comentários:
De Daniel a 16 de Outubro de 2024 às 18:56
Um pequeno pormenor, tenho preferência em dizer Castelão em vez de Castelhano, que pertence a castelo, do reino de castela, já castelhano pertence ao antigo castiella, que agora é castilla
De Isabel A. Ferreira a 16 de Outubro de 2024 às 19:24
O Daniel é livre de preferir o que bem entender. Mas quem sabe, sabe, e são os Espanhóis que SABEM da Língua deles. E em Espanha as Línguas oficiais são o CASTELLANO (assim mesmo, como é das Ciências da Linguagem de Espanha) o Basco, o Galego e o Catalão.

Pois então diga lá o Castelão, que, para quem sabe, é um castelo de grande dimensão. Há gente que gosta de inventar e de iludir-se. Está no seu direito.

Ah! E o espanhol, como língua, NÃO existe. E pormenor é já de si algo pequeno, não precisa da redundância do “pequeno pormenor”.
De Susana Bastos a 17 de Outubro de 2024 às 15:52
Cara Isabel, "câmera" é palavra tão portuguesa quanto brasileira, apenas cá preferimos a grafia com "a". Note-se que até em latim existia essa dualidade "camara/camera". Não é nada de novo na língua. E quanto a "bilhão", os brasileiros optaram pela coerência com "milhão", não pegando no francês "billion", que foi onde fomos buscar o nosso "bilião". Como vê, há sempre matizes que devem ser tidas em conta para explicar os fenómenos. E confesso que essa de achar que o castelhano está mais próximo do nosso português do que o português brasileiro só se pode atribuir a uma fúria antibrasileira que cega... Incompreensível para quem se dedica a fundo ao estudo da língua.
De Isabel A. Ferreira a 17 de Outubro de 2024 às 17:48
Mas que mania tem a Susana Bastos de achar que toda a gente é parva, para engolir as suas “explicações” sem levar em conta os factos.

A Susana Bastos segue a cartilha brasileira. Eu sigo a cartilha portuguesa.

O seu comentário é muito, muito falacioso.

Os vocábulos “câmEra” e câmAra já foram usados em Português, mas o vocábulo “câmEra” há muito, muito tempo caiu em desuso em Portugal, e o Brasil aproveitou-se para, como sempre fez, distanciar-se do Português, e adoptou a palavra que caiu em desuso e Portugal: câmEra, que se tornou um vocábulo unicamente do léxico brasileiro, e NÃO mais do Português.

Não me venha com essa de dizer que em Portugal esse vocábulo desusado, ainda se usa, porque é MENTIRA. Em Portugal nenhum português está diante de uma câmEra.
No Latim existia a dualidade, porque câmara vem do Latim camara, e camêra vem do grego κάμερα.
E assim como aconteceu com os fonemas gregos, tentou-se latinizar todas as palavras possíveis.

Quanto ao "bilhão" a única coerência que há é a de o Brasil querer afastar-se do Português: se o Português diz biliões, nós vamos dizer "bilhões".

A suas “explicações” é de quem NÃO sabe como se foi construindo o léxico brasileiro ao longo dos tempos, e das intenções por detrás dessa construção.

O Castelhano é uma Língua românica como o Português, e é tão, mas tão parecida com o Português, que quando eu era ainda estudante na Universidade, e tive de ler um livro em Castelhano para fazer um exame, eu, que nunca tinha estado diante da escrita castelhana, lio-o sem a menor dificuldade.

Quando fui para o Brasil, depois de ter vindo para Portugal estudar (fiz a 1ª e a 2ª classe do ensino básico no Brasil), desconhecia a maioria do léxico que me era apresentado, devido ao abrasileiramento dos vocábulos que antes eram portugueses, ingleses, franceses e castelhanos. Aprendi uma outra linguagem, derivada do Português, sim, mas que de Português já pouco tinha.

Engana-se quando fala numa "fúria anti-brasileira" da minha parte (com o hífen que nunca deveria ter sido abolido). É precisamente por ter estudado a fundo as duas linguagens, a brasileira e a portuguesa, se quis estudar lá e cá, que tenho autoridade para dizer o que digo.

Fúria anti-portuguesa têm os servilistas portugueses, subservientes ao Brasil, como a Susana.

Eu apenas sigo as Ciências da Linguagem, e não tenho necessidade de me curvar perante o gigante, porque o gigante não me faz sombra, até porque a minha cultura passa também pela cultura brasileira, que é tão rica como a nossa. Lamento bastante que os Brasileiros não a saibam cultivar, e estão a destruí-la tal como destruíram o Português.

E isto qualquer brasileiro culto o dirá.
De Susana Bastos a 17 de Outubro de 2024 às 17:54
Segundo a norma de 1945/73, é "antibrasileiro" que se deve escrever, não como cada um acha. Não é preciso dizer mais nada, pois não?...
De Isabel A. Ferreira a 17 de Outubro de 2024 às 18:23
Não, não é preciso dizer mais nada.

Segundo a norma de 1945/73 (a que está em VIGOR em Portugal) escreve-se antibrasileiro, eu sei, o meu correCtor marca erro, quando escrevo anti-brasileiro, mas é uma daquelas coisas a contestar nessa norma, que eu fiz questão de assinalar: “anti” é um elemento de formação que exprime a noção de “oposição”. Não ficaria mais evidente a “noção de oposição” se a palavra levasse o hífen? Faço-o de vez em quando, para fazer sobressair essa “oposição”. Normalmente sigo a norma, obviamente.

Também pela norma de 1945/73 escreve-se aspeCto, excePto, recePção, expeCtativa, tal como os Brasileiros grafam estas palavras, e muito bem, à portuguesa, mas há portuguesinhos que grafam estes monos gráficos: aspeto, exceto, receção, expetativa.

Acha bem, não estando o ilegal AO90, efectivamente, em vigor em parte alguma da CPLP?

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