O dia 13 de Maio de 2017 foi um dia que ficará para a História de Portugal. Um dia que, no futuro, será recordado com verbos conjugados no pretérito perfeito, e celebrará apenas aquele que, nesse dia, elevou a Humanidade (o Papa Francisco), e aqueles que levaram aos píncaros o nome de Portugal (Salvador e Luísa Sobral)… em Português.
Nesse futuro, os que, nesse dia, na ala das autoridades, fingiram representar Portugal, já terão sido esquecidos há muito.
Salvador Sobral: vencedor do Festival da Eurovisão da Canção de 2017 - Origem da foto: Internet
O 13 de Maio de 2017 ficará marcado para sempre com a “vitória da música”. Mas também com a vitória de Portugal e da Língua Portuguesa.
A vitória da verdadeira arte, da simplicidade. Da autenticidade. E tudo isto em Português.
O mundo está farto do artificialismo. Do ruído musical. Da música de plástico. Do espectáculo sem conteúdo.
A dupla Luísa e Salvador Sobral conseguiu o que mais ninguém, em 48 participações, conseguiu.
Desta vez, Portugal venceu e convenceu o mundo. Em Português.
A fórmula foi simples: simplicidade.
Não foi preciso “inglesar” a língua, nem banalizar a música, nem espalhafatar a interpretação para que se tornasse mais festivaleira a participação de Portugal.
Os irmãos Sobral deram uma lição ao mundo, e principalmente a Portugal e aos políticos que o (des)governam).
Eles são os verdadeiros representantes da Cultura em Português.
A propósito, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: «Quando somos muito bons, somos os melhores dos melhores. Muitos parabéns ao Salvador Sobral». Sim, somos. Mas para isso temos de ser genuínos. Quando somos muito bons Portugueses, somos os melhores dos melhores, não precisamos de imitar ninguém, não precisamos de nos subjugar a ninguém. Cantámos e encantámos exclusivamente em Português.
Salvador Sobral representou Portugal, algo que Marcelo não representa, por não defender a língua em que Salvador se expressou.
António Costa, por seu turno, declarou: «Fez-se história em português hoje na Eurovisão. Parabéns Salvador! Parabéns Portugal!» Sim, no dia 13 de Maio de 2017, na Eurovisão, fez-se História em Português, algo que António Costa nunca fará, por ter vendido a Língua Portuguesa ao estrangeiro.
Portugal está de parabéns. Mas não António Costa.
Os Portugueses, em Portugal e no mundo, têm orgulho dos irmãos Sobral, por estes não se terem deixado ir na onda do modismo linguístico. A nossa Língua é cantável, sendo bem pronunciada e cantada. Salvador provou que não é preciso cantar em Inglês para se ganhar um Festival da Canção.
Parabéns, Salvador e Luísa, por não terem renegado a vossa Língua. Mais do que os governantes portugueses, vós sois os verdadeiros representantes da Identidade Portuguesa no mundo: com uma bela melodia, a mais bela melodia que já se compôs para os Festivais da Canção (em Portugal), cantada sobre um belíssimo poema, escrito numa das mais belas e ricas línguas indo-europeias.
O Festival da Eurovisão pretendeu celebrar a diversidade. Falhou na celebração da diversidade linguística, uma vez que a esmagadora maioria dos países cantaram em Inglês. Lamentável.
A diversidade é bem-vinda. É saudável. É recomendável. É natural.
Espero que esta vitória dos irmãos Sobral sirva para a tomada de consciência dos nossos governantes para algo primordial: Portugal é um país europeu. Portugal tem uma Língua – a Portuguesa. Não queiram destruir o que temos de mais precioso e belo para nos representar e identificar como um país soberano.
No dia 13 de Maio de 2017 quem na verdade representou Portugal no mundo foi Salvador e Luísa Sobral, em Português.
Tudo o resto foi um vergonhoso faz-de-conta.
Isabel A. Ferreira
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