Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2019

"Cartilha do acordista *

 

* Redigida em conformidade com o Acordo Ortográfico de 1990."

 

(Texto recebido via e-mail)

 

Doutores da Alegria.png

Origem da imagem: Internet

 

"CARTILHA DO ACORDISTA*

 

— Falar em abstrato em modernidade, simplificação e necessidade de mudança

 

— Mencionar insistentemente a lusofonia

 

— Dizer que querem voltar a escrever "pharmacia" [muito importante]

 

— Invocar Teixeira de Pascoaes e o "y" de "lagryma" e "abysmo" só para ridicularizar

 

— Deve escrever-se como se fala [muito importante]

 

— A ortografia anterior era arcaica e desatualizada

 

— Invocar a figura do Velho do Restelo [várias vezes]

 

— Com a ortografia do acordo, poupa-se espaço e deixam de se escrever letras, acentos e hífenes que não dão jeito nos teclados

 

— Dizer que o português é a única língua de cultura com mais do que uma ortografia [mesmo que não seja verdade]

 

— Se não resultar, dizer que é a única do hemisfério norte com duas ortografias [mesmo que não seja verdade]

 

— Referir que a língua muda constantemente

 

— Dizer que já houve mudanças antes e justificar tudo com isso (mesmo que o AO90 reverta por completo a Reforma de 1911 e a Convenção de 1945)

 

— Perante qualquer dúvida apresentada, remeter sempre para a Nota Explicativa do acordo

 

— Não somos donos da língua

 

— Angola e Moçambique estão prestes a ratificar o acordo, é uma questão de tempo [repetir de tempos a tempos]

 

— Acusar quem é contra de ser nacionalista, xenófobo, isolacionista, divisionista, antibrasileiro e preguiçoso [muito importante]

 

— Acusar a ortografia anterior de ser salazarista e do Estado Novo

 

— Se alguém disser que o acordo não unifica, dizer que uniformiza/harmoniza/homogeneíza

 

— Se não resultar, dizer que o que acordo unifica são as regras, agora num só documento

 

— O acordo consagra a diversidade na unidade [para confundir]

 

— Sem o acordo, o português de Portugal será uma língua residual, como o holandês, ou uma língua morta, como o latim

 

— Lançar para o ar que já toda a gente escreve com a nova grafia [mesmo que não seja verdade]

 

— Assinalar que só mudam 2 % das palavras [mesmo que os números variem]

 

— Invocar que seria catastrófico para as crianças voltar atrás [ainda que só mudem os tais 2 %; ocultar este facto neste argumento]

 

— Defender os erros do acordo, dizendo que nada é perfeito e que a ortografia anterior também tinha incorreções

 

— Perante novos erros causados pelo acordo, dizer que erros ortográficos sempre houve ou que são apenas gralhas

 

— O acordo está a ser aplicado sem problemas [insistir]

 

— Grafias duplas já havia e ninguém achava mal

 

— Dizer que antes já havia palavras homógrafas

 

— Daqui a uns anos já ninguém vai falar disto, é melhor conformarem-se

 

— Falar do intercâmbio cultural, das vantagens económicas e da circulação de livros [importante, mesmo que não se verifique]

 

— O acordo destina-se às novas gerações [pode acrescentar-se que só daqui a 10 ou 20 anos é que se vão ver os resultados]

 

— Com o acordo, o português irá tornar-se uma língua global, com caráter oficial na ONU [não explicar como é que isso acontecerá]

 

— Posso não escrever segundo o acordo, mas sou a favor

 

— Cumpro a lei, ninguém vai desrespeitar as regras de trânsito só porque não concorda com elas

 

— Ter sempre um corretor informático/automático à mão

 

— Quando encurralado, dizer que não se é especialista, mas que... [inventar qualquer coisa ou recorrer aos argumentos anteriores]

 

* Redigida em conformidade com o Acordo Ortográfico de 1990."

 

Fonte:

https://www.facebook.com/TradutoresContraAO90/photos/a.212426635525679/1241360272632305/?type=3&theater

 

Risos-AhAhAh[1].jpg

 

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:47

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