Uma senhora minha amiga, muito indignada, enviou-me a imagem que ilustra este meu protesto, via Messenger. Sim, isto causa indignação. Bolas!!!!! Estamos em Portugal, e a nossa Língua, a Portuguesa, já está cheia de estrangeirices. Não precisamos de mais, pelo contrário, há que nos livrarmos delas.
Sim, é piroso, muito piroso, inglesar um festival português, quando temos uma palavra portuguesa para dizer “queijo”. Porquê “Portugal Cheese Festival? Em Alcains viverão muitos estrangeiros?
Ainda que vivessem, em Portugal a Língua é a Portuguesa. E quem não souber o que é “queijo” que pergunte. É o que fazemos no estrangeiro, quando não percebemos o significado das palavras estrangeiras.
É que lá fora, ninguém se preocupa em expressar as coisas nas línguas estrangeiras. Só mesmo num país cheio de pirosos.
Chamar “cheese festival” ao Festival do Queijo, em Alcains, é para serem “gente fina”?
Isabel A. Ferreira

Exemplos como este existem um pouco por todo o país. Outro é em Vila Franca de Xira, com o Xira Sound Fest. E ainda um dos meus «favoritos», o dos prémios RTP para a música portuguesa que se chamam... Play.
Esta crescente utilização de palavras, frases e expressões inglesas em produtos, serviços e iniciativas de âmbito estritamente (ou quase) nacional tem sido paralela à imposição do AO90, e eu tendo a considerar que esta é também uma causa daquela: uma reacção à mutilação da ortografia portuguesa que consiste em recorrer a outra ortografia que não só se mantém intacta mas que também tem como característica uma maior utilização de consoantes «mudas».
Pois não sei, Octávio! O uso do “correCt English” que por aí anda espalhado, cada vez mais, será uma reacção à ignorância que o AO90 também espalha por aí, suprimindo consoantes não-pronunciadas, acentos e hífenes, tão necessários à melhor compreensão das palavras escritas?
Não sei.
O que sei é que a continuar assim, o AO90 a dar cabo do Português, se não houver um jeito de o eliminar, esmagando-o até se desfazer em pó, retiro o que disse da parolice, e se quiserem substituir o Português pelo “correct English”, por mim, aceito. Ao menos ficamos com uma Língua escorreita, e não com o arremedo de Língua que faz de Portugal o único País do mundo onde os governantes, os professores, os funcionários públicos e os servilistas do Poder NÃO sabem escrever correCtamente, parecendo que não tiveram instrução primária.
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