comentários:
De joao moreira a 29 de Outubro de 2018 às 21:20
Isabel,

Qual é a data de construção/início de laboração do Hotel do Bussaco? Não será anterior a 1945?


João Moreira
De Isabel A. Ferreira a 30 de Outubro de 2018 às 10:18
Exactamente.
O Hotel é anterior a 1945, e o seu nome está grafado à época.
Não se vai agora mudar-lhe o nome.
Existia no Porto, salvo erro, não sei se existe ainda, uma Pharmacia. grafada assim.

Mas, não sendo marcas registadas, o termo Buçaco deve grafar-se com Ç.

Hoje, dizem, parvamente, que BaPtista, perdeu o PÊ. Mas quem nasce BaPtista, terá de morrer BaPtista, porque não se muda um nome apenas porque se decidiu retirar o PÊ. Isto não pode funcionar deste modo. E sem o PÊ é à brasileira.

Quem nasce ViCtor, OCtávio, QueiroZ (como o Eça) LOurdes, deve manter o nome.

O meu nome, ISabel, é grafado com S; no Brasil é grafado com Z. Isto não pode ser à vontade do freguês. Estamos a falar de uma Língua (grafada com maiúscula, para se distinguir de todas as outras línguas).

Os logótipos das empresas, se estão grafados de uma determinada maneira, ainda que seja arcaica, devem manter-se. É marca registada.
De Ricardo a 12 de Outubro de 2019 às 17:47
Falsa premissa de influência brasileira. Nunca vi brasileiros escreverem "tragediação" ou "comediação". Isso não existe no Brasil. É criação única e exclusivamente lusa. Nada tem a ver com novelas ou com a presença de redes de TV brasileiras em Portugal.
E a mesma coisa com "agrícula".
Portanto, não vale pôr a culpa nos brazucas.
De Isabel A. Ferreira a 12 de Outubro de 2019 às 19:01
Não, não é falsa, a premissa.
Nunca viu brasileiros a escreverem “tragediação”, “comediação”, “latição”? E a falar, também nunca ouviu? Pois estas palavras existem na oralidade brasileira. Não digo que os Brasileiros mais cultos e instruídos as digam. Mas o povo diz.

E “latição” (latir) ouvi-a eu da boca de uma senhora brasileira, cultíssima, cantora de ópera, pianista, palestrante, minha amiga. E como “latição”, dizia muitas mais, que agora não me vem à memória.

É preciso estar por dentro da criatividade brasileira, onde existe um talento inato para formar palavras novas, que afastem a linguagem brasileira do Português do colonizador.

“Comediação”, “tragediação”, e uma infinidade de vocábulos do género, não é uma criação nem única, nem exclusivamente lusa. É única e exclusivamente brasileira. É preciso ter vivido no Brasil e convivido com o povo, para aprender esta linguagem nova, que até tem, a sua razão de ser, se formos olhar à formação das palavras.
As telenovelas brasileiras, que passam hora sim, hora sim, na Globo, têm influenciado substancialmente o “falar”, principalmente das portuguesas, as mais consumidoras desse tipo de entretenimento, e que já não conversam, “batem papo” (os homens vão mais para o futebol). É só dar uma voltinha pelo Facebook, e ver o quanto os “brazucas” têm influenciado o povinho português.
Até se chega ao ponto, de pôr actrizes portuguesas a falar brasileiro, em novelas portuguesas, como se não houvesse boas actrizes brasileiras, para contratar. Enfim, modismos que vão sair caro ao desventurado Portugal, que está a perder a sua identidade.

O “agricula”, não sei se reparou, não está numa legenda. Está numa camisola. E a culpa aí é da ignorância que grassa no que respeita ao estudo da Língua Portuguesa. É só ver, no Facebook as profissionais de EDUCAÇÃO, conforme elas se identificam, a escreverem horrorosamente e com um palavreado de tasca-rasca. Cheio de ordinarices. E só não as publico, porque o meu Blogue é um lugar DECENTE.


As legendas nas televisões são de tal modo escritas à brasileira, que não resta dúvida, que, sendo mão-de-obra barata, e os empresários estando-se nas tintas para a correCta aplicação da Língua Portuguesa, pagam menos a Brasileiros, têm um serviço sem qualidade, e com isso vão enchendo os bolsos.

Portanto, “seu” Ricardo, a culpa não é dos Brasileiros, que naturalmente vêm para cá e precisam de trabalhar, seja no que for, e se os puserem na legendagem, eles fazem o seu melhor, e quem faz o seu melhor a mais não é obrigado, e pelo “cachê” que recebem, por que haveriam de se esmerarem?

A culpa é dos empregadores que, não tendo um pingo de profissionalismo e vergonha na cara, não contratam mão-de-obra qualificada para esses trabalhos, porque ganham mais, além de que a ordem emanada do Ministério dos Negócios Estrangeiros, é para ABRASILEIRAR o mais que se puder, a Língua que é Portuguesa, pois tal ordem faz parte de um paCto que tem por objectivo transformar Portugal numa colónia. Não sabia disso?

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