Um texto que descobri no Blogue DEPROFUNDIS, da autoria de Fernando Vouga, o qual vem ao encontro do que, no meu Blogue, tenho andado a escrever e a publicar.
É que eu não invento nada. E a minha opinião até pode valer zero, mas o que escrevo é o eco dos amantes da Língua Portuguesa.
E não me venham dizer que sou a “chata de serviço", porque chatos são os que insistem em impingir-nos uma ortografia que não nos pertence. Esses é que são chatos, além de muuuuito ignorantes.
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem:
https://amar-abrantes.blogs.sapo.pt/a-importancia-da-lingua-portuguesa-1381869
Por Fernando Vouga
«Aborto Ortográfico
Adaptado de um texto de autor desconhecido
Nossa Língua “perdeu” as suas origens (o Latim), não havendo justificação para a forma como agora querem escrever o “NOSSO” PORTUGUÊS.
EXPLIQUEM AGORA AOS ALUNOS COMO SE FORMARAM ESTAS NOVAS PALAVRAS!!!!!
A MAIS VÁLIDA QUEIXA, SOBRE O "DESACORDO" ORTOGRÁFICO...
"DESAcordo" Ortográfico (*)
O novo "Desacordo" ortográfico é mais uma prova da imbecilidade desta gente que governa Portugal nos últimos 3 decénios!
Nos nossos sete, oito e nove anos tínhamos que fazer aqueles malditos ditados que as professoras se orgulhavam de leccionar. A partir do terceiro erro de cada texto, tínhamos que aquecer as mãos para as dar à palmatória. E levávamos reguadas com erros destes: "ação", "ator", "fato", "tato", "fatura", "reação", etc., etc...
Com o novo acordo ortográfico, voltam a vencer-nos, pois nós é que temos que nos adaptar a eles e não ao contrário. Ridículo...
Mas, afinal de onde vem a origem das palavras da nossa Língua? Do Latim!!! E desta, derivam muitas outras línguas da Europa. Até no Inglês, a maior parte das palavras derivam do latim.
Então, vejam alguns exemplos:
Em Latim
Actor, factor, tacto, reactor, sector, protector, selectio, exacto, excepto, baptismus, excepcio, optimus,
Em Francês
Acteur, facteur, tact, réacteur, secteur, protecteur, sélection, exacte, excepté, baptême, exception, optimum,
Em Espanhol
Actor, factor, tacto, reactor, sector, protector, selección, exacto, excepto, (-), excepción, (-),
Em Inglês
Actor, factor, tact, reactor, sector, protector, selection, exact, except, baptism, exception, optimum,
Até em Alemão, reparem:
Akteur, faktor, takt, reaktor, sektor, protektor, (-)(-)(-)(-)(-)(-)
Velho Português (o que desleixámos)
Actor, factor, tacto, reactor, sector, protector, selecção, exacto, excepto, baptismo, excepção, óptimo,
Novo Português (importado do Brasil)
Ator, fator, tato, reator, setor, protetor, seleção, exato, exceto, batismo, exceção (sendo que no Brasil se escreve excePção), ótimo...
Conclusão: na maior parte dos casos, as consoantes mudas das palavras destas línguas europeias mantiveram-se tal como se escrevia originalmente.
Se a origem está na Velha Europa, porque é temos que imitar os do outro lado do Atlântico?
Mais um crime na Cultura Portuguesa e, desta vez, provocada pelos nossos intelectuais da Língua de Camões.
Ex.: Será que fui de fato à praia?
... Na tourada, estavam 2000 espetadores!
...etc., etc.
Porque se escreve Egito se os naturais desse país são Egípcios?
Ainda não percebi se com o novo Desacordo ortográfico os Polacos também passaram a ser Poloneses e os Canadianos agora são Canadenses, como se diz nas Terras de Vera Cruz …
Inovações sim, mas sem exageros e com coerência !!!
(*) Não existe qualquer acordo, mas sim a "Resolução do Conselho de Ministros" n.º8/2011.
Nenhum dos Países da CPLP subscreveu esta "Resolução" (nem a Guiné Equatorial...)
NOTA: quem "faz" a língua são os falantes e não os académicos ou os políticos. Por outro lado, a língua escrita está subordinada à falada e não o contrário.
De qualquer forma, à medida que a língua falada evolui, torna-se necessário, de vez em quando, fazer alterações à forma de a escrever. O que é muito diferente de aproximar a escrita do registo brasileiro (algo que ninguém sabe ao certo o que é).
Neste "desacordo" o que me parece mal é o exagero insensato e imprudente das alterações impostas (pela via administrativa).
Acabe-se com ele o mais depressa possível, para nosso bem e, sobretudo das nossas crianças.»
Fernando Vouga
Fonte:
https://deprofundis.blogs.sapo.pt/aborto-ortografico-165526
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