Segunda-feira, 22 de Outubro de 2018

«Pela Língua Portuguesa contra o "acordo"!»

 

Andando eu a “limpar” o meu e-mail, deparei-me com um texto actualíssimo, arquivado como algo precioso, escrito em 2011, por Victor Santos Carvalho, e que aqui reproduzo, na esperança de que possa servir de orientação aos “distraídos” governantes portugueses que sujaram a escrita, estando a contribuir para o analfabetismo funcional em Portugal (como se já não bastasse o elevado índice do outro analfabetismo), e, pior, ainda não se deram conta disso.

 

BASTA! Portugal merece melhor sorte.

 

MILTON FERRETTI JUNG.png

 

No Brasil o AO90 resume-se apenas aos hífenes e acentuação, e causa esta reacção no Milton Ferretti Jung! Agora imagine-se em Portugal, que a somar aos mal engendrados hífenes e acentuação, temos de levar com a mutilação de centenas de palavras, que se afastaram da matriz da Língua, e pertencem apenas à Variante Brasileira do Português,  que nada tem a ver connosco.

 

***

(Nota: os excertos a negrito são da responsabilidade da autora do Blogue)

 

***

Pela Língua Portuguesa contra o "Acordo"!

Posted By: Victor Santos Carvalho

To: Members in Pela Língua Portuguesa contra o "Acordo"!

 

PELA SUSPENSÃO IMEDIATA DO ACORDO ORTOGRÁFICO! → LEIA, DIVULGUE E ESCREVA AOS SEUS GOVERNANTES E DEPUTADOS!

 

Em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico

in Público, 25 de Junho de 2011

 

Carta aberta ao Primeiro-Ministro, ao Ministro dos Negócios Estrangeiros e ao Ministro da Educação

 

PELA SUSPENSÃO IMEDIATA DO ACORDO ORTOGRÁFICO

 

Senhor Primeiro-Ministro

Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros

Senhor Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência

 

  1. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AO) foi aprovado em 1990 pelo Parlamento e ratificado pelo Presidente da República em 91, sendo mera adaptação do Acordo de 86, abandonado por força da reacção da opinião pública portuguesa. Ao contrário do AO de 86, que teve divulgação nos meios de comunicação portugueses, a redacção e tramitação do AO de 90 ocorreram discretamente, longe do olhar e escrutínio público dos portugueses.

 

  1. Enquanto reforma ortográfica, o AO é um desastre: não assenta em nenhum consenso alargado, não foi objecto de discussão pública, não resulta do trabalho de especialistas competentes (a julgar pelas imprecisões, erros e inconsistências que contém e pelos problemas que cria) e vem minar, pela introdução generalizada e irrestrita de facultatividades ortográficas, a própria noção de ortografia. Tudo isto foi devidamente apontado por intelectuais e linguistas portugueses ao longo dos últimos 20 anos em pareceres, artigos e livros ignorados pelas entidades responsáveis. O único parecer favorável (assinado em 2005 por um dos co-autores do AO!) é o da Academia das Ciências, instituição que patrocinou a criação do acordo.

 

  1. Os vícios do AO enquanto instrumento jurídico configuram mentiras gritantes vertidas em lei. No preâmbulo diz-se que «o texto do Acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos países signatários»; deste debate não há vestígio nem se conhece menção. A Nota Explicativa do AO refere estudos prévios dos quais não há registo, apresenta argumentos sem sustentação científica sobre o impacto do AO no vocabulário português (baseados numa lista desconhecida de 110 000 palavras e ignorando a importância de termos complexos, formas flexionadas de nomes e verbos e índice de frequência das palavras) e “explica” de forma confusa os aspectos mais controversos da reforma, p. ex. a consagração, como expediente de “unificação ortográfica”, de divergências luso-brasileiras inultrapassáveis com o estatuto de grafias facultativas. Algumas dessas divergências existiam antes do AO (‘fato’ ~ ‘facto’, ‘ação’ ~ ‘acção’, ‘cômodo’ ~ ‘cómodo’, ‘prêmio’ ~ ‘prémio’, ‘averígua’ ~ ‘averigua’, etc.); outras são criadas pelo próprio AO (‘decepção’ ~ ‘deceção’, ‘espectador’ ~ ‘espetador’, ‘falamos ~ ‘falámos’, ‘Filosofia’ ~ ‘filosofia’, ‘cor-de-rosa’ ~ ‘cor de laranja’, etc.). Pelo AO a palavra ‘decepcionámos’ (e outras similares) passaria a escrever-se correctamente em todos os países lusófonos de quatro maneiras diferentes (‘decepcionámos’, ‘dececionámos’, ‘decepcionamos’, ‘dececionamos’). O termo ‘Electrotecnia e Electrónica’ (designação de curso, disciplina e área do saber) poderia ser escrito de 32 maneiras diferentes, sem que o AO ofereça qualquer critério normativo. Sendo um tratado entre oito estados soberanos que reivindicam uma matriz cultural partilhada, o AO deveria ter concitado aceitação plena de (e em) todos os países signatários. Tal não aconteceu, o que, 21 anos após a sua assinatura, é prova dos problemas por ele criados.

 

  1. Da VI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP de 2010 resultou a Resolução sobre o Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa, com a seguinte recomendação (III.5): «Nos pontos em que o Acordo admite grafias facultativas, é recomendável que a opção por uma delas, a ser feita pelos órgãos nacionais competentes, siga a tradição ortográfica vigente em cada Estado Membro, a qual deve ser reconhecida e considerada válida em todos os sistemas educativos.» Esta recomendação destitui, por si só, o AO de qualquer fundamento: como se pode defender simultaneamente um acordo que pretende unificar as tradições ortográficas vigentes nos Estados signatários através de facultatividades gráficas, e, ao mesmo tempo, propor-se que o problema das grafias facultativas se resolva pelo reconhecimento oficial de tradições ortográficas divergentes, logo, não unificadas?

 

  1. Ninguém conhece as consequências reais do AO na sociedade portuguesa, pois nenhum estudo de avaliação de impacto foi feito e ninguém sabe estimar os custos da sua aplicação — que não serão só de ordem financeira — pois não há estudos de avaliação custo/benefício. Se os grandes projectos de Estado exigem a realização de estudos preparatórios — recorde-se que o aeroporto da Ota foi, após 30 anos de indecisão, abandonado por causa de um estudo técnico —, como se pode exigir menos relativamente à língua portuguesa escrita? A Lei de Bases de Protecção do Património Cultural inclui no conceito e âmbito do património cultural a língua portuguesa, nestes termos: «enquanto fundamento da soberania nacional, é um elemento essencial do património cultural português.» (art.º 2.º, n.º 2). É menos importante a estabilidade de um ‘fundamento da soberania nacional’ do que um aeroporto?

 

  1. Que o Estado português se proponha adoptar o AO sem um vocabulário normativo que não seja o vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa estipulado pelo art.º 2.º do AO (violando assim um tratado que assinou e ratificou) revela apenas a ligeireza com que esta matéria tem sido tratada e a incontrolada flexibilidade da aplicação prática do AO. Afinal, nenhum tratado internacional pode ficar sujeito a interpretações locais ou aplicações de carácter regional ou nacional.

 

  1. O domínio da ortografia, sabe-se hoje, faz parte intrínseca da competência linguística dos falantes; não é simples “roupagem gráfica” da língua. E, como é reconhecido não só por académicos, mas por instituições internacionais como, p. ex., a OCDE no relatório PISA 2003, a literacia — pedra angular da aquisição de todos os saberes formais e de todo e qualquer processo de aprendizagem escolar — pressupõe (em termos linguísticos estritos) o domínio de uma ortografia codificada estável, para além de um vasto conhecimento vocabular, gramatical e fonético.

 

  1. O AO não serve o fim a que se destina — a unificação ortográfica da língua portuguesa — e assenta no pressuposto falacioso de que a unificação ortográfica supriria as diferenças já antigas entre português europeu e português do Brasil, de ordem fonológica, lexical e sintáctica. Mesmo que a unificação a 100% fosse possível (e o AO reconhece que não é), escrever de igual forma dos dois lados do Atlântico não assegura a compreensão mútua daquilo que é (cada vez mais) diferente e divergente.

 

  1. Por atentar contra a estabilidade ortográfica em Portugal e integridade da língua portuguesa, o AO atenta contra o progresso e desenvolvimento do povo português em época particularmente difícil da sua História.

 

  1. O AO é um erro monstruoso que VV. EE. têm o poder de corrigir, suspendendo a sua aplicação.

 

João Roque Dias, Tradutor Certificado pela Associação Americana de Tradutores *

 

António Emiliano, Professor de Linguística da UNL, autor de Fonética do Português Europeu e de Apologia do Desacordo Ortográfico *

 

Francisco Miguel Valada, Intérprete de Conferência junto das Instituições da UE, autor de Demanda, Deriva, Desastre – Os Três Dês do Acordo Ortográfico *

 

Maria do Carmo Vieira, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, autora de Ensino do Português

 

* Administradores do grupo ACORDO ORTOGRÁFICO NÃO! no Facebook

 

***

Para além deste texto, encontrei um outro, também muito revelador: o e-mail do Dr. Pedro Passos Coelho acerca do Acordo Ortográfico, datado do mesmo ano:

 

Bulletin from the cause: Pela Língua Portuguesa contra o "Acordo"!

Posted By: Victor Santos Carvalho

To: Members in Pela Língua Portuguesa contra o "Acordo"!

E-mail de Pedro Passos Coelho acerca do Acordo Ortográfico

 

Acedi ontem ao site de campanha de Pedro Passos Coelho, e porque aprecio este candidato pela sua juventude e inteligência, enviei-lhe um mail para saber qual a sua opinião acerca da questão do acordo ortográfico. Mostrou a sua simpatia e atenção ao responder hoje mesmo. Fiquei contente por saber que ele partilha da visão de que o acordo é errado. Se eu fosse militante do PSD com certeza votaria nele. Um dia que se candidate a primeiro-ministro terá o meu voto. Fica a transcrição.

 

Caro Ruben Azevedo

 

Já tenho afirmado, em resposta a essa questão colocada por jornalistas, que o acordo que Portugal assinou há vários anos atrás (porque tal acordo já foi assinado) não representa nenhum benefício para a língua e cultura portuguesa, pelo que não traria qualquer prejuízo que não entrasse em vigor. De resto, não vejo qualquer problema em que o português escrito possa ter grafias um pouco diferentes conforme seja de origem portuguesa ou brasileira. Antes pelo contrário, ajuda a mostrar a diversidade das expressões e acentua os factores de diferenciação que nos distinguem realmente e que reforçam a nossa identidade. Aliás, considero míope a visão de que o mercado brasileiro de cultura passará a estar aberto aos autores portugueses em razão da homogeneidade da grafia, pois que o interesse desse mercado pela nossa produção só pode depender do real interesse pelas nossas especificidades e aí a suposta barreira do grafismo não chega a ser uma barreira, pode ser um factor de distinção que acentua o interesse pela diferença.

 

Com os melhores cumprimentos

 

Pedro Passos Coelho

Reprodução integral de “post” publicado no blog “Cenáculo de um (pseudo) filósofo”, em 20 de Maio de 2008, da autoria de Ruben D.

 

***

Bem, pelo que aqui vimos, dirigir cartas abertas aos governantes e presidente da República expondo o óbvio tem sido o mesmo que “falar para bonecos”.

 

A atitude do governo português e da presidência da República não é normal, não é democrática, não é racional.

 

Então o que será?

 

ERRAR.png

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:25

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Quarta-feira, 19 de Setembro de 2018

AO CUIDADO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DOS EDUCADORES

 

Esta publicação não tem nada a ver com o AO90, nem com a Língua Portuguesa.


Tem a ver com EDUCAÇÃO, ou seja, com o fabrico dos futuros analfabetos escolarizados. O que vai dar ao mesmo.

 

«A Educação actual produz zombies (…) Quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo (…) Investir numa didáctica afectiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos e formar seres autónomos e saudáveis» - quem o diz é o psiquiatra chileno Claudio Naranjo (***)

 

Claudio naranjo.jpgClaudio Naranjo

 

A DIDÁCTICA DO AFECTO

 

Este é o resumo de uma entrevista que Claudio Naranjo deu à Revista Época.

 

O psiquiatra Claudio Naranjo dedicou-se à Educação, porque sempre se interessou pelo estado do Mundo.

 

Diz ele: «Se queremos mudar o mundo, temos de investir na Educação. Não mudaremos a economia, porque ela representa o poder que quer manter tudo como está. Não mudaremos o mundo militar. Também não mudaremos o mundo por meio da diplomacia, como querem as Nações Unidas – sem êxito. Para ter um mundo melhor, temos de mudar a consciência humana. Por isso me interesso pela Educação. É mais fácil mudar a consciência dos mais jovens».

 

O Psiquiatra refere que «actualmente temos um sistema que ensina e usa de forma fraudulenta a palavra educação para designar o que é apenas a transmissão de informações. É um programa que rouba a infância e a juventude das pessoas, ocupando-as com um conteúdo pesado, transmitido de maneira catedrática e inadequada. O aluno passa horas a ouvir, inerte, como funciona o intestino de um animal, como é a flora num local distante e os nomes dos afluentes de um grande rio. É uma aberração ocupar todo o tempo da criança com informações tão distantes dela, enquanto há tanto conteúdo dentro dela que pode ser usado para que ela se desenvolva. Como é que essa quantidade de informações pode ser mais importante que o autoconhecimento de cada um? A palavra Educação é usada para designar algo que se aproxima de uma lavagem cerebral. É um sistema que quer um rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema alienante, e não para desenvolver as suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas».

 

Para mudar este sistema de ensino, diz Naranjo, «podemos conceber uma educação para a consciência, para o desenvolvimento da mente. Na Fundação Claudio Naranjo criou-se um método para a formação de educadores baseado em mais de 40 anos de pesquisas. O objectivo é preparar os professores para que eles se aproximem dos alunos de forma mais afectiva e amorosa, para que sejam capazes de conduzir as crianças ao desenvolvimento do autoconhecimento, respeitando as suas características pessoais. Comprovou-se por meio de pesquisas que esse é o caminho para formar pessoas mais benévolas, solidárias e compassivas.

 

Hoje, de acordo com Claudio Naranjo, «a educação é despótica e repressiva. É como se educar fosse dizer faça isso e faça aquilo. O treinamento que criámos está entre os programas reconhecidos pelo Fórum Mundial da Educação, do qual faço parte. Já estive com ministros da Educação de dezenas de países para divulgar a importância desta abordagem».

 

A reacção a esta proposta é interessante.

 

Salienta o Psiquiatra: «A palavra amor não tem muita aceitação no mundo da Educação. Na poesia, talvez. Na religião, talvez. Mas não na Educação. O tema inteligência emocional é um pouco mais disseminado. É usado para que os jovens tomem consciência das suas emoções. É bom que exista para começar, mas não tem um impacto transformador. A inteligência emocional é aceite porque tem o nome inteligência no meio. Tudo o que é intelectual interessa. Não se dá importância ao emocional. Esse aspecto é tratado com preconceito. É um absurdo, porque, quando implementamos uma didáctica afectuosa, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo. Os ministros da Educação recebem-me muito bem. Eles concordam com o meu ponto de vista, mas na prática não fazem nada. Pode ser que isso ocorra por causa da própria inércia do sistema. O ministro é como um visitante que passa pelos ministérios e consegue apenas resolver o que é urgente. Ele mesmo não estabelece prioridades

 

E Claudio Naranjo fala da sua experiência, como professor:

 

«Uma vez dei uma aula a um grupo de estudantes de Pedagogia na Universidade de Brasília. Fiquei muito decepcionado com a falta de interesse. Vendo a minha expressão, o coordenador disse-me: “Compreenda que eles não escolheram ser educadores. Alguns prefeririam ser motoristas de táxi, mas decidiram optar pela Educação porque ganham um pouco mais e têm um pouco mais de segurança. Estão aqui porque não tiveram condições de se preparar para serem advogados ou engenheiros ou outra profissão que almejassem”. Isso acontece muito em locais em que a Educação não é realmente valorizada. Quem chega à Escola de Educação são os que têm menos talento e menos competência. Não se pode esperar que tenham a vocação pedagógica, de transmitir valores, cuidar e acolher.»

 

Claudio Naranjo considera que o Sistema de Educação actual desperdiça os talentos dos alunos, e rotula-os com transtornos e distúrbios, e explica: «Humberto Maturana, cientista chileno, contou-me que a membrana celular não deixa entrar aquilo que ela não precisa. A célula tem um modelo nos seus genes e sabe do que necessita para se construir. Um electrólito que não lhe servirá não será absorvido. Podemos usar essa metáfora para a Educação. As perturbações da educação são uma resposta sã a uma educação insana. As crianças são tachadas como doentes com distúrbios de atenção e de aprendizado, mas em muitos casos trata-se de uma negação sã da mente da criança de não querer aprender o irrelevante. Os nossos estudantes não querem que lhe metam coisas na cabeça. O papel do educador é levá-lo a descobrir, reflectir, debater e comprovar. Para isso, é essencial estimular o autoconhecimento, respeitando as características de cada um. Tudo é mais efectivo quando a criança entende o que faz mais sentido para ela».

 

Este modelo de Educação, de acordo com Caludio Naranjo, «surgiu no começo da era industrial, como parte da necessidade de formar uma força de trabalho obediente. Foi uma traição ao ideal do pai do capitalismo, Adam Smith, que escreveu A riqueza das Nações. Ele era professor de filosofia moral e interessava-se muito pelo ser humano. Previu que o sistema criaria uma classe de pessoas dedicadas todos os dias a fazer só um movimento de trabalho, a classe de trabalhadores. Previu que essa repetição produziria a deterioração das suas mentes e advertiu que seria vital dar-lhes uma educação que lhes permitisse desenvolverem-se, como uma forma de evitar a mecanização completa dessas pessoas. A mensagem dele foi ignorada. Desde então, a Educação funciona como um grande sistema de selecção empresarial. É usada para que o estudante passe em exames, consiga boas notas, títulos e bons empregos. É uma distorção do papel essencial que a educação deveria ter.»

 

EDUCAÇÃO.jpg

 

E o que os pais poderiam fazer?

A isto, Claudio Naranjo responde deste modo:

 

«Muitos pais só querem que seus filhos se saiam bem na escola e ganhem dinheiro. Penso que os pais podem começar a reflectir sobre o facto de que a Educação não pode ocupar-se só do intelecto, mas deve formar pessoas mais solidárias, sensíveis ao outro, com o lado materno da natureza menos obscurecido pelo aspecto paterno violento e exigente. A UNESCO define educar como ensinar a criança a ser. As Constituições dos países, em geral, asseguram a liberdade de expressão aos adultos, mas não falam das crianças. São elas que mais necessitam dessa liberdade para se desenvolverem como pessoas sãs, capazes de saber o que sentem e de se expressarem. Se os pais se derem conta disso, teremos uma grande ajuda. Eles têm muito poder de mudança.»

Para terminar, duas reflexões inseridas no livro La revolución que esperábamos (2015), de Claudio Naranja:

 

«Esta crise que estamos a enfrentar não é apenas económica, mas multifacetada e universal, e pode ser um sinal da obsolescência do conjunto de valores, instituições e hábitos interpessoais que chamamos ‘civilização’. Precisamos de uma mudança da consciência e o melhor caminho é a transformação da Educação, por meio de uma nova formação de educadores – orientada não só para a transmissão de informações, mas para o desenvolvimento de competências existenciais».

 

«A verdadeira crise é uma crise de relações humanas, a crise de um mal antigo das relações humanas, uma incapacidade de afectos, de verdadeiras relações amorosas, um mal antigo que agora se tornou crise porque se tornou insustentável. É, pois uma crise de amor e o que fracassa é um modelo de sociedade, o modelo patriarcal.»

 

Fonte: *Revista Época

https://www.revistaprosaversoearte.com/a-educacao-e-a-unica-forma-de-mudar-o-mundo-diz-psiquiatra-chileno-claudio-naranjo/

 

(***) Claudio Naranjo nasceu a 24 de Novembro de 1932, em Valparaíso, Chile. Formou-se em Medicina na Universidade do Chile, tendo depois feito a especialização em Psiquiatria na Universidade de Harvard. Foi investigador e professor na Universidade de Berkeley, e desenvolveu teorias importantes sobre tipos de personalidade e comportamentos sociais. Trabalhou ao lado de conhecidos investigadores, como os americanos David McClelland e Frank Barron. Tem 19 obras publicadas.  

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:07

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Sábado, 5 de Maio de 2018

A Língua portuguesa está em "prigo"...

 

Ora se está!

Realmente, nunca como agora a Língua Portuguesa correu tanto perigo de se transformar num simples linguajar de analfabetos.

E quem se importa?

Importo-me eu – que a tenho como instrumento não só de trabalho, mas também de lazer, porque ler com prazer é o meu passatempo favorito – e muitos outros que, no entanto, não estão a ser suficientemente ruidosos, para serem ouvidos pelo governo português, perito em fazer ouvidos de mercador.

 

PRIGO.png

 

O que vemos na legenda desta imagem, que nos diz dos “migantes em prigo” não será culpa do AO90, mas é com toda a certeza consequência dele. Porque o AO90, além de assentar na ignorância da Língua, é também um veículo que conduz ao desleixo do Saber Escrever.

 

Para quem tem de escrever em acordês, cheio de palavras mutiladas, mal acentuadas e pessimamente hifenizadas, tanto faz, como tanto fez, escrever correctamente ou não. A ordem é para escrever como falam, seguir a oralidade, suprimir as consoantes que não se lêem, tirarem acentos e hífenes, e levam isto à letríssima.

 

Então cortam tudo, a torto e a direito. E os canais de televisão que, ao que parece, são órgãos estatais, pois alguém os obrigou a adoptar o AO90, embora não fossem a tal obrigados, não se limitaram a usar a grafia brasileira, foram ainda mais longe, uma vez que a grafia portuguesa, correcta, escorreita, baseada em regras, não é obrigatória, para quê estarem com preciosismos? Não é verdade? Em acordês não há necessidade de estilo. Qualquer palavreado serve.

 

Quando lemos “migantes em prigo” não sabemos logo o que isto é? Então, para quê estar a queimar neurónios?

 

Isto ultrapassa o razoável.

 

Perante isto, o governo português está mudo. O ministro da Educação está mudo. O presidente da República está mudo. Os tribunais, que ficaram de dar um parecer sobre o AO90, estão mudos. Aquela comissão da Assembleia da República, que ficou de “estudar o impacto do AO”, está muda.

 

A Academia das Ciências de Lisboa também está muda.

 

Os juristas, que alardeiam a ilegalidade e inconstitucionalidade do AO90, não usam os seus conhecimentos jurídicos para processar o Estado Português. Eu, se soubesse aquele fraseado jurídico, já o teria feito.

 

Nas escolas usa-se da chantagem para impor o AO90, a quem não o quer utilizar, porque a tal não é obrigado: ou escrevem em acordês ou chumbam. E o medo instalou-se, à boa maneira das ditaduras.

 

O AO90 está envolvido num mistério de tal modo obscuro e poderoso, que nenhum argumento racional, conseguiu ainda ter força suficiente para derrubá-lo. Por enquanto.

 

Mas que mistério é este? O que está por trás desta parva teimosia? O que propriamente foi cozinhado à porta fechada entre Evanildo Bechara (Brasil) e Malaca Casteleiro (Portugal), paus-mandados de políticos desonestos, ainda está no semi-segredo dos deuses, porque existe uma explicação para tal descalabro, só que essa explicação é tão, mas tão, mas tão macabra que nenhum mortal consegue aceitá-la a bem, levando-a para o domínio dos delírios, e automaticamente descarta-a, por lhe parecer inconcebível. Mas não é.

 

Este “negócio da língua” aglomera vários interesses, e nenhum deles serve Portugal, os Portugueses, e a Cultura Portuguesa, sendo que o principal interessado é o Brasil. Os Brasileiros já o admitiram.

 

Pediram-me uma opinião sobre isto. Fizeram-me algumas perguntas. Qual a minha opinião?

 

Pois é a seguinte:

 

A primeira questão foi: de 27 membros da Academia das Ciências de Lisboa, 25 manifestaram-se contra o AO90, e ainda assim isto foi para diante? Se isto é Democracia? Se em Democracia há espaços para secretismos?

 

Respondi que não, isto não é democracia. É uma ditadura disfarçada de democracia. E numa ditadura disfarçada de democracia haverá espaço para o secretismo? Sem dúvida alguma que há. Para o secretismo e um descomunal obscurantismo, uma oposição sistemática ao desenvolvimento da instrução e do progresso, um estado de completa ignorância.

 

O que está por detrás de toda esta maquinação?

 

Eu tenho uma opinião. Baseada em factos documentados e empíricos. Já os expus neste meu Blogue, sem papas na língua. Sem receio de ser politicamente incorrecta.

 

A maquinação é maquiavélica. Os interesses são, acima de tudo, políticos, mas também económicos, e um desejo secreto, há muito acalentado, de esmagar o Português. E os políticos portugueses, envolvidos nesta maquinação, não saem disto de mãos a abanar.

 

Por que é que ninguém diz abertamente o que se forjou secretamente com os representantes brasileiros? Porquê? E alguém diz abertamente as trafulhices em que está envolvido?

 

Porque é que o nosso presidente da República anda tão encolhidinho, e nada diz a este respeito, desrespeitando, como desrespeita, a Constituição da República Portuguesa, que jurou defender?

 

Sendo ele uma pessoa reconhecidamente influenciável, ora virado para o Norte, ora para o Sul, um narcisista ao mais alto grau, foi há tempos, a Moçambique e lá questionaram-no sobre esta matéria, e ele ponderou reabrir a discussão, mas quando cá chegou, alguém, que poderia ter sido o ministro dos negócios da língua, aconselhá-lo-ia a calar-se (estou a supor), porque ele nunca mais abriu a boca para falar no assunto. Nem de raspão. Um silêncio de defunto. Ora isto faz pensar…

 

Portugal está a ser vendido ao retalho, e os Portugueses estão a ser tomados por lorpas. Até os Brasileiros já o dizem.

 

Até agora, tudo o que os anti-acordistas têm falado e escrito sobre esta matéria tem entrado por um ouvido (se é que entra) dos políticos e saído pelo outro.

 

Até agora. Mas não há mal que sempre dure…

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:19

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Quarta-feira, 14 de Março de 2018

AO90 - PORTUGAL PRECISA DE MILHARES DE NÃO-MEMÉS

 

Aos encarregados de educação de Crianças que frequentam escolas para aprenderem a ler e a escrever

 

Eis um exemplo a seguir, por todos os Encarregados de Educação, para que os seus filhos não sejam os ignorantes do futuro

 

A Mãe lúcida de uma criança também lúcida, não se deixa intimidar por imposições descabidas, e orienta a filha no sentido de rejeitar o repugnante Acordo Ortográfico 90, que trucida a Língua Portuguesa.

 

Assim se educa uma criança a ter espírito crítico.

 

ESCOLA.jpg

 

Eis a experiência contada na primeira pessoa, por:

 

Madalena Homem Cardoso - Médica, escritora e activista cívica e autora da famosa Carta Aberta ao ministro da Educação Nuno Crato, um marco na luta contra esta aberração que nos querem impor, e que pode ler-se aqui:

http://static.publico.pt/docs/educacao/carta.pdf

 

«Eu continuo no papel de Encarregada de Educação, na plena acepção do termo... A criança escreve em Português-padrão consuetudinário. Se, por causa disso, sofrer algum tipo de penalização, cá estaremos para dirimir essa questão em tribunal...

 

Entretanto, faz o mais importante (do que os resultados, as notas, etc.): APRENDE a sua Língua Materna como deve ser, não delapidada / estropiada...

 

(A criança "faz gala", e ainda é mais "torta" que a própria mãe... Diz a quem lhe assinala «Já não se escreve assim...»: «Quando este disparate do "acordo" acabar, vocês não saberão escrever, terão sempre dúvidas, até porque não faz sentido e andam a escrever com erros por todo o lado, na televisão, nos livros escolares, etc., não é "acordês", é "mixordês" e já ninguém sabe escrever, excepto quem escreve como aprendeu BEM...»)

 

Sim, é tão simples como apoiar a rejeição da minha filha, no meu caso... No entanto, se tivesse dado com um(a) professor(a) "acordista" ferrenho(a), enquanto ela andou no 1º ciclo, apenas a poria perante um "bilinguismo ortográfico", para não entrar em rota de colisão com o(a) professor(a), o que é SEMPRE terrível para a criança e só levaria à rejeição da escola e da aprendizagem escolar... Dar-lhes muita coisa para ler, em BOM PORTUGUÊS, e eles saberão escrever...

 

Ela tem 10 anos, concluiu agora o 5º ano... Como frequentou, pela primeira vez, a EB2,3 do seu agrupamento escolar, os professores ficaram muito espantados com o caso dela...

 

Quando lhe apontavam erros no caderno, nos primeiros dias, limitava-se a informar: «Eu não escrevo em "acordês"». A Directora de Turma disse-lhe: «Mas agora é obrigatório...», e ela disse-lhe que achava que ela não tinha sido bem informada, mas que lhe levaria uma documentação (que levou) ...

 

Demonstrou-lhe que o Ministério da Educação exerce autoridade (patronal) sobre os professores [embora haja o dever de desobediência, para preservação do património cultural e a não instrumentalização do ensino-aprendizagem pelo poder político, mas isso ela não disse, estou eu a dizer...], mas não sobre os Encarregados de Educação... que são o que o nome permite inferir.

 

Caso curioso, a professora de Matemática passou a envergonhar-se com tantas "retas" e "semirretas" nos exercícios, e passou a apresentar TESTES SEM "ACORDÊS"... E outras coisas houve...

 

A Inês teve até um acto de coragem, este ano... Foi chamada ao quadro, escreveu a palavra "directa", no meio de outras (correcção de um trabalho para casa).

 

Os outros meninos começaram a rir-se. A professora murmurou «Tira o "c"...». E ela, em vez de tirar, lamentou-se à professora «Já sabia que eu não escrevo assim quando me chamou ao quadro...». «Deixa, podes sentar-te...», apaziguou-a a professora, e foi ELA retirar o "c"...

 

É de força, ela... Não sou eu quem lhe diz para "pôr os pés à parede", mas fico feliz por educar uma futura cidadã consciente, uma não-memé.»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:42

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Segunda-feira, 23 de Maio de 2016

AO90 - Excerto da carta da Professora Maria do Carmo Vieira ao Ministro da Educação

 

«Apenas os ditadores se fazem de surdos ao clamor do povo e estão indisponíveis para o entendimento» (Isabel A. Ferreira)

 

CARMO VIEIRA.jpeg

 

 Texto de Maria do Carmo Vieira (Professora)

(…)

«Inúmeras vezes, tem sido referido pelos professores o caos que a imposição do Acordo Ortográfico de 90 (AO) trouxe ao ensino da Língua Portuguesa, evidenciando também a violência que foi na prática lectiva o serem forçados a cumpri-lo, cremos que há toda a urgência, porque de um património se trata, em repensar este assunto, tanto mais que o próprio Presidente da República também nele parece estar interessado. Será certamente do conhecimento do Senhor Ministro o parecer veementemente desfavorável, apresentado pelo próprio ME (1991), mas lamentavelmente ignorado, num testemunho manifesto de falta de respeito e de grave falha democrática.

 

Invocando de novo, Senhor Ministro, a sua qualidade de investigador, exigente e rigoroso, porque assim se caracteriza toda a investigação, concordará decerto que a Nota Explicativa do AO de 90 carece precisamente de exigência e de rigor, havendo ainda a notar casos anedóticos na sua redacção. O caos na ortografia da Língua Portuguesa está patente em todo o lado, indo-se para além do que se quis impor, como poderá verificar na frase que transcrevo “[…]. A nossa Saudade é, de fato, única, […]” (in programa de “Música Sem Fronteiras”), um entre milhares de exemplos que diariamente encontramos.

 

Preocupados estão igualmente os professores, mormente os de Português, com as sugestões, no mínimo, ridículas, para favorecer a dita “linguagem inclusiva”, situação que parece não ocorrer só em Portugal, mas também em Espanha.

 

Servem-se da língua para inovações que os orgulham e que mais não significam do que algum tipo de frustração e muita arrogância, no prazer de impor estupidamente a sua vontade.

 

Primeiro tentou-se a “presidenta”, logo, também a “estudanta”, qualquer dia alterar-se-á “o povo” e agora propõe-se “cartão de cidadania” em substituição de “cartão de cidadão”, ignorando-se o significado de cada uma das palavras (basta consultar o dicionário) e o erro que será cometido, obedecendo-se a esta proposta.

 

E se o outro “género” não gostar que a palavra termine no feminino? Esquarteja-se a palavra até que fique com um aspecto andrógino?

 

Não pode a Língua Portuguesa estar submetida a estes desmandos e, nesse sentido, o Ministério da Educação deveria também intervir.»

 

in

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/cartaaberta-ao-ministro-da-educacao-1730967?page=-1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:31

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Segunda-feira, 29 de Fevereiro de 2016

Agora percebe-se por que a FENPROF anda tão caladinha a respeito do Acordo (leia-se "aborto") Ortográfico de 1990

 

Está tudo dito.

Aqui:

 

Federação nacional dos professores.jpeg

 

Texto de Henrique Raposo

 

«Quem é Mário Nogueira?»

 

«Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias? 

 

E esta comédia sindical não se fica por aqui. Por artes burocráticas impenetráveis, Mário Nogueira tem sido avaliado como professor: recebeu o "Bom" correspondente à classificação de 7,9 obtida no agrupamento de escolas da Pedrulha, Coimbra (Correio da Manhã, Dezembro 2011). Mais uma vez, um camião de perguntas bate à porta: se não dá aulas, como é que este indivíduo pode ser avaliado como professor? Como é que se opera este milagre da lógica? Entre outras coisas, parece que conferências e artigos de jornal contam para a avaliação de Mário Nogueira. Fazer propaganda da Fenprof, ora essa, é igual ao confronto diário com turmas de vinte e tal garotos. Justo, justíssimo, justérrimo. 

 

Se não é professor, quem é afinal Mário Nogueira? Na minha modesta opinião de contribuinte assaltado por horários zero e afins, Mário Nogueira é o verdadeiro ministro da educação. A cadeira do ministério vai mudando de dono, mas Mário Nogueira está lá sempre. Os governos sucedem-se, mas a Fenprof está lá sempre. E, com menor ou maior intensidade, as políticas educativas são determinadas pela Fenprof e não pelos governos democraticamente eleitos.

 

A força das eleições nunca chega à tal escola pública, que é auto-gerida há décadas pela Fenprof. Curiosamente, TVs e jornais nunca fazem fogo sobre este sindicato. O poder da educação está ali, mas as redacções só sabem queimar ministros atrás de ministros. Nunca ouvi ou li uma entrevista a Mário Nogueira. Só vi e ouvi tempos de antena. Quem é Mário Nogueira? Um dos inimputáveis do regime.»

 

Fonte: http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/quem-e-mario-nogueira=f814448

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:52

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