Eu escrevo segundo a LEI vigente, no MEU PAÍS. A Página NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90no Facebook, onde a referida tradução automática foi feita, está alojada em Portugal (suponho eu!). Não está no Brasil (suponho eu!)
Mas o improvável aconteceu.
Escrevi correCtamente a palavra exaCtamente, de acordo com a Lei que me obriga a NÃO mutilar as palavras, quando as consoantes têm uma função diacrítica, ou seja, conforme a Grafia de 1945, consignada na Lei vigente.
O tal tradutor automático traduziu o que estava correCtamente escrito, para “exatamente”, ou seja, para a grafia da Variante Brasileira do Português, que NÃO pertence à minha Língua Materna.
Se o tradutor teve a intenção de a traduzir para a grafia do AO90, pensando que em Portugal o AO90 está em vigor e que essa grafia nos pertence, enganou-se redondamente.
E o pior de tudo é que temos uns linguistas, uns dicionaristas, uns professores, uns jornalistas, uns juristas, umas autoridades judiciais, uns desgovernantes, que aceitam esta USURPAÇÃO como sendo legal.
E o que mais sobressai disto tudo, é o DESPREZO que o chefe de Estado da Nação Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, vota a esta questão, que ele considera um não-assunto, mas que o DESAUTORIZA, como representante-mor da República Portuguesa.
Teremos fantoches no Poder, em Portugal? Se não temos é o que parece, e é o que mais surpreende os estrangeiros, que conhecem a Língua Portuguesa, mas também a Variante Brasileira da Língua Portuguesa.
Ainda um destes dias um cidadão italiano me escreveu dizendo que gostava da Língua Portuguesa, e obviamente, NÃO escolheu a Variante Brasileira do Português para a aprender. Obviamente, porquê? Porque a Variante Brasileira do Português NÃO representa a Língua Portuguesa.
Posto isto, o que tenho para lamentar é que Portugal está entregue a bonifrates, no que à Língua Portuguesa diz respeito, mas não só. E é como BONIFRATES manipulados por um país estrangeiro, que ficarão para a História.
O que está a passar-se, no nosso País, NÃO durará para sempre, porque o que nasce MAL e de MÁ-FÉ, mais dia, menos dia, perecerá.
Vem isto a propósito de um artigo publicado no Expresso, no passado dia 20 de Julho, sob o títuloO português de Portugal está em risco?, assinado pelo economista português Rodrigo Tavares, o qual passa bem por brasileiro.
Ao ler este artigo senti-me insultada. E não fui a única.
Vou fazer completamente minhas as palavras do cidadão pensante Sérgio Teixeira que, sobre a argumentação apresentada pelo articulista, no referido artigo, o qual se prestou a vender gato por lebre, talvez pensando que todos os leitores são tão servis como os decisores políticos portugueses, disse o seguinte: «Repudio por completo esta argumentação sofística vestida com jargões inacessíveis e léxico brasileiro para dar ideia, no texto, que o dialecto brasileiro por ter estes termos pluri-étnicos inseridos por alporquia na Língua Portuguesa, que é mais virtuoso, dinâmico e adaptável. (Adaptável a quê?). Na óptica dele, um economista (!), quanto mais descaracterizada, delapidada, esfrangalhada e, obviamente, mais abrasileirada, mais interessante é a Língua Portuguesa! São assim tão importantes os negócios no e com o Brasil para que estes senhores digam estas alarvidades com cara e tom sérios?»
Eu também repudio.
Nem todos os leitores e nem todos os portugueses são servis, nem servos da gleba.
Eis uma outra opinião sobre o mesmo artigo, da cidadã pensante Maria José Abranches, a qual também subscrevo inteiramente, e que aqui deixo como testemunho do sentimento de rejeição que estes arautos da novilíngua provocam nos portugueses que têm a capacidade de PENSAR:
Felizmente há quem não se cale, e a persistência incansável deste autor é de salientar e louvar (...).
Peço desculpa por me repetir, mas creio sinceramente que o maior crime nesta matéria é o silêncio, sobretudo de quem tem posição cultural, política e socialmente visível! Porque é indispensável 'gritar', até que alguém responsável nos ouça e tenha vergonha da traição, ao país e ao povo que somos há séculos, de que são responsáveis - a começar pelo Presidente da República!
Os meus dois comentários ao artigo que referi, já publicados, que passo a transcrever:
Excelente! «Porque há-de haver quem ouça, ainda há-de haver / quem ouça.» (Jorge de Sena, "O Grito do Silêncio"). Sim, a nossa língua «estará sempre em risco, enquanto (...) pairar sobre ela» "uma classe tecnocrático-burocrática, de aleatório saber, mas, sobretudo de específica vontade de poderio e gozo de privilégios, a única que até hoje tem fabricado a 'imagem portuguesa' em função da qual Portugal parece escolher-se «livremente», quando afinal é (e foi) apenas por ela 'escolhido'. (Eduardo Lourenço, "O Labirinto da Saudade").
Não assino nem compro nada em 'acordês', mas fui ler esse artigo de Rodrigo Tavares, "O português de Portugal está em risco?" - de que vou salientar uma passagem: «Não convém esquecer que o português deriva do Latim Vulgar, aquela língua do povo que se misturou a dialetos locais. Por isso é que sobreviveu.» Qual é a ideia?! Evitar o referido 'murchar' do português europeu, adoptando tudo o que vem de fora, até que surja uma outra 'nova' língua? E que tal ensinar Português capazmente nas nossas escolas e cuidar do seu emprego nos 'media', evitando, por exemplo, a perda colossal de vocabulário que está a acontecer, visto que já poucos lêem e poucos se exprimem, por escrito e oralmente, com profundidade e riqueza?»
As análises que acabei de reproduzir dizem tudo ou quase tudo o que há a dizer sobre esta imposição forçada de uma linguagem que nada diz aos Portugueses, porque a NOSSA Cultura é diferente da Cultura brasileira. Nem é melhor, nem é pior, é simplesmente DIFERENTE, e cada Povo deve ficar com a sua, porque é a maneira mais inteligente de estar no mundo.
O economista Rodrigo Tavares tem todo o direito de escrever artigos de opinião e publicá-los em jornais que se prestam a aceitá-los acriticamente, mas não tem o direito de vir para o país dos outros tentar impingir uma linguagem que só ao Brasil pertence. Não queiram que os Portugueses passem a dizer “xará” (vocábulo tupi, que significa que tem o mesmo nome que outro), só porque o Brasil descartou o vocábulo português homónimo (do Latim homonymus < Grego συνώνυμος) que significa que tem o mesmo nome que outro. O Brasil tem toda a legitimidade de escolher entre “homónimo” e “xará”, mas NÃO tem a legitimidade de insinuar que passemos todos a dizer “xará”.
Ao ler este artigo fica-se com a nítida sensação de que existe um conluio entre Portugal e Brasil,para impor aos Portugueses, de um modo FORÇADO, ou seja, ditatorialmente, a Variante Brasileira do Português, e, para tal, até se forjou uma artimanha, que dá pelo nome de acordo ortográfico de 1990, saído da mente do enciclopedista brasileiro-libanês, Antônio Houaiss, que acenou aos políticos portugueses com os milhões de falantes sul-americanos do mal denominado “português” do Brasil, DESLUSITANIZADO (e o termo é dele), e os muito subservientes políticos portugueses, aceitaram sem pestanejar. E nada mais falacioso do que usar os “milhões”, quando todos sabem que esses “milhões” NÃO falam Português, mas, sim, o dialecto brasileiro oriundo do Português, conforme o classificou José Leite de Vasconcelos, o nosso maior dialectologista (consultar o Prontuário da Língua Portuguesa, de Manuel dos Santos Alves, páginas 12/13, 2ª Edição 1993: Universitária Editora, LDA.):
Por alma de quem a linguagem mais AFASTADA do Português, ou seja, uma Variante do Português (um dialecto) tem de se impor à Língua-mãe, a não ser por muita má-fé e muita ignorância de quem pretende substituir uma Língua Culta por uma sua Variante?
Sofrendo os políticos portugueses do mesmo mal de que sofrem os políticos brasileiros, ou seja, de um acentuado complexo de inferioridade, tendo necessidade de se porem em pedestais para se imporem ao mundo, e, no caso dos portugueses, faz com que sejam servis capachos daqueles que eles julgam ser “grandes” (e isto é coisa de mentes pequenas), logo arranjaram um modo de aliciar arautos para propagandear a linguagem brasileira, infiltrando-a sub-repticiamente em todas as redes sociais e no Google, chamando-lhe simplesmente “português” e ilustrando-o, até, com a bandeira brasileira
para enganar os mais incautos, como fizeram, por exemplo, com o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude
Quando o Papa foi à Universidade Católica, os serviçais jornalistas de serviço, informaram que o Sumo Pontífice iria saudar os presentes em “português”. Foi então quando ele nos surpreendeu com um bem brasileiro “bom djia”. Saberia o Papa o que disse? Ou alguém o enganou ao dizer-lhe que “bom djia” era uma saudação em Português? Não era. Djia NÃO é Português. Também não é um sotaque. Djia faz parte da fonética brasileira, que é totalmente djifêrêntchi dá fônétchicá pôrrtuguêsá, o que lhe dá estatuto de Variante.
Certo dia, um acordista disse-me isto: «Mas, então, a escrita de português atingiu o máximo da sua perfeição? Já não poderá ser modernizada, acompanhar a evolução dos tempos?»
Respondi-lhe: «Quem faz semelhante pergunta, desconhece o que é uma Língua, e que as Línguas até podem modernizar-se, como o Português, o Inglês, o Francês, o Castelhano (...) se modernizaram, contudo, "modernizar" não é sinónimo de MUTILAR, DETURPAR, EMPOBRECER e MODIFICAR as palavras desligando-as das suas origens [algo que nenhum outro país fez] e isto nada tem a ver com “modernização”, nem com "acompanhar a evolução dos tempos". Isto tem a ver [galicismo por opção de elegância linguística] com RECUO, com IGNORÂNCIA, ao reduzir-se as palavras à sua forma mais BÁSICA, ou seja, ao patoá dos que não têm capacidade de PENSAR a Língua.» E isto vale apenas para Portugal, porque nada tenho contra a Variante Brasileira do Português.
Realmente, a introdução do AO90 que, como toda a gente sabe, assenta na deslusitanização ou no abrasileiramento [como se queira] do Português, só veio fabricar ignorância e analfabetos funcionais, em Portugal.
Mas o objectivo dos que criaram o AO90, acolitados actualmente por Marcelo Rebelo de Sousa (PR), por António Costa (PM), por Augusto Santos Silva (PAR) e pela maioria dos deputados da Nação, é não só DESTRUIR a Língua Portuguesa, como fabricar analfabetos funcionais, para melhor poder manipulá-los. Quanto mais culto for um Povo mais insubmisso ele é, e isto não convém aos governantes.
E os nossos muito subservientes órgãos de informação, ou são funcionários públicos, ou, se não são, não passam de meros serviçais, de bonifrates à mercê dos cordelinhos dos que desgovernam Portugal, os quais se vergaram, sem o mínimo espírito crítico e brio profissional, ao AO90, e pior do que isso, propagam os disparates que dizem e escrevem nas televisões e jornais (salvaguardando, obviamente, as raríssimas excepções, que, no entanto, se mantêm silenciosas, não vão perder empregos e tachos), disseminando, deste modo, o não-saber e o desprezo pelo seu instrumento de trabalho: o Idioma Português.
Não existe Democracia [δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder")] em Portugal. Existe uma espécie de "democracia" onde o POVO tem a liberdade de protestar à vontade, mas NÃO é ouvido pelos "kratos", ou seja, pelos que se julgam “poderosos”, que querem, podem e mandam, e o POVO que se lixe.
A questão da Língua Portuguesa continua cada vez mais grave, e os decisores políticos cada vez mais subservientes ao "Krata" brasileiro. E os decisores judiciais são cúmplices dessa "aliança com benefícios apenas unilaterais”, porque ainda que se esteja a violar a Constituição da República Portuguesa, NADA fazem para repor a legalidade.
Portugal está a ser altamente prejudicado por essa atitude COBARDE dos quatro Órgãos de Soberania: Presidente da República, Assembleia da República (Parlamento), Governo e Tribunais.
Isto está péssimo. Somos um país terceiro-mundista, à conta de gente com mentalidade terceiro-mundista, onde uma elite intelectual compactua, com o seu silêncio, com este assalto à NOSSA Língua, e não só.
Portugal é um fruto podre, e não tardará a cair em mãos ainda mais podres.
Para fechar esta reflexão, quero partilhar algo, e apenas o partilho por ser o prato do dia na Internet, redes sociais, YouTube, em publicações sobre a Língua Portuguesa, sobre imigração etc.. Trata-se de uma publicaçãono Facebook, que não me deixou indiferente, aliás coisas destas nunca deixam, seja onde for, porque sou adepta desta "filosofia": se nada dissermos ou fizermos, se não demonstrarmos a nossa indignação diante do enxovalho, vão pensar que tudo está bem na República DOS Bananas de Portugal, por isso vou deixando mensagens aos ignorantes, com a esperança de que nem todos sejam calhaus com olhos.
Quanta ignorância leio em publicações como a que refiro! Só gente com mente muito pequena precisa de USURPAR uma das Línguas mais antigas da Europa, e DETURPAR a História de uma das Nações mais antigas da Europa, para se impor ao mundo, quando todos os povos CULTOS sabem que a Língua Portuguesa NÃO é falada no Brasil. No Brasil, fala-se e escreve-se a Variante Brasileira do Português. E quem quer aprender o Português para fixar o Pensamento, a Cultura, o Saber, não procura a Variante, mas a original. A Variante, para a grande maioria dos estrangeiros que a aprendem, serve apenas para língua de comunicação passageira, de viagem.
Sei disto porque aprendi a ler e a escrever no Brasil, e estudei nas escolas brasileiras, cujo ensino está bem patente nas publicações e comentários ignorantes que pululam na Internet, fruto da lavagem cerebral que os esquerdistas, da ala mais ignorante, fizeram aos brasileiros menos instruídos, e que, por serem menos instruídos propagam essa ignorância, sem terem a noção disso. Isto só envergonha a minoritária elite culta brasileira, e passa uma imagem PODRE e POBRE do Brasil, algo que me deixa muito triste, e incomodada, porque tenho o Brasil como a minha segunda Pátria.
Se assim o quiserem os desacordistas, ainda vamos muito a tempo de salvar a NOSSA Língua, porque a linguagem que anda por aí escrita e falada, um pouco por toda a parte, mais visível nas televisões e nos manuais escolares (um autêntico atentado à inteligência das crianças e jovens alunos) é uma linguagem pobre, andrajosa, deformada, desenraizada das suas origens, um verdadeiro insulto à Cultura Linguística Portuguesa, e isto não pode continuar assim.
O que temos de fazer?
Em primeiro lugar ter consciência de que os muito subservientes decisores políticos portugueses severgaram aos muito perseverantes decisores políticos brasileiros (e não se pense que isto é uma alucinação) e NADA, NADA, NADA farão para defender os interesses dos Portugueses, e disso é prova máxima o DESPREZO que o presidente da República está a votar aoAPELOsubscrito por 297 cidadãos pensantes portugueses e também alguns brasileiros, que lhe foi enviado por quatro vias, através do formulário de Contacto, do site da presidência.
Em segundo lugar temos de AGIR em GRUPO e obrigar o Chefe de Estado Português a DEFENDER os interesses dos Portugueses, os quais passam pela PRESERVAÇÃO da Língua Portuguesa, ainda que MINORITÁRIA, aliás, como tantas outras Línguas de Povos que NÃO sofrendo da Síndrome da Pequenez são grandes Povos, porque a grandeza do Povos não se mede pela quantidade, mas pela qualidade do seu saber ser e estar em sociedade.
As Línguas Minoritárias fixam o Pensamento, a Cultura, a História e o Saber dos Povos, com tanta grandiosidade como as Línguas de grande tiragem. Só gente de mentalidade pequena e mirrada NÃO se orgulha de uma Língua minoritária, tão grandiosa como a Língua Portuguesa.
Por que haveríamos nós, Portugueses, de substituir a NOSSA Língua, que já foi dialecto do Latim, mas construiu um caminho próprio, transformando-se numa Línguaautónoma, que, como sabemos, é uma das mais antigas da Europa, e que, pela simples vontade de políticos que sofrem da síndrome do pequeno poder(*) pretendem substituí-la pelo dialecto de uma ex-colónia que, de má-fé, USURPOU a Língua do ex-colonizador, com um objectivo pouco nobre, que acabou por contaminar a classe política portuguesa, que não teve o menor pejo em trair Portugal.
Pode não ser fácil eliminar o CAOS linguístico, no nosso País, mas NÃO é impossível. Basta empenharmo-nos, SEM MEDO de melindrar quem nos USA como trampolim para negociatas obscuras, que NÃO servem os nossos interesses.
Isabel A. Ferreira
(*) Segundo a Psicologia, asíndrome do pequeno poder é uma atitude de autoritarismo por parte de indivíduos que, ao alcançar o poder, usam-no de forma absoluta e autoritária, desprezando as consequências e problemas que possam vir a causar. Nem mais nem menos isto é o que está acontecer em Portugal.
De umas férias paradisíacas, regresso a um CAOS mais agigantado do que aquele que deixei no início do mês de Junho. Coisas estranhas e insólitas aconteceram no nosso desventurado País, no que à NOSSA Língua diz respeito. Algo que tratarei mais minuciosamente, numa outra publicação. Por agora, começo por reproduzir o texto referenciado no título desta publicação, da autoria de Cátia Cassiano, publicado no dia 08 de Agosto de 2023, no seu Blogue In the eyes of a Translator , onde pode ser lido no original.
Juntos somos mais fortes e se queremos ganhar esta batalha, temos de estar unidos e concentrarmo-nos no que é importante. Na realidade, não estamos a lutar uns contra os outros, estamos a lutar contra a classe política portuguesa, inactiva e corrupta. Foram eles que nos meteram a todos nisto, portanto são eles que têm de ser responsabilizados por isso.
Variantes e divergências
Uma das principais características deste Acordo Ortográfico é o argumento das variantes e das divergências. Percebo porquê. Para aqueles que não falam Português ou não têm qualquer ligação com a língua e a cultura dos países que a falam, aqui fica uma pequena introdução ao assunto.
O português é a língua oficial falada em Portugal, por vezes designada como Português europeu. Este é o único Português, como sucede com o Inglês, a língua oficial do Reino Unido. Outros países, devido a séculos de colonização, adoptaram a língua portuguesa como língua oficial. No entanto, a forma como a língua é falada nesses países é diferente do português. Isso deu origem a variantes, tal como acontece com o Inglês. Apesar de haver muita coisa em comum, há também muitas diferenças entre elas.
Misturar má política com línguas
Os políticos portugueses decidiram “unificar”, segundo eles, a língua portuguesa, assinando o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AO90). Alegaram que seria benéfico para todos os países lusófonos ter uma língua unificada/simplificada. Na realidade, o que fizeram foi impor uma variante da língua (o português do Brasil) à Língua Portuguesa e, no processo, apagar a língua e a cultura de todos os outros países que falam a Língua. Alguns não assinaram este absurdoe, na realidade, apenas Portugal, ou melhor, os políticos portugueses, o impuseram aos seus cidadãos.
O resultado desastroso pode ser visto nos jornais portugueses, nos canais de televisão, nos livros e em todo o lado,incluindo o Diário da República, que deveria ser o diário oficial do Governo.
A LUTA DOS CIDADÃOS
Pouco depois de esteabsurdo ter sido imposto aos cidadãos portugueses, estes revoltaram-se e começaram a lutar pela sua língua, pela sua cultura, pelos seus valores e pela sua soberania. Mas isso também trouxe muita divisão e reacções negativas contra o Brasil e os brasileiros. Bem, nós não estamos a lutar contra o Brasil, estamos a lutar contra o Governo português. De facto, há muitos brasileiros que também se opõem a isso, apesar de para o Brasil ter sido só “business as usual”.
Uma carta dirigida ao Dr. Luís Marques Mendes, comentador da SIC, que me foi enviada via e-mail, por um português residente no Canadá, há vários anos. Uma visão de alguém que, longe de Portugal, tem uma percepção racional do que aqui se passa, a percepção de alguém que saiu de Portugal, mas não quer voltar, porque Portugal não lhe oferece o que se espera do próprio país, um país que praticamente expulsa os seus, a sua mão-de-obra qualificada, e recebe os de fora, concedendo-lhes, de mão-beijada, o que não concede aos de dentro.
Subscrevo esta Carta.
Isabel A. Ferreira
«Prezado Dr. Marques Mendes,
Não é que discorde do que disse no seu comentário de ontem (que ouvi até ao fim, antes de começar a escrever...).
Mas gostava de lhe dar a minha visão do assunto, comparando o Portugal que conhecia com o Canadá que conheço.
Portugal desceu da Galiza, e não indo atrás até aos Visigodos e "Mouros", passou há muitos anos a ter uma população homogénea, com relativamente pouca diferenciação.
O Canadá tinha população original, povos chamados Micmac, Algonquin, Huron, Mohawk, Cree, Inuit, etc...
Contudo, vieram imigrantes que os dominaram, tentaram apagá-los (retirando crianças às famílias, instalando-as em 'escolas' residenciais, proibindo-as de falar as suas próprias línguas, e fazendo coisas abusivas do género que recentemente foi assunto em Portugal).
O actual Papa veio há pouco tempo ao Canadá, andou por aí, pediu desculpa, mas não foi tão longe como os nativos esperavam, e quando no avião de volta a Roma lhe perguntaram porque não tinha usado a palavra 'genocídio', ele disse que não lhe tinha ocorrido!!... Ha!...
Os povos nativos (chamados aqui "Primeiras Nações") ainda existem, em poucos números, marginalizados, alguns em 'reservas'. Fazem-lhes o favor de não pagar impostos federais (aqui no sul do Ontário, passei uma vez num local que sabia ser "pertença" deles, e vi um posto de gasolina com preços fantasticamente baixos... Mas não me venderam, porque eu não tinha nem cara nem cartão que me identificasse como tendo esse direito...).
Onde eu quero chegar, é que em contraste com Portugal, o Canadá é um país de imigrantes.
Primeiro franceses, depois britânicos que tomaram a primazia, e chamaram a esta colónia "Domínio do Canadá" (nome que ainda era oficial quando eu cheguei).
Era tão "dominado", que ainda havia, por lei, o costume de tocar o 'God save the Queen' no fim de sessões de cinema (o que fazia os espectadores fugirem assim que as legendas finais começavam a aparecer).
Aliás, o Canadá nos anos 60 não tinha bandeira própria nem sequer hino!
O PM do dia era contra...
Mesmo a propósito, foi agora no dia 1 o Dia do Canadá (que antes era chamado em inglês Dominion Day).
Então por favor veja estes dois artigos do Toronto Star (jornal que apoia os partidos Liberais, i.e., tanto o federal como o do Ontário - aqui há partidos federais, e cada província e território também tem os seus).
E neste, repare nos números, especialmente na população imigrante em Toronto.
Então com a eleição de Olívia Chow na semana passada (com 37% dos votos, porque nos sistemas não-democráticos britânicos não há segunda volta), temos uma Presidente da Câmara apoiada pelo partido de cujo o seu falecido marido era líder, mas que não fala inglês correcto, e tem pronúncia esquisita.
Ana Bailão, em segundo lugar, veio de Portugal com 15 anos... Era apoiada por este jornal.
Imagine um estrangeiro/a a candidatar-se a Presidente da Câmara e a ganhar...
Ora tanta e tão variada imigração faz com que o país se torne amorfo.
O Quebeque era bem afrancesado e a parte onde vivo era feita quase exclusivamente de anglo-saxónicos.
Depois vieram ucranianos, que se dirigiram às pradarias do Manitoba.
Depois italianos, portugueses só na década de 50, e depois então é que se escancaram as portas, mais recentemente com migrantes ilegais que apesar de estarem nos EUA, vêm pedir "refúgio" no Canadá.
Isto impede que exista uma consciência "nacional" no país, ainda mais prejudicada por o Chefe de Estado ser o rei de Inglaterra!
Em Portugal, ainda não se chegou a este ponto.
Mas o Benformoso já não é o que era...
Nem o Martim Moniz, tomado por uma multidão festejando o Eid na semana passada. Para onde foi a procissão da Senhora da Saúde?...
E no interior, também. Perto de Viseu, uma igreja é dispensada a ucranianos regularmente.
Em entrevistas de rua, é confrangedor o número de brasileiros a quem é emprestado o microfone.
800.000 estrangeiros num país tão pequeno são demais!
E dentro destes números, 31% de brasileiros ainda é pior.
Portugal levou africanos para o Brasil.
Estes, com a pronúncia das línguas deles, por ser bastante sonora, afectaram o Português que se falava nesse tempo (não sei, mas podia ainda ser parecido com o Galego).
Agora, a quantidade enorme de brasileiros, com a sua qualidade igualmente sonora (uma característica dominante) também têm grande influência na língua.
Quando o PM, falando por nós todos, diz que gostaríamos de falar com o sotaque deles, e quando o PR se põe a imitar a fala brasileira (deixando Chico Buarque espantado), e quando a SIC tem um (ocasional) repórter brasileiro em Portugal, e a TVI/CNN usa um brasileiro para falar de futebol (como se se tivessem esgotado portugueses com esse talento), o futuro da língua verdadeiramente portuguesa não é brilhante.
Isto para não falar no desastre que é o Acordo de 1990 (não usado no Brasil!) e nos erros que já se ouvem há tempo no Português falado (até já escutei o PR a dizer que "se resolva rápido", em vez de rapidamente).
Imigrantes do sul da Ásia não afectam a Língua Portuguesa, e até a aprendem.
Africanos dos PALOP têm uma certa pronúncia, mas nem chega a ofender, pois falam Português.
A Ksenia Ashrafullina (8 anos de Portugal) é como eu, tem jeito para línguas, e fala um português excelente, por vezes mesmo com a naturalidade duma portuguesa.
Tem a cidadania portuguesa, e assim devia ser chamada, e não ainda 'russa', como referida, entre outros, até pelo PR, o que é uma desfeita.
Não lhe serviu de muito adquirir a cidadania, e esse tipo de imigração, que não considera como "novos portugueses" os imigrantes, não lhes deve agradar.
Contudo, brasileiros acham que falam português, e não aprendem a falar o português local, como uma senhora que num hospital disse que tinha um "corrimento marron", e ficou toda ofendida, dizendo-se "discriminada", porque a enfermeira não sabia que eles usam essa palavra em vez de "castanho".
E brasileiros não entendem completamente o Português, como é minha experiência, e foi demonstrado quando Lula não entendeu uma pergunta que lhe foi feita e repetida por uma jornalista bem perto dele!
Houve quem dissesse que ele não queria responder, mas acredito que ele não compreendeu mesmo o Português!
Eu viajei muito no Brasil, desde Manaus, nordeste, sertão, até Foz do Iguaçu, e senti essa falta de sintonização e desconhecimento do português padrão.
O visto "para procurar emprego", criado pelo governo, é um convite à imigração ilegal e à permanência fora dos limites.
Isto é o governo a dizer “venham e fiquem”, porque precisamos de gente, seja quem for.
Ainda estou à espera dos escândalos que essa JMJ vai produzir, culpa dum governo que se confunde com religiosos.
Pelo que vejo de longe, Lisboa está a ficar descaracterizada, e não me admirava se daqui a umas dezenas de anos, deitassem abaixo a Alfama e a minha Mouraria e pusessem arranha céus...
Cuidado com imigração a mais!
Eu preferia Portugal pobrezinho, mas ainda português.
"Enquanto houver Santo António, Lisboa não morre mais."
Pois, mas o teclado Google quer que escreva Antônio, à brasileira...
[Tive que interromper a escrita, e quase perdi o fio à meada, para ver "Os Batanetes", na TVI Internacional, como que o Monty Python à portuguesa antiga...]
A propósito do textoUirapuru, saci, cocada(cuja leitura recomendo) publicado no NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90(Facebook) encetou-se uma troca de ideias, que poderá ser útil aos que, por algum motivo, continuam muito desinformados sobre o que se passa ao redor do AO90, e dos motivos que levaram ao seu fabrico e à sua imposição ilegal em Portugal.
O Português escrito pelos brasileiros, perde o sentido e a riqueza de Língua Portuguesa que tanto apregoam como rica, mas que têm uma capacidade menor de a utilizar porque não usam as bases gramaticais da língua.
Entre os vários exemplos apresentados o da "casa ventava" é o exemplo mais parvo e deturpante de raciocínio.
Valha-nos a nossa persistência de abater o AO90 para que os portugueses e brasileiros não se tornem mais estúpidos.
Se os portugueses, ao menos, soubessem que o acordo não é para cumprir...
Eles que fiquem com a língua deles e nós com a Língua Portuguesa.
Concordo absolutamente consigo, João Robalo de Carvalho, só não considero Português o que os Brasileiros escrevem e falam, porque não passa de uma Variante Brasileira do Português, também chamada "Crioulo Brasileiro".
Eles fabricaram uma linguagem à margem do Português, logo, não têm o direito de lhe chamar Português. Sei do que estou a falar, porque tive de aprender duas escritas e dois falares diferentes enquanto estudei cá e lá, alternadamente, até à Universidade.
Isabel A. Ferreiraessa ideia de "Eles fabricaram uma linguagem à margem do Português, " é também um dos meus princípios de rejeição pela estrutura que o Brasil usa em nome da Língua Portuguesa para comunicar quando afinal, o Brasil nunca aceitou as regras da Língua Portuguesa.
O que está a passar-se com a Língua Portuguesa é demasiado grave e muitos portugueses não se apercebem de que Portugal deixará de ter a Língua Portuguesa que criámos e alimentámos durante oito séculos.
Estou em contacto como observador no Facebook através dos grupos "A LÍNGUA PORTUGUESA-CPLP" e "Estudantes de Português (amantes da Língua) este de Angola e sei que o que se está a passar em nome da Língua Portuguesa é horroroso, sem qualquer controle ou orientação de professores portugueses mas sim coordenação de "professores" brasileiros que estão ensinando, em nome da Língua Portuguesa, um "Português" que eles dizem ser "a nossa Língua Portuguesa " mas cujas bases de ensino nada têm a ver com o que aprendi em Portugal.
Eu não sei como classificar a língua dos brasileiros que nem de variante me parece tratar-se. O Italiano, o Francês, o Espanhol e Português tenho-os como idiomas variantes do Latim, mas a base de qualquer um, respeitou a origem enquanto que os brasileiros mais parecem querer usar palavras portuguesas sem bases gramaticais.
Que eu saiba a gramática é um conjunto de regras que fundamenta a estrutura de qualquer língua e em que essa língua se justifica.
Baseado no princípio da fonética, politicamente, o Brasil está sujeito a daqui a duas ou três gerações ser dividido em vários brasis, mas isso é problema deles.
Eu, como cidadão, apenas pretendo reaver a Língua Portuguesa que está fugindo dos portugueses porque estes não estão a saber tratar dela como ela merece. É por tudo isto que o AO90 é uma aberração nacional e, deste modo, deve ser destruído e Portugal libertar-se destas correntes mentais que aprisionam as mentes e tornam os portugueses ainda mais toleirões.
João Robalo de Carvalho concordo totalmente consigo! Tenhamos esperança que um dia PORTUGAL veja o MALDITO AO90 COMPLETAMENTE ANULADO! Lamento que ele nos tivesse sido "impingido" por ignorantes, desleais e que continuam no "seu poleiro" sem nada de útil fazerem para dignificar o nosso PAÍS! Essas altas esferas políticas deveriam ter "um pingo de vergonha na cara"!!!!!!!!!!!!!!!
Garantidamente: os habitantes (os nativos) do Brasil não eram mudos quando os Portugueses lá chegaram. Eles falavam e tinham Línguas (li em algures que seriam umas trezentas), a que os Portugueses se iam ajustando como podiam, ou aprendiam com os Jesuítas o Nhengatu, por ordem de Dom João III. Quando os políticos Portugueses lá para finais do séc. XVIII, à boleia das ideias do Estado-Nação começaram a teimar que os nativos, os Portugueses e seus descendentes e toda a gente tinham forçosamente de falar "Português"; e então começou-se a falar uma Língua feita de palavras em Português, Tupi, Bantu, e sabe-se lá que mais; e com regras gramaticais variadas, conforme a região, já para não falar em pronuncias. O Português no Brasil ("do Brasil") é uma ficção política, tal como quando dizemos que um espumante é "Champagne da Bairrada" para dizermos que é Champagne coisa nenhuma.
Isabel A. Ferreira O problema de todos estes textos, esforços e o resto - e note-se que não estou a dizer para desistirmos, eu não desisto, ´tal como dizia Palmira Bastos, "As árvores morrem de pé" - é que, a maioria dos Portugueses, entre Fátima, Futebol e outros "efes" está-se borrifando. Os números deste grupo e dos que assinaram o Apelo são um sinal da doença... e eu sei disso sem sequer sair de casa, o que torna a minha raiva ainda maior. Se quem me está próximo, e tem de me ouvir todo o tempo, não entende, como se fará com um povo de analfabetos... guiado (bem, mais oprimido, sem o saber) por um bando de ignorantes oportunistas que são sempre as mesmas moscas... na mesma m****. Desculpem, mas estou num dia de maus-fígados.
Jose Antunese tem razão para estar de maus-fígados. Todos nós estamos, porque há um núcleo que luta arduamente para ver se consegue mandar o AO90 para a incineradora, há outro grupo que diz não aceitar o AO90, mas nada faz, não colabora, não apoia as iniciativas. E eu também já estou a ficar farta desta patética apatia.
Este texto de José Gil foi escrito em 17 de Fevereiro de 2012, para a Visão, altura em que esta revista ainda usava a grafia correCta, ou seja, a grafia de 1945, que está em vigor e nunca deixou de estar. Mas há quem prefira violar a lei, mais do que cumpri-la.
Ainda hoje ouvi a Ministra da Defesa, no Telejornal da SIC, dizer, a propósito da recusa de um grupo de militares em seguir no navio Mondego, numa missão, por entenderem que o barco não estava em condições de navegar (o que parece não ter sido o caso) que as ordens não são negociáveis, só há espaço para NÃO obedecer a ordens ilegais.
Sabendo-se como se sabe que a aplicação do AO90 é comprovadamente ilegal e inconstitucional, ninguém em Portugal tem a obrigação de obedecer a uma ordem para aplicar o ilegal AO90, ainda mais não existindo LEI alguma que a tal obrigue.
Mas há quem goste de obedecer servilmente, acriticamente, vá-se lá saber com que motivações.
Por que trouxe à liça este texto? Para o enviar aos que governam, para que saibam que a RESISTÊNCIA existe e que nós gritamos com José Gil e com Jorge de Sena, porque «há-de haver quem ouça, ainda há-de haver quem ouça. (...)»
«(...) Todavia,
é teu dever gritar além dos gritos.
Ao menos grita o teu protesto agudo.
O grito do silêncio que te amarra.
A liberdade, a paz, a ordem necessária
a que um país resista ao próprio mal
que leva no seu sangue secular.
Grita por isto a voz do teu silêncio.
(...) Ah grita:
importa pouco se te escuta alguém,
no redemoinho tenso da surdez danada.
Porque há-de haver quem ouça, ainda há-de haver
quem ouça. (...)»
("O Grito do Silêncio", Jorge de Sena, "40 Anos de Servidão")
Isabel A. Ferreira
«Além de ser afectiva, a ortografia marca um espaço virtual de pensamento. Com o AO teremos limites e contornos mais visíveis que serão muros de uma prisão»
'Parece que, a pouco e pouco, o Acordo Ortográfico vai perdendo terreno. Todos os argumentos que o criticam foram já repetidamente enunciados: desde a importância de a etimologia ser irreconhecível nas palavras desfiguradas, ao factor, intolerável, de se impedir assim o livre desenvolvimento e transformação do português. Este é, sem dúvida, um dos aspectos mais graves desse Acordo imposto artificialmente a todo um mundo de falantes da língua portuguesa.
Uma língua é um organismo vivo e, segundo o seu contexto social, geográfico, histórico, demográfico, económico, geopolítico, transforma-se imprevisivelmente. É a multiplicidade livre dos movimentos que fazem evoluir naturalmente uma língua que permite o surgimento de casos extremos, geniais, que subvertem a língua ao ponto de inventarem novas sintaxes dentro da sintaxe habitual: esses casos, revolucionários, como o de Guimarães Rosa ou de Pessoa, só são possíveis quando o espaço virtual de liberdade interna da língua se solta e ousa, para além do uso rotineiro e correcto da gramática.
Então nascem novas gramáticas (como a do Livro do Desassossego ou a do Grande Sertão: Veredas), novas palavras e expressões, os horizontes da língua abrem-se indefinidamente (até onde Pessoa poderia ter ido para além de onde foi? Ninguém duvida de que poderia ter ido mais longe ainda, mas ninguém sabe para onde e até onde teria ido). Então descobre-se a maravilha de ser possível uma outra expressão linguística, um insuspeitável sentido das coisas, um outro pensamento. E uma outra expressão é uma dimensão até ali escondida, por dizer e para ser dita, da liberdade. Porque impede (ou entrava) tudo isto, o AO é repressivo e destruidor.
Mas não são só as possibilidades dos casos extremos que são afectadas. Porque todos nós vivemos nesse meio natural das distâncias soltas e invisíveis que a língua cria a cada instante: no calão (língua do corpo), no humor, no jogo certeiro de um argumento, na invenção, por uma criança, de um palavrão. Vivemos mergulhados na liberdade da língua, para a qual permanentemente contribuímos. É que nós dizemos mesmo o que não sabemos que dizemos. Através do inconsciente da língua, o sentido físico, arcaico, dos fonemas, as sensações ligadas às letras, a doçura e a aspereza do ar inspirado e expirado no som inarticulado ou palreado pelo bebé são retomados sem o saber pelo adulto na palavra articulada. A ortografia é afectiva, polissémica, racional e fugidia, conectiva e disjuntiva (aliterações, ressonâncias, ritmos, cromatismos, etc.), indutora de associações com novas palavras e construindo non-sens. Induz um espaço indefinido de criação. Como eu amava «auto-retrato» e me sinto esmagado pelo «autorretrato»! Porque contraria este movimento natural da escrita, o AO é néscio e grosseiro.
Um último efeito, talvez o mais grave: o Acordo mutila o pensamento. A simplificação das palavras, a redução à pura fonética, o «acto» que se torna «ato», tornam simplesmente a língua num veículo transparente de comunicação. Todo o mistério essencial da escrita que lhe vem da opacidade da ortografia, do seu esoterismo, desaparece agora. O fim das consoantes mudas, as mudanças dos hífenes, a eliminação dos acentos, etc., transformam o português numa língua prática, utilitária, manipulável como um utensílio. Como se expusesse todo o seu sentido à superfície da escrita. O AO afecta não só a forma da língua portuguesa, mas o nosso pensamento: com ele seremos levados, imperceptivelmente, a pensar de outro modo, mesmo se, aparentemente, a semântica permanece intacta. É que, além de ser afectiva, a ortografia marca um espaço virtual de pensamento. Com o AO teremos, desse espaço, limites e contornos mais visíveis que serão muros de uma prisão, onde os movimentos possíveis da língua empobrecerão. Como numa suave lavagem ao cérebro.»
A finalidade deste “acordo” político é que uma das seis ex-colónias, sul-americanas, submeta a sua ex-potência colonizadora, europeia, e as demais ex-colónias africanas desta, a uma forma de neo-imperialismo cultural que se consubstancia na “adoção” ditatorial de uma “ortografia única”: a brasileira. [“post”Anatomia da Fraude]
Concatenando sequencialmente, como óbvias relações de causa e efeito, a invenção da CPLP, oEstatuto de “Igualdade” (2000), a imposição do AO90 (2011)e, por fim, oAcordo de Mo(r)bilidade (2021), ficam ainda mais claros os reais objectivos de toda a trama. Com a intensa, sistemática e longa campanha de desinformação — nesta se incluindo a paradoxal vitimização política dos beneficiados(1, 2, 3)e o silenciamento da oposição através do insulto e da ameaça (1, 2, 3, 4, 5) –, os últimos dados revelam já que pelo menos três desses objectivos foram atingidos: a substituição da Língua portuguesa pelo crioulo brasileiro, aaculturação selváticae o estabelecimento de umEstado brasileiro na Europa. [“post” “Igualdade” pela porta dos fundos”]
Doutor em educação, é professor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL); presidente do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio de Janeiro (Ciee/RJ)
Temos maisde 300 milhões de pessoas no mundoutilizando, como ferramenta de trabalho, a nossa queridalíngua portuguesa. A preocupação da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da Academia Brasileira de Letras, hoje presidida pelo especialista Evanildo Bechara, tem sido a sua descomplicação. A esse empenho se juntam hoje o recém-eleito Ricardo Cavaliere e a competente imortal Ana Maria Machado.
São imprecisos os limites entre anorma cultae a linguagem popular. Ser moderno não é só adotar procedimentos de filmes, revistas, jornais e programas de televisão, como se faz em certas partes do Rio de Janeiro. Há um claro desejo de imitar o inglês, primeira língua de mais de 500 milhões de pessoas.
É claro que desejamos ampliar os laços que nos ligam à Comunidade dos Povos de LínguaPortuguesa (CPLP), como tem se referido continuamenteo presidenteLuizInácio Lula da Silva(PT). Sabe-se que só3% dos 350 mil verbetes registrados no Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa são escritos da mesma forma, o que merece uma ampla e contundenterevisão. Eis aí um maravilhoso pretexto para a ação decisiva danossa diplomacia, com o necessário trabalho em favor da sonhada unificação. O Itamaraty, numa nação que nem é tão rica assim, está empenhado em emprestar dinheiro aos povos necessitados. Não seria o caso de uma ação cultural mais expressiva?
Conheça alguns escritores dos países de língua portuguesa
A modalidade da educação a distância (EAD), em grande expansão no mundo, pode ser um precioso instrumento de harmonização de procedimentos. Está na hora de somar esforços nesse sentido.
Quando vem à tona o nome do inesquecível Pelé,pensamos se não é um verbete que uniria as nações lusófonas. O Dicionário Michaelis saltou na frente. Sugerimos acompanhar a bela iniciativa.
Queremos nos deter um pouco mais sobre essa homenagem ao craque. Ouvi de um acadêmico que não concordava com a ideia, “pois com o tempo o nome de Pelé poderia ser esquecido”. Argumento furado, pois a história sempre ligará o nome do atleta doSantosaos títulos conquistados pelo Brasil com a sua ajuda e os gols inesquecíveis do “Rei do Futebol”.
Chico Buarque recebe prêmio Camões pelas mãos deLula; veja fotos
De toda maneira, este artigo está sendo feito em defesa da língua portuguesa e do seu futuro. A união lusófona é, politicamente, uma ideia altamente defensável e oportuna. A nossa diplomacia tem aí um belo campo de trabalho.
[Transcrição integral, conservando o brasileiro do autor brasileiro publicado num jornal brasileiro, incluindo as ligações internas do original. Inseri outros “links” (os de cor verde) a “posts” do Apartado, com extractos apensos. Imagem de topo: recorte do site “Talk2Travel“.]
a “posts” do Apartado, com extractos apensos. Imagem de topo: recorte do site “Talk2Travel“.]
«Que grande compreensão tem esta gente das regras do Acordo Ortográfico de 1990... Nem com mais vinte anos em cima vão dominar a nova ortografia. E isto com jornalistas, imagine-se agora com o falante comum.»
Helder Guégués, tradutor e revisor, 19-04-2023, no blogue O Linguagista
«Raios partam o Acordo e quem nada faz para o reverter! Raios partam os políticos que fazem proclamações de amor infinito à língua portuguesa e a maltratam todos os dias, e não piam quanto ao acordo cacográfico. A integridade linguística é prova de carácter, com "c" antes do "t"!»
Maria Rueff, com texto de Manuel Monteiro na TSF
A par de fatos, que não são para vestir, como se observou no escrito do mês de Abril, os contatos são a segunda marca indelével do AO90. Só a sua aparição e proliferação seria razão suficiente, como escreve Manuel Monteiro, para pôr cobro à sua aplicação. Acrescem ainda, entre outras, o fracasso da unificação e as frequentes incoerências.
Voltemos de novo aoscontatos. Uma breve incursão por alguns órgãos de Comunicação Social traz-nos, entre outras pérolas:
1. «Com cerca de cem membros e mais de cinquenta pontos decontato, como é referido na sua página da Internet, esta organização reúne outras de todo o mundo, por forma a melhor combater a corrupção no desporto.»
3. «Na sua mensagem de abertura da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que se realiza esta semana, Ornelas revelou que este grupo deverá ter a “autonomia necessária para acolher e acompanhar as vítimas” e “assegurar o necessário apoio e a possível recuperação dos danos por estas sofridos”, dispondo de uma linha de atendimento e de “condições para o contato e acompanhamento pessoal».
Expresso, 17-04-23
4. «Até há pouco tempo, publicar um livro exigia do autor muito mais do que a já hercúlea habilidade de parir universos inteiros com as próprias mãos: sem oceanos de suor, alguma sorte e uma bela rede de contatos que garantisse os olhos de uma editora sobre o seu original, dificilmente o sucesso lhe bateria à porta.»
Observador, 11-04-2023
5. «O predador sexual, que já tinha sido condenado anteriormente por agressão, exposição indecente, indecência grosseira com crianças e crueldade animal, e que foi descrito pelo procurador como: «uma "suposta transgénero" que usou essa vertente de personalidade para ‘entrar em contatocom pessoas vulneráveis’», aproveitou-se das políticas identitárias e mascarou-se com uma peruca, maquilhagem e soutiens com enchimento para se declarar mulher, ser preso na cela delas e continuar a violá-las.»
Sol, 30-03-2023
6. «Governo diz que CM de Setúbal não quis celebrar um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações.
Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, diz que a Câmara Municipal de Setúbal tem fugido aoscontatose a essa formalização de uma parceria com o Alto Comissariado.»
Observador, 10-05-2022
7. «Isabel Lima, professora de português do Colégio, diz que a atividade foi enriquecedora e que “o contatocom o espaço físico é diferente da percepção que se tem dentro da sala de aula”. Para a docente, vivências como estas permitem que os jovens fiquem mais atentos às notícias e à desinformação.»
JN, 20-02-2023
8. «Este contatocom os autarcas, e as autarquias, é muito importante. Tendo em conta que dos 10 municípios a visitar apenas 3 têm gestão social-democrata, há muito para aprender e, eventualmente, replicar as boas práticas.»
Manuel Portugal Lage, DN, 17-04-2023
9. «Acabei de entrar em contato com o comandante de uma das brigadas que defendem a cidade. Posso afirmar com confiança que as forças de defesa ucranianas controlam uma percentagem muito maior do território de Bakhmut", disse o porta-voz das forças ucranianas em declarações àCNN International.»
DN, 11-04-2023
10. «Verstappen defendeu que Lewis Hamilton não seguiu as regras da corrida ao ultrapassá-lo na primeira volta. "Da minha parte, apenas tentei evitar o contato, está bem claro nas regras o que é permitido fazer agora do lado de fora, mas claramente não é seguido", disse.”»
DN, 01-04-2023
O que acha desta pequena colecção, caro eleitor? Será isto um não-assunto, como dizem alguns que se julgam entendidos também em Linguística? Justifica-se que os responsáveis teçam rasgados elogios à língua no Dia Mundial da Língua Portuguesa e continuem a assobiar para o lado no resto do ano?
Ah, e como escrevemos em Abril, o nome dos meses, quando se refere uma efeméride ou um acontecimento histórico, deve ser grafado com maiúscula. Sempre!
João Esperança Barroca
*** Uma vez que pergunta, caro João Esperança Barroca, e sendo eu sua leitora, digo-lhe que esta pequena colecção de contatosdiz de um servilismo absolutamente bacoco, a juntar a uma ignorância optativa e ao DESPREZO que o presidente da República, o (des) governo português e os deputados da Nação (salvaguardando as raras excepções que pugnam pela NOSSA Língua Portuguesa), votam a Portugal, insultando os Portugueses Pensantes com essa atitude servil , anti-democrática [com hifene], ditatorial, ilegal e inconstitucional. E isto só acontece porque vivemos numa República DOS Bananas.
Como havemos de livrar Portugal desta peste negra,a que deram o nome acientífico de AO90, sigla para «acordo ortográfico de 1990»? Algo inusitado, imposto a Portugal por uma sucessão de políticos, que, não sendo da área das Letras, e de letras nada percebendo, deixaram-se levar pelo aceno dos milhões sul-americanos, que lá por serem milhões, não significa que um Povo livre e soberano tenha de se subjugar aos seus desígnios, não significa que eles sejam os "donos" da Língua Portuguesa, porque isso JAMAIS serão. Serão donos da VARIANTE Brasileira do Português. Mais nada. Os norte-americanos também são milhões em relação aos Ingleses, e não são os donos da Língua Inglesa, até porque JAMAIS os Ingleses permitiriam tal ingerência num património que lhes pertence, por direito histórico.
A nossa Língua chegou à caverna onde políticos servilistas servidos por escravos, a puseram.
Não é, com certeza, continuando a escrever artigos, atrás de artigos, a malhar no AO90, e a repetir até à exaustão o que todos já sabem – fato, em Portugal, significa peça de vestuário, e, no Brasil, significa acontecimento – que nos livraremos desta peste negra. Todos já sabemos que o AO90 assenta na grafia brasileira, é inconstitucional e ilegal, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais.
Temos de partir para o ataque às bases. Cortar o mal pela raiz. Onde estão as bases? Onde está o mal? É por aí que devemos ir.
A Língua Portuguesa está entranhada há séculos em todas as gerações, desde Dom Diniz, que teve a brilhante visão política de dotar Portugal de uma Língua Portuguesa, desligada do Galaico-Português que partilhávamos com a Galiza. Afinal já éramos um País independente. Já não pertencíamos à Galiza.
Mais de oito séculos passaram, sobre uma das Línguas mais antigas da Europa, e não podemos admitir que uns poucos políticos, não tão esclarecidos como o era Dom Diniz, os quais aceitaram acriticamente o AO90, substituam essa herança, por um arremedo de linguagem , que se apressaram a impingir nas escolas portuguesas, com a cumplicidade dos professores, com o abjecto objectivo de infundirem nas novas gerações o compromisso de escreverem incurrêtâmente a sua Língua Materna, ad infinitum.
Hoje, não há visão política alguma. Deixámos de ser o País independente que éramos no tempo de Dom Diniz? Parece que sim.
Sobre o AO90 passaram-se apenas uns escassos 11 anos de aplicação (desde 2012). Será que este tempo é suficiente para fazer entranhar numa geração, ainda a ser, esta aberração? Obviamente, NÃO É.
Por isso, vamos muito, muito a tempo de reverter o malfeito AO90. Errar é humano. Mas manter o erro, com o argumento de que já há uma geração (que ainda não é) a escrever em acordês, ou mais precisamente em mixórdês, é completamente INSANO. Ou acharão (porque não têm capacidade de pensar) os acordistas que os Portugueses da presente geração, pertencem à geração mais estúpida que já existiu em Portugal?
Aos que me dizem que é impossível reverter o AO90, eu digo que Portugal não precisa de derrotistas. Precisa de LUTADORES. Só a morte é irreversível (repito-me!).
Ou quando me dizem que esta luta é uma luta perdida, eu respondo que uma luta só está perdida quando se deixa de lutar. E quem não luta está a alimentar o AO90 e a dar trunfos aos acordistas.
Passámos séculos a escrever correCtamente a Língua Portuguesa. A geração dos meus netos, que ainda vão nos 11 e 14 anos, escrevem-na incurrêtâmente, e a isto chama-se um regresso às cavernas, até porque escrevem correCtamente o Inglês e o Castelhano, que andam a aprender. E isto é algo surrealista, algo que só acontece num País como Portugal, que anda à deriva, sem rei, nem roque, com um governante que, em cerimónias oficiais, fala à brasileira, e outro até gostaria de falar à brasileira, como nas novelas que impingem umas a seguir às outras, com que fazem lavagem cerebral a um Povo ainda pouco esclarecido.
E isto é das coisas mais degradantes, mais mesquinhas, mais servis que já vi em toda a minha vida.
A Língua Portuguesa evoluiu desde Dom Diniz. As Línguas até podem evoluir e modernizar-se, como o Português, o Inglês, o Francês, o Castelhano, entre muitas outras Línguas, que evoluíram e se modernizaram, mas modernizar não é sinónimo de MUTILAR as palavras, de lhes retirar os hífenes, de as desacentuar. E a mutilação das palavras, nada tem a ver com acompanhar a evolução dos tempos, como ouço por aí, mas com RECUO, reduzindo as palavras à sua forma mais básica: ao patoá dos que não têm capacidade de PENSAR a Língua. E apenas os não-pensantes é que usam o AO90.
A nossa Língua chegou à caverna onde a puseram, porque temos políticos servilistas servidos por escravos.
Existem por aí quem já se dê por vencido, mas os vencidos nunca fizeram avançar o mundo. O problema maior desta questão é existirem derrotistas a dizer que esta "é uma luta perdida", e só há lutas perdidas quando se deixa de lutar, repito. E o que vejo é um comodismo incompreensível, por parte da intelectualidade portuguesa. O que vejo são servilistas que aceitam a imposição ilegal do AO90, sem ripostar. Um dia, as editoras que estão a fomentar esta peste negra, irão todas à falência, e eu aplaudirei.
Posto isto, caros leitores, em 20 de Março de 2023, foi lançado um REPTO para angariação de subscritores para um APELO a enviar ao Presidente da República, e que pode ser consultado aqui, iniciativa que já conta com 277 cidadãos portugueses e alguns brasileiros.
Por que penso que, desta vez, o Presidente da República dará ouvidos a este Grupo Cívico de Cidadãos? Simplesmente porque estou convicta de que Marcelo Rebelo de Sousa não quererá ficar para a História como o Chefe de Estado que permitiu que destruíssem a Língua, que o Rei Dom Diniz deixou de legado ao Povo Português, e que ele (Marcelo,) por sua vez, deixará como seu legado, aos vindouros, um vergonhoso arremedo de Língua, porque nada fez para a defender, como a CRP o exige, e ele jurou defender. Tal coisa jamais será perdoada pelo Futuro e pela História.
A autora deste Blogue não adopta o “Acordo Ortográfico de 1990”, por recusar ser cúmplice de uma fraude comprovada.
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