Contudo, o que a notícia deveria dizer é que a Academia de Montpellier recusa ensinar o “mixordês português”, que anda por aí disseminado, na sua forma grafada, e que realmente baixa o nível de qualquer ensino, em qualquer Escola do mundo.
Os acordistas tiveram a pretensão de achar (deveriam ter pensado, em vez de achar) que o mal-amanhado AO90, iria trazer prestígio à Língua Portuguesa e expandi-la pelo mundo. Acharam mal. Em vez disso, arrastaram-na para a lama.
Nenhuma Escola, que se preze, considerará a grafia do “acordês”, que querem à força chamar de “Português”, uma grafia culta e europeia, até porque a grafia portuguesa, sendo uma grafia de origem românica, será muito mais perceptível aos alunos estrangeiros, que têm Línguas também românicas.
Quem entenderá estes palavrões assépticos como “aspeto”, “receção” “exceto”, “afeto” e centenas de outros, aos quais foram suprimidos os cês e os pês não pronunciados? Quem entenderá este título de notícia «Ninguém para a manifestação?» Quem entenderá este absurdo vocábulo contrarreação?
Cada vez mais cresce a consciência de que o AO90 é um monumental retrocesso linguístico que desprestigia o ensino da Língua Portuguesa no mundo. E é como diz Mauro Seralo, o pensador angolano citado na imagem: «Quando a estupidez fala mais alto, do que a razão, as sociedades demoram séculos a desenvolver-se».
Por que haveríamos nós de regredir, em nome da estupidez, e recuarmos séculos na desconstrução do nosso Idioma?
Isabel A. Ferreira
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