Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2024

«Protecção contra a corrupção da Língua Portuguesa»

 

Carta enviada por Carlos A. Coimbra, um cidadão português que vive em Toronto (Canadá) há longos anos, a uma personalidade televisiva portuguesa, a propósito da corrupção activa exercida sobre a NOSSA Língua, à qual as comunidades portuguesas na diáspora estão atentas, e que defendem com unhas e dentes, ao contrário dos decisores políticos e apolíticos portugueses.

Isabel A. Ferreira

 

Língua 1.png

 

Texto de Carlos A. Coimbra

 

«Quero então expor-lhe as minhas ideias quanto à presença da Língua no Brasil nos média de Portugal.

 

Aliás, uma pessoa que se interessa por, e tanto pesquisou sobre descobrimentos, deve forçosamente dar importância à língua que "viajou" pelo mundo fora.

 

Há vários aspectos por onde entrar no assunto, mas começo com a diferença entre sotaque (ou pronúncia) e corrupção da língua.

 

Eu admito não conhecer Portugal tão bem como quem lá vive. Mas sei que há diferentes pronúncias, como do Alto Minho, da área do Porto, a inflexão de Alentejano, o por vezes quase incompreensível São Miguelense, e a "corrupçon" da Madeira.

 

Mas todos usam a mesma gramática, a mesma semântica, sem mudar a ordem das palavras, nem as alterar (um brasileiro diria alterar elas).

 

E o mesmo se mantém em relação a Angolanos e outros nacionais de territórios que foram portugueses, embora o sotaque deles seja mais carregado.

 

Só que continuam a falar o mesmo Português.

 

Lendo textos escritos por um português ou pessoa de proveniência africana, não podemos extricar qualquer evidência acerca da origem da pessoa.  

 

Aliás, como comparação, entre os vários espanhóis (castelhanos) falados, eu sei distinguir o Castelhano original, o Mexicano, o Cubano e Porto-riquenho (caribenho) e o Argentino.

 

Contudo, todos falam o mesmo Castelhano, com a mesma gramática e ortografia; a única distinção é o facto de usarem alguns termos locais.

 

E quanto ao Inglês, lendo textos escritos por americanos e britânicos, vemos a mesma língua, embora haja diferenças pontuais na ortografia (z/s, or/our, etc...).

Ninguém pensou em unificar a ortografia, nem em usar em permanência locutores do outro lado (embora os média americanos usem alguns jornalistas não-americanos no estrangeiro, por razões que têm a ver com obtenção de vistos, por exemplo).

 

Agora falando do Brasileiro, a coisa é muito mais séria.

 

A modificação que os escravos foram fazendo à Língua dos colonizadores, em termos de pronúncia e possivelmente função da gramática das Línguas nativas, levou até a que os Brasileiros de hoje troquem a ordem normal das palavras, não usem verbos correctamente e tanto mais.

 

Um brasileiro que falava bom português gramaticamente foi o Presidente Temer...

 

E então posso passar ao vício de meter um 'i' onde ele não existe: abisurdo, opitar, e inúmeros outros exemplos.

 

E é contagioso! Exemplo:

Um tempo depois do 07 de Outubro, os Israelitas levaram jornalistas à povoação chamada Sderot (além de hebraico, é assim que está escrito na placa à entrada: Quer dizer "Boulevards", plural de Sder - eles formam plurais em -ot e em -im).

 

Esse grupo incluía pelo menos um português e uma brasileira.

Eu sei, porque vi uma peça na RTP e outra na Globo, na mesma noite.

Ora a brasileira dizia Siderot, devido à aversão que os Brasileiros têm a dizer duas consoantes juntas (Lula inclusivamente).

E fiquei chocado por ouvir o jornalista português copiar a brasileira, também dizendo Siderot!

Ainda mais curioso, noutra ocasião, ouvi outra repórter brasileira que preferia dizer Isderot (idêntico o que fazem com 'esporte').

 

Ora todo este linguajar "à brasileira" passa muito para lá de questões de pronúncia ou entoação, e consiste em corrupção da Língua.

Não se pode deixar de dizer isso quanto à introdução de sílabas que não existem.

 

Infelizmente, a Língua Brasileira tem características dominantes, tal como o Castelhano, senão basta ouvir portugueses que vivem há muito tempo no Brasil ou na Venezuela...

 

Isto é devido às Línguas serem parecidas, e tal não acontece comigo nem com quem mora na França (adoptam certos termos, mas não lhes afecta a pronúncia).

 

Não questiono o direito ao trabalho em Portugal de brasileiros, mas não quero ouvi-los na rádio e televisão a falar de assuntos que não têm nada a ver com o Brasil.

 

Isto particularmente quando os sotaques portugueses e africanos que referi não parecem ter lugar cativo nos canais de TV a que tenho acesso, e esses falam Português!

 

Creio que jornalistas portugueses até devem ficar ofendidos por serem preteridos. O caso do brasileiro na TVI/CNN-P a comentar futebol é um exemplo extremo, pois dá a ideia que se esgotou em Portugal quem saiba falar do assunto!

 

Aliás, quando um canal aqui em Toronto adquiriu uma meteorologista com pronúncia australiana, pode crer que eu protestei...

 

O Português falado já sofre de tantos erros...

 

E bem basta a falta de respeito pela audiência que leva a cair no Inglês fácil, em parte pela perda de vocabulário, causando até asneiras devido a não saberem o significado das palavras (ouvi uma comentadora que quando falava do Suez, lembrou o caso dum barco que entupiu o canal, e disse que era um verdadeiro "checkpoint", quando tal seria um "bottleneck").

 

Qual a necessidade de usar alguém que nem fala o Português correcto, e que em qualquer momento pode dizer uma "brasileirice"?

 

Eu nasci com inclinação para lógica (levou-me aos computadores) e Línguas (passou de entretenimento a conhecer a fundo o Inglês, a falar Italiano além de Castelhano e Francês, e saber o suficiente de Alemão; as minhas maiores peneiras vêm de me ter ensinado mais que o suficiente Russo, antes de haver Internet).

E sou compreendido em muita coisa de várias outras línguas estranhas, sem pretender que as falo minimamente, só por diversão. Até o tradutor do Google me entende, e isso tem utilidade neste país de imigrantes.

 

Mas o que interessa aqui é que quero fazer o que posso para proteger o verdadeiro Português da influência do Brasileiro, e que não seja considerado "variedade europeia", como me escandalizou a professora Dr.ª Sandra Duarte Tavares, pois assim caracterizou o meu Português original, enquanto assessora da Língua (!) na RTP.

 

Ofenderam-me, insultaram-me, tanto o PM como o PR: um disse que até gostaríamos de falar com o sotaque brasileiro, e o outro lembrou-se de imitar (mal) a fala brasileira, enquanto Chico Buarque ficou de boca aberta a pensar sabe-se lá o quê do indivíduo...

 

Pois lembro-me de dois casos:

Num jogo amistoso entre não me lembro quem e um Benfica em que entraram Ricardo Araújo Pereira e Fernando Mendes, o Ronaldo (o original, chamado "Fenômeno" pelos brasileiros - com ô) magoou-se, foi para o banco e foi entrevistado: Lesionou-se? Hem? Lesionou-se? Heeeem? Machucou-se?

Aí ele finalmente entendeu...

 

E recordo que a propósito de não sei quê, no Brasil, perguntei a uma pessoa: mas que explicação lhe dão a si?

Nada de resposta até eu modificar a pergunta...

O 'lhe' e o 'a si' não faziam parte do entendimento da Língua da pessoa...

 

Isto está indecentemente comprido, mas eu queria apresentar os meus argumentos duma maneira mais completa, que não têm nada a ver com xenofobia (aprecio, por exemplo, o Português que ucranianos falam).

E tenho a certeza de que mais tarde vou lembrar-me de mais que podia ter escrito...

 

Cumprimentos,

Carlos A. Coimbra,

Toronto»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:14

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Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2024

“Corrução”? No título de uma notícia “online”? Desde 31 de Janeiro? Esta gente devia ser chamada à Justiça por CORROMPER a Língua Portuguesa -- a Língua Oficial de Portugal

 

CORRUÇÃO.PNG

(Retirei hoje, esta imagem do site, mas se, por um acaso, se lembrarem de corrigir o erro (o que considerarei muito louvável), o link do texto, no fim desta publicação, confirmará a minha indignação)

 

Também na “Questão da Língua” há muita corruPção -- ainda por cima este é pronunciado e escrito nas mais diversas Línguas mundiais: Português, Inglês, Alemão, Castelhano, Francês, Ucraniano, Polaco, Romeno, Brasileiro, Catalão, Sueco, Luxemburguês, etc., por aí fora...

 

Ainda mais por cima o facto de este erro monumental estar online desde 31 de Janeiro, e não ter uma alminha que desse conta do erro e se apressasse a corrigi-lo para não deixar ficar mal os envolvidos, nomeadamente a RR. É o que faz contratar mão-de-obra barata ignorante.



No meu tempo de Jornalismo no activo, nos Jornais por onde passei, isto dava direito a um despedimento, muito bem despedido.

 

Quem assim escreve deve regressar ao 1º ano da Escola Básica, para aprender com um Professor com maiúsculo, como se escreve uma palavra tão simples como corruPção. Até os Brasileiros grafam à portuguesa este vocábulo, embora o pronunciem com ô, acrescentando-lhe um i: «côrrupição».



Bem sei que o AO90, muito ignorantemente, manda mutilar as palavras que tenham cês e pês não pronunciados. E então há gente que leva isto tão a sério, mas tão a sério, que quando vê um ou um à frente, instintivamente, elimina-os da palavra. Isto é de gente que não sabe pensar a Língua. E se não sabe pensar a Língua como pode exercer uma profissão em que a Língua é o seu mais precioso instrumento de trabalho?  Isto já ultrapassa a ignorância que políticos ignorantes permitiram que se disseminasse por aí, ao imporem ilegalmente um acordo ortográfico engendrado por Antônio Houaiss e Malaca Casteleiro, com as mais obscuras intenções.

Este tipo de erros estão espalhados por toda a parte, nas televisões  e nos jornais, revistas e publicações acordistas. E não há ninguém da classe intelectual, da classe docente, da classe política, da classe literária, da classe das letras, da Academia das Ciências de Lisboa que grite bem alto um BASTA a esta pouca vergonha?



Dizem-me: «ah! mas isto é uma gralha». Não, não é uma gralha. Uma gralha fica apenas uns segundos, vá lá, uns minutos online. Isto é ignorância, desleixo e nenhum brio profissional.



Seria um acto de inteligência genial, de um QI acima dos 140, que uma autoridade maior da República Portuguesa pusesse mãos a esta obra e extirpasse de uma vez este cancro chamado AO90, já com metástases espalhadas por todas as áreas do Saber, o qual está a matar a Língua Portuguesa.  

Este é o momento de dizer BASTA!!!!!!
Estamos com eleições à porta. Como estão a comportar-se os partidos políticos que se candidatam à corrida para o PODER, no que respeita a esta vergonha nacional?
Não haverá ninguém, entre os que governam, com vergonha na cara? Com brio político? Com inteligência genial? Terão todos um QI abaixo de 90Isto já ultrapassou a questão política. Isto já entrou no campo da falta de inteligência, da falta de bom senso, da falta de brio profissional, da falta de vergonha na cara.

 

Nunca Portugal esteve cotado tão por baixo como nos tempos que correm, que nem a sua Língua Materna uma boa fatia dos portugueses sabe escrever!!!! País tão cheio de analfabetos e semianalfabetos ao mais alto nível!!!!!

BASTA!!!!! Há que dizer BASTA! a esta vil subserviência a um País que maliciosamente usurpou a NOSSA Língua Portuguesa!

Se os governantes portugueses permitem tal abuso, nós NÃO permitimos.


Isabel A. Ferreira

Fonte da imagem:

https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/01/31/uma-semana-depois-arranca-interrogatorio-a-suspeitos-de-corrucao-na-madeira/364976/

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:28

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Quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2024

Os partidos políticos, que vão a eleições, continuam a fazer-se de cegos, surdos e mudos à gravíssima “Questão da Língua” que está a conduzir Portugal para o “pântano brasileiro”, com a cumplicidade dos média

 

No passado dia 14 de Janeiro publiquei este texto no Blogue e enviei-o para os partidos políticos, porque entendo que temos de fazer com que os partidos políticos se comprometam a pôr nos seus programas o que pretendem fazer acerca desta GRAVE Questão da Língua, e cobrar-lhes as promessas. 

 

***


Até ao dia de hoje, o Chega foi o único partido que me respondeu, via e-mail.

Até ao dia de hoje, o Chega foi o único que apresentou uma MOÇÃO, aprovada, na mais recente convenção desse partido, em Viana do Castelo, que tem como tema o AO90, propondo a sua cessação.

 

***

Eis o conteúdo do e-mail recebido:

Assunto: Trata-se de um direito dos Portugueses

Filipa Lourinho @ch.parlamento.pt>

segunda, 29/01, 10:54 (há 2 dias)









para mim



 

Bom dia,

Agradecemos desde já o mail enviado. De facto aprovámos uma moção sobre o assunto nesta última Convenção, de Viana do Castelo, com essa temática, no entanto para mais informo que ainda não se sabe se constará ou não do programa eleitoral. Neste, de qualquer modo, não constará tudo o que se defende ao detalhe, mas efetivamente foi já assumido pelo CHEGA que somos contra o acordo ortográfico.

Melhores cumprimentos,

***

Dizer que "efetivamente" se é contra o AO90 dá muito nas vistas.

senso comum.png

Não me parece, pois, que nenhum dos partidos vá pôr o AO90 nos seus programas, porque não querem comprometer-se com algo em que estão atolados até ao pescoço, motivo que os tem levado a um silêncio estrondoso, apesar das várias tentativas dos Cidadãos Portugueses Pensantes os fazer sair do seu mutismo. O motivo desse mutismo será o de não terem qualquer argumento racional para justificar o acto completamente irracional de se ter imposto a Portugal o inconcebível e ilegal AO90?


Parece-me que os partidos políticos estão mais preocupados em se superarem uns aos outros, em resolver questiúnculas, em insultarem-se mutuamente, e a tratar de garantir o futuro, para o pós-poder, do que enfrentarem os reais problemas que Portugal atravessa, neste momento, tendo recuado em quase tudo, nestes últimos 50 anos, nomeadamente no que respeita à Saúde, Educação, Habitação, Justiça e os Direitos dos cidadãos a tudo isto.


Mas não nos custa tentar iluminar quem está às escuras.

No entanto, se nenhum dos partidos políticos der prioridade a esta questão, que está a conduzir Portugal para o pantanal brasileiro, serão arrasados um a um, embora saibamos que a palavra de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, com 294 subscritores, para eles não vale um tostão furado.

Porém, se já foi um gigantesco erro a imposição ilegal do AO90 aos Portugueses, ignorar as vozes que se opõem a essa imposição é um ACTO DE TIRANIA, de que todos os decisores políticos não se livrarão jamais, ficando irremediavelmente às portas da História, por não terem salvaguardado os interesses de Portugal. Tão certo como eu estar aqui a escrever isto.

 

Ainda que seja apenas o Chega a fazer alguma coisa, no sentido de acabar com a ditadura ortográfica,  que foi imposta a Portugal, não me parece que vá resolver a questão, se os outros partidos não estiverem para ali virados. E como eles sabem disso, continuam cegos, surdos e mudos, quanto a esta questão.

 

No entanto, continuaremos a tentar chegar a alguém que tenha olhos, ouvidos e boca para nos ver, ouvir e RESPONDER. Até agora só nos apareceu pela frente gente cega, surda e muda [à excepção do Chega, por nos responder e por ter apresentado uma Moção para anular o AO90]. Nunca pensei que Portugal tivesse tanta gente no Poder com a incapacidade de ver, ouvir e RESPONDER às nossas solicitações. Logo as três, de uma só vez.


Continuaremos a perseverar neste lema: Insiste, Resiste, Nunca Desistas e Vencerás.


Enviaram-me via e-mail a Moção que o Chega apresentou «Pelo fim definitivo do AO e pelo resgate da Língua Portuguesa».

 

Como seria louvável que os outros partidos políticos pudessem apresentar algo do género!

Partidos políticos.png


Daí que, uma vez que só tenho a Moção, aliás, muito bem elaborada, do Chega, ouso transcrevê-la, neste meu Blogue, porque me pareceu que nenhum órgão de comunicação social a ela se referiu. E fá-lo-ei para vincar a necessidade de os outros partidos políticos tomarem uma posição pública a este respeito, ou brevemente perderemos a nossa Identidade.

 

Isabel A. Ferreira

CHEGA.PNG

 

Pelo fim definitivo do AO e pelo resgate da Língua Portuguesa

 

Vêm os subscritores desta Moção apresentar e mostrar a necessidade de terminar rápida e irrevogavelmente com o Acordo Ortográfico em vigor.

 

Este Acordo, que tantos estragos veio causar à nossa Língua Materna, representa um ataque à Língua Portuguesa, símbolo nacional - uma das Línguas mais ricas e melhor estruturadas universalmente, cujo aparelho fonológico será o segundo mais complexo, a seguir ao árabe, que é o mais complexo das línguas, actualmente, faladas -, contribuindo para a desestruturação da sociedade portuguesa, pois da comunicação se trata, enquanto organismo vivo, uno e indivisível.

 

O A. O, de entre os vários acordos feitos entre o Brasil e Portugal, quase nunca respeitados, por Portugal ora, pelo Brasil, tornou-se num acordo mais, pernicioso para o bem falar a Língua Portuguesa e contribuiu para o incremento do insucesso do Português de Portugal, como pode ser demonstrado pelos resultados horrorosamente visíveis, desde a Escola à comunicação social, passando pelos mais variados agentes cuja obrigação primordial comunicacional deverá ser o bem falar a sua Língua Materna. Vamos passar a explicar e a enquadrar, devidamente, esta temática tão presente, mas tão pouco abordada, pois, não temos dúvidas, também silenciada por determinadas elites de interesses.

 

A nossa Moção suporta-se em dois planos:

 

  1. Plano cultural - Os malefícios para o Português falado e escrito hoje, em Portugal, pátria-mãe da língua que espalhamos pelo mundo. Hoje os nossos jovens advogam causas que não conseguem justificar nem defender porque em vez de estarem assentes no Conhecimento, suportam-se em chavões cujos significados nem os próprios conhecem e são repetidos à exaustão pois são-lhes gravados na memória como se de qualquer programação neuro-Linguística se tratasse. E trata, de facto. Nós não podemos almejar ter, ser ou pertencer a uma sociedade desenvolvida se os nossos concidadãos não conseguirem elaborar um raciocínio comum, seja ele simples ou complexo, como não serem capazes de fluida e capazmente comunicar entre si. As crianças e os jovens não estarão disponíveis para os processos de aprendizagem se estes não os ensinarem a raciocinar e não lhes permitirem perceber que a Língua se transmite através da Linguagem e que esta contém regras claras que se querem imutáveis, para que a integridade da própria Língua e da sociedade se mantenham e perdurem no tempo.

 

  1. Plano político - O Português como língua-arma de manipulação da população pela esquerda, em Portugal. Este Acordo, fruto de decisões políticas para beneficiar o “lobby” da indústria livreira, provocou uma alteração comportamental e societal sem precedentes, permitindo que a Linguagem saísse do seu plano intocável para passar a ser uma cacofonia onde as palavras não significam nem representam o que deveriam significar. Ao alterar-se a grafia das palavras, permitimos a introdução de novos conceitos diferentes, passando as palavras a serem usadas fora do contexto e do seu significante original.

 

Deixamos alguns exemplos para melhor compreensão:

 

 - A introdução das palavras "migrant" e "gender" traduzidas literalmente da Língua Inglesa sem ter em conta não só o contexto linguístico, como cultural ou mental da sociedade leva a que os falantes de Português comecem a aceitar verdadeiras aberrações linguísticas. A palavra inglesa "migrants" é usada genericamente para definir não apenas o fluxo migratório, mas todos os indivíduos que emigram ou imigram ao contrário do que se passa na Língua Portuguesa onde os três conceitos, migrante, emigrante e imigrante têm significados e significantes atribuídos que distinguem as três situações. A transferência desta palavra directamente para a Língua Portuguesa faz com que os Portugueses passem a aceitar a entrada em Portugal de migrantes quando este termo se refere ao trânsito de pessoas entre países.

 

O mesmo se passa com a palavra "gender". A Língua inglesa não comporta as expressões "male sex" ou "female sex". Nela a palavra utilizada é "gender" originado "female gender" ou "male gender". A introdução abusiva e errada desta palavra na Língua Portuguesa faz com que se aceite no discurso corrente que existem "géneros" e que cada um pode ter o seu. Nada poderia estar mais errado. E a cultura woke, essa nova arma de grupos atávicos esquerdistas, agradece.

 

Para além destas, existem outras palavras de elevadíssimo cariz marxista como sejam a "maisvalia". Neste caso, tornou-se comum aplicar uma expressão financeira que deveria ser apenas utilizada no contexto da finança para passar a ser genericamente utilizada mesmo em relação a pessoas quando a palavra correcta deveria ser "vantagem" ou o seu antónimo "desvantagem".

 

Nós não podemos querer combater a Esquerda usando o seu exército, as suas armas, a sua táctica, a sua estratégia, o seu terreno de batalha e acharmos que poderemos ganhar até porque ao fazê-lo estamos implicitamente a aceitar e a validar o ataque que eles estão a fazer à Linguagem e ao símbolo pátrio que é a Língua.

 

Temos que perder o medo, afastar-nos do politicamente correcto e retirar à Esquerda a primazia da Linguagem da qual se apropriou e que ela detém neste momento.

 

O combate que travamos é desenvolvido em várias frentes, mas esta, no entender dos subscritores desta Moção, é a base de tudo, pois, sem Língua, a nossa Linguagem torna-se deficitária e nós não conseguimos comunicar devidamente ou ferozmente, dificilmente nos conseguiremos compreender.

 

Se nós continuarmos a usar a Língua e a Linguagem de forma incorrecta, as pessoas continuarão a viver em confusão, com conceitos trocados e elaborando pensamentos e raciocínios de forma errada o que, em última instância, não só favorece a Esquerda como lhe permite controlar as mentes dos menos preparados.

 

Parafraseando António Gramsci " nós venceremos a próxima guerra sem disparar um único tiro pois teremos o controlo das mentes". É precisamente a isso que estamos a assistir, pessoas que não se conseguem ouvir, que não conseguem expressar um pensamento ou elaborar um raciocínio porque em vez de usarem todas a mesma Linguagem, cada uma usa as palavras de forma solta e elas não representam o mesmo para todas as pessoas como acontece em qualquer sociedade independentemente do seu grau de desenvolvimento, cultura ou riqueza.

 

Em conclusão as razões para o A. O. acontecer, foram:

 

  1. Pelo interesse do Brasil no comércio internacional, pois a ideia de um só Português dar-lhesia maior credibilidade e substância;

 

  1. A Academia que tinha de mostrar algum trabalho para provar a necessidade da sua existência e tinha que justificar os investimentos já feitos;

 

  1. O interesse das editoras brasileiras, são vários os relatos da existência de autores com originais prontos, mal acontecesse a sua aprovação;

 

  1. O absurdo de toda esta situação é que o A. O. acabou por estar implementado só em Portugal, Timor-Leste e Cabo Verde. Angola e Moçambique não o subscreveram, exactamente pela miscelânea linguística com que se confrontam e pelos gastos que implicaria a sua Introdução no Ensino. São vários os relatos de que o Brasil o retirou pouco depois de o ter implementado pois a adesão por parte da população foi nula. Podemos então concluir que hoje temos um Povo que usa uma Língua sem regras e a seu belprazer, dando à Esquerda a arma que lhe faltava para desferir o ataque final à sociedade portuguesa, e tudo por mais uns favores a “lobbies” poderosos sem qualquer pudor ou respeito pelos portugueses e por mais de novecentos anos de História.

 

Em Portugal, o A. O. veio destruir a frágil aprendizagem da língua materna, sendo, hoje, comum, o erro verbal e ortográfico. Se não usarmos correctamente a nossa Língua, se a deixarmos ser vítima de caprichos e se permitirmos que interesses económicos se sobreponham a um valor pátrio, nunca estaremos em posição de nos unir enquanto Povo e lutar por causas, valores e princípios comuns.

 

Por todas estas razões e pela importância e urgência do tema, vêm os subscritores pedir o voto, a aprovação e a inclusão desta Moção no Programa de Governo a apresentar pelo Partido CHEGA às próximas eleições legislativas de Março de 2024.

 

Luísa Maria Teixeira Vaz Militante n.º 7557

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:51

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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2024

Passam hoje 500 anos sobre o Nascimento de Luís Vaz de Camões. Qual a melhor forma de assinalarmos esta data? Defendendo a Língua que TODOS os Portugueses Pensantes designam como «Língua de Camões»

 

E a primeira pergunta que se impõe é a seguinte:

 

Por que motivo os decisores políticos portugueses decidiram NÃO assinalar os 500 do Nascimento de Luís Vaz de Camões, aquele que HONROU a Língua Portuguesa de tal forma que ficou imortalizada como “Língua de Camões”?


Não que tenha conhecimento dos desígnios ocultos dos que mandam e desmandam no nosso País, que, como sabemos, está entregue às urtigas, para que decidissem NÃO assinalar os 500 anos do Nascimento de Camões, SE até  Rosângela da Silva, conhecida como Janja, mulher de Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, mereceu ser agraciada, pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, destinada a distinguir serviços relevantes a Portugal ou na expansão da Cultura Portuguesa!!!! (Gostaríamos de saber que serviços a primeira-dama brasileira prestou a Portugal ou à expansão da Cultura Portuguesa.)

 

Nos tempos que correm, os estudiosos da obra e vida de Camões, já podem fixar com relativa certeza o ano de 1524, como o ano do Nascimento de Luís Vaz de Camões, em 23 de Janeiro, supõe-se que em Lisboa. O ano da sua morte sabemos que foi em 10 de Junho de 1580, dia que se fez feriado, em homenagem ao Poeta e à Língua Portuguesa, que ele soube usar com grandiosa mestria, tornando-se imortal no Poema Épico «Os Lusíadas», onde cantou os feitos dos Portugueses (e que não foram coisa pouca), obra comparável à Eneida de Vergílio, e à Ilíada e Odisseia de Homero. Mas a sua obra é feita também de belíssimos sonetos, poemas líricos, entre outras.

 

Qualquer pessoa que esteja a par do que se passa ao redor da “Questão da Língua”, em Portugal, que políticos acordistas, governantes acordistas, presidentes da República acordistas, ministros acordistas, deputados da Nação acordistas, comunicação social servilista-acordista e seguidistas acríticos dos acordistas, sem noção alguma do que é o AO90, querem esconder, fazendo disto um tabu maior do que a pedofilia no tempo de Salazar.

 

A “Questão da Língua” é tão grave, tão grave que os nela envolvidos da parte portuguesa, ficarão para a História como os cobardes traidores da Nação Portuguesa. Os da parte brasileira serão recordados como os usurpadores da Língua herdada do colonizador, por motivos que nada têm a ver com HONRA.

 

O que está por detrás desta questão, NÃO é tabu para os Portugueses Pensantes, nem para os poucos (o problema é sermos poucos) que se têm empenhado em denunciar a tramóia que sustenta o acordo ortográfico de 1990, em que estão envolvidos o Brasil (o que manda) e Portugal (o que obedece). Isto até já é público, mas os acima referidos acordistas e uma grande fatia da sociedade portuguesa impensante (aquela que não pensa) fazem-se de cegos, surdos e mudos, e nem são de cá, e assobiam para o lado, e aceitam, com uma indiferença assustadora (não esquecer que a indiferença é uma forma de ignorância) que Portugal, actualmente, NÃO tenha uma Língua própria, porque políticos ignorantes a venderam ao Brasil despudoradamente. E, cinicamente, desprezando e pisando a ALMA dos Portugueses, o Brasil comprou-a NÃO porque AME a Língua Portuguesa, mas porque a ODEIA ao ponto de a ter destruído ao deslusitanizá-la: americanizando-a, italianizando-a, castelhanizando-a e afrancesando-a.


Posto isto, não será legítimo pensar que os decisores políticos decidiram NÃO assinalar os 500 anos daquele que deu nome à Língua Portuguesa, a «Língua de Camões», por essa Língua ter sido destruída? Para quê estar a recordar o Poeta maior de uma Língua que foi deformada, menosprezada, mutilada, e que para esses decisores não vale nem um tostão furado?

 

Então, qual a melhor forma de assinalar os 500 anos de Nascimento de Luís Vaz de Camões, hoje?

 

É defendendo a «Língua de Camões», com todas as garras de fora.

É APELAR aos governantes portugueses, nomeadamente ao actual presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa,  acérrimo defensor do AO90, passando por cima da Constituição da República Portuguesa, e ao ex-presidente da República de Portugal, professor Aníbal Cavaco Silva, um dos grandes promotores da aplicação do DESAO90, em Portugal, que, se querem redimir-se do erro que um está a cometer, e o outro cometeu no passado,  contribuam para a anulação do acordo que não foi, e HONREM Portugal, HONREM Luís Vaz de Camões e HONREM a Língua Portuguesa, a Língua dos Portugueses.


Os Portugueses não são brasileiros. Não queremos trocar a NOSSA Língua pela Variante Brasileira do Português, nem na sua forma grafada, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, que só Portugal, muito subservientemente aplica, nem na sua forma oral, como António Costa, aludiu falando em nome dos Portugueses (um belo momento para estar calado).

 

Contudo, ainda vão a tempo de assinalar, institucionalmente, os 500 anos do Nascimento de Luís Vaz de Camões: o ano de 2024 ainda vai no início. Têm 11 meses para livrar Portugal de um acordo fraudulento, um insulto à inteligência dos Portugueses Pensantes.



A Língua Portuguesa, a Língua de Camões, a Língua de Portugal, a Língua que nos deu Dom Diniz,  NÃO é a Língua de Fernando Henrique Cardoso,  nem de Mário Soares, nem de Inácio Lula da Silva, nem de Aníbal Cavaco Silva, nem de José Sócrates, nem de Pedro Santana Lopes, nem de Augusto Santos Silva, nem de António Costa, e muito menos a de Marcelo Rebelo de Sousa, que pugna pela Língua dos seus netos: a Variante Brasileira do Português, a Língua Brasileira, ainda a ser.

 

A Língua Portuguesa é do Povo Português, que a espalhou pelo mundo.

VIVA a NOSSA Língua Portuguesa imortalizada pelo NOSSO Luís Vaz de Camões!

 

Isabel A. Ferreira

 

Retrato de Camões.png

O retrato de Camões por Fernão Gomes ou Hernán Gómez Román (pintor português de origem espanhola) em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi pintado ainda em vida do Poeta.

 

Selo comemorativo dos 400 anos de N. de Camões.jp

Selo português comemorativo dos 400 anos do Nascimento de Luís de Camões, em 1924, onde se mostra o poeta a salvar o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio; era então presidente da 1ª República Manuel Teixeira Gomes, apelidado de presidente-escritor.

 

Túmilo de Camões.png

Túmulo de Luís Vaz de camões, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:54

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Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2024

Carta Aberta ao Professor Aníbal Cavaco Silva, um dos responsáveis pela imposição ilegal do AO90 a Portugal

 

Em 22 de Outubro de 2023, o Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes escreveu uma carta a Vossa Excelência, que tornamos a dirigir-lhe, desta vez, como Carta Aberta.

Porquê?

 

Porque a Questão da Língua é uma questão demasiado grave, que está a pôr em perigo a nossa Identidade Linguístico-Cultural e a nossa Identidade como Nação livre e soberana, e os que contribuíram para esta tragédia, remeteram-se a um silêncio demasiado ruidoso para que possamos aceitá-lo, até porque, como cidadãos portugueses temos o direito a respostas, e parece que quem as devia dar, simplesmente não quer. E o facto da recusa em dar-nos uma resposta, já poderá ser uma assunção da culpa. Falta assumi-la, porque é da Honra assumir os erros. 

 

Tendo Vossa Excelência tomado parte deste imbróglio, tínhamos quase a certeza de que não gostaria de ser recordado no futuro, nem julgado pela História, como um dos intervenientes da destruição (em curso) da Língua de Portugal, daquela que nos representa, daquela que é símbolo maior da nossa Identidade como um Povo livre. E essa destruição será o legado daqueles que, ainda indo a tempo, se recusam a reconhecer o tremendo erro que foi aceder a estranhos desígnios, sem que tomassem em conta os superiores interesses da Nação Portuguesa.

Tememos que a afirmação que consta da imagem abaixo, e que lemos algures, na Internet, possa transformar-se num lamentável destino para Portugal.


Abandono da Língua.png

 

Posto isto, como Vossa Excelência ainda não se dignou responder-nos, reenviamos a nossa exposição, com a esperança de que, desta vez, mereçamos, como cidadãos portugueses que somos, a resposta a temos direito.

 

***

 Excelentíssimo Sr. Professor Aníbal Cavaco Silva.

 

É do domínio público que Vossa Excelência foi uma das personalidades que promoveram a imposição do acordo ortográfico de 1990 aos Portugueses, o qual tinha por objectivo  (falso) a unificação da escrita da Língua Portuguesa entre Portugal e Brasil, prevalecendo a ortografia brasileira (uma das variantes do Português) sobre a Língua-Mãe, por eles serem “milhões”, como se isto fosse argumento aceitável, até porque é algo absolutamente impossível, devido à especificidade das duas Culturas, tão diferentes como a água e o vinho, e a óbvia diferença lexical, fonológica, ortográfica, morfológica, sintáctica e semântica da Variante Brasileira em relação à Língua Original. O Brasil deslusitanizou o Português, logo, logicamente, criou uma outra linguagem, à qual não se pode chamar Português. Conclusão: o caos ortográfico instalou-se em Portugal, e o objectivo (falso) não se concretizou.

 

Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, constituído, até à data, por 290 pessoas, das mais variadas profissões, e que subscrevem esta carta a Vossa Excelência (à excepção de três)  foram quase os mesmos que subscreveram um Apelo dirigido ao actual Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, em Abril do corrente ano, solicitando a sua intervenção no sentido de fazer valer a alínea 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa, à qual todos os governantes, desde Mário Soares, que ratificou o AO90, em 1991, fizeram vista grossa, talvez por ignorarem a essência da Língua Portuguesa, mantendo-o ilegal e inconstitucionalmente, nas escolas portuguesas, nos serviços públicos e na comunicação social acordista, como Vossa Excelência deve ter conhecimento, quanto mais não seja através do livro do Embaixador Carlos Fernandes intitulado «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor – Prepotências do Governo de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva», no qual se prova  que o acordo” não tem qualquer valor na ordem jurídica internacional. E se não bastasse este livro, existem vários pareceres jurídicos, bem fundamentados, que chegam à mesma conclusão, os quais estão publicados no Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa».

 

Infelizmente, o actual presidente da República Portuguesa, muito democraticamente, desprezou o nosso Apelo.  E essa atitude, desadequada a um Chefe de Estado, será julgada implacavelmente pelo Futuro.

 

Por que motivo dirigimos esta carta a Vossa Excelência?

Porque acreditamos que o Senhor Professor Aníbal Cavaco Silva, que já foi Primeiro-Ministro de Portugal e Presidente da República Portuguesa, nos prestará mais atenção e, principalmente, terá a coragem de reconhecer publicamente que se cometeu um gravíssimo erro, que nenhum benefício trouxe a Portugal, muito pelo contrário, e, por isso, poderá, com toda a legitimidade, aconselhar a anulação do AO90, para bem de Portugal e dos Portugueses, uma vez que é a nossa Identidade que está a ser usurpada.

 

Pensamos que o prestígio de Vossa Excelência, como ex-Primeiro Ministro de Portugal e como ex-Presidente da República, arrisca-se a ficar manchado, por ter sido um dos promotores de um acordo ortográfico que apenas beneficia o Brasil, até porque não foi ratificado por Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, e nunca serviu os interesses de Portugal. Resta saber ainda, porque existem dúvidas, se os restantes países lusógrafos, Cabo Verde (que já adoptou a Língua Cabo-Verdiana) e São Tomé e Príncipe, fizeram o depósito dos instrumentos de ratificação do AO90, junto do Estado Português, para que este pseudo-acordo possa, de facto, ter validade na ordem jurídica internacional.

 

Sabemos como o Senhor Professor Aníbal Cavaco Silva ainda exerce muita influência no nosso País, onde a política é exercida sem a mínima dignidade.

 

Permita-nos a ousadia de lembrar a Vossa Excelência que, todos nós, sendo governantes ou meros cidadãos, temos Obrigações e Deveres a cumprir, e é em nome destas Obrigações e destes Deveres que solicitamos a Vossa Excelência que tenha em consideração a defesa do nosso precioso Património Linguístico - a Língua Portuguesa - da nossa Cultura e da nossa História, que estão a ser vilmente menosprezadas e amesquinhadas, estando a ser violados, despudoradamente, os princípios fundamentais da nossa Constituição.

 

Como Vossa Excelência há-de saber, alguém que passe pelo cargo de Presidente de uma República ficará para a História, no que fizer de Bom, mas principalmente e inevitavelmente no que fizer de Mau. E, neste aspecto, o julgamento do Futuro será implacável, conforme já foi referido.

 

Consequentemente, supomos que, tendo sido Vossa Excelência quem foi, na vida política do nosso País, mas também alguém ainda com elevado peso na vida nacional, não pretenderá ser recordado, no futuro, como um dos coveiros da nossa Língua, da nossa História e da nossa Cultura. Porque NÃO há a menor dúvida, pelos exemplos de que a História da Humanidade está cheia, de que este período da nossa História ficará marcado pela entrega do nosso mais precioso Património Identitário e da nossa Soberania a um país estrangeiro, como Vossa Excelência há-de saber: o actual Chefe da Nação, o actual Governo de Portugal e o actual Parlamento Português estão subjugados ao Brasil, e, incompreensivelmente, permitem que a nossa Língua Portuguesa esteja a ser substituída pela Variante Brasileira do Português, que, mais dia, menos dia, será designada como Língua Brasileira, e nós, Portugueses, perderemos a nossa identidade linguística, que vem do tempo de Dom Diniz. E apenas os apátridas NÃO defendem os valores históricos portugueses.

 

Supomos que a Vossa Excelência não agradará ser recordado como cúmplice de uma tal infâmia, por isso, temos a certeza de que terá a coragem de reconhecer publicamente que se cometeu um gravíssimo erro [não esquecer que errar é humano, mas insistir no erro é insano] e aconselhará, no presente momento, em que o caos linguístico está instalado em Portugal, que se apresenta ao mundo como um País sem Língua própria, a anulação do AO90, para que seja reposta a legalidade e a constitucionalidade da utilização da Língua Oficial de Portugal, que não é a Variante Brasileira do Português.

 

Agradecendo, desde já, a atenção que possa dispensar-nos, enviamos os nossos mais respeitosos cumprimentos,

 Subscrevem

 

1 - Juliana Dias Marques, Estudante de Letras

2 - Maria Vieira Raposo, Técnica Superior Administrativa

3 - Nuno Furet, Agente de Animação Turística

4 - Germano da Silva Ribeiro, Professor do Ensino Secundário R.

- Rui José da Silva Dias Leite, Arquitecto

6 - João Robalo de Carvalho, Jurista

7 - José Silva Neves Dias, Professor Universitário

8 - Jaime de Sousa Oliveira, Professor R.

9 -  XXX

10 -  Isabel A. Ferreira, Jornalista/Escritora, Ex-Professora de Português e História

11 - Alberto Henrique Sousa Miranda Raposo, Engenheiro civil, R.

12 - Albano Pereira, Sócio-Gerente da Firma Táxis Rufimota, Lda.

13 - José Manuel do Livramento, Eng.º Electrotécnico

14 - José António Girão, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da UNL; ex-Vice-Reitor da UNL R.

15 - João Paulo Norberto, Desempregado

16 -  XXX

17 - Mário Adolfo Gomes Ribeiro -  Eng. Mecânico, R.

18 - José Manuel Gomes Ferreira, Engenheiro Electrotécnico

19 - Teresa Paula Soares de Araújo, Professora Ensino Superior

20 - Jorge Alexandre Barreto Ferreira, Engenheiro Electrotécnico e Máquinas

21 - Luís Serpa, Escritor e Marinheiro

22 - José Manuel da Silva Araújo, PhD, Professor e Investigador

23 - Fernando Costa, Funcionário Público R.

24 - António Jorge Marques, Músico/Musicólogo

25 - Luís Cabral da Silva, Eng.º Electrotécnico, IST -  Especialista em Transportes e Vias de Comunicação, O.E.

26 -  Margarida Maria Lopes Machado, Jornalista

27 - Vanda Maria Calais Leitão, actualmente desempregada

28 - João Viana Antunes, Estudante

29 - José Manuel Campos d’Oliveira Lima, R.

30 - João José Baptista da Costa Ribeiro, Cirurgião Geral

31 - Maria Luísa Fêo e Torres,  R.

32 - Maria Elisabeth Matos Carreira da Costa - Professora R.

33 - Pedro Manuel Aires de Sousa, Terapeuta da Fala

34 - Francisco José Mendes Marques, Tradutor e Professor

35 - Diana Coelho - Professora de História

36 - José Manuel Moreira Tavares, Professor de Filosofia no Ensino Secundário

37 - Rui Veloso, Músico Compositor

38 - António José Serra do Amaral, Reformado da Função Pública Portuguesa

39 – Francisco Miguel Torres Vieira Nines Farinha, Comercial

40 - Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, R.

41 - Mário António Pires Correia, Musicólogo

42 -  Pedro António Caetano Soares, Bancário R.

43 - Ana Maria Alves Pinto Neves, Professora de História

44 - João José Lemos Vieira Custodio, R.

45 - Maria José Melo de Sousa, Professora do Ensino Secundário de Inglês e Alemão, R.

46 - Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, Programador e Produtor de Espectáculo

47 - Ana Luís de Avellar Henriques Sampaio Leite, Gestora de Empresas

48 - João Manuel Pais de Azevedo Andrade Correia, Engenheiro Civil, oficial

49 – António José Araújo da Cruz Mocho, Gestor e Empresário

50 - Manuel Gomes Vieira, Investigador Auxiliar em Engenharia Civil

51 - Celina Maria Monteiro Leitão de Aguiar, Assistente Social

52 - José Manuel Pereira Gonçalves, Empregado Bancário na Reforma

53 - João de Jesus Ferreira, Engenheiro (IST)

54 - Maria José Cunha Viana, Empregada de Escritório

55 - José Antunes, Jornalista e Fotógrafo

56 - Carlos Costa, Inspector Tributário Jurista

57 - Manuel Moreira Bateira, Professor R.

58 - João Paulo de Miranda Plácido Santos, Pensionista/CGA

59 - Nuno de Saldanha e Daun, Gestor Financeiro, R.

60 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto

61 - Artur Manuel Duarte Ferreira, R.

62 - Alexandre Guilherme Pereira Leite Pita, Desempregado

63 - Manuel São Pedro Ramalhete, Economista e Professor Universitário R.

64 - Maria José Abranches Gonçalves dos Santos, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, R.

65 - Maria Filomena da Cunha Henriques de Lima, R. mas continua no activo na área de Turismo

66 - Telmo Antunes dos Santos, Militar

67 - António José Monteiro Leitão de Aguiar - Corretor (Seguros)

68 - Ismael Teixeira, Operador de Produção

69 - Daniel da Silva Teodósio de Jesus, Intérprete de Conferências e Tradutor

70 - Eduardo Henrique Martins Loureiro, Consultor e Guardião Intransigente da Língua Portuguesa

71 - Armando dos Santos Marques Rito, R. da Função Pública

72 - João Luís Fernandes da Silva Marcos, R. do Sector dos Transportes, como Gestor

73 - Bruno Miguel de Jesus Afonso, Tradutor Profissional

74 - Sérgio Amaro Antunes Teixeira, Biólogo

75 - Elisabete Maria Lourenço Henriques, R. da CGD

76 - Edgar Serrano, Gestor de Negócio

77 - Manuel dos Santos da Cerveira Pinto Ferreira, Arquitecto e Professor Universitário

78 - Artur Jesus Teixeira Forte, Professor R.

79 - Fernando Jorge Alves, Professor

80 - Carlos Manuel Mina Henriques, Contra-almirante R.

81 - Vítor Manuel Margarido Paixão Dias, Médico

82 - Fernando Coelho Kvistgaard (Dinamarca) Eng. Técnico Agrário, R.

83 - Jorge Joaquim Pacheco Coelho de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico (IST) R.

84 - António Miguel Pinto dos Santos (Londres), Gerente de Restaurante

85 - Fernando Alberto Rosa Serrão, Técnico afecto à Direcção-Geral da Administração da Justiça, R.

86 - Paulo Teixeira, Gestor Comercial

87 - Ademar Margarido de Sampaio Rodrigues Leite, Economista

88 - Alexandre Júlio Vinagre Pirata, Eng.º Agrónomo

89 - Telmo Mateus Pinheiro Carraca, Oficial de Vias Férreas (Construção e Manutenção)

90 - Maria Manuela Gomes Rodrigues, Desempregada

91 - António José Ferreira Simões Vieira, Empresário e Professor do Ensino Secundário R.

92 - Fernando Manuel Dias de Lemos Rodrigues, Bancário R.

93 - Francisco Manuel da Costa Domingues, Médico aposentado 

94 - Maria Elisabete Eusébio Ferreira, Professora R. do Terceiro Ciclo, Educação Tecnológica

95 - Orlando Machado, Escultor FBAUP

96 – Manuel Matos Monteiro, Escritor e Revisor

97 - Fernando Maria Rodrigues Mesquita Guimarães, R.

98 - Octávio dos Santos, Jornalista

99 - Maria Fernanda Bacelar, R.

100 - José Martins Barata de Castilho, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa (Iseg, onde é conhecido como Martins Barata), Escritor de Romances, História e Genealogia, tendo vários livros publicados na área da Economia

101 - Cândido Morais Gonçalves, Professor R.

102 - Ana Cláudia Alves Oliveira, Redactora e Gestora de Conteúdos

103 – Albino José da Silva Carneiro, Sacerdote

104 - João Daniel de Andrade Gomes Luís, Técnico Superior

105 - Idalete Garcia Giga, Professora Universitária R.

106 - Amadeu Fontoura Mata, Aposentado do Ministério das Finanças

107 - Armando Jorge Soares, Funcionário Internacional (OTAN), R.

108 - António da Silva Magalhães, Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, R.

109 - Artur Soares, Chefe de Finanças

110 - Manuel de Campos Dias Figueiredo, Capitão-de-Mar-e-Guerra R.

111 - José dos Santos Martins, Administrativo R.

112 - Carlos Alberto Coelho de Magalhães Coimbra (Toronto-Canadá), Cientista de Informática R.

113 - Olímpio Manuel Carreira Rato - Eng.º Mecânico, R.

114 - Maria da Conceição da Cunha Henriques Torres Lima, Economista

115 - Jorge Garrido, Eng.º Agrónomo R.

116 - José Manuel Sequeira Louza – R. 

117 - Pedro Miguel Pina Contente, Informático

118 - Carla de Oliveira, Compositora, Guitarrista, Cantora

119 - Maria de Lurdes Nobre, Produtora Cultural

120 - Paula Isabel Pereira Arém Pinto Serrenho, Gestora

121 - Pedro Inácio, Consultor Informático

122 - Laura da Silva Oliveira Santos Rocha, Professora de Educação Especial

123 - Maria José Teixeira de Vasconcelos Dias, Professora

124 - João Moreira, Professor

125 - Luís Bigotte de Almeida, Médico e Professor Universitário

126 - Jorge Manuel Neves Tavares, R.

127 - Júlio Pires Raposo, Bibliotecário

128 -  Alfredo Medeiros Martins da Silva, Licenciado em EB, R.

129 - Maximina Maria Girão da Cunha Ribeiro, Professora Jubilada do Ensino Superior 

130 - Manuel Maria Saraiva da Costa (Sydney, Austrália), Organeiro Restaurador R.

131 - Miguel Costa Paixão Gomes, Fiscalista

132 - Irene de Pinho Noites, Professora de Língua Portuguesa 

133 -  João Esperança Barroca, Professor

134 -  Carlos Fiolhais, Professor de Física da Universidade de Coimbra R. 

135 - António Miguel Ribeiro Dinis da Fonseca, Reformado (ex-Analista de Sistemas)

136 – Bárbara Caracol, Estudante 

137 - Miguel Viana Antunes, Programador Informático

138 - Mário Macedo, Escritor de Ficção, Drama e Terror usando o pseudónimo Mário Amazan

139 - Carlos Guedes, Electricista Industrial

140 - Nuno Messias, Economista R.

141 - António Manuel Rodrigues da Mota, Professor

142 - Susana Maria Veríssimo Leite, Fotógrafa

143 - Manuel Tomás, Ferroviário

144 - Maria Isabel Ferreira dos Santos Cabrera, Profissional de Seguros R.

145 - João José Lemos Vieira Custódio, R. (Salvador - Bahia - BR)

146 -  Soledade Martinho Costa, Escritora

147 - Ana Olga André Senra dos Santos Carvalho, Desempregada

148 - José Pinto da Silva Ribeiro, Mecânico R.

149 - Luís Manuel Robert Lopes, Professor de Música - guitarra clássica, R.

150 - Miracel Vinagre de Lacerda, Sem profissão

151 - Ana Maria da Cunha Henriques Torres Lima, Professora

152 - Maria do Pilar da Cunha Henriques de Lima, Economista da AT

 153 - Paulo Veríssimo, Desempregado

154 – André Gago, Actor

155 - Luiz Manoel Morais Cunha, Engenheiro Mecânico

156 - Alexandra Pinho Noites Lopes, Acupunctora

157 - José Agostinho Fins, Engenheiro Mecânico (IST)

158 - Cláudia Maria Raposo Coiteiro (Luanda, Angola), Socióloga de formação, e exerce as profissões de Formadora, Consultora e Coach.

159 - Teresa Alves Matos, Promotora Comercial

160 - Paulo Costa Pinto, Realizador de audiovisuais

161 - Maria Adelaide Veríssimo Leite, Técnica Profissional de Pesca, R. 

162 - José Francisco Oliveira Carneiro, R.

163 - João Miguel dos Santos Monte, Programador iOS, desempregado

164 - António Jacinto Rebelo Pascoal, Professor/Escritor

165 - Eduardo Rui Pereira Serafim, Professor de Português e Latim

166 - Aurelino Costa, Poeta e Declamador de Poesia  

167 - João Pedro Arez Fernandez Cabrera, Licenciado em Gestão de Empresas

168 -  Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar, R.

169 - M. Carmen de Frias e Gouveia, Docente (da secção de Português) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

170 - Flávio Pontes, Artista Plástico

171 - Maria de Fátima da Silva Roldão Cabral, R. da Função Pública

172 -  Luís Pereira Alves da Silva, Engenheiro Electrotécnico e Mestre em Gestão.

173 - Helena Maria Afonso Antunes, Professora

174 - José Alberto de Almeida Marques Vidal, Juiz-Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo e autor literário

175 -  Gastão Freire de Andrade de Brito e Silva, fotógrafo e “Ruinólogo”

176 - Carlos Laranjeira Craveiro, Professor do Ensino Secundário

177 - Maria do Pilar Pinto Tamagnini, Empresária

178 - António Manuel Marques Lopes, Coronel R.

179 - Fátima Teles Grilo, Professora de Português/Francês do Ensino Secundário, R.

180 - Nuno Miguel da Conceição Custódio, Recepcionista de Hotel

181 - Pedro Jorge Mendonça de Carvalho, bate-chapas R.

182 - Cátia Cassiano, Tradutora (Sydney, Austrália)

183 - Alfredo Gago da Câmara, Fadista e Letrista

184 - Acácio Bragança de Sousa Martins, Contabilista Certificado

185 - Maria de Jesus Henriques Sardinha Nogueira, Fisioterapeuta

186 - Anabela de Fátima Cana-Verde das Dores, Técnica de Turismo,

187 - Maria de Fátima Carvalho da Silva Cardoso, Jurista e Escritora

188 - Manuela Sampaio, Doméstica

189 - Maria Júlia Martins de Almeida, Professora

190 - Amélia Caeiro, Técnica de Exploração de Telecomunicações na Portugal Telecom (agora Altice) R.   

191 - Maria do Céu Bernardes de Castro e Melo Mendes, Médica

192 - Francisco Jorge Moreirinhas Monteiro Soeiro, Funcionário Bancário R.

193 - Natalina de Lourdes Pires Veleda Soeiro, Contabilista R.

194 -  Manuel Jacinto, R.

195 - Carmen Maria Lopes Movilha Rodrigues, R.

196 - José Ferreira Neto, Artista Plástico 

197 - Rui Alberto Amaral Leitão, R.

198 - João Carlos Salvador Fernandes, Professor Universitário, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa

199 - Nuno Maria Vaz Pinto Mendes, Médico

200 - Rogério Rodrigues Ferreira, R.

201 - Maria João Monim Campos Cardoso, Desempregada (administrativa)

202 -  James Viegas, IT Manager na Colgate Palmolive, R.

203- Jorge Alberto Cosme de Sousa Roberto, R.

204 - Clara Maria Soares dos Reis, Psicóloga

205 - Regina Maria Osório de Jesus Afonso, Empresária e Tradutora

206- Abílio Costa, R.

207 - Maria Judite Lopes da Silva Maia Moura, Reformada da Actividade de Exportação de Têxteis

208 - Maria da Graça Lima Correia da Silva, Jurista R.

209 - Maria Teresa NCF Ramalho, Profª Universitária R.

210 - Modesto José Ricardo Filipe Viegas, R.

211 - Maria de Guadalupe Jácome, professora de Biologia R.

212 - João José Sardoeira Pereira da Silva, Economia e Gestão R.

213 - Luís Manuel Cabral Afonso, Designer Gráfico, Tradutor, Licenciado em Antropologia, Licenciado em História

214 - Manuel Joaquim Cardoso, Professor e Diplomata R.

215- Maria de Fátima Afonso Neves Barroca, Professora

216 - Maria Beatriz Afonso Neves Esperança Barroca, Assistente Executiva

217 - Marta Tamagnini Mendes, Conservadora-restauradora

218 - João Caetano Gamito Sobral, Redactor

219- Maria João Dias Antonico dos Santos Veiga, Desempregada

220 - Valério Conceição, Licenciado em Direito e Ex Reverificador Assessor Principal da DG Alfândegas

221 - Luís António Nobre da Silva, Médico 

222 - Maria da Conceição Pinto de Morais, Sem profissão

223 - Maria Isabel Ferreira Magalhães Godinho, Doutora em Engenharia Agronómica, R.

224 - Maria Suzete da Silva Fraga Vale, operária numa empresa de pisos flutuantes

225 - Teresa Batalha Lopes, Doméstica

226 - Mário Moreira Ricca Gonçalves, Professor do Ensino Secundário

227 - António J. B. Silva Carvalho, Médico reformado (que, quando tem alguma coisa que mereça tornar-se pública, escreve gratuitamente artigos de opinião para jornais, quase sempre o SOL, raramente o Observador ou o Expresso)

228 - Maria Margarida Seabra Mendes Palma Silva Carvalho, professora de História do Ensino Secundário, aposentada, autora de dois romances publicados como Margarida Palma

229-  Maria Teresa de Jesus Chitas Soares de Pinho, Reformada-bancária e licenciada pela Flul, Universidade Clássica de Lisboa

230 - Ivan Castelo-Lopes, Estudante

231- Amadeu Carvalho, R.

232 - Francisco Silva Carvalho, Advogado,

233 - Dina Bela de Oliveira e Silva, Telefonista

234 - António José Antunes Teixeira, Professor

235 - Dário Samuel Cardina Codinha, Ceramista,

236 - Gabriel Marques, Engenheiro Técnico R.

237 - Dulce Maria Santos Duarte Silva, Assistente Técnica CM Montijo

238 - Vera Tormenta Santana, Socióloga

239 - Manuel Carlos da Silva Correia, Bancário R.

240 - Sofia Aragão, Livreira

241 - Andreia Patrícia Martins Figueiredo, Assistente Técnica

242 - Carlos Alberto Matias Barreto, Assistente Operacional de Emergência

243 - Manuel Loureiro, Investigador Científico,

244 - Maria Salete Martins Figueiredo, R. 

245 - Eduarda Vieira, Professora de Filosofia

246 - Ana Catarina Esteves Alves, Fisioterapeuta

247 - Luís Miguel Baptista, Engenheiro Civil

248 - Maria Teresa Caetano Dias, Professora de Português (3.º ciclo e ensino secundário)

249 -  Antônio Sérgio Maisano Arantes, Arquitecto (cidadão brasileiro)

250 -  Paulo Renato Ramos Costa de Jesus, Corretor de Seguros

251 -  Mário Ferreira de Bastos, Frequentou Engenharia, no ISEP

252 – Conceição Lima, docente de Francês e Português

253 - Maria Helena Preces Pita Azevedo, R.

254 - Elisabete Abrantes Laureano Amaral, Costureira

255 - Mariana Amélia Rosa Barão, Ex-funcionária pública

256 - João Paulo de Sousa Nunes, Produtor musical

257 - Belmiro Domingues Cabral, R. da Função Pública

258 -  Elizabeth Felício, Musicoterapeuta

259 - Maria Dulcinea Nunes Rodrigues, R.

260 - Isabel Maria Marques Alves Ferreira Soares Rebelo, R.

261 - Adalberto Alves, Escritor

262 - Fernando Lupi, Reformado, da área da Engenharia Civil e Construção.

263 - Manuel Lages Bernardo, Informação Médica R.

264 - Maria do Carmo da Silva Costa, Técnica Administrativa R.

265 - Jacinta de Jesus Marques Santos Melo Pacheco, Enfermeira

266 - António Luís Magalhães Pereira, Bancário R.

267 - Nuno Pacheco, Jornalista

268 – Vasco Marcelino Lourenço Pereira, Assistente Técnico

269 -  José Manuel Vaz de Almeida, Escritor 

270 - Maria da Graça Monteiro de Macedo, Tradutora 

271 - Ana Cristina Firmino Afonso Madeira, Professora do Ensino Secundário, Gestora da formação de professores

272 - Aurélio de Almeida Pinto, Eng. Informático

273 -  Inês Robert Paula Nogueira, Desempregada

274 - José Pereira Coutinho, Director de Transporte Aéreo, R.

275 - José de Almeida Serra, Economista

276 - João Maria Robert Lopes, Informático

277 - Isabel Rodrigues, Docente do Ensino Secundário

278 - Odete Silva, Programadora Web

279 - Maria João Margarido Marques, Professora de Português

280 - Carlos Manuel Afonso Martins, Função Pública

281 - Joaquim José das Neves Gonçalves, Militar R.

282 - António Aníbal Bravo Coelho de Madureira, Engenheiro Agrónomo

283 - Ana Sofia Rodrigues da Costa, Advogada

284 – Avelino Garcia, R.

285 - Alexandra Albuquerque, Professora de Filosofia R.

286 - Augusto José Franco de Oliveira, Professor Universitário R.

287 - Rui Chorão, Médico

288 - Nuno Alfredo Vidal da Câmara Lima, Enfermeiro  

289 - Celestina Rebelo, Desempregada

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:21

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Sexta-feira, 5 de Janeiro de 2024

Devido à condição de vassalos por parte dos decisores políticos portugueses, chegou-se a esta ultrajante, abusiva e inaceitável situação: «Apenas a União* pode alterar as regras da Língua Portuguesa». Definitivamente: BASTA!

 

[* Para quem não sabe, União é o vocábulo que os Brasileiros usam institucionalmente para designar a República Federativa do Brasil]

 

Isto vem publicado aqui, e foi aqui que deixei o comentário abaixo transcrito, porque está mais do que na hora de acabar com a apropriação abusiva da designação «Língua Portuguesa» por parte do Brasil, com o objectivo de promover politicamente a Língua Brasileira, que conheço desde os meus tempos da infância brasileiros.

Mas também, está mais do que na hora de EXIGIR dos muito subservientes decisores políticos portugueses que, ao menos, se respeitem a si próprios, e tenham a consciência de que andar curvados não é condição dos seres vertebrados, e não andem por aí a permitir que o nome da NOSSA Língua – a Língua Portuguesa - ande a ser arrastada na lama, como se NÃO fosse uma Língua da mais nobre linhagem Românica, a qual anda agora por aí esfarrapada como uma mendiga, transformada numa linguagem básica, mal escrita e falada, inacreditavelmente, nas escolas e universidades, e na comunicação social, nomeadamente nas televisões, os maiores veículos da ignorância linguística que se implantou em Portugal como uma peste negra , desprestigiando o NOSSO País e o Povo Português, e desacreditando os decisores políticos que se apresentam ao País e ao Mundo como uns meros vassalos do Brasil, e nem sequer consciência desta submissão eles têm, ou se têm, perderam a vergonha.


***

Eis o comentário que deixei no texto intitulado «A decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], neste momento, não prejudica o debate sobre o tema, só define que apenas a União pode alterar as regras da Língua Portuguesa»

 

 «Apenas a União pode alterar as regras da Língua Portuguesa»????????

De que Língua Portuguesa estão a falar, se só existe UMA Língua Portuguesa, a que Dom Diniz fez valer e que é falada e escrita em Portugal e nos países africanos de expressão portuguesa, e também noutras partes do mundo asiático e nas comunidades portuguesas na Diáspora, mas não, no Brasil?

Este texto que acabei de ler é falacioso.

O que se fala e escreve no Brasil é uma Variante Brasileira do Português, ou o Dialecto Brasileiro, ou o Crioulo Brasileiro, ou, com absoluta legitimidade, a Língua Brasileira.

Há muito que a Língua Portuguesa não existe no Brasil, sequer o Português do Brasil.

O Brasil precisa da muleta portuguesa, porque a Variante Brasileira do Português (como todos os que sabem de Línguas a designam) por si só, não consegue impor-se, por exemplo, na ONU ou nas Universidades. No entanto, se a designassem como Língua Brasileira, quem não a aceitaria?

A questão é: o Brasil, sendo um país livre e soberano, com cerca de 204 milhões de habitantes (segundo o censo de 2022, número que poderá ter diminuído com a deslocação em massa de brasileiros para Portugal, e daqui para os restantes países europeus), por que motivo há-de estar agrilhoado a Portugal, como nos tempos em que foi colónia portuguesa?

Já não seria o momento de cortar definitivamente o cordão umbilical com o ex-colonizador e assumir de uma vez por todas a Língua Brasileira, que efectivamente é brasileira, por se ter distanciado de um modo demasiado evidente da Língua Mãe Portuguesa?

Por que não há-de o gigantesco Brasil ter uma Língua própria que o identifique como um País livre e desligado do ex-colonizador?

Por que há-de estar o gigantesco Brasil a mendigar o vocábulo "português" como se não tivesse capacidade de impor o "brasileiro" na designação da sua própria Língua?

Assim como está, o Brasil até pode ser um gigante, ter muitos milhões de habitantes, ter muitas riquezas, mas NÃO tem uma língua própria que o identifique como um país livre.

Pensem nisto, porque este é um conselho de amiga, de uma amiga que foi criada no Brasil e conhece a História, a Cultura e a Língua Brasileiras melhor do que a esmagadora maioria dos Brasileiros.»

 

Português vs. Brasileiro.png (Repondo a legalidade)

 

Para quem acha (seria melhor pensar) que o que escrevi tem alguma conotação com racismo ou xenofobia engana-se redondamente. Defender a minha Língua é um DEVER cívico, moral e cultural, do qual NÃO abdico, e isto é algo que NÃO é sinónimo de racismo ou xenofobia.

 

No finado ano de 2023, foi criado um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, no qual estão integrados actualmente 296 pessoas [poderia ser mais numeroso, não fossem as desistências por medos que ultrapassam a vontade de ver o AO90 incinerado para todo o sempre], e que levou a cabo duas acções. A primeira dessas acções foi o envio de um APELO a Marcelo Rebelo de Sousa, no dia 18 de Abril desse mesmo ano, através do Formulário da Presidência, no sentido da defesa da Língua Portuguesa, conforme definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa, que está a ser despudoradamente violado, e ainda não mereceu uma investigação por parte da Procuradoria-Geral da República. O Apelo foi enviado por quatro vezes, e a única resposta que mereceu por parte do Presidente, que se diz ser de TODOS os Portugueses, foi através de uns ofícios da Casa Civil do Presidente da República, assinados por Fernando Frutuoso de Melo, a acusar a receção da mensagem, que (imagine-se!) mereceu a melhor atenção por parte da Casa Civil, mas, ao que parece, mereceu o desprezo do Presidente da República, que ainda não se dignou responder-nos, e já vamos no dia 05 de Janeiro de 2024.

 

No dia 26 de Outubro de 2023, ousei telefonar para a Presidência da República. Atendeu-me uma Senhora Doutora, à qual, como porta-voz do Grupo Cívico, expus o assunto e o lamentável desprezo de que estamos a ser alvo, por parte do Presidente da República Portuguesa, e insisti que exigíamos uma resposta, como é do nosso DIREITO, ainda mais por se tratar de uma questão que mexe com a nossa identidade.

 

A senhora, muito simpaticamente, disse que ia transmitir a nossa petição à Presidência e que muito em breve teríamos uma resposta. Que ficássemos descansados. Já estamos em 2024 e ainda não obtivemos a tão ansiada resposta. Bem sabemos que o Senhor Presidente tem muito que fazer, tem muito que viajar, tem muitas complicações para resolver, mas a Questão da Língua, que integra a Violação da Constituição da República Portuguesa; a Ilegalidade da Aplicação do AO90; a Usurpação Ilegítima da Língua Portuguesa por parte do Brasil; e a Perda da Identidade Portuguesa, com o uso abusivo da bandeira brasileira como símbolo da Língua Portuguesa entre as Línguas europeias, não será matéria suficientemente grave para constar das preocupações de um Presidente da República?

Pelo visto, não é. Porque o Presidente da República Portuguesa está-se nas tintas para os interesses de Portugal e dos Portugueses.

Mas não vamos desistir. Por estes dias, voltarei a telefonar para a Presidência da República, insistindo para que nos seja dada a resposta a que temos direito.


E dizem que vivemos numa Democracia, onde a voz do Povo é quem mais ordena!

A outra acção, levada a cabo pelo Grupo Cívico, foi o envio, em 22 de Outubro de 2023, de uma Carta a Aníbal Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro e ex-presidente da República de Portugal, responsável pela imposição do AO90 aos Portugueses.  

 

A Carta não foi publicada, mas será publicada brevemente com novo pedido de reflexão sobre como gostaria de ser recordado, quando a História fizer o seu julgamento.

A Carta terminou assim:

« Supomos que a Vossa Excelência não agradará ser recordado como cúmplice de uma tal infâmia, por isso, temos a certeza de que terá a coragem de reconhecer publicamente que se cometeu um gravíssimo erro [não esquecer que errar é humano, mas insistir no erro é insano] e aconselhará, no presente momento, em que o caos linguístico está instalado em Portugal, que se apresenta ao mundo como um País sem Língua própria, a anulação do AO90, para que seja reposta a legalidade e a constitucionalidade da utilização da Língua Oficial de Portugal, que NÃO é a Variante Brasileira do Português.»

 

Esta carta foi subscrita por 290 entre 293 cidadãos (três não a subscreveram por considerarem uma perda de tempo, com alguém que nunca daria o braço a torcer).

 

O certo é que até ao momento, ainda não recebemos resposta. Aqueles três cidadãos teriam razão?

 

Confesso que estou bastante desiludida. A ideia do envio desta carta, foi de um subscritor, e eu considerei-a excelente, porque, confesso, ingenuamente, nunca me passou pela cabeça que alguém da envergadura do Professor Aníbal Cavaco Silva não tivesse a humildade de fazer um acto de contrição público, até porque ninguém gostará de ser julgado pelo Futuro como um dos maus-da-fita, seja lá do que for.

Um novo ano começa.

As acções previstas para o Grupo Cívico, este ano, passam pelo envio de Cartas a determinadas entidades, fora e dentro de Portugal. Porque, pelo visto, os decisores políticos portugueses, ao mais alto nível, não estão interessados em manter a Identidade Portuguesa. Mas nós, Portugueses Pensantes, estamos interessados não só em mantê-la, como em fortalecê-la.

 

Para tal, daqui faço um APELO aos desacordistas com posições privilegiadas: ajudem-nos a recuperar a beleza da nossa Língua Portuguesa. A Convenção Ortográfica de 1945, que está vigente em Portugal, pode não ser perfeitíssima. Não é.

 

Porém, entre as imperfeições que nela existem e as ignorâncias criadas pelo AO90, transformando uma Língua Culta num linguajar de beco mal frequentado, introduzindo a analfabetização nas escolas e universidades portuguesas, significando isto o acto de Ensino assente nas premissas do AO90, que visa impedir, dificultar e atrapalhar o ensino da escrita e da leitura, é preferível manter as imperfeições do que introduzir um grafismo básico, para servir gente que não tem capacidade para PENSAR a Língua.


Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:23

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Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2023

Jornal «Lusitano de Zurique», onde a Língua Portuguesa está a salvo

 

É um regalo para os nossos olhos ler este Jornal.

Na diáspora os Portugueses são Portugueses e respeitam a sua História, a sua Língua, a sua Cultura.

Neste Jornal, foi publicado o artigo que aqui reproduzo (espero que o «Lusitano de Zurique» não se importe) mas é importante mostrar ao mundo que Portugal e a Língua Portuguesa existem,  e têm esta bandeira Bandeira de Portugal.PNG

 

Neste artigo, Francisco Miguel Valada expõe a estranheza com que agora vemos a nossa Língua Portuguesa escrita tão desrespeitosamente por quem a devia defender.

Mas nem tudo está perdido, porque existem oásis em Zurique, e posso acrescentar também em Angola, com o Folha 8 , e nas comunidades portuguesas, descendentes do Homo Erectus, que já existiu em Portugal, e ainda bem que emigraram, porque cá dentro, muitos já retrocederam para o Homo Reptilianus.

 

Bem-haja «Lusitano de Zurique»!

Bem-haja Francisco Miguel Valada! 

Isabel A. Ferreira

Valadas 2.PNG

Valadas 1.PNG

Valadas 3.PNG

Fonte: https://online.fliphtml5.com/lgioc/aboo/#p=1 (página 28)

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:29

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Quarta-feira, 6 de Dezembro de 2023

«As línguas: ser colonizado ou mudar?»

 

Mais um texto que ajuda a compreender por que o AO90 é incompreensível.

 

Raúl Proença Mesquita.png

 

«As línguas: ser colonizado ou mudar?»

Por Raúl Proença Mesquita 

 

Já há tempos tinha pensado em trazer este assunto à baila. É para mim um assunto da maior importância: a língua. Esta exprime um tipo de pensamento ou vice-versa, o pensamento exprime-se por uma sintaxe e por uma morfologia particulares.

 

Ora vejamos. “I am going to go home”, à letra, “eu vou indo para ir para casa”, ou seja, “eu vou andando para casa”. O “eu vou indo para ir para casa”, mentalmente, não é o mesmo do que eu vou para casa. Significam o mesmo, mas não são o mesmo. O que quero dizer com isto? Quero simplesmente dizer que o processo mental de um falante da língua inglesa é diferente do da língua dos portugueses e dos PALOP.

 

No Brasil a coisa é outra. O português deste país está oficialmente colonizado pelo inglês dos EUA. Mas o encadeamento não acaba aqui.  Com a invasão de telenovelas brasileiras, mas especialmente com a massa imigratória de brasileiros para o nosso país, sem fazer qualquer comentário sociopolítico, até porque sou por uma sociedade cosmopolita, a língua portuguesa degradou-se ao ponto de a mente se deteriorar no raciocínio, tal como a britânica pela colonização linguística americana, por exemplo, nas exclamações tais como “cool!”, “awesome!”, etc..

 

Claro que vou dar mais exemplos (mas não “darei exemplos”). “Sente aqui, relaxe.” O que é isto? Primeiro: Sente aqui uma dor? Não sinto. Está bem. Em português diz-se sente-se aqui. Segundo: Relaxe não é português, é inglês, relax. Em português usa-se o verbo descontrair – descontraia-se. Como veem em inglês não há praticamente verbos reflexos, excepto quando se usa o yourself mas em português há muitos.

 

Dir-me-ão que as línguas mudam. Sim, é verdade. A língua portuguesa, por exemplo, mudou muito no século XVI, a francesa, no princípio do século XVIII, por exemplo, na pronúncia de Roi (rei) Rué, para Ruá, mas a estrutura mental, não. Tirar a reflexão a um verbo é como retirar os espelhos a uma sociedade inteira. Isso não mudará a mentalidade de um povo?

 

As mudanças que referimos em Portugal foram de ordem gráfica e de pronúncia, relativas a um lógico afastamento da tradição galega. De bēstia para besta, por exemplo. Mas actualmente são muito graves.

 

Aqueles que advogam acordos ortográficos que, curiosamente, não o são só, são muito mais, tornam-se em acordos ideológicos em que se serve de bandeja a língua de vários países (Portugal e PALOP) a um que se estipulou ser o mais importante, que será, do ponto de vista económico.

 

A Europa abdicou de lutar pela sua cultura, ou seja, pela sua maneira de pensar, pelas suas estruturas mentais, entregando-se ao facilitismo de um pensamento primário que serve para o dia-a-dia, mas nunca para um pensamento crítico que, aliás, infelizmente, não convém ao status quo.

 

Tudo isto acompanhado pelas aspas em mímica com os dedos indicador e médio de ambas as mãos em jeito de teatro de Robertos, onde pode ter graça, mais o constante OK americano que invadiu o a cultura britânica e agora o mundo (em Portugal, o bonito Ókay) e o wau, aqui, uau, completam um cocktail de asneirada apropriado para os tempos actuais. Mas não ficamos por aqui.

 

Que tal o “avariou”? Mas avariou o quê? É um verbo transitivo, pede complemento directo. Desculpem, mas tem de haver gramática, o tal pensamento de que falei. Exemplo: Ele avariou todas as trotinetes do Alfeite. Ou então: O meu carro avariou-se. Já sabemos de onde vem o erro. Mas os portugueses mesmo os dos meios universitários dão-no. Grave, hein! E não posso deixar de assinalar, antes do fecho, dois advérbios que andam na boca das gentes: basicamente e obviamente. Bem, existem no léxico português mas são palavras anglo saxónicas. Por que não, no primeiro caso, no fundo… e no segundo, é claro ou é evidente…?

 

Falar bem, ou seja, com simplicidade, sem arrebiques, será actualmente uma utopia tal como Shangri-La? Depois do exposto fica-se perplexo.

 

“To be, or not to be”, Hamlet, Shakespeare. A pergunta metafísica par excellence no contexto da decadência da linguagem leva a quem se preocupa a perguntar: decadência contínua inevitável ou esperança numa travagem? Acredito na segunda hipótese.  Será difícil. À primeira vista parece impossível, lembremos a República de Platão, mas então por que escrevo?

 

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia (*)

 

Fonte: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/as-linguas-ser-colonizado-ou-mudanca/

 

(*) Eu diria: «O autor escreve conforme a ortografia legal: a ortografia vigente, a ortografia de 1945», porque a antiga ortografia é a ortografia de 1911. E não existe outra em Portugal, nem nos países de Língua Oficial Portuguesa, excepto no Brasil, onde se escreve segundo a grafia preconizada no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943, essa mesmo, que querem impingir a Portugal.

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:02

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Quarta-feira, 29 de Novembro de 2023

Um texto para reflectir a absurdez do AO90: «Admirável Língua Nova (Parte III)», por Manuel Matos Monteiro

 

 

Este texto foi publicado em 06 de Julho de 2017, no Jornal PÚBLICO, e como em tudo, no nosso país, poderia ter sido escrito hoje, porque nele não se mudava sequer uma vírgula, devido à inexistência de políticas que façam avançar Portugal. Infelizmente o que temos é uma política regressiva, que nos transporta para um tempo passado, de muito má memória.

 

Daí ter considerado importante republicar o texto, para que sirva de reflexão a todos aqueles que, em Portugal, não perderam a lucidez, nem a capacidade de Pensar.

Isabel A. Ferreira

 

***

«Não há duas pessoas que sigam o Acordo Ortográfico e que concordem quanto àquilo que é o Acordo. A “norma” (com setenta aspas de cada lado) é lábil, difusa, imprecisa – só não vê quem não quer ver.»

Manuel Matos Monteiro

 

 

Manuel Matos Monteiro.png

 

«Admirável Língua Nova (Parte III)»

Por Manuel Matos Monteiro

 

«Caro leitor, pedia-lhe que prestasse atenção às seguintes frases.

“Os telespetadores estavam expetantes.”

“O país vive sob o espetro da corrução.”

“Chuva para Lisboa.”

“Para o carro!”, disse perentoriamente.

“Desliga o interrutor.”

“O conetor serve, como o nome indica, para conectar.”

 

Não são frases escritas por semianalfabetos. São frases redigidas tendo por base o Acordo Ortográfico.

 

Consultando o (excelente) Novo Prontuário Ortográfico, de José M. de Castro Pinto, a grafia “telespetadores” é a única possível. “Expetantes” é uma palavra que, por exemplo, o Portal da Língua Portuguesa e a Infopédia (Porto Editora) abonam. O Dicionário do Português Atual Houaiss (edição de Agosto de 2011) acolhe apenas “espetral”, “espetro”, “espetrofobia” (entre dezasseis palavras em torno de “espetro”), todas sem o c. “Corrução” e “corrupção” são acolhidas pelo Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto de Editora, de 2010. A frase “Chuva para Lisboa”, que foi o título principal da primeira página de um conhecido jornal, tanto pode ser, à luz do Acordo, uma previsão meteorológica, como uma situação de paralisação causada pela chuva (o que era o caso da notícia). Em “Para o carro”, podemos ter a ordem de ir para o carro ou de parar o carro. Quanto a “perentoriamente” (ou a “perentoriedade”), como afiança o Portal da Língua Portuguesa, temos (Portugueses) de escrever assim e ponto final, enquanto o Brasil escreve “peremptoriamente”. Azar o nosso… É um de muitos casos em que o igual passou a ser diferente. Mas o Acordo era para uniformizar, pois claro. Lembremos Maria Regina Rocha: “[H]avia 2691 palavras que se escreviam de forma diferente e que se mantêm diferentes (por exemplo, facto - fato), havia 569 palavras diferentes que se tornam iguais (por exemplo, abstracto e abstrato resultam em abstrato), e havia 1235 palavras iguais que se tornam diferentes. Está a ler bem: com o Acordo Ortográfico, aumenta o número de palavras que se escrevem de forma diferente!!!” No mesmo portal, temos “conetor” e “conector”, mas apenas “conectar”.

 

“Interrutor”, uma palavra inadjectivável, merece um parágrafo. Verifique o leitor com os seus olhos tal grafia na Infopédia ou numa edição do Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, com o Acordo, ou no próprio Portal da Língua Portuguesa. Enquanto adjectivo relativo àqueles ou àquelas que interrompem, tem os “interrutores”, as “interrutoras”. E se um aluno escrever, fazendo uso da dupla grafia decretada pela Porto Editora e pelo ILTEC, na mesma construção frásica, “o interruptor, a interrutora, os interrutores, as interruptoras”, o professor deverá assinalar algum erro? Se dicionários aceitam que “sector” e “subsector” têm dupla grafia, o aluno poderá portanto escolher e escrever “o subsetor do sector”? Copiamos da Infopédia:

 

interrutor
nome masculino
1. aquele ou aquilo que interrompe
2. aparelho ou pequeno manípulo que permite abrir ou fechar um circuito elétrico
adjetivo
que interrompe

 

Escrevemos acima: “São frases redigidas tendo por base o Acordo Ortográfico.” Mais bem dito, tendo por base a forma como dicionários ou prontuários que adoptam o Acordo registam determinados vocábulos, porquanto o Acordo, ao não estabelecer uma norma cristalina, se traduziu na divergência da interpretação daquilo que ele é, bastando ao leitor consultar dois prontuários ou dois dicionários a seu bel-prazer para comprovar esta obviedade.

 

Consultando dicionários com o Acordo, prontuários, livros explicativos do mesmo para verificar se a consoante é muda ou não, encontramos: a) que a consoante se mantém; b) que a consoante desaparece; c) que poderá manter a consoante ou não (dupla grafia), porque dentro de Portugal há oscilação quanto à pronúncia; d) que em Portugal e no Brasil há divergências de pronúncia e que, portanto, apesar de haver dupla grafia, num desses dois países deve escrever-se a consoante, mas no outro não (os demais países de língua portuguesa são olimpicamente ignorados nesta história do Acordo).

 

Ao contrário do que muito boa gente pensa, o Acordo não definiu a lista dos milhares de casos em que a pronúncia da consoante é dúbia. Apenas nos diz que devemos seguir a inescrutável “pronúncia culta”, deixando até hoje aos lexicógrafos essa impossível tarefa. A perda da consoante muda com base no critério lábil da pronúncia não permite que haja unanimidade, sequer consenso!, quanto à grafia de uma caterva de palavras. Evidentemente, o corolário disto só poderia ser o que hoje está diante dos olhos de todos: a trapalhada generalizada. Os dicionários e demais fontes não se entendem quanto às palavras que perderam a consoante muda, quanto às que têm dupla grafia dentro de Portugal e quanto às que têm dupla grafia considerando Portugal e o Brasil. (E outros há que não definem o que é dupla grafia por haver dupla pronúncia intra-Portugal e dupla pronúncia por haver divergências entre Portugal e o Brasil. O caos é total.) Do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: “Grafia no Brasil: estupefação.” Do Portal da Língua Portuguesa: “[E]stupefacção (Brasil).”

 

O caos é ainda maior para quem pretende averiguar se determinada locução perde os hífenes. Escalpelizemos os hífenes. Como demonstrámos no artigo anterior, a Base XV, Ponto 6 do Acordo, além de mutilar a lógica da língua portuguesa, é totalmente imprecisa quanto aos hífenes. Vejamos seguidamente como instituições muito consagradas – e que para muitos escreventes da língua portuguesa representam a “lei” da mesma – interpretam o Acordo quanto às locuções que perderam os hífenes: o Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) e a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).

 

Na lista “CASOS EM QUE SE MANTÉM O HÍFEN NOS COMPOSTOS CONSAGRADOS PELO USO da INCM, estão registados: “ajudante-de-campo”, “alfinete-de-ama”, “baba-de-camelo”, “boca-de-incêndio”, “braço-de-ferro”, “cabeça-de-casal”, “cabo-de-guerra”, “capitão-de-fragata”, “capitão-de-mar-e-guerra”, “dia-a-dia”, “fogo-de-artifício”, “folha-de-flandres” , “gaita-de-foles”, “jardim-de-infância”, “língua-de-gato”, “lua-de-mel”, “maçã-de-adão”, “mão-de-obra”, “mestre-de-cerimónias”, “mestre-de-obras”, “pão-de-ló”, “pé-de-atleta”, “pé-de-vento”, “pedra-de-toque”, “pó-de-arroz”, “pronto-a-vestir”, “testa-de-ferro”, “tinta-da-china”, “toucinho-do-céu”. No Portal da Língua Portuguesa, do ILTEC, todos estes “casos” aparecem sem hífenes! As demais locuções com hífenes decretadas pela INCM são “água-de-colónia”, “arco-da-velha”, “cor-de-rosa”, “pé-de-meia”, que o ILTEC consagra com hífenes e sem hífenes (apesar de serem excepções escarrapachadas no texto do Acordo como tendo necessariamente hífenes… Nem os acordistas seguem o Acordo no pouco que ele tem de objectivo…), “cabo-de-mar” que o ILTEC não acolhe nem com nem sem hífenes, “dente-de-cão” (que por ser espécie botânica é com hífenes), “frente-a-frente” que o ILTEC não acolhe nem com nem sem hífenes, “mais-que-perfeito” que mantém os hífenes no ILTEC como conceito gramatical e excepção do texto do Acordo, e “tromba-d’água” (que o Acordo de 1990 se esqueceu de repescar das bases que copiou do Acordo de 1945 e que os dicionários com o Acordo de 1990 continuam a escrever usando o Acordo de 1945). Significa isto concretamente o seguinte: nas locuções em que há interpretação subjectiva, há tão-somente cem por cento de divergência.

 

Sublinhe-se que o Portal da Língua Portuguesa, ao elidir os hífenes, acolhe (coerentemente) os antropónimos e topónimos com maiúscula inicial – “folha de Flandres”, “maçã de Adão” e “tinta da China”. Ou seja, a fina chapa utilizada, entre outras coisas, para a fabricação de latas (“folha-de-flandres”) ou o artefacto industrial usado como instrumento de percussão (“folha-de-flandres”) passa a escrever-se tal qual uma folha (papel ou pétala) de Flandres; a maçã dos tempos primevos de Adão e Eva passa a escrever-se tal qual a proeminência laríngea; o tipo de tinta para desenho indelével (“tinta-da-china”) passa a escrever-se como qualquer tinta (oriunda) da China. São as maravilhosas subtilezas introduzidas pelo Acordo… Mas há mais. O Portal da Língua Portuguesa acolhe “maçã de Adão” e “pomo de Adão” apenas sem hífenes. Sucede que o Acordo decreta na Base XV, Ponto 3: “Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento.” Sucede ainda que há uma espécie botânica chamada “pomo-de-adão”…

 

Um matemático chegará rapidamente aos triliões (não é uma hipérbole) de Acordos com base nas combinações de palavras que perderam ou não perderam a consoante muda, nas locuções que perderam ou não perderam os hífenes, na facultatividade (outra aberração do Acordo) da letra maiúscula inicial e na facultatividade da acentuação.Como fará um professor que é obrigado a penalizar os alunos que não escrevem com a “ortografia” do Acordo, se não há consenso quanto à ortografia – se não há, no fundo, ortografia, ou seja, grafia correcta – nos dicionários relativamente a tantos vocábulos? Terá de comprar todos os dicionários, prontuários, gramáticas, fontes digitais, livros explicativos e sinópticos do Acordo e acolher todas as possibilidades, perdendo duas horas com cada palavra ou locução, ou decretará cada professor o seu próprio Acordo? Um bico-de-obra! A propósito, “bico-de-obra” perde os hífenes com o Acordo? Fazemos uma pausa na escrita e consultamos apenas dois dicionários. Ora bem, no Dicionário do Português Atual Houaiss, os hífenes estão lá. No da Porto Editora, não. Bastaria consultar estes dois dicionários nas locuções que perdem ou não os hífenes para se perceber o vácuo em que o Acordo assenta. Faça o exercício se quiser, caro leitor. O Dicionário Houaiss com o Acordo – por considerar desprezável ou desprezível? – ignora o estatuído no Acordo de nas locuções de qualquer tipo não se empregar “em geral” o hífen.

 

Regressemos às consoantes mudas. Há uma miríade de palavras que apresentam dupla grafia dentro de Portugal – os lexicógrafos não terão conseguido apurar a “pronúncia culta”, que, teimosa, parece oscilar no próprio assento etéreo em que repousa. Mas há dois aspectos que urge clarificar. Primeiro aspecto. Um sem-número de pessoas afirma: “Eu não quero saber o que diz o dicionário A ou B, eu quero saber o que diz o Acordo.” Sucede que o Acordo não tem tal lista de palavras. Segundo aspecto. Muitas pessoas asseguram: “Essa palavra tem dupla grafia.” A essa presunção, contraponha-se a pergunta: “Em que dicionário?” O que é de dupla grafia num dicionário não é noutro. Se uns dizem que tem e outros que não tem, aceita-se a versão mais abrangente, bastando que um diga que tem para se aceitar a dupla grafia? Ou vai-se pela média? Ou determinadas fontes merecem uma ponderação maior no cálculo da média? Como devem fazer os professores para avaliar os alunos? E nos casos em que as pessoas não concordam com o que os dicionários dizem sobre a consoante ser ou não ser muda (e são tantas as palavras!)? Fazer como diz o Ciberdúvidas sobre a palavra “ceptro”! “Voltando ao Ceptro/cetro, esta palavra não está indicada com pronúncia do p em nenhum dos dicionários a(c)tuais (mas simplesmente ¦cetro¦), nem existe a variante ceptro no Brasil. Ora o companheiro diz que há comunidades que pronunciam o p. Nesta base, passo a aceitar a necessidade da dupla grafia e deixei, portanto, de lhe fazer obje(c)ções.” Um dos grandes dramas do Acordo: os próprios acordistas não se entendem…

 

Não há duas pessoas que sigam o Acordo e que concordem quanto àquilo que é o Acordo. A “norma” (com setenta aspas de cada lado) é lábil, difusa, imprecisa – só não vê quem não quer ver. Que falta para a farsa terminar? Coragem política.»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:05

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Terça-feira, 21 de Novembro de 2023

Dizem que hoje se celebra o “Dia Mundial da Televisão”, um bom dia para que se faça uma reflexão sobre se os “serviços” que os canais portugueses prestam ao Povo Português são de qualidade suficiente para o fazer evoluir

 

No que me toca, e salvaguardando as raras excepções, o que tenho a comentar sobre os canais genéricos televisivos, é o seguinte:

 

- Nem se fala, nem se escreve correCtamente a Língua Portuguesa, a Língua Oficial de Portugal que está a ser vilmente mutilada, empobrecida, estrangeirada, afastada da sua Família Indo-Europeia e das suas raízes greco-latinas, o que só traz desprestígio para os jornalistas, que têm nela o seu instrumento de trabalho, e para os empresários de um veículo de propagação da mediocridade;

 

- As notícias são sempre as mesmas, tratadas até à exaustão, repetitivas, nada existindo de bom no mundo, que possa merecer notícia, e elevar o moral do Povo, tornando-se uma maçada ver televisão;

 

- Os programas de entretenimento (salvo raras excepções) são demasiado popularuchos, o que nada beneficia o desenvolvimento intelectual do Povo, que permanece num nível abaixo de zero;

 

- Os programas culturais são raros, e os que existem (salvo raras excepções) vêm com legendagens tão mal escritas, que afugentam os telespeCtadores, porque fartam-se de os espetar com uma linguagem de um nível abaixo de zero;

 

- Depois há uma tendência patológica para se oferecer ao Povo programas recheados de crimes de faca e alguidar, tragédias humanas, que são esmiuçadas até ao tutano, o que leva os telespeCtadores a tornarem-se ainda mais depressivos do que já são, devido à miséria social, política, moral e cultural em que Portugal está mergulhado, sem que haja uma alminha caridosa no governo, que tenha a inteligência de dizer BASTA de fingir que somos um País do século XXI d. C.,  e virar o bico ao prego, para  tornar Portugal um País evoluído, com um Povo evoluído e com televisões evoluídas, que possam ser um veículo de Cultura e não de mediocridade.


Poderia estar aqui o dia todo a apontar o dedo às deficiências dos serviços televisivos,  mas penso que este panorama poderá servir para se ir engatando umas coisas nas outras e chegar ao ponto máximo do que não convém ao Povo Português, mas seguramente convém aos governantes, para que possam reinar no meio da mediocridade que praticam e apoiam.

 

Isabel A. Ferreira

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publicado por Isabel A. Ferreira às 12:28

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