«Assim vai escrevendo o primeiro-ministro que já nos disse que não toma a iniciativa de desfazer o Acordo Ortográfico http://bit.ly/2qGHSgD
Em nome de quê, então, se continua a descaracterizar desta forma um património de todos? Por teimosia? Estupidez? Insensibilidade?»
(Tradutores contra o Acordo Ortográfico)
Penso que por tudo isto. O senhor primeiro-ministro nem em Português, nem em acordês. Escreve no mixordês em que se transformou a nossa Língua. Nem os acordistas conseguem atinar com o “monstrengo” que pariram.
Daí que me proponha a lançar mais umas achas para esta fogueira, onde arde a Língua Portuguesa, e que tal como nas outras fogueiras, que fizeram arder Portugal, o senhor primeiro-ministro sacode a água do capote, como se nada tivesse a ver com isso…
Origem da imagem:
Sabe o Senhor primeiro-ministro de onde vem parte da ortografia brasileira que os senhores governantes estão a impingir a Portugal e às crianças portuguesas, como sendo ortografia portuguesa?
Vem do Italiano.
No Brasil existe uma vasta colónia italiana, que exerce grande influência na vida brasileira, incluindo nas novelas, e a qual faz questão de falar e escrever "à italiana". Sabemos que os Italianos também mutilaram a língua deles (derivada do Latim, tal como todas as outras línguas românicas), suprimindo consoantes que os outros países mantêm, mas eles não.
Veja-se estes exemplos:
PT - No Português culto, escreve-se: Neptuno, directo, aspecto, objecto, insecto, óptimo, factura, dialecto, arquitecto, activo, espectador, húmido, eléctrico, reflectir, espectacular, acto, contacto, facto, omnívoro, adopção, tractor … para referir apenas algumas das mais flagrantes…
IT- Que em Italiano dá: Nettuno, diretto, aspetto, oggetto, insetto, ottimale, fattura, dialetto, architetto, attivo, spettatore, umido, elettrico, riflettere, spettacolare, atto, contatto, fatto, onnivoro, adozione trattore…
BR – E no Brasil grafa-se assim: Netuno, direto, aspeto, objeto, inseto, ótimo, fatura, dialeto, arquiteto, ativo, espetador, úmido, elétrico, refletir, espetacular, ato, contato, fato, onívoro, adoção, trator – e qualquer semelhança com o italiano não é mera coincidência…
É que os Brasileiros, para se distanciarem do Português do ex-colonizador, optaram por italianizar estas (e muitas outras) palavras, como também afrancesaram e americanizaram e castelhanizaram tantas outras, que agora o governo português quer, porque quer, sem o mínimo fundamento científico-legal, nem qualquer sentido crítico que façam parte da nossa Língua Portuguesa.
Por estas e por outras, devemos exigir que devolvam a grafia portuguesa a Portugal.
Os que servilmente adoptaram a ortografia preconizada pelo AO90, mais não fazem do que italianizar o Português, imitando os Brasileiros que, por sua vez, imitaram os Italianos, mas também os Franceses e os Norte-americanos, descaracterizando a Língua Portuguesa que adoptaram aquando da Independência ocorrida em 7 de Setembro de 1822.
Eis, resumidamente, uma das fontes do mixordês utilizado pelo primeiro-ministro de Portugal. E quando um primeiro-ministro desconhece a Língua que, ditatorialmente, impôs ao País, o que fará o povo semianalfabeto que anda por aí a dar pontapés na gramática, a torto e a direito, sem a mínima noção do que está a fazer?
Francamente, isto não é ignorância e subserviência a mais?
Isabel A. Ferreira
A Língua Portuguesa deixa de ser língua de trabalho na Cúria Romana, talvez por ter perdido o seu cunho de língua culta e europeia...
A Santa Sé fartou-se do farrapo de língua em que se transformou a Língua Portuguesa, depois que o mal dito e escrito AO90 foi imposto à força (da ignorância), com a intenção de que o Português passasse a ser língua oficial/de trabalho de organismos internacionais, como, por exemplo, a ONU. Um verdadeiro fiasco.
A Santa Sé fartou-se, e fartou-se muito bem, tal como todos nós andamos fartos!
Foto LUSA: Imagem divulgada pelo Osservatore Romano Basílica de S. Pedro, Cidade do Vaticano, 22 de Fevereiro de 2016. EPA / OSSERVATORE ROMANO
D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa recorreu esta segunda-feira aos mais de 160 milhões de católicos no Mundo que falam Português para contestar a decisão da Cúria Romana de afastar a Língua Portuguesa, «por ser muito complicada e aconselha a que a redacção das sínteses dos processos de futuros santos sejam redigidas só em Italiano, Espanhol, Inglês, Francês e Latim», as línguas cultas europeias.
D. Manuel garantiu que irá defender a continuidade da Língua Portuguesa no Vaticano, dando conta de que a estratégia será definida pela Conferência Episcopal Portuguesa.
Esperamos apenas que o Cardeal-Patriarca de Lisboa defenda a Língua Portuguesa e não a língua acordizada que não passa de um dialecto.
Fonte:
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