A propósito da publicação do novo livro de José Rodrigues dos Santos, que traiu a Língua Portuguesa, e fez o frete aos editores…
(Origem da imagem: Internet)
Ideias que retirei do Facebook, onde se troca muitas ideias que, não saindo da página, não podem cumprir a sua função, ou seja, destruir o Acordo Ortográfico de 1990, que está a transformar a Língua Portuguesa num lixo linguístico.
E estas ideias, todas elas, têm de chegar à Assembleia da República Portuguesa, um lugar onde se decide da vida ou da morte da Língua, dos Valores Humanos, da Ética, da Moralidade, da Civilidade, da Cultura, da Civilização, da Evolução…
Estava-se a discorrer sobre a subserviência de alguns escritores portugueses ao lobby editorial instalado, que só publica o que bem entende, tenha ou não tenha qualidade literária ou linguística.
O que interessa é vender livros escritos por gente famosa, cá e lá, no outro lado do Atlântico, em terras descobertas ou achadas por Pedro Álvares Cabral, onde até há bem pouco tempo era necessário “traduzir” os nossos escritores para o Brasileirês (com todo o respeito, porque a Língua utilizada no Brasil, embora originária de Portugal, nasceu lá, foi metamorfoseada lá, desenraizou-se da matriz greco-latinam, que caracteriza as línguas europeias, e transformou-se numa outra língua), o que diminuía a possibilidade de avultados lucros aos editores portugueses, porque tinham de pagar as “traduções”.
E aqui é que está o busílis da falsa "obrigatoriedade” de escrever com erros ortográficos, a Língua Portuguesa, nas escolas portuguesas.
E nós sabemos que só vende livros, tenham ou não qualidade literária, quem é famoso. Quem tem nome na praça. Quem é vassalo do sistema. Quem é amigo, ou amigo do amigo de editores.
(Com todo o respeito pela senhora, até a mãe do Cristiano Ronaldo é escritora). E sabem porquê? Porque vende. Foi a resposta que me deu um editor.
Ora conversa daqui, conversa dali… no Facebook… o Álvaro comentou: «Gostaria que essa coisa de Novo Acordo de Editoras nunca fosse para a frente. Mas tenho pena dos miúdos que serão obrigados a cumpri-lo. Miúdos, professores e escritores».
Então o Paulo retorquiu, e muito bem: «Obrigados? Ninguém é obrigado e todos podemos recusar!»
E o Álvaro respondeu: «Experimente dizer isso num exame de português, ou mesmo ao seu editor (se escrever livros).
Bem, chegados aqui não me contive.
Até porque o mal dos Portugueses é aceitarem tudo sem o mínimo espírito crítico. Nas escolas portuguesas não é conveniente promover-se a Cultura Crítica, que é uma matéria muito útil e necessária para o desenvolvimento intelectual dos alunos.
Mas lá interessa aos governantes um povo demasiado culto? Demasiado crítico?
Não interessa. Quanto mais ignorante for o povo, mais submisso será.
Daí termos um país virado do avesso, a todos os níveis.
Respondi ao Álvaro:
Álvaro, há um direito que todos temos: objecção de consciência, quando algo vai contra as normas da nossa sanidade mental, cultural, moral e social.
Num exame de Português todos têm o direito de se RECUSAR a escrever com ERROS ORTOGRÁFICOS de grande e grave monta.
Um editor pode recusar-se a editar um livro escrito em BOM PORTUGUÊS, aliás como já era norma, antes de aparecer este famigerado AO de 1990.
Agora, um escritor tem duas opções, se um editor aceita publicar o seu livro: ou exige (por direito) que o seu livro seja publicado numa Língua com qualidade linguística, gramatical, ortográfica, etc., ou não publica o livro.
Tão simples quanto isso.
É o que eu faço.
Não querem publicar os meus livros, não publiquem.
Fernando Pessoa só publicou um livro em vida. E nem por isso deixou de ser FERNANDO PESSOA.
E Luiz de Camões só foi Luiz de Camões passados muitos anos depois da sua morte. E hoje tem um dia dedicado só a ele, como mais nenhum outro poeta tem.
O que alguns dos nossos escritores contemporâneos querem é a fama em vida. Mas essa fama, quando é assente em quimeras, morre quando eles estiverem a sete palmos debaixo da terra e esquecidos do mundo.
É a vã glória de uma fama assente na fatuidade.
Valerá a pena?
Isabel A. Ferreira
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