Quarta-feira, 12 de Março de 2025

Considerações ao redor da Conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa, que assinalou o 35º aniversário do Jornal PÚBLICO, no passado dia 05 de Março, no CCB

 

O Jornal PÚBLICO assinalou o seu 35.º aniversário com uma edição pensada pelo humorista brasileiro Gregorio Duvivier e com uma grande conferência internacional no CCB subordinada ao tema da Língua Portuguesa.

 

A iniciativa deixou os amantes da Língua de Portugal com a esperança de que essa conferência pudesse trazer uma luz brilhante que iluminasse as mentes obscurecidas pela ilusão de uma grandeza que nunca acontecerá, se continuarmos no registo de andarmos a arrastar-nos atrás dos milhões, como se os milhões falassem e escrevessem Português.

 

Francisco Seixas da Costa, o consultor estratégico, seja lá o que isto for, afirmou que «em Portugal, não temos uma dimensão para inserir a Língua Portuguesa no quadro internacional, por este motivo devemos cooperar mais com o Brasil».


Inserir a  Língua Portuguesa (qual delas: a acordizada, a amixordizada ou a original?) no quadro internacional, com que objectivo? Com que necessidade? Quando sabemos que a ideia de internacionalizar a Variante Brasileira do Português, ou melhor, de ter a VBP como Língua Oficial da ONU, veio do Brasil. Contudo, a ONU não aceita as Variantes das Línguas, mas tão-só, as originais.


Então como introduzir a VBP na ONU? Obviamente através da muleta do ex-colonizador, mas para isso foi preciso destruírem a Língua Portuguesa e impor uma linguagem híbrida, que jamais poderá ser considerada Portuguesa.

 

A quem quer enganar Francisco Seixas da Costa? Devemos cooperar mais com o Brasil, para que o Brasil insira a Variante Brasileira do Português, mascarada de Português, na ONU, por conta da destruição do Português, que anda por aí a ser vendido e assinalado com a bandeira do Brasil, numa óbvia afronta a Portugal?

 

A intenção da Conferência não foi a que todos nós, amantes da Língua Portuguesa, esperávamos. Camuflada no facto de o Jornal PÚBLICO ainda manter um pé fora do AO90, porque o outro está dentro do AO90, esta conferência foi uma autêntica falácia.


Para que não julguem que o que acabei de dizer é apenas coisa minha, leiam o que me enviou Idalete Giga, uma das grandes livres-pensadoras e intelectuais portuguesas, que não sendo bajuladora, tal como eu, não poupa as palavras para dizer o que pensa, sobre os factos que ensombram e envergonham a nossa desventurada República DOS Bananas, e com a qual concordo plenamente, fazendo minhas as suas palavras:

 

«No CCB, na passada quarta-feira, sob a iniciativa do Jornal PÚBLICO, o tema escolhido, sobre a Língua Portuguesa, nos 35 anos do Público e nos 500 anos do nascimento de Camões, foi uma "bagunçada" e eu vou usar a palavra exaCta: fantochada!  Em vez de se discutir seriamente o prejuízo causado pelo maldito, aberrante, absurdo AO/90, discutiu-se pomposamente o sexo dos anjos.  Cada vez mais me envergonho dos políticos incompetentes e cobardes que estão de mãos dadas com os sinistros lobbies que impedem uma discussão séria, decente, científica sobre o maior atentado contra a Língua e Cultura Portuguesas. O PR é um traidor e tem assobiado para o lado perante os apelos de milhares de portugueses que querem a revogação do aberrante AO que foi um favor prestado a Lula da Silva & Ca.

 

A Língua Portuguesa merecia outra abordagem, outros convidados naquela pantominice vergonhosa. 😞😥😞

 

DUVIVIER.PNG

 

Acabei de responder a um amigo, perante as palavras do Gregório Duvivier -- o convidado de honra da fantochada no CCB.

Quando ouvi o Seixas da Costa, nem queria acreditar.

O acordês entrou pelos olhos daquela cambada toda.

A única pessoa que defendeu a Língua Portuguesa foi o Nuno Pacheco.»


***

Pois concordo em absoluto com a Idalete Giga.

E acabo este meu texto com um outro comentário que eu e a Idalete trocámos no Facebook, agora dominado por brasileiros, para que saibam que defender a Língua de Portugal é um acto revolucionário, que nada tem a ver com xenofobia ou racismo, mas com o dever cívico de qualquer português, quando, de má-fé, os estrangeiros metem o bedelho onde não são chamados.

Comentário Idalete.PNG

 

Viva a Língua Portuguesa, a Língua de Portugal e dos Portugueses!

 

Quem ama a sua Língua Materna não precisa de a ver inserida no quadro internacional, se não for a original.  Só a original, e não a linguagem mixordesa em que a transformaram, deve ser considerada, e não aceitamos que usurpadores esquerdistas estrangeiros, da ala mais ignorante, e políticos portugueses da ala mais incompetente e servil tentem fazer-nos de parvos.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:17

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comentários:
De João Barros da Costa a 16 de Março de 2025 às 18:36
Existem maneiras de acabar com o nefasto Acordo Ortográfico de 1990. Substituir os políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses e anti-Portuguesas por políticos patriotas e nacionalistas. O próximo Presidente da República (m/f) tem de ser alguém que ame Portugal e que tenha coragem e não como os malandros que têm ocupado o cargo.
Cumprimentos.
João Barros da Costa

JOAO.BARROS.DA.COSTA@SAPO.PT
De Isabel A. Ferreira a 17 de Março de 2025 às 14:51
Senhor João Barros da Costa, que existem maneiras de acabar com o nefasto AO90, é algo que se vê a olho nu, mas nem todos os que podem, querem e mandam têm a capacidade de ver a olho nu, precisando de uma lupa gigante para ver o que está diante do nariz deles, e como não têm lupa...

Uma das maneiras para nos livrarmos do “abortográfico” talvez possa passar pela substituição dos políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses, porém, não me parece que haja gente que possa substituir tantos apátridas de uma só vez.

A via mais natural e mais fácil passa pelo presidente da República, que tem o DEVER de cumprir a Constituição da República Portuguesa, conforme prometeu na tomada de posse, mas não cumpre, e os parlamentares cumprirem a lei vigente, que obriga à grafia de 1945.

E como não temos uma justiça que possa levar à barra do tribunal quem NÃO cumpre a Lei, temos o que temos: um país sem rei nem roque, sem Língua e sem rumo.

[Se me permite, aproveito para fazer uma correcção à sua frase, com todo o respeito: não há necessidade de usar a redundância “anti-portuguesas”, porque o vocábulo Portugueses é um plural colectivo, onde se inclui o masculino e o feminino. Esse capricho de dizer “portuguesas e portugueses”, “amigas e amigos”, “todas e todos” demonstra desconhecimento da Gramática Portuguesa, e faz parte da de uma “linguagem inclusiva” que agora querem introduzir para “não ferir” quem não é uma coisa nem outra. Se a aplicássemos, as frases, para terem coerência, teriam de mudar a sua estrutura, deste modo: «Os portugueses e as portuguesas que estão sentados e sentadas à minha frente, esperam que eu os faça e as faça compreender que falar assim é algo que tornaria os discursos e os textos uma parvoíce.»]

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