecção. Sem cê, isso não tem importância nenhuma.
XI
— Estive a ver as primeiras páginas dos jornais expostos no quiosque. Num deles diz que a sobreprocura para o serviço de pedopsiquiatria. Não sei se aquele para é verbo ou preposição.
— Estava acentuado?
— Não.
— A mim dá-me jeito que seja preposição. Com o serviço parado, o meu filho terá a consulta adiada até 2026.
— A mim também me dá jeito que seja preposição. Com uma sobreprocura, terei, potencialmente, muito mais clientes para transportar no meu táxi. Além disso, lembrei-me agora que esse jornal (do grupo Cofina) distingue estas duas formas, acentuando a forma verbal.
Ah! Na 95.ª Feira do Livro de Lisboa, foi lançada a obra O Poder da Literatura de Maria do Carmo Vieira. Como sempre, vale a pena ler.
Ah! Nuno Pacheco publicou na passada semana uma crónica de homenagem a Fernando Venâncio.
Ah! Há dias, li em rodapé: “Fim de semana de 40 graus”. Qual é o significado? Acabou uma semana em que a temperatura foi de 40 graus ou a temperatura será de 40 graus na sexta-feira, no sábado e no domingo?
Ah! A expressão “coração de abril” deve ser grafada com maiúscula na designação do mês: coração de Abril. O mesmo acontece com 10 de Junho. Sempre!
Como é possível isto estar a acontecer?
Só mesmo num país sem rei nem roque, numa República DOS Bananas, coisa única no mundo.
Todos os envolvidos, neste que se vivêssemos num país com governantes a sério seria considerado um crime de lesa-infância, deviam ser penalizados pelo que estão a fazer às crianças portuguesas, num momento em que corre por aí a possibilidade (mais possível do que impossível) de um novo idioma poder ser oficializado e substituir a Variante (=Dialecto) Brasileira do Português, no Brasil, até porque a Língua do Brasil já não é Portuguesa há muito, muito tempo, desde o tempo em que andei lá a estudar, e onde aprendi a ler e a escrever já sem cês e pês. E isto faz parte do percurso natural dos dialectos.
Quando a Variante Brasileira do Português mudar o seu nome para Língua Brasileira, então terá percorrido o caminho natural de todos os dialectos, pois todas as Línguas existentes no mundo, originaram-se a partir de dialectos.
O Brasil, neste momento, como já referi, fala e escreve o dialecto brasileiro, o mesmo que Variante Brasileira do Português, que muito naturalmente, de tão distante que já está do Português, transformar-se-á na Língua Brasileira, aliás, como já é conhecida no estrangeiro. Nenhum estrangeiro que conheça a Língua Portuguesa acha que no Brasil se fala Português.
É que o Brasil, estando agarrado ao Português, tem de continuar per omnia saecula saeculorum a ser o vislumbre da colónia portuguesa que já foi?
Isto para dizer que no dia em que o Brasil mudar o nome da Língua, o AO90, que a senhora professora está atentar impingir aos alunos, nas escolas portuguesas, não tem mais razão de ser. Então, para quê insistir?
O que se pretende com esta iniciativa de levar o Ciberdúvidas às escolas para mentir aos alunos, até porque o AO90, como todos sabem, não está em vigor na ordem jurídica internacional, nem na ordem jurídica nacional, de acordo com os cosntitucionalistas.
Perante isto, o que pretende fazer o governo de Luís Montenegro? Continuar a enganar as crianças, os jovens e os estrangeiros que pensam que estão a aprender o Português correCto, mas não estão?
Já lhe escrevi a questioná-lo.
A ver vamos se tem a hombridade de responder, como mandam as boas regras democráticas, numa Democracia.
Vejam o vídeo, e depois leiam os comentários que recolhi no Facebook, a propósito desta vergonhosa iniciativa.
Isabel A. Ferreira
Há anos que ando a dizer isto neste Blogue.
É tão óbvio, tão óbvio que isto aconteça, que não é preciso ser linguista para o saber.
O facto será consumado, quando a Língua Portuguesa estiver à beira do abismo. Sempre o disse, deste modo.
Quero ver se o Governo Português e o novo Presidente da República [porque o que lá está actualmente nada fará, se tivesse de fazer já o teria feito!] terão a hombridade de anular o AO90 e devolver a Portugal a sua Língua Portuguesa.
É o mínimo que se espera de quem diz governar Portugal.
Transcrição do conteúdo da imagem. Os excertos em parêntesis rectos e a negrito são da responsabilidade da autora deste Blogue.
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Linguistas defendem que o idioma falado no Brasil já é tão único que merece um novo nome.
[Eu não sou linguista, sou apenas uma estudiosa da Língua, mas não é preciso ser-se linguista para chegar a esta conclusão, basta ter alguns estudos e saber raciocinar].
O português falado no Brasil [esse Português já NÃO é Português] poderá, num futuro próximo, [e que seja bem próximo] ser oficialmente reconhecido como uma nova língua: o brasileiro. A proposta, avançada por linguistas e académicos, parte da constatação de que a variante brasileira já se afastou significativamente do português europeu - tanto na pronúncia como no vocabulário e na gramática.
De acordo com o «Diário do Comércio”, o português do Brasil desenvolveu-se de forma autónoma, influenciado por mais de mil línguas indígenas e várias língua africanas. O artigo diz, entre várias outras considerações, que «Desde a independência do Brasil, em 1822, o país tem acumulado o que os estudiosos chamam de brasileirismos – expressões, vocabulário e construções gramaticais próprias».
Expressões como “cafuné” ou “fofoca”, entre muitas outras, são exemplos de termos inexistentes no português de Portugal , bem como estruturas frásicas, resultantes dessas influências culturais.
Embora alguns especialistas se mantenham céticos. Há quem defenda que o brasileiro poderá ser reconhecido como uma língua.
[Há bastante tempo que sou uma das que defende que a Língua Brasileira irá ser reconhecida como Língua oficial do Brasil. Os meus leitores mais assíduos e que me acompanham desde o início sabem que sempre defendi esta teoria, que é o percurso natural de todos os dialectos. A Língua Portuguesa é um exemplo desse percurso, e o dialecto brasileiro não será diferente…]
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Fonte:
Nos meus Blogues «Arco de Almedina» e «O Lugar da Língua Portuguesa», na parte lateral direita poder ler-se o seguinte, no que se refere aos Comentários:
Comentários
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Este preâmbulo serve para alertar os possíveis comentadores que tenham a ideia de vir para aqui “sem cara e sem nome” armar ao pingarelho, e evitar que eu abra excepções para anónimos, com quem, não tendo cara nem nome, não tenho a obrigação de ser delicada, até porque a estupidez é uma das coisas que me fazem trepar pelas paredes, não conseguindo ignorá-la.
Serve também para informar o que é este Blogue e a sua autora.
Foi o que aconteceu com o Anónimo que me enviou o comentário, abaixo reproduzido, e que, excepcionalmente publiquei, respondendo-lhe no meu estilo furacão, que é um estilo que apenas uso para quem não tem cara nem nome.
Anónimo comentou o post «O Dia de Portugal e as guerras culturais» às 17:48, 16/06/2025 :
Este tal Tiago é o habitual e tipico esquerdolas woke disfarçado que escreve textos esquerdolas fofinhos contraditórios para alegrar esquerdolas socialistas e perpetuar o socialismo.Este texto é contraditório,extremamente doentio e até muitissimo pior do que o da Lidia. É fascinante como estes Tiagos xuxalistas se multiplicam diariamente...este blog é apenas mais uma treta esquerdolas.Assustador!!! |
Uma das regras deste Blogue é NÃO publicar comentários de gente que se esconde no anonimato para dizer baboseiras, mas, às vezes, abro uma excepção, apenas para lançar alertas a possíveis outros anónimos que não têm a coragem de ter NOME e CARA.
Este meu Blogue é totalmente APARTIDÁRIO, e nele cabem todas as ideias que sejam racionais e condizentes com a realidade política portuguesa. Isto de esquerda e direita é coisa da tropa: esquerda/direita/um/dois/esquerda/direita/um/dois...
De resto são todos farinha do mesmo saco.
E o que quero dizer com isto?
Quero dizer que sou apartidária, mas não apolítica e, sobretudo, PENSO pela minha cabeça, e NÃO pela cabeça dos outros. Sou livre pensadora e tenho a liberdade de ser, de estar e de fazer o que EU penso que está certo. Tenho esse direito, o direito que também tem o “sem cara e sem nome” que escreveu este comentário a chispar ódio por algo a que chama “esquerdolas”, para rimar com cervejolas?, talvez a mais, para matar as mágoas...
O termo racismo não se aplica apenas quando odeiam negros ou outras etnias. O racismo também se aplica quando, em Democracia, se odeia os que, estando nos partidos contrários ao seu, pensam de modo diferente.
Em todos os partidos políticos encontro ideias boas e ideias péssimas.
Quando são aproveitáveis, publico-as, venham de onde vierem. Quando não são, não publico, e o critério não é ser deste ou daquele partido. Estou-me nas tintas para o partidarismo. O critério é a essência das ideias.
A mim, não me interessa a que partido político o Tiago pertence.
A mim interessou-me o que ele disse, e o que ele disse é de alguém que vê, ouve e lê, e depois pensa por ele próprio, e disse coisas acertadas acerca da realidade desta nossa sociedade pobre e apodrecida pela política dos quatro “is”: Incultura, Ignorância, Irresponsabilidade e Irracionalidade, e por uma governação calculista e fossilizada, que se tem mantido no poder por um tempo demasiado longo...
O “sem cara e sem nome” não gostou? Temos pena.
E se acha que este blogue é uma treta, o que veio cá fazer? Não é obrigado a ler o que aqui se publica, porque o que aqui se publica é apenas para mentes LIVRES de amarras partidárias, e que aceitam o pensar dos outros, quando esses outros apresentam análises com cabeça, tronco e membros.
Isabel A. Ferreira
Este foi um texto publicado no Jornal «Correio da Manhã», em Fevereiro de 2014, pelo Historiador Luciano Amaral, doutorado pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, sendo Professor Associado da Nova School of Business and Economics.
O texto tem 11 anos, mas é como se tivesse sido escrito hoje, está actualíssimo, o que significa que tudo o que personalidades de alta patente cultural têm escrito sobre o acordo ortográfico de 1990, ainda não foi suficiente para que os decisores políticos portugueses possam perceber o quão errados estão e o quanto mal estão a fazer a Portugal e aos Portugueses, à sua Língua e à sua Cultura e História.
Por isso, nunca é demais recordar textos como este, porque acredito piamente que água mole em pedra dura, tanto dá até que fura, o que significa persistência, perseverança, podendo levar-nos à realização das nossas mais difíceis aspirações, sendo que a água simboliza a força da perseverança.
Isabel A. Ferreira
«Geopolítica ortográfica»
Texto retirado da página «Iniciativa Legislativa de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico»
https://ilcao.com/2014/03/03/geopolitica-ortografica-luciano-amaral-cm-03-02-14/
Na sexta-feira, o Acordo Ortográfico foi discutido no parlamento. Infelizmente, daí não resultou a possibilidade de suspender a sua aplicação. O Acordo não é uma questão ortográfica. É uma questão política. Não é ortográfica porque não cumpre o seu próprio propósito de unificar a ortografia. Sem o Acordo, a semelhança ortográfica entre Portugal e Brasil era de 96% das palavras; com o Acordo, passa a 98%. Ou seja, quase nada. Sendo que as confusões se multiplicaram. E já muita gente as enumerou.
O Acordo nasce de duas coisas: do delírio português de que existe uma entidade chamada ‘Lusofonia’ que pode ter um grande peso geopolítico mundial, e da ambição do Brasil em ser uma potência.
As duas casam bem, porque desde há muito que os portugueses só entendem a sua imaginada grandeza como algo para além de Portugal: antes era o império, agora é a Lusofonia (noutras versões, a Europa). A coisa vai tão longe que chega muitas vezes ao ponto da anulação do país. O padre António Vieira, perante a ameaça espanhola de 1663, aconselhava D. Luísa de Gusmão a esquecer Portugal e mudar-se para o Brasil para fundar o V Império; D. Rodrigo de Sousa Coutinho, no fim do século XVIII, dizia que a parte europeia de Portugal não era a “mais importante”, pelo que a rainha Maria devia ir para o Brasil; D. João VI fugiu mesmo para o Brasil quando Napoleão cá entrou em 1807, e não queria voltar. Hoje, também a Lusofonia só pode sonhar em ser um actor geopolítico graças ao Brasil.
É típico da elite portuguesa. Como o campónio que esquece as origens, sonha com os grandes espaços, a Europa, a América. Tudo menos o Portugalzinho triste e acanhado.
Diz que o Acordo é preciso para o português passar a língua oficial da ONU. Pois há um acordo muito mais simples: cada país escreve como quer.
O inglês, cuja ortografia varia de país para país e é das mais contra-intuitivas, não precisou de nada disto para ser a mais importante língua do mundo.
O preâmbulo do Acordo diz que ele é essencial para o “prestígio” da Lusofonia. Prestígio era recusar a adesão da Guiné Equatorial à dita Lusofonia.
Mais uns litros de petróleo e uns quantos bancos salvos da falência não justificam tal coisa.
[Transcrição integral de artigo, da autoria de Luciano Amaral, publicado no jornal “Correio da Manhã” em 01.03.14. “Links” e destaques adicionados por nós.]
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Escrevi uma carta aberta, com o conteúdo referido no título desta publicação, em 26 de Setembro de 2017, ao então primeiro-ministro Dr. António Costa que, muito democraticamente, a ignorou, aliás, como é apanágio dos muito democráticos governantes portugueses, a quem os cidadãos se dirigem, à espera de respostas para situações prementes. Nas campanhas eleitorais andam aos beijinhos e abraços ao Povo, depois de se sentarem no trono desprezam-no, pura e simplesmente, sem dó nem piedade, por isso, nunca levam o meu voto.
Dizem-nos que Portugal é um Estado de Direito Democrático, o que significa que o exercício do poder se baseia na participação popular, e a expressão “Estado de Direito” significa que o exercício do poder público está submetido a normas e procedimentos jurídicos (procedimentos legislativos, administrativos, judiciais) que permitem ao cidadão acompanhar e eventualmente contestar a legitimidade (i.e., a constitucionalidade, a legalidade, a regularidade) das decisões tomadas pelas autoridades públicas.
Além disso, li no Diário da República que a participação popular não se limita aos momentos eleitorais, mediante “sufrágio universal, igual, directo e secreto”, mas implica também a participação activa dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais, o permanente controlo/escrutínio do exercício do poder por cidadãos atentos e bem informados, o exercício descentralizado do poder e o desenvolvimento da democracia económica, social e cultural.
Então, uma vez que vivemos num Estado de Direito Democrático, qualquer cidadão atento e bem informado pode participar activamente na resolução dos problemas nacionais, e sendo a questão da Língua Portuguesa – maltratada pelo AO90 – um gravíssimo problema nacional, os cidadãos atentos e bem informados, no exercício do seu direito de participar activamente na resolução do gravíssimo problema, que deixa Portugal nivelado dezenas de zeros abaixo de zero, no que ao Ensino do Português e ao uso da Língua Portuguesa diz respeito, e de contestar a legitimidade da decisão de se impingir aos Portugueses o AO90, tal dá-me o direito de me dirigir aos governantes portugueses, e solicitar-lhes explicações racionais para a vergonhosa imposição a Portugal do ilegal e inconstitucional AO90, e no caso de não as haver (porque não as há) sugerir a anulação do AO90, e a reposição imediata da grafia de 1945, a que está de jure em vigor, já no ano lectivo de 2025/2026.
Os alunos que frequentam as escolas, hoje, com toda a certeza, não serão mais incapacitados intelectualmente do que os alunos de 2011/2012, que tiveram de abandonar, de um dia para o outro, a grafia ainda vigente, por Lei, para usar a grafia intrusa, ilegal e inconstitucional, que nem sequer está em vigor.
Como vivemos num Estado de Direito Democrático, até ao momento, muito democraticamente, os governantes portugueses, que estiveram no Poder desde 1974 até aos dias de hoje, incluindo o ainda presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, fizeram-se de cegos, surdos e mudos, e transformaram o Estado de Direito Democrático em Estado de Direito Ditatorial, ao não levarem em conta o direito dos cidadãos, que já se dirigiram ao “estado democrático”, a uma resposta racional, para uma pergunta também racional.
Sabemos que:
Por esse motivo, vou repetir a carta que escrevi ao Dr. António Costa, desta vez dirigida ao Dr. Luís Montenegro, recém-empossado no cargo de primeiro-ministro de Portugal, o qual, quem sabe, com o seu saber, discernimento e poder possa cortar este nó górdio, ou seja, possa ter uma resolução pronta e decisiva para eliminar o tóxico AO90, que está a destruir a Língua de Portugal, uma dificuldade que parece insuperável, mas não é.
Portanto:
Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, Vossa Excelência quer saber o que pensam e dizem os estrangeiros sobre a submissão de Portugal ao Brasil na questão do AO90?
Sei que não quer saber. Não está interessado. Se estivesse, não faria orelhas moucas aos numerosos apelos públicos dos mais eminentes intelectuais dos países lusófonos que, energicamente, rejeitam o AO90, por este ser a maior fraude de todos os tempos.
Mas ainda assim, vou contar-lhe o que se passou num certo fim-de-semana, no ano de 2017, em Espanha, quando participei numa tertúlia, realizada na Galiza, num lugar frequentado por escritores, poetas, jornalistas, artistas plásticos, cineastas (sendo Mel Gibson o mais afamado que por lá passou) actores e também pessoas absolutamente comuns, com as mais diversas profissões, enfim, um lugar onde se discute e se troca Culturas, Artes, Literaturas, Ideias, Ideais e Políticas comuns, ou menos comuns, enquanto fazemos as refeições.
Como sempre acontece, sou a única cidadã de nacionalidade portuguesa, que pára por aquelas paragens, com a frequência possível. Nunca lá encontrei as mesmas pessoas.
Desta vez estavam presentes representantes do México, Suíça, de várias regiões de Espanha e de Portugal, representado por mim. E adivinhe, Senhor Primeiro-ministro, qual foi o teor de uma das nossas conversas: Portugal e a sua Língua, que nenhum dos presentes dominava. Comunicámo-nos em Castelhano e Inglês.
Então, aproveitei a ocasião para sondar aquelas pessoas, viajadas, cultas e conhecedoras do mundo, acerca do que pensavam sobre um país, que foi colonizador (tal como Espanha), vergar-se ao ex-colonizado (Brasil) adoptando a ortografia brasileira, destruindo, por completo, as raízes latinas, e a integridade de uma Língua, que é considerada pelos europeus, das mais belas e ricas línguas indo-europeias – a Língua Portuguesa.
A estupefacção foi enorme!
Os Mexicanos, que se encontravam presentes, e que foram colonizados por Espanha, consideraram rara esta submissão; os Espanhóis, que colonizaram parte das Américas do Sul e Central, disseram que era raríssimo o ex-colonizador absorver a Língua alterada do ex-colonizado, a Espanha jamais o faria; da Suíça veio uma interrogação que me deixou surpreendida, porque lá existe a ideia de que os Brasileiros têm uma Língua, e os Portugueses têm outra Língua: «Portugal está a adoptar o brasileño?» Assim mesmo: o brasileño.
Exactamente. Portugal está a adoptar o brasileño, na sua forma grafada, com a (má) perspectiva de o adoptar na sua forma falada, disse eu. E acrescentei: «Mas isto nem é raro, nem é raríssimo. Isto é caso único na História de toda a Humanidade. Conhecem algum país (ex) colonizador que tivesse adoptado a Língua que o (ex) colonizado herdou, mas alterou, originando uma variante da Língua Mãe, continuando, porém, a usar o nome original da Língua?
Ninguém conhecia. Bem puxámos pela memória. Mas não há memória de uma coisa assim, em tempo algum…
Pois é, Senhor Primeiro-Ministro, não tive como defender o governo de Portugal e esta sua política de vassalagem a uma ex-colónia. Nem podia. Deixei bem vincada a minha repulsa, e o descontentamento de milhares de Portugueses que, doravante, aquelas pessoas teriam a oportunidade de espalhar por onde passassem…
Desta vez, não pude impedir que Portugal fosse apoucado, no que respeita à desveneração que os sucessivos governos de Portugal e o actual presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, consagram ao símbolo maior da nossa identidade, a Língua Portuguesa.
Envergonho-me deles (dos governos e do PR que temos). E disse-o lá, bem alto... E continuo a envergonhar-me de todos, e também dos deputados da Nação e Partidos políticos (à excepção dos do PCP que escrevem correCtamente o Português) porque nada fizeram para repor a legalidade e a constitucionalidade da Língua Portuguesa.
De resto, faço o que posso e sei, para que Portugal regresse à sua origem linguística europeia, até porque não há outra origem.
Posto isto, solicito a Vossa Excelência, Senhor Primeiro-ministro, Dr. Luís Montenegro que, não a mim, particularmente, mas ao Povo que o ajudou a ocupar o cargo que agora ocupa, para servir Portugal e não os interesses do Brasil, se digne a dar-nos uma justificação racional para tão irracional atitude de nos impor uma grafia ilegal e que não serve os interesses dos Portugueses, e, principalmente, é um desrespeito para com as nossas crianças e jovens, que andam a ser enganadas, como para os estrangeiros que andam a aprender uma linguagem, a que chamam Português, grafada à brasileira.
Isto não é honesto, nem bonito.
Isabel A. Ferreira
Quando Portugal tem um Presidente da República que se está nas tintas para Portugal, para os Portugueses, para a Língua Portuguesa – o nosso maior símbolo identitário – para a nossa Cultura e para a nossa História, não surpreende que no site da Presidência se dê tratos de polé à nossa Língua Materna.
Supondo que não é o presidente da República que escreva as notas da Presidência, ainda assim, seria da sua competência verificar se, ao menos, a nota não sairia com erros de português, em seu nome. Trata-se de uma questão de brio, porque o cargo de Presidente da República não é um cargo qualquer.
Não saberá o PR que as efemérides, nomes de festividades, datas comemorativas são escritas com letra maiúscula? Não saberá que aquele Junho, do 10 de Junho é escrito com letra maiúscula, como Abril, no 25 de Abril?
Em Bom Português, ou seja, em Língua Portuguesa, os meses do ano são escritos com maiúsculas. Quem segue o ilegal e inconstitucional AO90, como o PR de Portugal, que devia dar o exemplo de legalidade e constitucionalidade, mas não dá, é que escreve incorreCtamente o Português, o que para um presidente da República é uma vergonha.
Verificamos que o site da Presidência é um lugar sem brio.
Em Bom Português também se escreve aCtualidade. Esta palavra grafada sem o cê é exclusiva do léxico brasileiro. E apesar de o presidente da República ter a dupla nacionalidade, ou seja, ser luso-brasileiro (se a informação que me deram está correcta) ainda é presidente de Portugal, NÃO é presidente do Brasil, para escrever à brasileira.
Porém, não é apenas no site da Presidência da República que encontramos erros de Português.
No Jornal online ECO, o lead (*) da notícia sobre o 10 de Junho tem erros de palmatória. E o pior é que online (*) podem corrigi-los, no jornal em papel, não podem. Se podem corrigi-los, por que se mantêm os erros visíveis interminavelmente?
Por falta de brio profissional, certamente.
Hoje tudo se faz à balda, conforme calha, e com o exemplo que vem de cima, não é de esperar outra coisa.
Este é o Portugal que temos, e que o presidente da República diz ser o país melhor do mundo.
Se um País que está na cauda da Europa em quase tudo, e que tem uma língua mal grafada é ser o melhor do mundo, até neste juízo que se faz sobre o País reina a insensatez.
«Temos o dever de nos recriar e cuidar melhor da nossa gente» disse o PR no seu último discurso DO 10 de Junho, não DE. Pois um presidente da República deve ter esse dever, sim. Mas não é isso que acontece. A nossa gente é desprezada, mas a gente dos outros é acarinhada. É isto que acontece.
E as pontes devem começar por ser feitas a partir da nossa gente para poder chegar aos outros povos.
E por fim, aquele distingiu Eanes, que, desta vez, não é culpa do PR, constitui um açoite no Bom Português, que o General Ramalho Eanes sempre cultivou, honrando, deste modo, o cargo que ocupa, porque um Presidente da República além de todos os outros deveres inerentes ao cargo, deve, ao menos, saber grafar correCtamente a Língua que identifica o País ao qual preside, se tiver brio e honra.
Um presidente que dá erros ortográficos é um mau exemplo para o País, e que não venha escudar-se no AO90, porque o AO90 é ilegal e inconstitucional, e não está em vigor na ordem jurídica internacional, nem na ordem jurídica nacional. Dizem os constitucionalistas.
Isabel A. Ferreira
***
Esclarecimento:
(*) Esclareço que uso os anglicismos site, online e lead por se tratar de Linguagem Informática e Jornalística, e por não concordar com o aportuguesamento destes géneros de linguagem por serem universais e alguns vocábulos intraduzíveis. Ninguém traduz a Linguagem Musical em Italiano, ou a do Ballet Clássico, em Francês, por serem intraduzíveis, além de horrorosas, se aportuguesadas ou abrasileiradas. O que vejo traduzido ou aportuguesado ou abrasileirado por aí é absolutamente uma bizarrice, que não favorece a Língua. Só a desfeia. E da Língua também faz parte a Estética.
Sabem como se diz sítio em Inglês? Diz-se place. Sítio pode ser muitas outras coisas, mas não nos leva imediatamente para o lugar onde está alojado um determinado serviço na World Wide Web (WWW), ou simplesmente Web, que é algo que universalmente todos percebem.
(I.A.F.)
Por muito que os apátridas e os traidores e os desafectos façam e desfaçam, queiram ou não queiram, gostem ou não gostem, HOJE é o dia em que os Portugueses, nascidos em Portugal, celebram o que lhes pertence, o que faz parte da sua Cultura, da sua Identidade, da sua História, não só do Poeta como da sua Língua, e não haverá ninguém, por muito imbuído que esteja de má-fé, que possa destruir esta unidade que faz de nós um Povo que tem uma Pátria, uma Língua, uma Cultura, uma História, que são das mais antigas da Europa.
E isto é algo de que devemos orgulhar-nos. Não é um crime. É algo muito natural, excepto para as mentes retorcidas da ala mais ignorante da nossa sociedade.
O que é anormal é rejeitar o patriotismo de quem tem uma Pátria, um lugar seu, onde estão as suas raízes, as raízes de quem ama essa pátria, esse lugar seu, de quem se orgulha de ser de onde é, sem culpas, sem ódios, sem maquinações desviantes, sem subserviências, sem complexos de inferioridade.
Um tempo houve, em que os Portugueses deixaram o seu País, no passado, tal como hoje, pequeno e pobre, e se aventuraram pelo imenso mar afora, em busca de melhor vida, e nessa demanda, acabaram por dar novos mundos ao Mundo, e a abrir caminhos marítimos, contribuindo, desse modo, para o primeiro fenómeno de globalização do Planeta Terra.
E foi essa saga que Lvis Vaz de Camões celebrou no seu Poema Épico «Os Lusíadas», ficando ao nível de Homero, com a sua «Ilíada» e «Odisseia», de Vergílio, com a sua «Eneida», de John Milton, com o seu «Paraíso Perdido», do «Épico de Gilgameš», da «Canção de Rolando», entre outros.
Este dia é, pois, de Portugal, e não há mal nenhum em o ser.
Apenas para os apátridas, para os traidores e para os desafectos celebrar o dia de Camões, da Língua Portuguesa [que foi banida destas comemorações, depois de os políticos portugueses se vergarem ao Brasil] de Portugal e dos Portugueses, estando aqui incluídos os milhares e milhares de emigrantes mais os seus descendentes, espalhados pelos quatro cantos do mundo, é algo que já não faz sentido. Não faz sentido para eles, que não conhecem Camões, que desprezam a Língua e a Cultura Portuguesas e a História de Portugal, venerando, desse modo, a Santa Ignorância, e rendendo-se à mais sórdida estupidez.
Hoje, os Portugueses, que se prezam de o ser, celebram a Portugalidade no seu todo, e a Portugalidade não é nenhum palavrão que não possa pronunciar-se desassombradamente.
Pobres daqueles que não têm Pátria, ou tendo-a, não sabem o quão importante é ter uma Pátria, para poder regressar ao ninho, regressar às origens, que fazem parte do nosso ADN existencial, que integra uma panóplia de Povos, Culturas e Línguas que completam este nosso modo de ser português.
Sem uma Pátria, sem uma Língua, sem uma Cultura, sem uma História, sem uma Origem nada mais somos do que seres mortos-vivos à deriva num mundo onde a única coisa visível são as suas próprias sombras.
Posto isto, espero que o próximo Presidente da República Portuguesa saiba dar significado ao Dia em que ao morrer o Poeta maior de Portugal, o Poeta que também pertence ao Mundo, Portugal ganhou uma nova dimensão, modelada nos versos d’«Os Lusíadas» que cantaram os nossos feitos, elevando a Língua Portuguesa aos píncaros da sua grandeza linguística, que, no entanto actualmente, está a ser selvaticamente destruída.
E não haverá ninguém que possa romper este elo da alma de um Povo que soube cumprir o seu destino, apesar de todos os pesares, que sempre ensombram o percurso do Homem, na sua natural metamorfose evolutiva.
E o que importam os apátridas, os traidores, os desafectos, se ficarão à porta da História?
Isabel A. Ferreira
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