De José Oliveira a 27 de Abril de 2023 às 08:24
Concordo absolutamente com a opinião de que deveríamos pronunciar consoantes ‘mudas’. Mas isso incluiria pronunciar consoantes que foram destruídas em 1911 por não ‘afectarem’ a pronúncia da vogal anterior? Do género: restricto, adventura, esculptura, etc., ou isso já era demais?
Cumprimentos e força na defesa do Português
José Oliveira, a sua pergunta é pertinente.
Porém, as consoantes suprimidas em 1911, foram as que se consideraram dispensáveis e não afectavam a pronúncia. A regra foi essa. Parece-me bem.
Se algum purista decidisse repô-las, a mim, não me afectava nada. A nossa Língua ficaria mais próxima das restantes línguas Europeias e das raízes latinas. Mas haveria necessidade, depois de tantos anos?
Todas as Línguas evoluíram, mas nenhuma foi deturpada como a nossa foi, por um país que a herdou, e a transformou noutra Língua, e não tinha, NEM tem legitimidade para continuar a chamar-lhe portuguesa, e pior, impingir essa língua mutilada ao País que a CRIOU, sem levar em conta as Ciências da Linguagem.
Obrigada e cumprimentos.
De Araújo Rameiro a 5 de Maio de 2023 às 00:36
Não comentei isto no Apartado53 porque não calhou; mas digo-o aqui e agora: a Wikipédia (e outros) é actualmente a "Wikipêdjia" (como já se sabe), salvo para certos artigos, em especial de interesse exclusivamente português.
Procura-se alguma coisa na Internet e quase sempre vai dar à "Internétchi", como se o Português não existisse. Por acaso, tenho vindo a encontrar mais resultados na nossa Língua, mas a lusocídio da Wikipédia é transtornante: expressões idiomáticas, gramática, frases, tudo de acordo com o Brasileiro, mas o endereço não deixa de ser o «pt.wikipedia»; há Wikipédias separadas para línguas com menos diferenças entre a Portuguesa e a Brasileira!
Quem fala da exterminação do Português na Wiki, também fala do doutros sítios, como por exemplo jogos, vídeos no YouTube, etc. Não deixam de ser em "PT", mas não nos representam a nós... Como é isto possível? Como é que cabe a alguém procurar algo numa língua e quase somente aparecerem resultados noutra?!
Araújo Rameiro, como é isto possível?
É possível porque NÃO temos governantes interessados e com nível intelectual apurado para defenderem os interesses de Portugal.
A nossa República é a República DOS Bananas.
Portugal está entregue a apátridas, e quando a Língua estiver completamente estraçalhada, o Brasil toma isto de assalto, e os portugueses que andaram a dormir enquanto os políticos andaram a comerciar a NOSSA Língua como se fosse um saco de bolotas, rastejarão aos pés do gigante, e este, como é gigante, pisá-los-á como se fossem formigas.
Quem esteve acordado, a defender a Língua, rejeitará o jugo, e continuará a defendê-la e a deixar sementes para que ressuscite no futuro. É o que ando a fazer.
Rolou uma xenofobia linguistica. Aconselho lerem o Livro de Simone Weil, O enraizamento, capítulo 1 ( A verdade) e assistirem o meu comentário no YouTube sobre isto: https://youtu.be/PsLaN0zHluc
Segue uma breve citação do livro: “Toda a gente sabe que, quando o jornalismo se confunde com a organização da mentira, constitui um crime.”
Nathalia Matos, vou dar-me ao trabalho de responder-lhe a este comentário, porque tenho por hábito praticar as obras de misericórdia espirituais, a saber:
1) Dar bons conselhos
2) Ensinar os ignorantes
3) Corrigir os que erram
4) Consolar os tristes
5) Perdoar as injúrias
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
Portanto, começo por aconselhar a Nathalia Matos a procurar, num bom dicionário, o que significa xenofobia. Talvez se surpreenda com esse “rolar de uma xenofobia linguística”. Penso que está baralhada das ideias, porque xenofobia NÃO é sinónimo de DEFESA [da Língua Materna de um Povo livre e soberano, a qual está a ser USURPADA ILEGITIMAMENTE por uma ex-colónia, que não aceitou o seu passado].
Também aconselho a reler o livro de Simone Weil, porque a primeira leitura foi feita sob um olhar pré-concebido.
O seu comentário no YouTube diz da pobreza intelectual da comentadora, e apenas isso, a começar logo pelo título da publicação. Nem é preciso ouvir mais nada. Talvez por isso tenha apenas um “gosto” e umas escassas nove visualizações.
E ainda tem o desplante de citar uma frase da qual NÃO conseguiu retirar a ilação verdadeira, uma vez que toda a gente sabe, e quando digo toda a gente, é TODA a gente com os neurónios a funcionar, que se algo constitui um CRIME é um povo USURPAR a Língua de outro Povo, nesta caso do Povo Português, DESLUSITANIZÁ-LA e continuar a designá-la de “português”... do Brasil.
A linguagem do Brasil é a VARIANTE BRASILEIRA do Português. Gostem ou não gostem de ouvir isto.
Além de a deslusitanizar, americanizaram-na, italianizaram-na, castelhanizaram-na, afrancesaram-na, e as diferenças fonológicas, ortográficas, lexicais, morfológicas, sintácticas e semânticas são absolutamente mais que muitas, o que conduz a uma outra expressão linguística, que não a portuguesa. Ah! Mais uma coisa muito importante: enriqueceram essa VARIANTE com os falares dos indígenas brasileiros e africanos.
Já estou habituada a estas ignorâncias, de modo que, espero tenha aprendido alguma coisa e não vá mais para o YouTube "ignorantar", um termo novo que significa dizer disparates.
E agradeço este seu comentário, que me deu, uma vez mais, a oportunidade de praticar estas seis obras de misericórdia espiritual, só que, desta vez, foram as seis de uma só assentada.
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