Lamento muito que alguns desacordistas vejam ferocidade ou agressividade nos meus textos, onde apenas existe INDIGNAÇÃO, um direito que me assiste.
E se eu não demonstrar a minha indignação aos governantes, aos ministros, ao PR, aos deputados da Nação, aos políticos que querem, podem e mandam e que nos desgovernam, como é que eles vão saber que estou indignada, com a atitude INDIGNA deles perante a mixórdia ortotrágica, no dizer de Clara Ferreira Alves, em que transformaram a nossa bela e escorreita Língua Portuguesa?
Pensem nisto.
Usar de paninhos quentes NÃO resolve o grave problema em que se encontra a Língua Portuguesa, que já está com os pés na cova. Só falta um empurrãozinho, para que caia na cova e seja enterrada viva.
E eu, na qualidade de cidadã portuguesa, que paga impostos, é dotada de massa crítica e sabe fazer uso dos seus direitos cívicos, RECUSO-ME a dar esse empurrãozinho, a ser cúmplice desse crime de lesa-pátria, dessa traição. Muito pelo contrário, estou disposta a empurrar para a cova outras coisas que NÃO a Língua, que me identifica, que identifica a Cultura e a História do MEU País.
Eu NÃO sou apátrida. Eu defendo o MEU País, mostrando a minha indignação, pela indignidade da política adoptada para com a minha Língua Materna, aquela que identifica o MEU País.
Andam por aí a querer criar um exército para defender o quê, se nem conseguem defender o património maior que identifica a Nação: a Língua Portuguesa? E para isto NÃO é preciso exército algum. É apenas preciso que quem quer, pode e manda seja dotado de racionalidade, lucidez, dignidade, ter vergonha na cara, nobreza de espírito e não andar por aí a rastejar como se fosse um réptil, para receber somente o desprezo dos que nos querem espezinhar. Ninguém respeita os que rastejam, mas sim os que se elevam sobre a iniquidade.
Atentem na imagem que ilustra esta publicação. E digam de vossa justiça.
Quanto ao que me diz respeito, eu indignei-me ao ler esta pobreza ortográfica, na bula de um medicamento, fabricado em Portugal.
E não me venham dizer que isto é o tal Português que evoluiu, porque as palavras a vermelho NÃO pertencem ao léxico português, nem pertencem ao foro da evolução. Isto é fruto do maior retrocesso linguístico, desde que os Fenícios, no século XV a.C., desenvolveram, com base na escrita semita, as anotações fonéticas que passaram a ser alfabéticas, e deram origem ao primeiro alfabeto, composto por 22 símbolos, que permitiram a elaboração da representação fonética das palavras.
Afastar as palavras das suas raízes NÃO é evoluir, é sim retroceder à forma mais básica da sua estrutura. E uma Língua desestruturada NÃO é uma Língua, é um linguajar derivado da Língua.
E não podemos aceitar que a Língua Portuguesa, uma das mais belas e bem estruturadas Línguas europeias, seja reduzida a um dialecto, apenas porque alguém decidiu, não porque sim, mas de má-fé, deslusitanizar o Português.
Daí que seja urgente insistir na abolição do mostrengo chamado AO90, que só favorece os que não têm capacidade intelectual para pensar a Língua.
Isabel A. Ferreira
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