Não se deixem enganar.
Em Portugal, a grafia oficial e em vigor é a grafia portuguesa, a da Convenção Luso-Brasileira 1945, que não foi revogada.
Portanto, é ilegal adoptar a ortografia brasileira, que está vigente desde 1943, e é oficial apenas no Brasil.
Ver também:
Grafia portuguesa VS. Grafia brasileira
Na berlinda estará a Inteligência dos deputados da Nação...
Errar é humano, mas insistir no erro é insano.
Origem da imagem: Internet
Foi agendada, em recente cimeira de líderes dos grupos parlamentares, a discussão do AO90, bastante contestado praticamente em todos os países da CPLP.
Trata-se do debate, em plenário, de uma petição lançada em 2017, com difusão pública, que conta com 22.689 assinaturas e mais de 200 Subscritores, incluindo António Lobo Antunes, Eduardo Lourenço, Pacheco Pereira, Boaventura de Sousa Santos, entre tantos outros nomes sonantes, do mundo lusófono.
Ver petição aqui:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=acordoortografico90
A Petição «Cidadãos contra o "Acordo Ortográfico" de 1990» será discutida no dia 21 de Fevereiro, próxima quarta-feira, às 15 horas (2.º e último ponto da Ordem de Trabalhos).
Ao que sabemos, pelo menos um dos partidos (o PCP) prepara-se para apresentar nesse dia um projecto de resolução com vista a uma eventual desvinculação de Portugal do AO90.
Quem me conhece sabe que sou apartidária (mas não apolítica) e, como tal, estou totalmente à vontade para concordar ou discordar de qualquer iniciativa partidária, ou ser livre para votar em pessoas válidas, sejam de que partido for. Sempre o fiz, desde que me foi dado o direito de votar.
E, neste momento, muito sinceramente, lamento que o PCP não tenha a maioria absoluta no Parlamento, para que Portugal pudesse ver-se livre desta “coisa viscosa” que dá pelo nome de AO90, e que está a conspurcar a Cultura Linguística Portuguesa, e a afastar Portugal das suas raízes europeias.
O que se espera desta discussão?
Mediante tudo o que já foi dito e escrito sobre a inutilidade, a inviabilidade e a ilegalidade de um “acordo” praticamente bilateral, que impõe a Portugal a ortografia brasileira, espera-se que, na próxima quarta-feira, no Parlamento Português, haja Bom Senso e Senso Comum por parte de todos os partidos políticos que terão voto na matéria, e que vença a Inteligência, para que a ortografia portuguesa possa ser devolvida, na íntegra, a Portugal.
Para sustentar a inutilidade, inviabilidade e ilegalidade do AO90, sugiro a consulta deste link, que dá voz ao Bom Senso, ao Senso Comum e à Razão…
O QUE OS PORTUGUESES CULTOS PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-portugueses-cultos-pensam-33885
O QUE OS BRASILEIROS CULTOS PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-brasileiros-cultos-pensam-8246
O QUE OS AFRICANOS CULTOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-africanos-cultos-de-expressao-37150
Isabel A. Ferreira
A escritora argentina María Gainza escreveu, em Bom Castelhano, um livro que, no original, se intitula “El Niervo Óptico”. Um livro feito de olhares. Olhares sobre pinturas, sobre os artistas que os pintaram e sobre a intimidade da narradora e o mundo que a rodeia…
Então, a Publicações Dom Quixote, que se tinha em boa conta, decidiu traduzir o livro para Mau Português, seguindo cegamente a regra do «não se lê, não se escreve», que irracionalmente o AO90 preconiza, transformando o nervo óPtico (de olhar) em nervo auditivo – ótico (de ouvir), e a obra de María Gainza foi, deste modo, abusivamente adulterada.
Na tradução “portuguesa”, que utiliza a ortografia brasileira, «O Nervo Ótico” já não é um livro feito de olhares, mas de sons. Sons sobre pinturas, sons sobre os artistas que os pintaram, sons sobre a intimidade da narradora e do que ela ouve ao redor dela…
Porque, meus senhores, o termo ÓTICO (dom grego ótikós) é relativo ao OUVIDO. O termo ÓPTICO (óptikós) é relativo à VISÃO. E confundir anatomia com uma lei da Física é de IGNORANTES!
Isto é a maior demonstração da subserviência à estupidez. Aos acordistas não interessa raciocinar. Interessa abrasileirar. E que me desculpem os Brasileiros, mas quando decidiram mutilar as palavras, deviam ter PENSADO melhor. Não se suprime consoantes, apenas porque não se lêem. Tem de se ir à raiz das palavras. Tem de se saber Latim e Grego. E jamais no Brasil Brasileiro, se estudou essas duas línguas-esteios da Língua Portuguesa.
Seria, pois, da inteligência, retirar do mercado esta tradução que insulta María Gainza, que não escreveu sobre OUVIDOS, mas sobre OLHARES, e desonra a Língua Portuguesa.
Um motivo mais para se atirar ao lixo este miserando AO90, que só nos envergonha!
Isabel A. Ferreira
A ortografia que os governantes portugueses andam a impingir a Portugal, regra geral, é a ortografia brasileira. Mas toda a regra tem a sua excePção, não é verdade?
«O que antes se escrevia da mesma forma em Portugal, no Brasil e nos demais países lusófonos, escreve-se agora de forma diferente apenas em Portugal. À excepção de Cabo Verde, nenhum outro PALOP (nem Timor) aplica na prática o Acordo Ortográfico. Orgulhosamente sós?» (Tradutores Contra o AO90).
Não. Eu diria «orgulhosamente muito imbecis!»
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Para os que acham (se ao menos pensassem!) que suprimir consoantes é coisa portuguesa… aqui deixo uma amostra da verdadeira origem da supressão de consoantes mudas, com o único objeCtivo de facilitar a escrita aos mais duros de cabeça, porque os outros, os que sabem Línguas, como o Inglês ou o Alemão, as duas línguas europeias com mais consoantes mudas, não têm dificuldade nenhuma em escrever essas consoantes, porque o cérebro também serve para pensar a Língua.
E porque há-de uma criança portuguesa, que está a aprender Inglês, escrever director nessa língua, e na Língua Materna dela escrever diretor (lê-se dir'tor) à brasileira, quando em Português o correCto é esxcrever também direCtor, pois a nossa Língua é europeia como a Inglesa?
Os nossos governantes querem, porque querem, que nós, portugueses, escrevamos como os brasileiros. Exigimos saber porquê, pois se eles, são eles, e nós, somos nós?
A supressão da consoante muda, muda a sonoridade das palavras, em todas as línguas, à excePção da língua falada no Brasil, que abre todas as vogais, e as consoantes que eles não pronunciam, na Língua Brasileira não tem valor diacrítico, como tem na Língua Portuguesa.
Um exemplo:
SeleCção (s'léção) em Português;
SeleCtion (s'lékshân) em Inglês
Seleção (sêlêção) em brasileiro (haverá legitimidade para falar em “brasileiro” porque na Internet já se vê isto, numa busca por “tradução”: o “americano” por Inglês, e “brasileiro” por Português.
E o subserviente governo português verga-se a isto como um obnóxio…
Isabel A. Ferreira
«Sabem o que me disse uma funcionária do Ministério da Educação há alguns anos? Que se os professores se recusassem ORGANIZADAMENTE a não ensinar o AO ele não teria passado. Fica aqui o que muitos pensam sobre todas as formas de um abjecto conformismo. Não é só não votar - é não agir. Conheço professores do ensino básico e secundário que NÃO aplicam o AO e até hoje não tiveram qualquer processo disciplinar». (Teresa Cadete)
Conhecendo bem, como conhecem, o espírito acrítico e submisso do povo português, os governantes acenaram-lhes com uma resolução do conselho de ministros, e uns tantos caíram como patinhos… Acharam que aquilo era uma Lei.
É que PENSAR dá muito trabalho… OBEDECER é muito mais simples, até na supressão das consoantes mudas e acentos e hífenes, para facilitar a escrita… Então não é?
Origem da imagem:
http://libertariosufpel.blogspot.pt/2015/07/neste-segundo-semestre-de-2015-teremos.html
Não existe lei alguma que obrigue um professor a ensinar Português, segundo a cartilha brasileira, nas escolas portuguesas.
Então por que ensinam?
Três hipóteses:
- Monumental desinformação;
- Desmedida subserviência ao poder instalado;
- Gigantesca ignorância optativa…
***
Este é o relato de uma conversa que travei com um professor, numa publicação do Facebook, escrita à moda brasileira.
Eu disse:
Nenhum professor é obrigado a escrever segundo a cartilha brasileira.
O professor disse:
«Na escola somos obrigados a escrever segundo o acordo ortográfico. ´´E uma imposição a que nós, professores, temos de obedecer. Não gosto, é atentatório para a raiz da nossa língua, mas a culpa não é minha é de quem assinou esse acordo. É a esses que tem de pedir satisfações, não a mim. Nisso, os colegas do departamento de línguas deveriam ter uma palavra a dizer. Por isso, não sou eu que estou a pregar o último prego no caixão do Ensino em Portugal. a sua visão não está nada correta e está a misturar as coisas. A "obrigação" de obedecer com a "concordância" com o mesmo (que não tenho)».
Eu insisti:
Está muito enganado. Nenhum professor, nenhum aluno, nenhum cidadão português é obrigado a escrever segundo a cartilha brasileira, porque não existe LEI nenhuma que o obrigue. Já parou para pensar nisso? Já questionou alguma vez essa possibilidade? Já perguntou a quem de direito onde está a LEI que obriga um português, em Portugal, a escrever segundo a cartilha brasileira?
Não é a minha visão que não está correCta. É a sua visão que está incorreCta. Peça ao direCtor da sua escola que lhe mostre a LEI que o obriga a escrever incorreCtamente. E se lhe mostrarem um ofício com a Resolução do Conselho de Ministros, diga-lhe que isso não é LEI. Só uma LEI obriga. Os professores acomodaram-se, porque é mais fácil acomodarem-se do que questionar.
O professor continuou:
«Portanto, segundo a colega todos os colegas que tiveram de se adaptar ao novo acordo ortográfico são responsáveis pela destruição do Ensino em Portugal. Não vou sequer continuar esta conversa, porque não vejo qual o sentido da mesma».
Eu continuei a afirmar:
Ninguém é obrigado a OBEDECER a algo que é ILEGAL. O AO90 é ILEGAL. Logo, nenhum cidadão português é obrigado a obedecer a uma ILEGALIDADE. Não sabia disto?
Não tenha qualquer dúvida. Todos os professores que aceitaram ensinar algo que é ILEGAL são responsáveis pela destruição do ENSINO em Portugal, porque a Língua engloba todas as disciplinas, e ela, a Língua, anda por aí a ser esmagada, servilmente.
O professor disse:
«Eu e tantos outros sabemos bem o que passámos quando, no início, já com alguma idade que em nada facilitava esta obrigatória e selvagem mudança, as dificuldades que tivemos.
Lembro-me perfeitamente dos alunos a chamarem-me a atenção para fichas que dava ainda com o português pré-acordo, assim como encarregados de educação achavam incorreto. Todos nós fomos impelidos a ter de o aplicar. Se estamos a escrever em português do Brasil, a culpa é de quem nos obrigou a isso e nos pune se não cumprimos».
«Mais uma vez as ordens e diretivas para o ensino (e não só) vêm de cima e nós somos obrigados a executá-las. Mas não posso aceitar que a culpa seja do mensageiro. Que se insurjam contra os verdadeiros responsáveis que, certamente, não sou eu»
Eu disse:
Ninguém vos obrigou. Vocês é que se sentiram obrigados, o que é muito diferente. Sem questionar. Sem oferecer resistência.
Mas ainda vão muito a tempo de recuarem.
Agora sabem que estão a cometer uma ilegalidade. Qual a Lei que vos obriga a continuar a cometer uma ilegalidade?
***
E não obtive mais resposta.
O diálogo acabou aqui.
É triste quando vemos professores que obedecem cegamente, sem questionar, por isso, é importante uma Educação que ajude a Pensar e não que ensine a Obedecer. Porque neste caso do AO90, obedecer não pensando fez toda a diferença, e o caos ortográfico instalou-se e está a prejudicar radicalmente o Ensino nas escolas portuguesas.
E se não se travar isto, vem aí uma geração de semianalfabetos, que será a vergonha da Europa.
E a ESCOLA é a maior culpada.
Pensem nisto.
Isabel A. Ferreira
Excerto do precioso livro «A Historia da Lingua Galega» onde podemos comprovar a ligação do Português e do Galego, duas línguas irmãs, que nada têm a ver com o linguajar sul-americano de expressão portuguesa ou de expressão castelhana. Um livro que recomendo aos acordistas para que vejam e sintam o absurdo que é a imposição da ortografia brasileira na sua generalidade, a Portugal. Não faz o mínimo sentido. É algo que foge ao domínio da sensatez.
Há dois anos, numa daquelas tertúlias que costumo frequentar, quando vou à Galiza, conheci Juan Manuel Castro, um galego interessado pela Cultura Portuguesa.
Trocámos ideias e saberes, e dizendo-lhe da minha ascendência galega e do meu interesse pela Cultura, Língua e Literatura galegas, logo ali combinámos iniciar um intercâmbio cultural, que se tem mostrado bastante frutuoso, para os dois: eu envio-lhe livros que falam da Cultura Portuguesa, escritos em Boa Língua Portuguesa, e ele envia-me livros sobre Literatura e Cultura Galegas, escritos em Boa Língua Galega.
Os últimos que recebi foram “Historia da Lingua Galega», um precioso livro que conta as aventuras e desventuras desta Língua irmã do Português (e sobre o qual ainda hei-de falar) e, há uns poucos dias, “Literatura Galego-Portuguesa Medieval”, onde as duas línguas, cultas e belas, se fundem.
Na nossa troca de correspondência foi inevitável falar da imposição a Portugal da ortografia brasileira, que dá pelo nome de Acordo Ortográfico de 1990, apenas para disfarçar, porque na realidade não existe acordo algum, e à qual me oponho visceralmente, pelos motivos mais óbvios. Portugal é um país europeu, cuja língua deriva do ramo indo-europeu, que nada tem a ver com a América do Sul e com um povo mesclado de muitos outros povos, e muito menos tem a ver com o que o Povo brasileirofez com a língua que adoptou, depois de se tornar independente.
A este propósito, o meu amigo Juan Manuel Castro escreveu o que passo a citar, já traduzido:
«Por Deus, estou impressionado com a vontade de se mudar a ortografia portuguesa para a ortografia brasileira.
Isabel, isso não se pode permitir. Quem é o louco que pretende cometer semelhante barbaridade?»
(Pois… quem será o louco, neste caso, os loucos?).
E o Juan diz mais:
«No tempo dos Descobrimentos, os nossos antepassados levaram a meio mundo (América, África, Ásia, etc.), a nossa Cultura, a nossa Língua, e eles não o fizeram tão mal assim, porque essa Cultura e essa Língua sobrevivem até hoje. E agora o governo quer impor a norma brasileira a Portugal?
Consegues imaginar, em Espanha, a Real Academia da Língua, constituída pelos melhores linguistas espanhóis, dizer que se iria impor, por exemplo, a normativa argentina do Castelhano? Isso é impensável e impossível, isso não passa pela imaginação de ninguém.
O Português e o Castelhano são de origem Latina, sem dúvida, basta ver o mapa antes e depois da romanização e estudar a raiz das palavras, e a origem comum é claríssima. De resto, isso é de gente inculta. Perdoa-me falar assim, mas há coisas que são inalienáveis, e esta, Isabel, é uma delas. A nossa Língua e a nossa Cultura são a nossa essência. Seria uma falta de respeito pelos nossos antepassados e por nós próprios, não as respeitar e honrar. Espero que a sanidade mental ponha as coisas no seu lugar e se respeite a História».
Trouxe à baila este episódio, apenas para partilhar o pensamento de um Galego (que é o pensamento de milhares de pessoas) com todos os que combatem a imposição a Portugal da ortografia que o Brasil utiliza desde 1943, e que, entretanto, para não dizerem que não se mexeu nesse modo de escrever, já com barbas brancas, de tão velho (não “nasceu” em 1990) disfarçou-se com a supressão de alguns acentos gráficos e hífens, que é apenas o que os Brasileiros têm de mudar, SE utilizarem este pseudo-acordo ortográfico de 1990.
Penso que qualquer pessoa lúcida dirá o que o Juan disse. E claro, só posso concordar com ele, e fazer minhas todas as palavras dele.
Ainda se nos impusessem a normativa angolana ou moçambicana, países que não mutilaram a Língua Portuguesa, outro galo cantaria…
Estes argumentos são mais do que válidos e óbvios para que continuemos a exigir, junto do governo português e do presidente da República, que devolvam a Portugal, a Ortografia Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
O Ensino em Portugal ainda não morreu, mas já fazem fila todos aqueles que querem martelar o último prego do seu caixão.
E o fim fica mais próximo…
- Sempre que os professores gastam mais tempo com burocracia do que a preparar as aulas e a leccionar;
- Sempre que um professor é vítima de violência e bullying nas escolas;
- Sempre que há professor contra professor, seja por que motivo for;
- Sempre que um professor, que dedicou uma vida a educar um povo, esgotado se arrasta em serviço por não ver chegar a reforma que lhe vai sendo adiada;
- Sempre que os directores se esquecem que também são professores;
- Sempre que os sindicatos não se unem em redor do interesse maior de todos os professores e do próprio Ensino;
- Sempre que os políticos, que foram formados pela Escola, agradecem-lhe tentando destruí-la, cortando-lhes fundos;
- Sempre que os políticos agradecem aos professores, que os ensinaram a ler e a pensar, com a ingratidão de os perseguir e humilhar;
- Sempre que os jornalistas e comentadores difamam quem os formou e os ensinou a escrever e a raciocinar;
- Sempre que os alunos vão à escola apenas para passar o ano e serem recompensados;
- Sempre que os alunos não têm disciplina nem são responsabilizados;
- Sempre que os pais vêem a escola apenas como um depósito de alunos;
- Sempre que os pais empurram para os professores a responsabilidade de educar os seus filhos;
- Sempre que todos perdem o respeito e tiram dignidade às escolas.
- Sempre que um professor obriga os alunos a aplicarem a ortografia brasileira, impingida nas escolas portuguesas como um “acordo ortográfico” que nem sequer existe, trocando-a pela ortografia original portuguesa. A NOSSA.
E assim se mata um Povo, destruindo o seu maior legado, que é a Cultura e a Língua Portuguesas, transmitidas através da Educação.
O Ensino está a morrer, sim, e ainda ninguém se deu conta disso. Ninguém se deu conta da mágoa de quem se sente magoado, injustiçado, ludibriado, aldrabado… por uns e por outros.
O povo que foi instruído, formado, ajudado a sair da miséria, é o mesmo que depressa se esqueceu da importância que as Escolas tiveram nas suas vidas e, sem consciência, talha agora as tábuas do Caixão do Ensino, pela inércia que votam ao que está a passar-se nas Escolas.
Texto transcrito para Língua Portuguesa e adaptado daqui:
https://www.facebook.com/groups/se.o.ensino.portugal.falasse/permalink/1560609373986600/
Para aqueles que têm dúvidas se são obrigados a aplicar o AO90, nas repartições públicas, autarquias, escolas, universidades, mestrados, teses, comunicação social, anúncios, legendas, etc., aqui fica o esclarecimento de um jurista.
Esclarecimento de Ivo Miguel Barroso (jurista)
A pergunta foi:
«Como membro de um executivo autárquico aparentemente vou ter que redigir as minhas propostas em acordês...?»
«O AO90 não está em vigor "de jure", (de direito) devido ao 2.º Protocolo Modificativo ter alterado limites materiais do Tratado originário: inicialmente, prevalecia a regra da unanimidade; depois, apenas 3 em 7-8 Estados seriam suficientes.
Ora, não estando em vigor, não deverá ser aplicado.
Por outro lado, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 contém várias inconstitucionalidades e ilegalidades totais que a viciam - v. FRANCISCO RODRIGUES ROCHA / IVO MIGUEL BARROSO, in "Público" de 2016.
Designadamente, o n.º 1 desta Resolução viola o artigo 199.º, al. d), da Constituição: o Governo-administrador não pode dar ordens ou instruções aos municípios, pois não tem sobre eles poderes de direcção. Apenas tem, como se sabe, nos termos do artigo 242.º, poderes de tutela meramente inspectiva (de inspeccionar).
Em segundo lugar, o n.º 1 da RCM, mandando "aplicar" o AO90 a toda a Administração Pública, é materialmente inconstitucional, por violação do princípio da autonomia local, que, de resto, é um limite material de revisão constitucional.»
Ivo Miguel Barroso
***
Um outro parecer.
O de Alberto Pontevedra:
«Não obstante os doutos pareceres do Sr. Professor Ivo Miguel Barroso, acrescento que o Governo, enquanto órgão superior da Administração pública, não tem poder legal nos termos da Constituição, para alterar, nem para mandar alterar a Ortografia portuguesa através de Resoluções do Conselho de Ministros.
Mais: não deve ser permitido, ainda que existisse poder constitucional para tal, e não é o caso, alterar através de acordos políticos a ortografia de uma nação, a portuguesa, sem pedir pareceres a quem de direito: aos linguistas e pedindo-os, não os respeitar, impondo-nos à maneira da Ditadura uma escrita que não só viola a Cultura portuguesa, como destrói a verdadeira Ortografia Portuguesa, que nunca foi aquela que é escrita e ensinada no Brasil».
***
Pois é. Não. Ninguém é obrigado a aplicar o AO90.
Recusem-se, pura e simplesmente, a aplicar o AO90.
Além de estarem a cometer uma ilegalidade, não cumprem o vosso dever cívico de respeitar a Constituição da República Portuguesa. E para desrespeitar a CRP já basta o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e os muito servis deputados da Nação.
Se alguém vos disser que sois “obrigados” a aplicar o AO90, apresentem os argumentos legais do Dr. Ivo Miguel Barroso, ou assim, mais terra-a-terra, peçam para vos mostrarem a LEI que obriga a adoptar a ortografia brasileira, disfarçada no AO90.
Não existe LEI alguma, em Portugal, que obrigue a escrever segundo a “cartilha brasileira”. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 não é LEI, nem tem força jurídica para revogar o D. L. n 35228 de 8 de Dezembro de 1945 (ainda em vigor) saído da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira 1945, assinada por Portugal e Brasil, e que o Brasil não cumpriu, ficando-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943, aprovado em 12 de Agosto de 1943, estabelecido pela Academia Brasileira de Letras. E é este documento, com as alterações introduzidas pela Lei 5.765 de, 18 de Dezembro de 1971, que regula a grafia brasileira, que agora querem impingir a Portugal, disfarçada no AO90, que eu aprendi na escola primária, no Brasil, ao qual, para não parecer mal e para disfarçar, Evanildo Bechara e Malaca Casteleiro mandaram retirar uns acentinhos e uns hífenezinhos. E é apenas acentos e hífens, que os Brasileiros têm de mudar com este falso acordo.
Recusem-se a ser subservientes. Sejam livres! E cumpram a Constituição da República Portuguesa: escrevam conforme a ortografia portuguesa.
Sejam Portugueses!
Isabel A. Ferreira
Está grafada, no Diário da República, para memória futura, porque isto contado, ninguém acredita.
Perante esta inacreditável nota explicativa, não me peçam para ser politicamente correcta, porque é impossível!
Veja-se como as inteligências acordistas justificaram a supressão dos cês e do pês, nos nossos vocábulos (nos quais essas consoantes não se lêem) como se fôssemos todos muito parvos.
A isto chama-se inferioridade mental.
Que é indiscutível que a supressão deste tipo de consoantes vem facilitar a aprendizagem da grafia das palavras em que elas ocorrem (presente do indicativo, não ocorriam, passado), na verdade, não é indiscutível, porque o facilitismo, neste caso, é amigo íntimo da ignorância.
E foi esse facilitismo, e apenas esse facilitismo, que moveu os engendradores do AO90 a suprimirem as consoantes mudas? Não teve nada a ver com as Ciências da Linguagem?
Saberão essas inteligências o que é facilitismo?
Facilitismo é a atitude ou prática que consiste em facilitar a execução de algo que habitualmente exige esforço, empenho ou disciplina, ou seja, o facilitismo é contrário à exigência que a aprendizagem de uma Língua (ou de qualquer outra matértia do Saber) requer.
E sem esforço, empenho, disciplina e exigência haverá competência e excelência?
Bem, o facilitismo no Ensino, facilita a proliferação de semianalfabetos, de ignorantes e de desqualificados. Isto é um facto indesmentível.
E que as inteligências acordistas e os seus (poucos) seguidores, sejam tudo isso, não temos nada contra, a opção é deles. Mas não venham impor esse analfabetismo, essa ignorância, essa desqualificação às crianças portuguesas. Elas não merecem, nem são parvas.
Isso é inadmissível. Isto é um insulto à aprimorada inteligência das crianças.
Como é que uma criança de 6-7 anos pode compreender que em palavras como concePção, excePção, recePção a consoante não articulada é um pê, ao passo que em palavras como correCção, direCção, objeCção tal consoante é um cê? (reparem na construção da frase, cujo autor merecia o Prémio Nobel da Taramela)
Mas como é que uma criança poderá compreender tal coisa? Não é verdade? Como????
Bem, eu não vou falar dos milhares de milhões de crianças que antes e depois de mim, estudaram Língua Portuguesa e compreenderam que na palavra excePção, a consoante que não se lê é um pê, ou que em Homem, a consoante que não se lê é um agá, ou que em direCção, a consoante que não se lê é um cê.
Como foi possível compreenderem isto, não é? Seriam todas muito mais dotadas intelectualmente do que as crianças actuais? As crianças de hoje, são umas idiotazinhas, no parecer das inteligências acordistas.
Não vou falar dos milhares de milhões de crianças que antes e depois de mim compreenderam e pensaram a Língua Portuguesa. Vou falar de mim, que aos seis anos, no Brasil, aprendi a grafia brasileira, onde se escrevia direção (dir’ção), correção (corr’ção), objeção (obj’ção), direto (dirêto), teto (têto), e excePção e recePção; e aos oito anos, em Portugal, aprendi e pensei a grafia portuguesa, onde se escreve, até hoje (porque é esta grafia que está em vigor), direCção, correCção, objeCção, direCto, teCto, e (h)omem, (h)umidade, (h)aver, etc., tal como aprendi a Tabuada e a resolver problemas, tipo: a camponesa levou dez ovos para vender no mercado. Vendeu dois. Depois mais três. Com quantos ficou?
E como é que eu consegui? Eu, e milhares de milhões de crianças conseguiram, antes e depois de mim? Muito simples: a estudar aplicadamente, sem facilitismos, com esforço, empenho, disciplina e exigência, uma coisa chamada GRAMÁTICA (e mais tarde, o Latim e o Grego); e Matemática, e também História e Geografia e Ciências, desenvolvendo raciocínios, até porque nunca tive boa memória, (tinha de compreender, para aprender) e aperfeiçoando o sentido crítico, questionando tudo o que me ensinavam. Queria saber todos os porquês e os comos, para não levar gato por lebre, o que nem sempre consegui que me fosse explicado.
As crianças de todas as gerações anteriores e posteriores à minha seriam muito, mas muito mais inteligentes, do que as actuais, porque compreendiam e escreviam correCtamente tudo o que havia para compreender e escrever?
Quanta falácia! Quanta desonestidade! Quanta ignorância!
Esta nota explicativa é a coisa mais idiota jamais vista.
As inteligências acordistas poderiam ter sido honestas e explicar que as consoantes mudas que pretendem suprimir, nos vocábulos portugueses, são suprimidas porque no BRASIL elas foram eliminadas em 1943, para facilitar a aprendizagem dos milhares de analfabetos que então existiam, e este falso AO90, não sendo mais do que a imitação da ortografia brasileira, suprime as consoantes mudas, para facilitar a aprendizagem… dos menos dotados.
E assim se destrói uma Língua Culta: para facilitar.
Bem, e se uma criança não consegue escrever direCção, aos 6/7 anos, não conseguirá, aos 15/16 anos, resolver esta simples equação de 1º grau: x+8 = 15. Não conseguirá.
Portugal anda na boca do mundo como um país onde o Ensino está bitolado por baixo. Claro que há excePções, mentes brilhantes que estão quase todas no estrangeiro. Vão doutorar-se ao estrangeiro. Brilham no estrangeiro. Por que será, não é?
Uma avaliação internacional apurou recentemente que os alunos portugueses do 4.º ano, correspondente à antiga 4ª classe, pioraram na leitura. Em cinco anos a média desceu onze pontos, colocando Portugal em 30° lugar entre 50 países. O problema está nos resultados aos testes sobre literacia e a leitura. E aqui as crianças portuguesas entre os 9 e 10 anos descem 11 pontos em relação ao estudo anterior realizado em 2011.
Em 2011 as crianças portuguesas foram obrigadas, ilegal e criminosamente, a adoptar a ortografia brasileira, para que a aprendizagem da Língua fosse mais facilitada. E foi tão facilitada, mas tão facilitada que são agora as ignorantezinhas da Europa.
Imagine-se as crianças inglesas. Vamos seguir o raciocínio das inteligências acordistas: como é que uma criança inglesa, de 6/7 anos, pode compreender que em palavras como exaggerate, se escreve dois gg, em floor, dois oo, em knack, um k e um c, em lock, um c, em thought, um h, um u, um g e um h, e em truck, um c?
Senhores acordistas, além de idiotas, vossas excelências são desonestas! E isso é uma coisa muito feia.
E se alguns podem ser parvos, e até são, a esmagadora maioria dos Portugueses, não é.
Isabel A. Ferreira
. AO90 (e não só): «Existe ...
. Vasco Pulido Valente: «O ...
. «Em 2020, Ricardo Araújo ...
. O AO90 é um sarilho que e...
. «Apelo a um amigo defenso...
. Sugestão politicamente co...
. Um livro cuja leitura rec...
. A grafia portuguesa que v...
. A Grafia Portuguesa que v...