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De Bruno Maia a 23 de Dezembro de 2019 às 03:41
Olá. Esta aberração a que chamam de AO90 nada tem de brasileira (pelo menos não da parte do povo, que lixa-se a tudo isto). Aliás, depois do AO90 mais palavras portugueses passaram a diferir-se da língua oficial: aspeto, perspetiva, cato etc... Pois bem, estas palavras não se grafam assim em Brasil. Um sem fim delas estão diferenciadas. É verdade que é facultado aos brasileiros grafar "facto" ou "sector", em lugar de fato ou setor, e isto segundo a norma da Academia Brasileira de Letras, mas já ninguém aceita: nem os professores e nem os doutos da lei.

Esta aberração é de um gramático brasileiro, chamado Evanildo Bechara, membro com muita influência na ABL, que aproveitou-se do ensejo para vender mais gramáticas, lançadas sob sua autoria a partir de 2012. Ele prega que o AO90 unificou a ortografia, o que é evidentemente falso.

Aqui em Brasil eu escrevo em bom português: facto, aspecto, contacto e algumas vezes sou hostilizado, mas muitos brasileiros têm sido receptivos em aceitar um ponto de vista etimológico relacionado ao idioma, que perdeu a raiz grega na reforma de 1911 e a romance na reforma de 1990. Tratar-se hoje de uma língua sem raiz. Em tempo, qualquer idioma que leve em consideração a fonética sobre a raiz etimológica é um idioma de analfabetos, pois somente analfabetos escrevem como falam.

Fonte: http://www.abi.org.br/bechara-defende-acordo-ortografico/
De Isabel A. Ferreira a 30 de Dezembro de 2019 às 18:37
Olá, Bruno Maia,

Não será bem assim.
1 - O AO90 nasceu de uma ideia de jerico do brasileiro Antônio Houaiss, de pretender transformar a Língua Portuguesa num negócio da China. A partir daí, e à morte deste, Evanildo Bechara (um “linguista” brasileiro) chamou o Malaca Casteleiro (um “linguista” português) e ambos deram corpo ao negócio iniciado pelo Houaiss, numa tentativa de UNIFICAR o que jamais poderá ser unificado: as diversas VARIANTES da Língua Portuguesa.

2 – Depois do AO90, além da grafia brasileira, que tentaram impingir aos Portugueses, nasceu uma outra ortografia, o MIXORDÊS, do qual fazem parte o amontoado de letras que citou: aspeto, perspetiva, cato, e mais algumas como: receção, perceção, exceto, palavrinhas absolutamente horripilantes, sem qualquer significado objectivo. E é óbvio que nem NO Brasil, nem EM Portugal essas palavras são escritas desse modo. Isso é algo da lavra de ignorantes dos da pior espécie, ou seja, de ignorantes que OPTAM por ser ignorantes.

3 – No entanto, um sem fim de palavras foram mutiladas: setor, diretor, adotar, arquiteto, teto, enfim…

4 – Se o Bruno Maia é brasileiro, vive no Brasil e escreve à PORTUGUESA, dou-lhe os meus parabéns. Não desvirtuou a Língua dos seus antepassados. Na verdade o AO90 assenta na grafia brasileira de 1943, à excePção de uns poucos vocábulos, como excePção, recePção, e seus derivados, entre uns poucos mais.

5 – A grafia brasileira de 1943 desenraizou a Língua Portuguesa, para que se tornasse mais fácil aprendê-la, devido ao elevadíssimo índice de analfabetismo. O que acabou por não resultar, além de destruir uma língua íntegra.

6 – E concordo consigo: um idioma que leve em consideração a fonética sobre a raiz etimológica é um idioma de analfabetos, pois somente analfabetos escrevem como falam, e eu acrescento que o AO90 é algo que apenas os ignorantes aplicam.

Agradeço bastante esta sua intervenção, Bruno Maia.

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