Marcelo Rebelo de Sousa está no Brasil com uma delegação de 11 ministros, à qual se juntará Luís Montenegro, para reforçar a cooperação entre os dois países, em áreas como a Cultura e a Educação, mas não só, como se isso fosse possível, tal o fosso cultural e educacional que existe entre Brasil e Portugal. Sei do que estou a falar.
E das duas uma: ou o Brasil cede à Cultura e Educação portuguesas, ou Portugal cede à Cultura e Educação brasileiras, sendo que pelo que temos visto do que está a passar-se relativamente à destruição da Língua de Portugal em favor da Variante Brasileira do Português, à qual indevidamente os brasileiros chamam Português e assinalam-na com a bandeira brasileira, retirando da Internet a Língua de Portugal, estamos mesmo a ver para que lado o tal reforço de cooperação irá prevalecer.
Há a expectativa de que sejam assinados acordos de cooperação nas áreas já referidas, mas também na saúde, economia, ciência, tecnologia, defesa, segurança, justiça, ambiente e comércio, durante a 14ª Cimeira Brasil-Portugal, que ocorrerá amanhã, dia 19 de Fevereiro.
Daqui poderíamos esperar que o bom senso prevalecesse e que os dois países cooperassem um com o outro SEM subserviência da parte portuguesa e SEM imposições colonialistas da parte brasileira, como até agora tem acontecido.
Podíamos esperar que não tendo dado certo a tentativa de acabar com a Língua de Portugal e implantar a Variante Brasileira do Português, sendo tal atitude contrária às boas relações que se querem entre dois países que são pai (Portugal) e filho (Brasil) que já tiveram uma história comum, interrompida pelo Grito do Ipiranga. É que a partir do momento em que o filho sai de casa devia seguir a sua vida independentemente do pai, não esquecendo, porém, o RESPEITO a ele devido.
E o que está a passar-se, o que vemos, ouvimos e lemos por aí, é um desrespeito dos mais profundos do filho em relação ao pai, como se não fosse a existência do pai, o filho jamais existiria, e este último só não é maior do que já é, se não estivesse agarrado às calças do pai.

Foto: António Cotrim - Lusa
A enviada especial da Antena 1 ao Brasil, Inês Ameixa, registou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que classificou de especial e diferente a ligação entre os dois países, apesar de erros cometidos no passado.
Apesar de erros cometidos no passado????
Que erros? Não saberá o chefe de Estado de Portugal que o que se passou no passado nada tem a ver com erros, mas com hábitos e valores dessa época dos quais os Portugueses hodiernos não têm culpa alguma, para estarem a baixar as orelhas àquele que pretende ser o dono disto tudo, alegando esses erros para se impor e exigir reparos, que muito servilmente os políticos portugueses estão dispostos a pagar, envergonhadamente, sem um pingo de dignidade? Não podemos julgar a História pelos valores dos tempos contemporâneos. Devemos, isso sim, é aprender com o que de mau e mal se fez, nesse passado, para não ser repetido.
Isto é a prova da submissão dos liliputianos, que já foram grandes, mas amesquinharam-se, estando agora avassalados ao Grande Olho que os espreita e intimida.
Esperamos que esta visita dos representantes de Portugal ao Brasil não nos deixe envergonhados, perante o Mundo.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia aqui, onde pode ouvir-se um excerto curto do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.
De João Barros da Costa a 21 de Fevereiro de 2025 às 10:53
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro e o Presidente brasileiro Lula da Silva acordaram a contratação de docentes brasileiros de PORTUGUÊS para darem aulas no Ensino Básico (1º Ano de Escolaridade ao 4º Ano de Escolaridade)...
As crianças portuguesas vão passar a ter uma influência directa da
língua brasileira nas escolas.
A alteração da grafia portuguesa do PORTUGUÊS primeiro.
A alteração da fala do PORTUGUÊS depois.
Aparentemente, a intenção dessas pessoas é a uniformização do
PORTUGUÊS. A língua brasileira passará a ser a língua oficial de
PORTUGAL.
Desde 25 de Abril de 1974 que o patriotismo é atacado.
Desde 25 de Abril de 1974 que o nacionalismo é atacado.
Fazem falta associações (legalmente constituídas) cujos fins
sejam defender PORTUGAL e os PORTUGUESES.
Nasci em Lisboa em 1961.
Vivi doze anos durante o "ESTADO NOVO".
Vivo há mais de cinquenta anos numa pseudo democracia.
As revoluções são cíclicas...
Cumprimentos.
João Barros da Costa
JOAO.BARROS.DA.COSTA@SAPO.PT
Caro João Barros da Costa, isto a ser verdade há que tomar providências.
É gravíssimo.
De Diana Coelho a 21 de Fevereiro de 2025 às 17:25
É, de facto, gravíssimo. No entanto, grande parte dos portugueses parece já ter adormecido e perdido o interesse pelo futuro do país. O rumo que Portugal está a tomar preocupa poucos. O que realmente capta a atenção são as redes sociais, os telemóveis, o futebol, as aparências. Quem tem uma casa e um emprego tende a ignorar estes alertas, sem perceber que, no futuro, poderá ser a vez dos seus filhos enfrentarem um país sem oportunidades, sem perspectivas, sem identidade – um país que os próprios portugueses ajudaram a destruir.
Se nem a Língua Portuguesa, que nos define enquanto povo, é valorizada, como esperar que o sejam noutras questões essenciais? E não me venham com a treta da evolução, com o discurso de que "o AO90 é evolução" e que "as línguas evoluem" – blá, blá, blá. O Acordo Ortográfico de 1990 representa tudo menos evolução. É um atentado à coerência da Língua, à sua história e à nossa identidade cultural.
Eu faço a minha parte: transmito aos meus alunos e aos meus filhos o orgulho na nossa Língua e Cultura, sempre recusando o AO90.
Como estou tristemente de acordo consigo, Diana Coelho! A sua análise está perfeita.
O que mais agrava isto tudo é o não-quer-saber dos PAIS, nomeadamente dos mais instruídos, porque as crianças e jovens serão (já são) as maiores vítimas desta usurpação da Língua de Portugal e da vassalagem dos políticos portugueses prestada ao país ex-colonizado que nunca aceitou a colonização portuguesa como um facto consumado, e sem a mínima possibilidade de retorno. Em nenhum outro tempo se conjugaram tais condições. Qualquer analfabeto sabe disto.
Esta “vingança do chinês”, ou seja, impingir-nos a língua brasileira sub-repticiamente, com o aval dos vassalos portugueses, bem instruídos para tal, anda a ser preparada desde tempos muito recuados, mas só agora é que pode ser posta em prática porque foram reunidas as condições ideais para o golpe final: um povo amorfo, que recuou para tempos idos, sobre o qual as redes sociais, os telemóveis, o futebol, as aparências, como diz e muito bem a Diana, exercem uma influência perniciosa que se junta à ignorância optativa, e que se lixem os filhos, as crianças, que, ao menos, quando crescerem, poderão escolher ir para os estrangeiro estudar e procurar uma sociedade mais civilizada, mais culta, mais livre da vergonhosa vassalagem que impregna Portugal de um pestilento cheiro a mofo.
Nesta nefasta sociedade portuguesa temos de nos sujeitar às ordens ditatoriais de governantes vassalos, que não pugnam pelos interesses de Portugal. Teremos?
O “acordo ortográfico de 1990” representa a estupidez mais maciça de que há memória no nosso desventurado País.
Se ao menos houvesse milhares de Dianas Coelho em Portugal, não estaríamos à beira de sofrer um genocídio linguístico, que fará desaparecer Portugal do mapa da Península Ibérica.
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