«... Ah grita:
importa pouco se te escuta alguém,
no redemoinho tenso da surdez danada.
Porque há-de haver quem ouça, ainda há-de haver
quem ouça. ...»
(Jorge de Sena, "O grito do silêncio")
No ano em que celebramos o cinquentenário do 25 de Abril, que libertou o país da ditadura e nos trouxe a democracia, os partidos políticos, assim como os media, que lhes dão visibilidade, não podem, mais uma vez, por prepotência, cobardia ou ignorância, silenciar a questão da imposição política a Portugal do Acordo Ortográfico de 1990.
Cidadã portuguesa - professora de Português, em Paris e em Lagos, agora reformada - consciente da minha responsabilidade, dos meus deveres e dos meus direitos, num país democrático, permito-me chamar a vossa atenção para a imperiosa necessidade de zelarmos pela defesa da nossa língua, actualmente gravemente fragilizada e em risco, pela imposição política antidemocrática do Acordo Ortográfico de 1990, a Portugal.
O desinteresse do nosso país pela nossa língua, suporte essencial da nossa identidade e da nossa cultura, é algo que vem de longe e é totalmente incompreensível. Recordemos alguns aspectos do mesmo: a Academia das Ciências de Lisboa, fundada a 24 de Dezembro de 1779, levou 222 anos para publicar o seu primeiro e único dicionário (2001), agora com uma versão na 'net'; compare-se com a Real Academia Española, de 1713, que publicou, em Outubro de 2014, a 23.ª edição do seu dicionário! E, além da falta de investimento no estudo da língua, inclusivamente no nosso sistema de ensino, convém também lembrar o esquecimento e o desrespeito a que são votados os nossos emigrantes - imagem fora de portas da nossa língua e cultura - o que Carlos Reis justifica, por isso ter pouco a ver com a 'internacionalização' da língua portuguesa!...
A política de língua nacional tem-se sobretudo empenhado em fazer Acordos ortográficos com o Brasil, que desde 1907 decidiu - e está no seu direito - escrever a sua língua de forma própria.
Estamos em 2024, um ano particularmente assinalável no desenrolar da História nacional. Evoquemos três datas essenciais e recordemos o modo como o poder político as tem tratado:
1 - 500 anos do nascimento de Camões
«Este país te mata lentamente»
("Camões e a Tença", Sophia de M. B. A.)
Num artigo do "Público" de 20 de Dezembro de 2023, intitulado «Programa das comemorações dos 500 anos de Camões em 2024 está por fazer», podemos ler:
«Resolução em Conselho de Ministros que há dois anos e meio determinou realização das comemorações estabelecia criação de estruturas que ainda não existem, diz comissária nomeada para fazer o programa.
(...) Nada existe além do anúncio da intenção do Governo de comemorar este feito, disse à agência Lusa a catedrática Rita Marnoto, comissária designada para preparar o programa das comemorações, em coordenação com as estruturas previstas. (...)»
A propósito deste 'esquecimento' nacional, recordo Jorge de Sena:
«Se me centrei em Camões, numa das minhas direcções, é porque o admiro tremendamente, tenho pena de que tão grande poeta tenha nascido português e para pasto de raça tão ordinarizada, e porque, sendo o maior e o eixo da nossa literatura, é em relação a ele que tudo tem de ser feito.» (Carta a Eduardo Lourenço, 13 de Janeiro de1968, in "Eduardo Lourenço - Correspondência - Jorge de Sena", ed. Gradiva)
«Ignorar ou renegar Camões não é só renegar o Portugal a que pertencemos, tal como ele foi, gostemos ou não da história dele. É renegarmos a nossa mesma humanidade na mais alta e pura expressão que ela alguma vez assumiu. É esquecermos que Portugal, como Camões, é a vida pelo mundo em pedaços repartida.» ("Discurso da Guarda", Paris, 3 de Junho de 1977, in "Jorge de Sena, Rever Portugal - Textos Políticos e Afins, ed. Guimarães)
Ouçamos ainda Vasco Graça Moura: «As questões da identidade começam por estar relacionadas com a língua materna e esta deve a Camões a sua dimensão moderna. (...) A língua de Camões está irreconhecível. Se ele voltasse ao mundo, decerto pensaria em rasgar a sua obra. Deixámos de ser dignos dela.» (in "A língua de Camões?"- "Público", 09 de Junho de 2010)
2 - 50 anos do 25 de Abril
«Ou poderemos Abril ter perdido
O dia inicial inteiro e limpo
Que habitou nosso tempo mais concreto?»
(Sophia de M. B. A.)
A imposição política do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) a Portugal é um verdadeiro atentado contra a democracia que nos trouxe o 25 de Abril de 1974. Todo o processo político que conduziu à sua implementação no nosso país é antidemocrático.
Começo por dar a palavra a Vítor Aguiar e Silva:
"A língua, na sua existência profunda e multissecular, vive antes de nós e sobrevive depois de nós, não podendo ser objecto, no seu corpo e no seu espírito, de alterações ocasionais e circunstancialmente políticas, que desfiguram a sua «lei secreta», ou seja, o «seu génio», como aconteceu com o aberrativo «acordo ortográfico» que constitui um inominável crime imposto politicamente à língua portuguesa.» (in "Diário do Minho", 06/01/2019)
Convém recordar que a língua de Portugal - país independente desde 1143, Tratado de Zamora - que aqui nasceu, cresceu e se formou, é falada e escrita há séculos, em todo o território nacional. "A individualidade da língua portuguesa começou a desenhar-se no domínio do léxico e pode remeter-se para uma data próxima do século VI. (...) Os dois primeiros textos escritos em português - a «Notícia de Torto» e o «Testamento» de D. Afonso II - datam de 1214-1216." (Maria Helena Mira Mateus). Em 1296, no reinado de D. Dinis (1279-1325), esta língua foi adoptada pela chancelaria régia.
Quanto ao Brasil, onde chegámos em 1500, país gigantesco e de diversa população, no século XVIII, em 1758, a língua portuguesa tornou-se língua oficial, por imposição do Marquês de Pombal, em detrimento da 'língua geral', anteriormente forjada para os contactos com a população local. Actualmente, no Brasil, além da língua portuguesa, oficial, haverá mais de 210 idiomas, uns indígenas e outros falados por várias comunidades de imigrantes.
Pessoalmente sou contra o AO90 desde que o conheci, aquando da sua publicação no Diário da República. Desde 2008, tenho lutado contra este crime de lesa-pátria, por todos os meios ao meu alcance - textos publicados, contributos enviados para os grupos de trabalho sobre o AO90 da Assembleia da República, contactos diversos por correspondência, recolha de centenas de assinaturas para a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o AO90, entregue na Assembleia da República (https://ilcao.com/ ), com 22.047 assinaturas, e que a Assembleia da República ostensivamente ignorou, etc.... Aliás, logo no início, em 2008, escrevi à Associação de Professores de Português (APP), e à FENPROF (sindicato dos Professores), insistindo na necessidade de promoverem o debate sobre o AO90, no sistema de Ensino... Não fizeram nada! Aceitaram a imposição do mesmo no ensino, esquecendo o esforço que, nas últimas décadas, tinha sido feito para combater o analfabetismo nacional...
Quando ainda estava a trabalhar, fui a Portimão ouvir Malaca Casteleiro, grande responsável pelo AO90, que defendia o dito, insistindo na vantagem da simplificação da aprendizagem da ortografia pelas criancinhas! Perguntei-lhe publicamente se as crianças portuguesas tinham algum atraso mental, visto que as crianças francesas, inglesas, italianas, alemãs, espanholas, etc., conseguiam aprender ortografias muito mais complexas do que a nossa!
Há muito que me preocupa esta espécie de - já antigo - desprezo pela língua de Portugal, assumido pela política, e também pela 'elite', nacional. O esforço feito, há décadas, para combater o nosso vergonhoso e tradicional analfabetismo está agora a ser substituído pela promoção do novo analfabetismo! Proliferam os disparates, inclusivamente nas legendas dos canais televisivos. E o corrector ortográfico ajuda fortemente...
Um dos argumentos dos defensores do AO90 é que seria difícil agora pô-lo em causa, uma vez que desde 2011 começou a ser ensinado aos mais jovens! Pasme-se: e não se preocuparam quando forçaram a sua imposição ao país e à população que, desde 1946, ortografava a nossa língua segundo o Acordo entre Portugal e Brasil (1945), que o nosso país respeitou e o Brasil rejeitou!
Quanto ao argumento de que 'as línguas evoluem', brandido pelos defensores do AO90, neste contexto linguisticamente indefensável, convém reflectir sobre os seguintes aspectos:
1.º as línguas evoluem naturalmente e não em função da imposição política de um qualquer decreto;
2.º a evolução verificada numa língua poderá exigir uma 'reforma' ortográfica, tendo em conta as características dessa língua, e não um 'acordo' ortográfico entre variantes da língua que evoluíram visível e audivelmente de maneira diferente, como é bem notório no caso da norma portuguesa e brasileira da língua portuguesa;
3.º as diferenças entre estas duas normas, no que toca a todos os aspectos da língua - vocabulário, morfologia, sintaxe, fonética - não podem ser escamoteadas com uma pretensa 'uniformização' ortográfica, via AO90 que, aliás, propõe inúmeras duplas grafias, facultatividades, numa negação aberrante do próprio conceito de ortografia;
4.º no AO90 ("Anexo II - Nota explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa") refere-se que o Brasil não respeitou o Acordo de 1945, porque seria obrigado a repor as "chamadas consoantes mudas"- que entretanto tinha já eliminado, por conta própria - e a aceitar a acentuação gráfica de Portugal, com acento agudo em vez de circunflexo, em palavras como António/Antônio; em consequência, aí se conclui também que "não é possível unificar por via administrativa divergências que assentam em claras diferenças de pronúncia, um dos critérios, aliás, em que se baseia o sistema ortográfico da língua portuguesa";
5.º Assim, justificando a recusa do Acordo de 1945 pelo Brasil, com as "diferenças de pronúncia", o AO90 impõe a Portugal a supressão das "consoantes não articuladas" (Base IV), já adoptada pelo Brasil, num total desrespeito pela referência etimológica (o que apaga a história da nossa língua e nos afasta das outras línguas europeias), e pela pronúncia portuguesa, em que a manutenção dessas consoantes preserva a abertura das vogais pretónicas, em Portugal ensurdecidas, e mantém a unidade da grafia entre palavras da mesma família; ex.: óptimo/ optimismo; directo/direcção; adoptar/adopção; recepção/recepcionista; espectáculo/espectacular; lectivo/leccionar; colecção/ colectivo/ coleccionar, etc. Aliás, podem constatar-se já as alterações na pronúncia portuguesa que esta supressão das consoantes mudas está a provocar...
6.º No essencial, o AO90, que segundo o próprio texto "constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional", impõe a Portugal as opções brasileiras: supressão das consoantes ditas mudas, assim como do hífen, nas formas monossilábicas do verbo 'haver' seguidas da preposição 'de' (ex.: há-de); supressão 'facultativa' do acento agudo nos verbos em -ar, no pretérito perfeito simples (ex.: cantámos) e do acento circunflexo no verbo 'dar', no presente do conjuntivo (dêmos), suprime-se ainda o acento circunflexo, nas formas verbais como leem, veem, deem, etc....
Convém não esquecer que a norma portuguesa, e a sua ortografia consolidada, (norma euro-afro-asiática) constituía a referência linguística da língua portuguesa considerada por Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Goa, Timor, Macau, fruto da expansão planetária que a nossa História outorgou à nossa língua.
Quanto ao referido "prestígio", talvez a língua do Brasil esteja a usufruir dele, mas não a nossa língua, de dia para dia mais desfigurada, menosprezada, ridicularizada, e repetidamente mal pronunciada e mal escrita.
3 - 10 de Março - Eleições legislativas
«É em função de um conhecimento do essencial, daquilo que não podemos abandonar sem mutilação próxima e futura, que as escolhas decisivas para o nosso destino devem ser feitas.»
(in "O Labirinto da Saudade", Eduardo Lourenço)
Todos nós, cidadãos portugueses, em idade de votar, sendo Portugal um país democrático, somos chamados a participar nestas eleições legislativas. Entre os múltiplos aspectos da vida nacional a considerar, a imposição política ilegítima do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) ao nosso país tem obrigatoriamente de ser posta em causa e discutida publicamente, contrariamente ao que tem sucedido nas inúmeras eleições anteriores, desde 1990!
Ainda não vi abordar esta questão, nem pelos políticos, nem pelos jornalistas, nos vários debates que a televisão nos tem proposto, numa atitude que só confirma a fragilidade da nossa democracia, assim como a cegueira e a ignorância nacionais, fruto do tradicional analfabetismo!
Talvez valha a pena reler - ou ler - os textos essenciais (ver abaixo) para o desenrolar de todo este processo, a começar pelo próprio Acordo: 1. Resolução da Assembleia da República n.º 26/91 - "Aprova, para ratificação, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa"; e também pela "Rectificação" (2.) de que foi objecto (pequeno parêntese: a Assembleia da República não se tinha apercebido de que o texto do AO90 já estava escrito com o dito, e não na correcta ortografia da nossa língua!...).
Recordemos também atitudes e decisões de responsáveis políticos que conduziram a língua de Portugal à indigna situação em que agora se encontra.
Começo por esta extraordinária declaração de Cavaco Silva, então Presidente da República Portuguesa, na Feira do Livro em Díli, a 22.05.2012: «Quando fui ao Brasil em 2008, face à pressão que então se fazia sentir no Brasil, o Governo português disse-me que podia e devia anunciar a ratificação do Acordo, o que fiz.» (in "Público")
O Governo à época era socialista, sendo José Sócrates o Primeiro-Ministro. Dessa época data a - "3. Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008 (que aprova o Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico)", "Protocolo" que determinou que a ratificação do Acordo por três países (da CPLP) bastava para a sua entrada em vigor!
É também do mesmo Governo a "4. Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011", que decidiu a aplicação do AO90 no sistema de ensino e na administração pública.
Entretanto o Governo socialista caiu e o Governo seguinte, com Passos Coelho, Paulo Portas e Nuno Crato, decidiu aplicar submissamente, e sem discussão, as decisões do governo anterior. Seguiram-se dois governos socialistas, sendo António Costa Primeiro-Ministro, e tendo no primeiro a participação do BE e do PCP: o tabu manteve-se e o AO90 continua, sem discussão, a generalizar-se e a caricaturar a nossa língua!
A terminar, dou a palavra a António Emiliano:
«Falar da ortografia portuguesa, um bem que levou 700 anos a estabilizar-se, como se fosse coisa pouca (a estabilização da nossa fronteira política continental levou cerca de 100 anos), e falar de uma mudança ortográfica como uma simples alteração cosmética do sistema linguístico padronizado de uma nação multissecular dotada de um património literário e textual imenso, é simplesmente não se saber do que se está a falar.» (in "O primado da escrita")
«O calibre dos erros e deficiências encontrados no texto do Acordo Ortográfico e da Nota Explicativa, bem como a falta de sustentabilidade razoada de várias das suas disposições - constituindo um todo que, em vez de ser apresentado de forma inatacável, como se esperaria, é passível da crítica negativa que desenvolvi, e virá afinal a ter consequências 'disortográficas' - levam-me a concluir que esta reforma causará "lesões" irreparáveis na língua portuguesa no plano da escrita, da oralidade, do ensino e do progresso científico.
Por atentar contra a estabilidade do ensino, a valorização da língua e a integridade do seu uso, valores que a Constituição consagra e protege, entendo que esta reforma não serve o interesse de Portugal e deve, em consequência, ser impugnada e rejeitada.
Lisboa, 30 de Maio de 2008»
(in "Uma reforma ortográfica inexplicável: comentário razoado dos fundamentos técnicos do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) - (Parecer) - EXCERTOS - António Emiliano, Universidade Nova de Lisboa)
N.B.: Para aceder aos textos fundamentais:
https://ciencias.ulisboa.pt/sites/default/files/fcul/institucional/legislacao/rar_26_91.pdf
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-assembleia-republica/26-1991-403301
https://ciencias.ulisboa.pt/sites/default/files/fcul/institucional/legislacao/dr_19_91.pdf
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/rectificacao/19-1991-331594
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-assembleia-republica/35-2008-454814
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-conselho-ministros/8-2011-280944
https://files.diariodarepublica.pt/1s/2010/09/18200/0411604117.pdf
Maria José Abranches Gonçalves dos Santos
***
E a primeira pergunta que se impõe é a seguinte:
Por que motivo os decisores políticos portugueses decidiram NÃO assinalar os 500 do Nascimento de Luís Vaz de Camões, aquele que HONROU a Língua Portuguesa de tal forma que ficou imortalizada como “Língua de Camões”?
Não que tenha conhecimento dos desígnios ocultos dos que mandam e desmandam no nosso País, que, como sabemos, está entregue às urtigas, para que decidissem NÃO assinalar os 500 anos do Nascimento de Camões, SE até Rosângela da Silva, conhecida como Janja, mulher de Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, mereceu ser agraciada, pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, destinada a distinguir serviços relevantes a Portugal ou na expansão da Cultura Portuguesa!!!! (Gostaríamos de saber que serviços a primeira-dama brasileira prestou a Portugal ou à expansão da Cultura Portuguesa.)
Nos tempos que correm, os estudiosos da obra e vida de Camões, já podem fixar com relativa certeza o ano de 1524, como o ano do Nascimento de Luís Vaz de Camões, em 23 de Janeiro, supõe-se que em Lisboa. O ano da sua morte sabemos que foi em 10 de Junho de 1580, dia que se fez feriado, em homenagem ao Poeta e à Língua Portuguesa, que ele soube usar com grandiosa mestria, tornando-se imortal no Poema Épico «Os Lusíadas», onde cantou os feitos dos Portugueses (e que não foram coisa pouca), obra comparável à Eneida de Vergílio, e à Ilíada e Odisseia de Homero. Mas a sua obra é feita também de belíssimos sonetos, poemas líricos, entre outras.
Qualquer pessoa que esteja a par do que se passa ao redor da “Questão da Língua”, em Portugal, que políticos acordistas, governantes acordistas, presidentes da República acordistas, ministros acordistas, deputados da Nação acordistas, comunicação social servilista-acordista e seguidistas acríticos dos acordistas, sem noção alguma do que é o AO90, querem esconder, fazendo disto um tabu maior do que a pedofilia no tempo de Salazar.
A “Questão da Língua” é tão grave, tão grave que os nela envolvidos da parte portuguesa, ficarão para a História como os cobardes traidores da Nação Portuguesa. Os da parte brasileira serão recordados como os usurpadores da Língua herdada do colonizador, por motivos que nada têm a ver com HONRA.
O que está por detrás desta questão, NÃO é tabu para os Portugueses Pensantes, nem para os poucos (o problema é sermos poucos) que se têm empenhado em denunciar a tramóia que sustenta o acordo ortográfico de 1990, em que estão envolvidos o Brasil (o que manda) e Portugal (o que obedece). Isto até já é público, mas os acima referidos acordistas e uma grande fatia da sociedade portuguesa impensante (aquela que não pensa) fazem-se de cegos, surdos e mudos, e nem são de cá, e assobiam para o lado, e aceitam, com uma indiferença assustadora (não esquecer que a indiferença é uma forma de ignorância) que Portugal, actualmente, NÃO tenha uma Língua própria, porque políticos ignorantes a venderam ao Brasil despudoradamente. E, cinicamente, desprezando e pisando a ALMA dos Portugueses, o Brasil comprou-a NÃO porque AME a Língua Portuguesa, mas porque a ODEIA ao ponto de a ter destruído ao deslusitanizá-la: americanizando-a, italianizando-a, castelhanizando-a e afrancesando-a.
Posto isto, não será legítimo pensar que os decisores políticos decidiram NÃO assinalar os 500 anos daquele que deu nome à Língua Portuguesa, a «Língua de Camões», por essa Língua ter sido destruída? Para quê estar a recordar o Poeta maior de uma Língua que foi deformada, menosprezada, mutilada, e que para esses decisores não vale nem um tostão furado?
Então, qual a melhor forma de assinalar os 500 anos de Nascimento de Luís Vaz de Camões, hoje?
É defendendo a «Língua de Camões», com todas as garras de fora.
É APELAR aos governantes portugueses, nomeadamente ao actual presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, acérrimo defensor do AO90, passando por cima da Constituição da República Portuguesa, e ao ex-presidente da República de Portugal, professor Aníbal Cavaco Silva, um dos grandes promotores da aplicação do DESAO90, em Portugal, que, se querem redimir-se do erro que um está a cometer, e o outro cometeu no passado, contribuam para a anulação do acordo que não foi, e HONREM Portugal, HONREM Luís Vaz de Camões e HONREM a Língua Portuguesa, a Língua dos Portugueses.
Os Portugueses não são brasileiros. Não queremos trocar a NOSSA Língua pela Variante Brasileira do Português, nem na sua forma grafada, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, que só Portugal, muito subservientemente aplica, nem na sua forma oral, como António Costa, aludiu falando em nome dos Portugueses (um belo momento para estar calado).
Contudo, ainda vão a tempo de assinalar, institucionalmente, os 500 anos do Nascimento de Luís Vaz de Camões: o ano de 2024 ainda vai no início. Têm 11 meses para livrar Portugal de um acordo fraudulento, um insulto à inteligência dos Portugueses Pensantes.
A Língua Portuguesa, a Língua de Camões, a Língua de Portugal, a Língua que nos deu Dom Diniz, NÃO é a Língua de Fernando Henrique Cardoso, nem de Mário Soares, nem de Inácio Lula da Silva, nem de Aníbal Cavaco Silva, nem de José Sócrates, nem de Pedro Santana Lopes, nem de Augusto Santos Silva, nem de António Costa, e muito menos a de Marcelo Rebelo de Sousa, que pugna pela Língua dos seus netos: a Variante Brasileira do Português, a Língua Brasileira, ainda a ser.
A Língua Portuguesa é do Povo Português, que a espalhou pelo mundo.
VIVA a NOSSA Língua Portuguesa imortalizada pelo NOSSO Luís Vaz de Camões!
Isabel A. Ferreira
O retrato de Camões por Fernão Gomes ou Hernán Gómez Román (pintor português de origem espanhola) em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi pintado ainda em vida do Poeta.
Selo português comemorativo dos 400 anos do Nascimento de Luís de Camões, em 1924, onde se mostra o poeta a salvar o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio; era então presidente da 1ª República Manuel Teixeira Gomes, apelidado de presidente-escritor.
Túmulo de Luís Vaz de camões, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Infelizmente, graças ao servilismo e seguidismo que por aí grassa na comunicação social (salvo raras excepções), o acordo ortográfico de 1990 transformou-se num tabu, quase absoluto.
E se é bem verdade que em Democracia não há assuntos tabu, o que pensar quando, apesar disso, existe um assunto tão tabu, que nem os decisores políticos, que se dizem “democráticos” (?) e deveriam ser os primeiros a descartar tal possibilidade, não têm a liberdade de discutir o assunto com os cidadãos que eles deveriam servir, mas não servem?
Diz-nos a Professora Maria José Abranches:
«Em breve teremos de cumprir de novo o nosso dever de cidadãos, participando nas próximas eleições legislativas. No respeito pela democracia que devemos ao 25 de Abril, cujos 50 anos celebraremos este ano, a questão da imposição política do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) a Portugal terá de ser tema obrigatório de discussão pública, de modo a que os diversos partidos demonstrem o seu conhecimento sobre a matéria e assumam claramente a sua posição.
E o jornalismo, que vive pela palavra, terá também de assumir com dignidade a sua função, chamando à ribalta esta questão fundamental, contribuindo assim para o indispensável esclarecimento dos cidadãos.
Faço minhas as palavras de José Carlos Barros, escritor, ex-deputado do PSD e relator do Grupo de Trabalho para a Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990: «O Acordo Ortográfico não é um assunto tabu e não há assuntos tabu em democracia»; «Acho que o silenciamento a que foi reduzida a questão do acordo ortográfico é algo verdadeiramente antidemocrático. Isto para não dizer outras coisas.» (Entrevista ao Jornal I, 11/07/2022).
Assino por baixo.
Isabel A. Ferreira
A propósito, disto, este comentário publicado no NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90
Sabemos que isto é um tabu, nos meios de comunicação social; um não-assunto para Marcelo Rebelo de Sousa, actual presidente da República Portuguesa; um facto consumado para o ainda actual primeiro-ministro e actuais deputados da Nação (com algumas excepções), e uma coisa sem importância alguma para uma população acrítica, que cegamente aderiu à aplicação ilegal do AO90, e adepta da ignorância que se instalou em Portugal, que se transformou numa "cracia" sem Povo.
Está em curso, nas escolas portuguesas, um sistema de analfabetização (*), implementado pelos políticos portugueses envolvidos na fraude acordista (**) tendo como cobaias as nossas crianças e jovens, esperando que elas levem essa ignorância e a semente do AO90, para o futuro. Algo absolutamente inaceitável!
Isto, num Estado de Direito, seria considerado crime de lesa-infância e, por conseguinte, alvo de uma intervenção por parte da Procuradoria-Geral da República, até porque está consignado na Constituição da República Portuguesa que todos os cidadãos têm direito a um Ensino de qualidade, não, a um ensino altamente desqualificado, abastardado, inadequado a um País que se quer desenvolvido, também intelectualmente. Basta ver os maus resultados à disciplina de Português. Uma autêntica tragédia! É que, como diz o subscritor João Ribeiro «A maturidade da Democracia revela-se antes de mais pelo ensino do Português. Pela má comunicação até partidos do poder caem »
(Manuel Maria Carrilho foi o responsável pela criação e pela institucionalização do Ministério da Cultura, até então inexistente, e pela definição dos seus objectivos nucleares)
Posto isto, o Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes (***) vem solicitar aos Partidos Políticos, que vão a Eleições Legislativas, uma tomada de posição pública em relação à Questão da Língua, uma questão tão grave, tão grave, que implica a perda da nossa Identidade Linguístico-Cultural, quiçá, da nossa Identidade como Nação independente.
Aproveitamos para introduzir a sugestão da subscritora Maria José Abranches, que nos enviou a seguinte mensagem, com a qual concordamos plenamente, e a CS será também visada, nesta acção:
«Muito importante: é indispensável responsabilizarmos os jornalistas pelo silêncio mantido, desde sempre, em torno da imposição política do AO90! Já estão programados os debates televisivos entre os políticos envolvidos nas próximas eleições legislativas: têm de ser confrontados com o desrespeito pela democracia, que a imposição do AO90 a Portugal representa, e têm de ser obrigados a definir-se publicamente sobre esta questão, pois nós, portugueses, temos de saber com quem podemos contar, na defesa dos nossos valores fundamentais, de que a nossa Língua é parte integrante e fundamental! Chega de fantochadas! Ou estamos em democracia ou regressámos à ditadura, apoiada pelo uso discreto da censura, promotora do silêncio conivente de todos os políticos culturalmente responsáveis!» (MJA)
O que pretendemos?
Pretendemos a proibição/destruição do AO90, e que a Convenção Ortográfica de 1945, a que se encontra legalmente EM VIGOR, que se tornou LEI, em Portugal, através do Decreto n.º 35 228, de 08 de Dezembro de 1945, alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/73, de 06 de Fevereiro, e que não foi revogada, seja cumprida.
Assina:
Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes (Clicar no link para ver a lista dos nomes que integram este Grupo) (****)
Notas:
(*) Analfabetização é o acto de Ensino assente na premissa do AO90, que visa impedir, dificultar e atrapalhar o ensino da escrita e da leitura.
(**) Para quem estiver interessado em aprofundar as fraudes do «acordo ortográfico de 1990», das quais os Partidos Políticos são cúmplices, aqui deixo os links, onde se encontra todo o enredo dessas fraudes, e que era de toda a conveniência o Ministério Público investigar, para que possamos dizer alto que «em Portugal a Justiça FUNCIONA». Este foi um trabalho desenvolvido pelo «Conselho Internacional de Oposição ao Acordo Ortográfico de 1990», na Diáspora.
«Governos de Sócrates e Lula mentiram sobre o Acordo Ortográfico»
«Acordo Ortográfico de 1990 nunca entrou em vigor»
«São Tomé e Príncipe nunca entrou no «Acordo Ortográfico» de 1990»
«Cabo Verde nunca se vinculou ao «Acordo Ortográfico» de 1990»
«Cabo Verde não tem «instrumentos de ratificação» dos protocolos ao Acordo Ortográfico de 1990»
«A data do depósito do «instrumento de ratificação» do 1º protocolo de Cabo Verde é falsa»
«A data de depósito do «instrumento de ratificação» do 2º protocolo de Cabo Verde também é falsa»
«Brasil e Portugal declararam datas discrepantes do Acordo Ortográfico de 1990»
(***) Porquê Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes? Porque os há por aí, impensantes (que não pensam).
(****) Para quem considerar que 295 cidadãos é um número insignificante, é preciso dizer que cada um destes nomes arrasta muitas outras pessoas, na hora de votar, além disso, uma pessoa apenas pode fazer a diferença, quando se empenha, com convicção, naquilo que quer alcançar. E é dessas que rezará a História. Os apátridas, os cobardes, os traidores serão recordados por terem renegado a Pátria, por não terem tido a coragem de fazer mea culpa e de terem atraiçoado todos aqueles que morreram para lhes deixar um País. Para ilustrar esta afirmação aqui vai um pequeno, mas profundo, texto, de autor desconhecido, que vale a pena ler:
Cada manhã, um escritor caminhava à beira-mar para se inspirar e à tarde ficava em casa a escrever.
Certo dia, viu que uma criança apanhava estrelas-do-mar na areia e, uma por uma, punha-as no mar.
– Porque fazes isso? – perguntou o escritor.
– O senhor não está a ver? A maré está baixa e o Sol está muito quente. As estrelinhas-do-mar
vão secar e morrer se ficarem aqui na areia.
O escritor surpreendeu-se.
– Existem milhares de praias neste mundo e milhões de estrelas-do-mar. Que diferença irá fazer? Tu salvas umas poucas, mas a maioria acaba por morrer.
A criança parou a olhar para o escritor, mas instantes depois, pegou noutra estrela-do-mar, pô-la nas águas e disse ao escritor:
– A esta fiz diferença.
E seguiu caminho continuando a sua "missão".
Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, e, pela manhã, regressou à praia ao encontro da criança. Uniu-se a ela e, juntos, começaram a devolver as estrelas-do-mar ao oceano.
***
(Este texto foi enviado aos partidos políticos, presidente da República, televisões e Procuradoria-Geral da República).
É preciso que o Brasil PARE de desenterrar mortos, de desenterrar o que ficou no passado, e mudar o discurso da «herança maldita de um passado traumático que assombra a sociedade brasileira até hoje», para «vamos aproveitar a herança bendita que nos deixou o ex-colonizador, e CHUTAR a bola para a frente», como sói dizer-se no Brasil.
Porém, antes de entrar no assunto que aqui me traz, devo fazer um preâmbulo: ontem, dia 9 de Novembro, à tarde, recebi um e-mail (.br) de um tal Igor Ribeiro [há montes deles na Internet] cujo assunto era «Loucura dʼalém-mar», e a mensagem é a seguinte: «O Lugar da Nossa Língua é um crime contra a humanidade. E a senhora é louca. Já não sonha com cor nem com paisagem, mas com palavras gigantes que venham a zavá-la. Parece que não é saciada há séculos», e mensagens como estas, tanto privadas como em comentários no Blogue, são às centenas, oriundas de brasileiros machistas, mas também de acordistas portugueses machistas, que acham que sou a mãe deles, ou a mulher deles, ou a filha deles para se dirigirem a mim deste modo, julgando que eu sou daquelas que me submeto a eles, como um animalzinho assustado.
Pois não me conhecem. Raramente respondo a palermices, mas quando decido responder é para praticar as seguintes obras de misericórdia espirituais: 1) Dar bons conselhos; 2) Ensinar os ignorantes; 3) Corrigir os que erram; 4) Consolar os tristes; 5) Perdoar as injúrias; 6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
E só vou reproduzir aqui o que me ocorreu dizer, para ver se esses machistas de meia-tigela param de andar por aqui a tentar calar-me, como se eu fosse da laia das mulheres deles.
A este Igor Ribeiro respondi o seguinte:
«Você é uma criatura que nasceu com o cérebro fora do lugar, daí que não consiga discernir, pensar, ou avaliar as coisas. É digno da minha compaixão. É preciso que um HOMEM tenha o cérebro no seu devido lugar e com todos os neurónios a funcionar, para chegar ao meu nível intelectual, e avaliar o meu TRABALHO [modéstia à parte].
O que uma criatura, que nasceu com o cérebro deslocado, julga de mim, não me diz respeito.
Ainda está por nascer a criatura que terá a ousadia de me fazer calar. Está habituado a dirigir-se desse modo à sua mãe, ou à sua avó, ou à sua mulher ou filha (se é que tem essa capacidade)? Comigo não pega. Você nem HOMEM é. É uma criatura cega mental que acha que com grosserias faz alguma mossa a quem sabe o que faz, o que é, onde está, o que quer, e para onde vai.
Não é um machistazinho de meia-tigela, que não tem capacidade para criticar com argumentos racionais um Blogue que defende a Língua Portuguesa, que é pertença de Portugal, e que tem leitores, com o cérebro no seu devido lugar, em 193 países, que me vai fazer mossa. Por isso, tire o seu cavalinho da chuva, que comigo não leva mais que o desprezo que eu voto a criaturas grosseiras, que não se comportam como cavalheiros. A Natureza inspira-me Poesia. Os grosseirões como você, dão-me asco, e com grosseirões não tenho de ser generosa, nem delicada.
Poderia simplesmente ignorá-lo, mas já ando farta dos grosseirões brasileiros, que acham que são os donos da Língua Portuguesa e usam de todas as irracionalidades para tentar calar-me.
Pois fique sabendo que eu sou mais eu, e já vos conheço de ginjeira, pois vivi longos anos no Brasil, lá estudei e sei do que a casa gasta: você pertence àquela ala de brasileiros ignorantes que andam por aí a envergonhar o Brasil. E o Brasil não merece a vossa ignorância. Infelizmente, o Brasileiros Cultos são uma minoria.
E considere-se um privilegiado por eu estar a responder ao seu e-mail.
Eis o seu retrato, sem cabeça e com
o cérebro deslocado: Escultura de Yoan Capote
E porque o tal Igor emudeceu no e-mail, passou-me pela cabeça que iria receber um comentário num dos textos do Blogue., por isso, hoje não me surpreendi com o comentário que a seguir reproduzo. Antes, enviei ao Igor a seguinte mensagem: «Algo muito previsível. Já aguardava por isto, LUANNA BERTHOLDO MINARDI.» A resposta que obtive foi: «Feliz Ano Novo». Pois é!
LUANNA BERTHOLDO MINARDI comentou o post Independência do Brasil: «Não irmão mas sim filho», uma lição de História, por Octávio dos Santos, onde se faz uma feroz crítica ao AO90 e «às duas “repúblicas das bananas” típicas do Terceiro Mundo» às 22:07, 09/11/2023 :
Vocês deveriam cuidar do país de vocês e não do NOSSO... Aceitem, vocês nunca foram donos do Brasil, superem a perda e cuidem do que diz respeito à terra de VOCÊS! Meu país e a Língua Brasileira não pediram opinião de portuga nenhum, se pra vc a língua portuguesa tradicional é importante, então cuidem dela no PAÍS DE VOCÊS! No nosso país vocês não têm direito de opinar. Att. |
***
Então vou responder ao “Luanna”, para pôr em prática as obras de misericórdia espirituais, que me são tão caras:
1 – Nós não queremos saber do vosso país para nada. Só queremos que os brasileiros incultos nos deixem em paz, e não venham para cá desestabilizar o País dos Portugueses. Mas para ser simpática, desejo, de todo o meu coração, todas as venturas e felicidades ao Brasil, para que possa ser, como sempre sonhou, os Estados Unidos da América do Sul, mas, para tal, têm de cortar o cordão umbilical com Portugal, e seguir em frente sem a muleta europeia.
2 - Vocês é que têm de aceitar o facto de o Brasil, conforme está bem explicado no texto do Jornalista Octávio Santos, já ter sido território português, quer gostem ou não gostem, quer queiram ou não queiram. Nós não perdemos o Brasil. Nós é que demos a liberdade ao Brasil [não esquecer que Dom Pedro, primeiro Imperador do Brasil, o qual protagonizou o Grito do Ipiranga, nasceu em Portugal, no Palácio Nacional de Queluz, portanto, era português] para que se tornasse um grande país. É o que faz NÃO ter estudado a História tal como ela aconteceu, e não tal como os esquerdistas da ala mais ignorante querem reescrevê-la.
3 - Pois está muito enganado. Quem não pediu opinião a zuca nenhum para destruírem a Língua Portuguesa com o acordo ortográfico de 1990, engendrado pelo brasileiro-libanês Antônio Houaiss, a qual não é nem deixa de ser tradicional [quanta ignorância!] porque a Língua Portuguesa é a Língua PORTUGUESA, não existe mais nenhuma, e nós estamos a tratar dela, este meu Blogue trata dela, o que precisamos é de que os brasileiros DEIXEM a Língua Portuguesa em paz e fiquem lá com a vossa Língua Brasileira, porque não queremos saber dela para nada. Ela pertence-vos, e se a querem destruir destruam-na à vontade. A nós, pertence a Língua Portuguesa, e nenhum brasileiro há-de destruí-la ou substituir pela Língua Brasileira.
4 – No vosso País, de facto, não temos nada que opinar, e se não sabe, fique a saber que nenhum Português OPINA seja o que for no vosso País. Já o mesmo não pode dizer-se dos zucas [isto é gentileza minha pela sua designação portuga] que andam a opinar no nosso País, andam a destruir a Língua do nosso País, e pretendem introduzi-la no nosso País. Mas cá estaremos para o impedir.
5 – Este seu comentário, desculpe a franqueza, foi de uma ignorância, desde a primeira palavra à última. Já não há pachorra para tanta ignorância!!!!
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Já agora vou aproveitar para pôr mais umas achas nesta fogueira, publicando um outro comentário e a minha resposta a um brasileiro eivado daquela ignorância que anda por aí espalhada. É há algo que me intriga: não haverá no Brasil, nenhum brasileiro culto que possa vir comentar algo com cabeça, tronco e membros? Será que é porque os brasileiros cultos são uma minoria muito reduzida, e os brasileiros incultos são a maioria? Mas ao menos, os cultos, poderiam vir salvar a sua honra.
Omori João comentou o post Não é verdade que o Português foi a língua-líder nos exames de acesso a universidades dos EUA, em 2023. A verdade é que foi a Variante Brasileira do Português, que predomina naquele País, à qual erradamente chamam “português”, que liderou... às 18:31, 16/09/2023 :
A única diferença é que a tal “muleta” europeia é, na realidade, a herança maldita de um passado traumático que assombra a sociedade brasileira até hoje. |
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Omori João, quem chega ao ano 2023 d. C. a considerar que a muleta europeia do Brasil é, na realidade, “a herança maldita de um passado traumático que assombra a sociedade brasileira até hoje” [que argumento mais infatilóide!] deve ter para aí uns 500 anos, e pertencer a uma tribo indígena brasileira. Quem assim pensa, deve inscrever-se no Guinness World Records, porque é um caso raro.
O que os brasileiros, do século XXI d.C., menos instruídos, chamam “herança maldita de um passado traumático que assombra a sociedade brasileira até hoje» foi a “herança maldita de um passado traumático” dos Norte-americanos, dos Indianos, dos povos de expressão castelhana, da América do Sul, e pelo que sabemos, eles conseguiram ultrapassar esse passado traumático, que SÓ foi traumático para os indígenas, os verdadeiros donos dos territórios colonizados, e para os escravos africanos, que neles viveram o tempo da colonização.
Que nós saibamos, os Portugueses, HOJE, não estão a azucrinar os Brasileiros. Os Brasileiros é que estão a azucrinar os Portugueses, pela mão de esquerdistas brasileiros ignorantes, com pretensões colonialistas.
E tudo foi como foi, porque era como era. Ponto final.
Será que a sociedade brasileira do ano 2023 d. C. NÃO consegue seguir em frente, sem andar a arrastar os grilhões de um passado que NÃO viveu? Olhe-se para os Norte-americanos, que conseguiram LIBERTAR-SE do passado colonial inglês, muito mais agressivo do que o português, e construíram um País dos mais poderosos do mundo.
Porém, o Brasil marca passo. Os Brasileiros jamais conseguirão chegar aos pés dos Estados Unidos da América, cujos indígenas, tiveram uma colonização muito mais traumática do que os indígenas brasileiros da época colonial, que já estão TODOS mortos. E porquê jamais o Brasil conseguirá estar no “mapa mundi” como uma potência sul americana? Porque não está preparado para cortar o cordão umbilical, que ainda o liga ao ex-colonizador. O que só demonstra que ADOROU ser colónia de Portugal. LIBERTEM-SE!!!!!
É preciso que esta ala mais ignorante do povo brasileiro CRESÇA, e deixe de andar por aí a choramingar como crianças, por coisas que NÃO viveram. Não conseguem conciliar-se com o passado? O problema é dos choramingões, que vêem o futuro, olhando para trás.
Terão estes brasileiros, que levaram com a lavagem cerebral esquerdista, e que vivem no ano 2023 d. C., a noção da figura triste que fazem ao vitimizarem-se, se sempre lhes faltou capacidade para avançar sozinhos, depois de o Grito do Ipiranga, em 1822? É inacreditável como ainda precisam da muleta europeia, para se imporem ao mundo, estando ISOLADOS nesse mundo, por não terem conseguido “dar a volta por cima”, e construir o futuro, tal como o fizeram os restantes povos colonizados.
Enquanto andarem por aí a choramingar e a fazer-se de vítimas de algo que NUNCA viveram, os brasileiros choramingões estão a contribuir para um País DEPENDENTE, que não consegue cortar o cordão umbilical com o ex-colonizador e viver a sua própria vida. Enquanto carregarem às costas os fantasmas de todos os que SOFRERAM na pele o estigma da colonização, andarão por aí feitos zombies, e a disseminar disparates, que só a eles ficam mal. E os Portugueses já estão fartos dessa choraminguice.
Seria da inteligência, o Brasil seguir o seu próprio caminho, SEM a muleta europeia. Já lá vão mais de 500 anos e o Brasil ainda não saiu da cepa torta. E a culpa é dos Portugueses? Ou será do complexo de vira-lata (a designação é do brasileiro Nelson Rodrigues), que apouca os choramingões?
Seria preciso que a população brasileira fosse MAIS instruída, porque só as pessoas instruídas poderão ser livres. A elite intelectual brasileira é um grão de areia, no meio do deserto dos “milhões” que tanto alardeiam. Dom João VI deixou ao Brasil TODAS as ferramentas para que se tornassem num país culto e livre, e o Brasil NÃO soube aproveitar essa dádiva, e perdeu o comboio da evolução. É preciso que o Brasil PARE de desenterrar mortos, de desenterrar o que ficou no passado, e mudar o discurso da «herança maldita de um passado traumático que assombra a sociedade brasileira até hoje», para «vamos aproveitar a herança bendita que nos deixou o ex-colonizador, e CHUTAR a bola para a frente», como sói dizer-se no Brasil.
BASTA de infantilidades, de choraminguices, de vitimizações e de ignorâncias!!!!
Isabel A. Ferreira
Não é apenas em França que a Língua Portuguesa está em declínio. Um pouco por todo o mundo, a Língua Portuguesa está a perder o seu viço, a sua beleza, a sua roupagem indo-europeia, porque está viciada, está mutilada, está empobrecida na versão acordizada que gente ignorante quer disseminar pelo mundo.
O que é preciso é que a Língua Portuguesa recupere a sua beleza gráfica, a sua riqueza lexical, e não ande por aí a ser ensinada "à brasileira", com o rótulo de Portuguesa. Para que a Língua Portuguesa se imponha no mundo, Portugal tem de anular urgentemente o execrável "acordo ortográfico de 1990", que só veio lançar o caos linguístico e desprestigiar a Língua dos Portugueses, o Português de Lei, e devolver-lhe a dignidade perdida.
A Língua Portuguesa não é uma mercadoria, para que políticos apátridas andem, por aí, a vendê-la, ao desbarato.
É preciso saber que Português as escolas estrangeiras andam por aí a ensinar.
Chamam "português" à Variante Brasileira do Português, que está a ser impingida em Portugal e nas escolas estrangeiras, contudo, a Variante Brasileira está muito longe do Português. É outra linguagem, que apenas ao Brasil pertence.
É preciso saber do que falamos, quando falamos de Língua Portuguesa, para que seja ensinada nas escolas e universidades do mundo, com propriedade.
Isabel A. Ferreira
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«A língua portuguesa em França»
Texto de
Isabelle de Oliveira
«Em França, a língua portuguesa encontra-se numa situação de declínio por razões orçamentais, mas também por falta de consideração, ou ainda, por falta de afirmação e de real vontade política. Até agora, o português ainda não se tornou uma disciplina de maior importância nas universidades francesas. A errónea concepção de uma língua pouco útil incentivou os decisores a limitar o recrutamento de docentes de português tanto no âmbito do ensino secundário como no ensino superior.
Os representantes políticos esquecem, ou pior ainda, desconhecem, que a importância de um idioma não se mede, apenas, pelo número de falantes e da influência diplomática ou poderio económico dos países em que é utilizado. Por isso, o grande desafio é o de promover o ensino do português como língua estrangeira vocacionada para o mundo dos negócios.
Uma missão para a qual os recursos educacionais (livros, métodos, etc.) ainda existem em número muito limitado e de uma forma muito incompleta. A Universidade da Sorbonne Nouvelle prossegue esforços no sentido de colmatar estas lacunas, tornando a oferta do ensino do português suficientemente alargada para responder a todas as solicitações dos estudantes. Percebe-se, cada vez mais intensamente, que o domínio do português potencia oportunidades de negócio e, por esse motivo, não por acaso, países como a China elegeram a aprendizagem da nossa língua como objectivo estratégico. Não é fortuitamente que na Universidade da Sorbonne Nouvelle sempre tivemos estudantes chineses, árabes e russos a inscreverem-se para aprender o português, sempre em conjugação com outros idiomas. No Instituto do Mundo Lusófono também apostamos, claramente, no ensino do Português de Negócios como língua de especialidade, com currículos especificamente vocacionados para o mundo empresarial. Mas, claro está, ainda há um trabalho importante a fazer no domínio da língua de especialidade, que pode vir a atestar o potencial económico da língua portuguesa, aliado ao facto de constituir, também, um importante instrumento de desenvolvimento humano.
O fado reservado à língua portuguesa é incompreensível à luz do tratamento reservado às restantes línguas. Com efeito, se todas as línguas são iguais em dignidade, isso não acontece a nível do seu uso e da sua dimensão internacional. A França celebrou acordos bilaterais com Portugal e Brasil relativos ao ensino das respectivas línguas. Então, o que tem sido factualmente concretizado por Portugal nesta matéria? O que concebem os nossos representantes políticos? Recomenda-se que alcancem: A Europa dos cidadãos só pode edificar-se sobre a Europa das línguas. [(*)]
Por outro lado, admite-se que este comportamento pouco compreensível possa decorrer de um certo complexo de inferioridade que ainda vai grassando na mente de alguns pseudo-iluminados, os quais, apesar de tudo, ainda vão tendo algum poder de decisão...
Inferioridade porquê?
Baseada em que factos?
Somos um país com oitocentos anos de História. Propagámos a nossa língua, a nossa cultura e o nosso saber pelos cinco continentes do mundo.
Influenciamos e potenciamos o desenvolvimento humano em todas essas latitudes. Sempre em português e fomentando o comércio, as trocas comerciais, legando ao mundo o conhecimento de realidades e produtos muito diversos.
A competência e meritocracia dos portugueses espalhados pelo mundo é conhecida e reconhecida, bem como as suas capacidades de trabalho, de esforço e de auto-progressão! Actualmente, de forma inequívoca, em todas as áreas de conhecimento: nas Ciências, nas Artes, no Ensino, nas áreas técnicas, no Desporto, etc..
Os Portugueses no Mundo -- e, concomitantemente, a Língua Portuguesa no Mundo -- constituem uma mais-valia incalculável da qual urge tirar partido e, sobretudo, afirmar e desenvolver sem medos!
Fonte: https://www.dn.pt/opiniao/a-lingua-portuguesa-em-franca-17207308.html
[(*)] ... ou sobre as Línguas da Europa.
«Desacordo frontal com essa coisa a que se chama novo Acordo Ortográfico.»
João Barrento, Tradutor e escritor, vencedor do Prémio Camões em 2023
«Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste artigo não adopta o chamado "Acordo Ortográfico" de 1990, por o considerar linguística e estruturalmente inconsistente, contrário à própria noção de Ortografia e incongruente com princípios fundamentais da Etimologia, da Semântica e da Fonética, um instrumento de promoção da iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral, e ainda por não resultar de uma discussão científica séria e por não reunir condições de vigência legal na ordem jurídica interna.»
Luzia Rocha, investigadora
«De todos os Países, que existem no mundo, apenas Portugal foi de cavalo para burro, e ignorantemente, optou por transformar a sua Língua, uma das mais antigas da Europa, num abominável, aberrante, execrável, deplorável, inaceitável, lamentável, patético e vergonhoso linguajar de mentes mirradas.»
Isabel A. Ferreira, jornalista, escritora e autora do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa», em 27-09‑2023
«9.º) Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.»
Base IX do Acordo Ortográfico de 1990
No mês em que se apresenta o Orçamento de Estado, mais uma vez, Francisco Miguel Valada no blogue Aventar expõe a mixórdia ortográfica com que esse documento é escrito. Certamente a quatro mãos ou a quatro pés, como me segredam aqui ao lado. Para que o leitor também o verifique, aqui ficam as já tradicionais calinadas:
- «Aquisição líquida de activos financeiros (excepto privatizações)» (página 181) e quer «a desvalorização súbita e acentuada do preço dos ativos financeiros» (página 65), quer «exceto máquinas e equipamentos» (página.6);
- «PROTECÇÃO SOCIAL DE BASE» (página 241) e «por via da proteção do salário mínimo nacional» (página 76);
- «caracterizado pela flexibilidade» (página 244) e «caraterizado pelo aumento no nível geral de preços» (página 22);
- «027 – SEGURANÇA E ACÇÃO SOCIAL – ACÇÃO SOCIAL» (página 226) e «100 – INICIATIVAS DE AÇÃO CLIMÁTICA» (página 226) — efectivamente, na mesma página;
- «às respectivas comunidades» (página 297) e «Prestação média e respetivas componentes no crédito à habitação» (página. 69);
- «promoção de uma adopção consciente» (página 297) e «a adoção de diversas medidas» (página 301);
- «é expectável que o investimento previsto no PRR» (página 95) e «Neste contexto, é expetável que» (página 28);
- «abaixo das expectativas» (página 3) e «As expetativas para o resto do ano» (página 2);
- «Conquistar e motivar o talento para o sector» (página 253) e «os maiores grupos do setor» (página 167);
- «de carácter juvenil ou grupal» (página 227) e «a informação de caráter patrimonial» (página 120);
- «revisão dos pactos sectoriais» (página 245) e «PROGRAMAS ORÇAMENTAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS» (página 245) — exactamente na mesma página e, curiosamente, PROGRAMAS ORÇAMENTAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS é o título deste capítulo (o quinto) do Relatório.
- «nos preços dos serviços mais intensivos em contato presencial» (página 40).
Uma ortografia que não pára de confundir acção e ação, activos e ativos, adopção e adoção, carácter e caráter, caracterizado e caraterizado, excepto e exceto, expectativas e expetativas, expectável e expetável, protecção e proteção, respectivas e respetivas, sector e setor, sectoriais e setoriais e usa o já omnipresente contato é uma ortografia pouco recomendável. Por isso, merece uma veemente reprovação. É essa a nossa profunda convicção.
Ah, João Barrento também disse: «Não vejo quais possam ser as vantagens de uma reforma [ortográfica] que parece nascer de um inexplicável complexo colonial em relação a países hoje mais que emancipados. Também não vejo que tecnicamente se simplifique ou facilite seja o que for — pelo contrário, em certos aspectos geram-se ainda mais ambiguidades. Este processo, particularmente na última fase, foi acima de tudo o de uma negociata política, tramada por um governo à revelia de órgãos e entidades por ele criados para terem opinião na matéria.»
Ah, lemos, há dias, em órgãos da imprensa escrita as seguintes expressões «… casos perigosos de adição…» e «… uma problemática adição ao jogo.» É certamente um discurso pouco inclusivo que discrimina as outras operações matemáticas, pois também deve haver por aí casos perigosos de subtracção, de divisão e de multiplicação. Basta pensar na multiplicação de fatos e de contatos.
João Esperança Barroca
«Sou adepta de “acêntos”, “hí-fenes” e “trëmas”.
A nova ortografia não me representa.
A resistência é um dever.»
Rita Lee, cantora brasileira
«Que grande compreensão tem esta gente das regras do Acordo Ortográfico de 1990... Nem com mais vinte anos em cima vão dominar a nova ortografia. E isto com jornalistas, imagine-se agora com o falante comum.»
Helder Guégués, tradutor e revisor, 19-04-2023, no blogue O Linguagista
«Raios partam o Acordo e quem nada faz para o reverter! Raios partam os políticos que fazem proclamações de amor infinito à língua portuguesa e a maltratam todos os dias, e não piam quanto ao acordo cacográfico. A integridade linguística é prova de carácter, com "c" antes do "t"!»
Maria Rueff, com texto de Manuel Monteiro na TSF
A par de fatos, que não são para vestir, como se observou no escrito do mês de Abril, os contatos são a segunda marca indelével do AO90. Só a sua aparição e proliferação seria razão suficiente, como escreve Manuel Monteiro, para pôr cobro à sua aplicação. Acrescem ainda, entre outras, o fracasso da unificação e as frequentes incoerências.
Voltemos de novo aos contatos. Uma breve incursão por alguns órgãos de Comunicação Social traz-nos, entre outras pérolas:
1. «Com cerca de cem membros e mais de cinquenta pontos de contato, como é referido na sua página da Internet, esta organização reúne outras de todo o mundo, por forma a melhor combater a corrupção no desporto.»
Vítor Rosa, A Bola, 31-03-2023
2. «Depois de João Galamba ter, em conferência de imprensa no sábado, confirmado a tentativa de entrar em contato com Costa- “Estava, penso que a conduzir, e não atendeu”.»
Expresso, 01-05-2023
3. «Na sua mensagem de abertura da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que se realiza esta semana, Ornelas revelou que este grupo deverá ter a “autonomia necessária para acolher e acompanhar as vítimas” e “assegurar o necessário apoio e a possível recuperação dos danos por estas sofridos”, dispondo de uma linha de atendimento e de “condições para o contato e acompanhamento pessoal».
Expresso, 17-04-23
4. «Até há pouco tempo, publicar um livro exigia do autor muito mais do que a já hercúlea habilidade de parir universos inteiros com as próprias mãos: sem oceanos de suor, alguma sorte e uma bela rede de contatos que garantisse os olhos de uma editora sobre o seu original, dificilmente o sucesso lhe bateria à porta.»
Observador, 11-04-2023
5. «O predador sexual, que já tinha sido condenado anteriormente por agressão, exposição indecente, indecência grosseira com crianças e crueldade animal, e que foi descrito pelo procurador como: «uma "suposta transgénero" que usou essa vertente de personalidade para ‘entrar em contato com pessoas vulneráveis’», aproveitou-se das políticas identitárias e mascarou-se com uma peruca, maquilhagem e soutiens com enchimento para se declarar mulher, ser preso na cela delas e continuar a violá-las.»
Sol, 30-03-2023
6. «Governo diz que CM de Setúbal não quis celebrar um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações.
Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, diz que a Câmara Municipal de Setúbal tem fugido aos contatos e a essa formalização de uma parceria com o Alto Comissariado.»
Observador, 10-05-2022
7. «Isabel Lima, professora de português do Colégio, diz que a atividade foi enriquecedora e que “o contato com o espaço físico é diferente da percepção que se tem dentro da sala de aula”. Para a docente, vivências como estas permitem que os jovens fiquem mais atentos às notícias e à desinformação.»
JN, 20-02-2023
8. «Este contato com os autarcas, e as autarquias, é muito importante. Tendo em conta que dos 10 municípios a visitar apenas 3 têm gestão social-democrata, há muito para aprender e, eventualmente, replicar as boas práticas.»
Manuel Portugal Lage, DN, 17-04-2023
9. «Acabei de entrar em contato com o comandante de uma das brigadas que defendem a cidade. Posso afirmar com confiança que as forças de defesa ucranianas controlam uma percentagem muito maior do território de Bakhmut", disse o porta-voz das forças ucranianas em declarações à CNN International.»
DN, 11-04-2023
10. «Verstappen defendeu que Lewis Hamilton não seguiu as regras da corrida ao ultrapassá-lo na primeira volta. "Da minha parte, apenas tentei evitar o contato, está bem claro nas regras o que é permitido fazer agora do lado de fora, mas claramente não é seguido", disse.”»
DN, 01-04-2023
O que acha desta pequena colecção, caro eleitor? Será isto um não-assunto, como dizem alguns que se julgam entendidos também em Linguística? Justifica-se que os responsáveis teçam rasgados elogios à língua no Dia Mundial da Língua Portuguesa e continuem a assobiar para o lado no resto do ano?
Ah, e como escrevemos em Abril, o nome dos meses, quando se refere uma efeméride ou um acontecimento histórico, deve ser grafado com maiúscula. Sempre!
João Esperança Barroca
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Uma vez que pergunta, caro João Esperança Barroca, e sendo eu sua leitora, digo-lhe que esta pequena colecção de contatos diz de um servilismo absolutamente bacoco, a juntar a uma ignorância optativa e ao DESPREZO que o presidente da República, o (des) governo português e os deputados da Nação (salvaguardando as raras excepções que pugnam pela NOSSA Língua Portuguesa), votam a Portugal, insultando os Portugueses Pensantes com essa atitude servil , anti-democrática [com hifene], ditatorial, ilegal e inconstitucional. E isto só acontece porque vivemos numa República DOS Bananas.
Isabel A. Ferreira
***
Eis o que eu, cidadã portuguesa, devidamente identificada, exercendo um dos meus direitos cívicos mais elevados, que é o de levar à Justiça o que é da Justiça, ousei fazer, por minha conta e risco, apoiada, obviamente, por um jurista, numa tentativa de ver o que faria a nossa Justiça, perante factos e provas bem documentados, sendo a questão da Língua Portuguesa, uma questão de vida ou de morte, e que o actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, jurou defender, porque assim a Constituição da República Portuguesa o OBRIGA (não vai obrigá-lo a promulgar o decreto da Eutanásia, que ele, como católico apostólico romano, rejeita?), o mesmo se passará com o n.º 3, do artigo 11.º.
Origem da imagem: Internet
O que se passou, então, é, na opinião dos juristas que analisaram o andamento do processo, uma autêntica VERGONHA para o Poder Judicial português.
Este Processo prescreve em 2032. Se, entretanto, alguém quiser reabri-lo, apresentando novas provas, pode fazê-lo. E provas é que não faltam.
17 de Fevereiro de 2020
28 de Março de 2020
26 de Maio de 2020
27 de Maio de 2020
28 de Maio de 2020
Isabel A. Ferreira
Este é o APELO de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, descontentes com os atropelos à Constituição da República Portuguesa, por parte do Senhor Presidente da República Portuguesa, no que à Língua Portuguesa diz respeito.
[Actualização do número de subscritores em 25 de Maio de 2023: 268]
[Actualização do número de subscritores em 05 de Janeiro de 2024: 296]
O exército, abaixo declarado, pode parecer um pequeno exército, aos olhos de quem só olha e não vê, porém, a História diz-nos que, por vezes, pequenos exércitos ganham grandes batalhas. Exemplo: Batalha de Aljubarrota. Basta serem constituídos por pessoas que contam, que fazem a diferença, que estão empenhadas, que sabem usar a arma certeira.
***
O APELO consta do seguinte:
Assunto: APELO cívico de um Grupo de Cidadãos Portugueses
Introdução:
Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Coube-me enviar a Vossa Excelência este APELO, para o qual esperamos a melhor atenção, uma vez que todos acreditamos que Portugal é um Estado de Direito, uma Democracia Plena, um País Livre e Soberano, onde os seus representantes costumam ouvir os apelos dos cidadãos pensantes, descontentes com o desnorte da sua Nação.
Em anexo segue o APELO a Vossa Excelência, com todos os subscritores identificados.
Aguardando uma resposta de Vossa Excelência, envio os meus mais respeitosos cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
PS: Tornarei público, hoje, no meu Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa», o envio deste APELO a Vossa Excelência.
(Apelo redigido por um Jurista que presta apoio ao Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses)
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico – a Língua Portuguesa – da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna – aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a ser acordizadas, num manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas também ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que deixe à posteridade, como SEU legado, a reposição da Língua Portuguesa, a nossa Língua, aquela que fixa o Pensamento de um Povo, escrita e falada escorreitamente, com elegância visual, com beleza, com estilo, seguindo o exemplo dos nossos Grandes Clássicos, antigos e modernos, atrás já referidos, para que a nossa Língua, a nossa Cultura e a nossa História, de quase nove séculos, não se percam nas brumas do tempo.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos,
1 - Juliana Dias Marques, Estudante de Letras
2 - Maria Vieira Raposo, Técnica Superior Administrativa
3 - Nuno Furet, Agente de Animação Turística
4 - Germano da Silva Ribeiro, Professor do Ensino Secundário (aposentado)
5 - Rui José da Silva Dias Leite, Arquitecto
6 - João Robalo de Carvalho, Jurista
7 - José Silva Neves Dias, Professor Universitário
8 - Jaime de Sousa Oliveira, Professor Aposentado
9 - Maria da Purificação Pinto de Morais, Professora do Ensino Secundário
10 - Isabel A. Ferreira, Jornalista/Escritora, Ex-Professora de Português e História
11 - Alberto Henrique Sousa Miranda Raposo, Engenheiro civil, Aposentado
12 - Albano Pereira, Sócio-Gerente da Firma Táxis Rufimota, lda.
13 - José Manuel do Livramento, Eng.º Electrotécnico
14 - José António Girão, Professor Catedrático (Reformado) da Faculdade de Economia da UNL; ex-Vice-Reitor da UNL
15 - João Paulo Norberto, Desempregado
16 - Maria do Carmo Guerreiro Vieira Sousa Miranda Raposo, Professora Aposentada
17 - Mário Adolfo Gomes Ribeiro - Eng. Mecânico, Reformado
18 - José Manuel Gomes Ferreira, Engenheiro Electrotécnico
19 - Teresa Paula Soares de Araújo, Professora Ensino Superior
20 - Jorge Alexandre Barreto Ferreira, Engenheiro Electrotécnico e Máquinas
21 - Luís Serpa, Escritor e Marinheiro
22 - José Manuel da Silva Araújo, PhD, Professor e Investigador
23 - Fernando Costa, Funcionário Público Aposentado
24 - António Jorge Marques, Músico/Musicólogo
25 - Luís Cabral da Silva, Eng.º Electrotécnico, IST - Especialista em Transportes e Vias de Comunicação, O.E.
26 - Luís M. M. Campos e Cunha, Prof. Catedrático de Economia na Nova SBE
27 - Vanda Maria Calais Leitão, actualmente desempregada
28 - João Viana Antunes, Estudante
29 - José Manuel Campos d’Oliveira Lima, Reformado
30 - João José Baptista da Costa Ribeiro, Cirurgião Geral
31 - Maria Luísa Fêo e Torres, Aposentada
32 - Maria Elisabeth Matos Carreira da Costa - Professora Reformada
33 - Pedro Manuel Aires de Sousa, Terapeuta da Fala
34 - Francisco José Mendes Marques, Tradutor e Professor
35 - Diana Coelho - Professora de História
36 - José Manuel Moreira Tavares, Professor de Filosofia no Ensino Secundário
37 - Rui Veloso, Músico Compositor
38 - António José Serra do Amaral, Reformado da Função Pública Portuguesa
39 – Francisco Miguel Torres Vieira Nines Farinha, Comercial
40 - Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, Reformado
41 - Mário António Pires Correia, Musicólogo
42 - Pedro António Caetano Soares, Bancário Reformado
43 - Ana Maria Alves Pinto Neves, Professora de História
44 - Cláudia Ribeiro, Estagiária de Museu, PhD
45 - Maria José Melo de Sousa, Professora do Ensino Secundário de Inglês e Alemão, Aposentada
46 - Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, Programador e Produtor de Espectáculo
47 - Ana Luís de Avellar Henriques Sampaio Leite, Gestora de Empresas
48 - João Manuel Pais de Azevedo Andrade Correia, Engenheiro Civil, oficial
49 – António José Araújo da Cruz Mocho, Gestor e Empresário
50 - Manuel Gomes Vieira, Investigador Auxiliar em Engenharia Civil
51 - Celina Maria Monteiro Leitão de Aguiar, Assistente Social
52 - José Manuel Pereira Gonçalves, Empregado Bancário na Reforma
53 - João de Jesus Ferreira, Engenheiro (IST)
54 - Maria José Cunha Viana, Empregada de Escritório
55 - José Antunes, Jornalista e Fotógrafo
56 - Carlos Costa, Inspector Tributário Jurista
57 - Manuel Moreira Bateira, Professor Aposentado
58 - João Paulo de Miranda Plácido Santos, Pensionista/CGA
59 - Nuno de Saldanha e Daun, Gestor Financeiro, Reformado
60 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto
61 - Artur Manuel Duarte Ferreira, Reformado
62 - Alexandre Guilherme Pereira Leite Pita, Desempregado
63 - Manuel São Pedro Ramalhete, Economista e Professor Universitário Aposentado
64 - Maria José Abranches Gonçalves dos Santos, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, reformada
65 - Maria Filomena da Cunha Henriques de Lima, Reformada, mas continua no activo na área de Turismo
66 - Telmo Antunes dos Santos, Militar
67 - António José Monteiro Leitão de Aguiar - Corretor (Seguros)
68 - Ismael Teixeira, Operador de Produção
69 - Daniel da Silva Teodósio de Jesus, Intérprete de Conferências e Tradutor
70 - Eduardo Henrique Martins Loureiro, Consultor e Guardião Intransigente da Língua Portuguesa
71 - Armando dos Santos Marques Rito, Aposentado da Função Pública
72 - João Luís Fernandes da Silva Marcos, Reformado do Sector dos Transportes, como Gestor
73 - Bruno Miguel de Jesus Afonso, Tradutor Profissional
74 - Sérgio Amaro Antunes Teixeira, Biólogo
75 - Elisabete Maria Lourenço Henriques, Aposentada da CGD
76 - Edgar Serrano, Gestor de Negócio
77 - Manuel dos Santos da Cerveira Pinto Ferreira, Arquitecto e Professor Universitário
78 - Artur Jesus Teixeira Forte, Professor Aposentado
79 - Fernando Jorge Alves, Professor
80 - Carlos Manuel Mina Henriques, Contra-almirante Reformado
81 - Vítor Manuel Margarido Paixão Dias, Médico
82 - Fernando Coelho Kvistgaard (Dinamarca) Eng. Técnico Agrário, Reformado
83 - Jorge Joaquim Pacheco Coelho de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico (IST) Reformado
84 - António Miguel Pinto dos Santos (Londres), Gerente de Restaurante
85 - Fernando Alberto Rosa Serrão, Técnico afecto à Direcção-Geral da Administração da Justiça, Aposentado
86 - Paulo Teixeira, Gestor Comercial
87 - Ademar Margarido de Sampaio Rodrigues Leite, Economista
88 - Alexandre Júlio Vinagre Pirata, Eng.º Agrónomo
89 - Telmo Mateus Pinheiro Carraca, Oficial de Vias Férreas (Construção e Manutenção)
90 - Maria Manuela Gomes Rodrigues, Desempregada
91 - António José Ferreira Simões Vieira, Empresário e Professor do Ensino Secundário Aposentado
92 - Fernando Manuel Dias de Lemos Rodrigues, Bancário Aposentado
93 - Alexandre M. Pereira Figueiredo, Professor do Ensino Superior e Investigador
94 - Maria Elisabete Eusébio Ferreira, Professora Aposentada do Terceiro Ciclo, Educação Tecnológica
95 - Orlando Machado, Escultor FBAUP
96 – Manuel Matos Monteiro, Escritor e Revisor
97 - Fernando Maria Rodrigues Mesquita Guimarães, Reformado
98 - Octávio dos Santos, Jornalista
99 - Maria Fernanda Bacelar, Reformada
100 - José Martins Barata de Castilho, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa (Iseg, onde é conhecido como Martins Barata), Escritor de Romances, História e Genealogia, tendo vários livros publicados na área da Economia
101 - Cândido Morais Gonçalves, Professor Aposentado
102 - Ana Cláudia Alves Oliveira, Redactora e Gestora de Conteúdos
103 – Albino José da Silva Carneiro, Sacerdote
104 - João Daniel de Andrade Gomes Luís, Técnico Superior
105 - Idalete Garcia Giga, Professora Universitária (Aposentada)
106 - Amadeu Fontoura Mata, Aposentado do Ministério das Finanças
107 - Armando Jorge Soares, Funcionário Internacional (OTAN), Aposentado
108 - António da Silva Magalhães, Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, Aposentado
109 - Artur Soares, Chefe de finanças
110 - Manuel de Campos Dias Figueiredo, Capitão-de-Mar-e-Guerra, Aposentado
111 - José dos Santos Martins, Administrativo (Reformado)
112 - Carlos Alberto Coelho de Magalhães Coimbra (Toronto-Canadá), Cientista de Informática (Aposentado)
113 - Olímpio Manuel Carreira Rato - Eng.º Mecânico, Reformado
114 - Maria da Conceição da Cunha Henriques Torres Lima, Economista
115 - Jorge Garrido, Eng.º Agrónomo (reformado)
116 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto
117 - Pedro Miguel Pina Contente, Informático
118 - Carla de Oliveira, Compositora, Guitarrista, Cantora
119 - Maria de Lurdes Nobre, Produtora Cultural
120 - Paula Isabel Pereira Arém Pinto Serrenho, Gestora
121 - Pedro Inácio, Consultor Informático
122 - Laura da Silva Oliveira Santos Rocha, Professora de Educação Especial
123 - Maria José Teixeira de Vasconcelos Dias, Professora
124 - João Moreira, Professor
125 - Luís Bigotte de Almeida, Médico e Professor Universitário
126 - Jorge Manuel Neves Tavares, Reformado
127 - Júlio Pires Raposo, Bibliotecário
128 - Alfredo Medeiros Martins da Silva, Reformado, (Licenciado em EB)
129 - Maximina Maria Girão da Cunha Ribeiro, Professora Jubilada do Ensino Superior
130 - Manuel Maria Saraiva da Costa (Sydney, Austrália), Organeiro Restaurador Aposentado
131 - Miguel Costa Paixão Gomes, Fiscalista
132 - Irene de Pinho Noites, Professora de Língua Portuguesa
133 - João Esperança Barroca, Professor
134 - Carlos Fiolhais, Professor de Física da Universidade de Coimbra (aposentado)
135 - António Miguel Ribeiro Dinis da Fonseca, Reformado (ex-Analista de Sistemas)
136 – Bárbara Caracol, Estudante
137 - Miguel Viana Antunes, Programador Informático
138 - Mário Macedo, Escritor de Ficção, Drama e Terror usando o pseudónimo Mário Amazan
139 - Carlos Guedes, Electricista Industrial
140 - Nuno Messias, Economista Reformado
141 - António Manuel Rodrigues da Mota, Professor
142 - Susana Maria Veríssimo Leite, Fotógrafa
143 - Manuel Tomás, Ferroviário
144 - Maria Isabel Ferreira dos Santos Cabrera, Profissional de Seguros, Reformada
145 - Celestina Rebelo, Desempregada
146 - Soledade Martinho Costa, Escritora
147 - Ana Olga André Senra dos Santos Carvalho, Desempregada
148 - José Pinto da Silva Ribeiro, Mecânico Aposentado
149 - Luís Manuel Robert Lopes, Professor de Música - guitarra clássica, Reformado
150 - Miracel Vinagre de Lacerda, Sem profissão
151 - Ana Maria da Cunha Henriques Torres Lima, Professora
152 - Maria do Pilar da Cunha Henriques de Lima, Economista da AT
153 - Paulo Veríssimo, Desempregado
154 – André Gago, actor
155 - Luiz Manoel Morais Cunha, Engenheiro Mecânico
156 - Alexandra Pinho Noites Lopes, Acupunctora
157 - José Agostinho Fins, Engenheiro Mecânico (IST)
158 - Cláudia Maria Raposo Coiteiro (Luanda, Angola), Socióloga de formação, e exerce as profissões de Formadora, Consultora e Coach.
159 - Teresa Alves Matos, Promotora Comercial
160 - Paulo Costa Pinto, Realizador de audiovisuais
161 - Maria Adelaide Veríssimo Leite, Técnica Profissional de Pesca, Aposentada
162 - José Francisco Oliveira Carneiro, reformado
163 - João Miguel dos Santos Monte, Programador iOS, desempregado
164 - António Jacinto Rebelo Pascoal, Professor/Escritor
165 - Eduardo Rui Pereira Serafim, Professor de Português e Latim
166 - Aurelino Costa, Poeta e Declamador de Poesia
167 - João Pedro Arez Fernandez Cabrera, Licenciado em Gestão de Empresas
168 - Margarida Maria Lopes Machado, Jornalista
169 - M. Carmen de Frias e Gouveia, Docente (da secção de Português) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
***
Esta lista não se esgota nestes 169 subscritores. A subscrição continuará, e serão enviados, a Vossa Excelência, todos os nomes que vierem depois do envio deste APELO.
Entretanto, deixamos, para consulta de Vossa Excelência, duas publicações, onde constam os nomes dos Cidadãos Portugueses Pensantes, que rejeitam o acordo ortográfico de 1990, os quais, de um modo ou de outro, têm manifestado publicamente a recusa da grafia que nos foi imposta, e que não faz parte da Cultura Linguística Europeia.
Faltam aqui os inúmeros anónimos, instruídos e menos instruídos que, não tendo acesso aos média, murmuram, por aí, o seu imenso desgosto por ver a Língua Materna deles tão despedaçada.
Estas são as vozes contra a extinção da Língua Portuguesa
O que os portugueses cultos pensam sobre o Acordo Ortográfico de 1990
Isabel A. Ferreira
***
Neste mesmo dia, foi enviada uma segunda via do APELO com mais os seguintes nomes:
170 - Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar
171 - Maria de Fátima da Silva Roldão Cabral, Aposentada da Função pública
172 - Luís Pereira Alves da Silva, Engenheiro Electrotécnico e Mestre em Gestão.
173 - Helena Maria Afonso Antunes, Professora
174 - Rui Filipe Gomes da Fonseca, Analista de Sistemas (aposentado)
175 - Gastão Freire de Andrade de Brito e Silva, fotógrafo e “Ruinólogo”
176 - Carlos Laranjeira Craveiro, professor do ensino secundário
177 - Ana Isabel Buescu, Professora Universitária
178 - Manuel Neto dos Santos, Poeta, Tutor de Língua Portuguesa, Tradutor
179 - Fátima Teles Grilo, Professora de Português/Francês do Ensino Secundário, Aposentada
180 - Nuno Miguel da Conceição Custódio, Recepcionista de Hotel
181 - Pedro Jorge Mendonça de Carvalho, bate-chapas na situação de reformado
182 - Cátia Cassiano, Tradutora (Sydney, Austrália)
183 - Alfredo Gago da Câmara, Fadista e Letrista
184 - Acácio Bragança de Sousa Martins, Contabilista Certificado
185 - Maria de Jesus Henriques Sardinha Nogueira, Fisioterapeut
186 - Anabela de Fátima Cana-Verde das Dores, Técnica de Turismo,
187 - Maria de Fátima Carvalho da Silva Cardoso, Jurista e Escritora
188 - Manuela Sampaio, Doméstica
189 - Maria Júlia Martins de Almeida, Professora
190 - Teolinda Gersão, Escritora, Professora Catedrática aposentada da Universidade Nova de Lisboa
191 - Maria do Céu Bernardes de Castro e Melo Mendes, Médica
192 - Francisco Jorge Moreirinhas Monteiro Soeiro, Funcionário Bancário Reformado
193 - Natalina de Lourdes Pires Veleda Soeiro, Contabilista Reformada
194 - Manuel Jacinto, Reformado
***
Uma terceira via será enviada brevemente com mais 74 nomes.
***
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