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De Ana a 29 de Junho de 2021 às 19:16
Os próprios académicos são os culpados disto tudo. Agora vão lá discutir na Inglaterra a descolonização da língua portuguesa e convidam um rapper. Olhem-me só esta piada! Qualquer dia também vão dizer que Roma não é dona do latim. Claro que é! E quando o latim foi desenraizado e as suas derivações aceites deram origem a novas línguas (latinas) e o latim morreu. É o que vai acontecer com a Língua Portuguesa. Com essa sede de descolonização ou o raio que a parta, é caminhado andado para as ex-colónias terem a sua própria língua derivada do português, assim como o português derivou do Latim.
E Portugal e suas elites académicas são tão estúpidas e ingénuas que não vêem isso. Ou então simplesmente não se importam. Se assim é, deixem Portugal falar e escrever português correCto, pois será o único país que irá falar português. Muito tem essa esquerda burguesa a mania de ser 'fofinha' e aceitar tudo o que é de fora com doçura e carinho. Mas fiquem sabendo que as ex-colónias não são nem nunca serão nossas amigas, elas querem vingança, por isso, se querem debates sobre descolonização que façam lá na terrinha deles e nos deixem em paz aqui sossegados. É por essas e por outras que a Europa perdeu a sua hegemonia e vai levar no pacote. E quando se aperceberem que os próprios europeus é que cavaram a sua própria sepultura já vai ser tardíssimo demais!
De Isabel A. Ferreira a 30 de Junho de 2021 às 11:55
O Latim vive em cada Língua que originou. Mas não é a mesma coisa.
Na sua generalidade, concordo com a Ana.
De Diana Coelho a 6 de Julho de 2021 às 16:46
Ana, não sei se é da “esquerda burguesa que tem a mania de ser fofinha e aceitar tudo o que é de fora com doçura e carinho” ou se é próprio do povo português considerar que tudo o que é estrangeiro é inovador e melhor do que o nacional. E, por isso, aceitam de ânimo leve tudo o que é de fora desvalorizando o que é nosso. Actualmente, defender a Língua Portuguesa e, nomeadamente defendê-la sem Acordo Ortográfico é ser retrógrado. Eu continuarei a escrever sem o maldito AO90 (e sou persistente!) porque as razões que levaram à sua invenção não têm pés, nem cabeça. Nem houve discussão sobre ele. Foi imposto por quem o defende. E todos os dias escrevo correctamente apesar de existirem algumas falhas gramaticais nos meus textos (mas sempre preocupada em melhorá-los). Recentemente, num curso que estava a tirar, eu desisti de um projecto porque o formador exigiu que os meus textos fossem escritos com o Novo Acordo Ortográfico. Disse-lhe mesmo “Nenhum texto meu será escrito com esse Acordo por isso não conte comigo". E todos os meus trabalhos foram sempre escritos de forma correCta. Na semana passada fui à Bertrand comprar um livro e quando me dirigi ao balcão para pagar, a funcionária sugeriu-me levar mais dois livros que ali estavam com uma promoção qualquer. Recusei e justifiquei que estavam escritos com o Novo Acordo Ortográfico e, como tal, não os comprava. Ela ficou estupefacta mas comigo é assim.
De Isabel A. Ferreira a 6 de Julho de 2021 às 19:18
É assim consigo, e é assim também comigo, que deixo os livros por comprar e digo bem alto porquê, esteja quem estiver na livraria.

Na verdade, a sina do actual povo português (não foi assim sempre) é valorizar o que é de fora e desdenhar do que é BOM e PORTUGUÊS. E isto serve para a Língua, que anda por aí de rasto, como para quase tudo. Há uma subserviência ao estrangeiro ao mais alto nível, começando pelos governantes.

Fez muito bem em desistir do projecto, era o que eu faria também, mas vergar-me à ignorância dos acordistas e dos que seguem o AO90 servilmente, jamais! Há que ter brio profissional, que é o que faz falta em Portugal.

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