Então vamos a isso, caro João Barros da Costa.
Mas antes, preciso dizer-lhe que está a comentar na publicação errada, e que o meu nome é Isabel A. Ferreira, sendo que este A. faz toda a diferença, porque não me faz ser confundida com muitas outras Isabéis Ferreiras, que circulam na Internet, o que acontece bastantes vezes, e isso é algo que me incomoda, por me responsabilizarem de coisas que não escrevi.
João Barros da Costa comentou o post «A loucura como hipótese», por Henrique Neto às 01:35, 23/09/2024 :
Queluz, Domingo 22 de Setembro de 2024 Cara Isabel Ferreira, o que escreveu contra o "Acordo Ortográfico" tem o meu (parcial) apoio. O seu esforço é interessante mas não é suficiente. A Lei pode ser usada para acabar com o "Acordo Ortográfico". Um "blogue" não (por muito bem feito e escrito que seja). Conheço e conheci (algumas das pessoas já faleceram) apoiantes e não apoiantes, com maior ou menor visibilidade social. A favor: Edite Estrela (possuo um exemplar do livro "A Questão Ortográfica - Reforma e Acordos da Língua Portuguesa", Edite Estrela, Editorial Notícias, Lisboa, 1993, com uma dedicatória dela para mim: "Para João Costa, da Edite Estrela 9/12/93"). Contra: Maria Isabel Dias da Silva Rebelo Gonçalves, Justino Mendes de Almeida, Vitorino Magalhães Godinho. Conheci a Edite quando ela estava a oferecer exemplares do supra referido livro em frente à Estação de Comboios Queluz-Belas. Conheci a Maria na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1990. Conheci o Justino na Uni versidade Livre (Lisboa), em 1984. Conheci o Vitorino em sua casa, na Segunda-Feira 13/12/1999 (levei um exemplar do livro "Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa", Vitorino Magalhães Godinho, Editora Arcádia, S.A.R.L., Lisboa, 3a. Edição, Maio de 1977 e pedi-lhe para escrever uma dedicatória para mim, o que ele fez: "Para João Luís Barros da Costa em incitamento para o seu combate republicano cordialmente Vitorino M. Godinho Dez. 1999" ). Recomendo o livro "A Questão do "Acordo Ortográfico"", Movimento contra o Acordo Ortográfico, Gráfica Maiadouro, Maia, Fevereiro de 1988. O que fazer para retirar Portugal do "Acordo Ortográfico"? Algum partido político português está contra o "Acordo Ortográfico"? Existe alguma associação, legalmente constituída, que esteja contra o "Acordo Ortográfico"? Cumprimentos. |
Esta publicação gira à volta da guerra da Ucrânia, desencadeada por um russo descerebrado, e NÃO à volta do AO90, parido por dois inimigos de Portugal: um brasileiro (Antônio Houaiss) e um português (Malaca Casteleiro) que tiveram o aval cego de vários políticos portugueses, também inimigos de Portugal, desde Mário Soares, que o ratificou. O meu comentário ao seu comentário está a ser publicado como um texto, no lugar que deve estar: «O Lugar da Língua Portuguesa».
O caro João Barros da Costa diz que o que escrevi contra o AO90 tem o seu “(parcial)” apoio. Nesta matéria ou se é CONTRA o acordo ilegal e inconstitucional, que envolve uma gigantesca fraude, que está a destruir a Língua Portuguesa, ou se é a FAVOR. Nesta causa ninguém pode ser parcial, ou corre o risco de ser cúmplice da fraude, contribuindo para o desaparecimento do nosso maior património identitário: a NOSSA Língua.
Depois, o senhor diz que o meu esforço é interessante, mas não suficiente, e que a Lei pode ser usada para acabar com o acordo ortográfico (por que hei-de escrever esta aberração em maiúsculas?). Não me dá novidade nenhuma. Sei que o meu esforço NÃO é suficiente, e que além de interessante (ou seja, de TER interesse) é um esforço válido, que não vejo ter paralelo entre as conceituadíssimas figuras públicas, que se dizem contra o AO90, mas estão todas encolhidas no seu canto. Só que eu, não sendo uma figura pública, e muito menos conceituadíssima, NÃO estou encolhida no meu canto, actuo, e sei que deixarei o rasto de uma tentativa de DEFENDER o meu mais precioso instrumento de trabalho, a qual até pode ser inglória, mas os meus desventurados netos, que estão a ser COBAIAS desta fraude (e eles sabem disso), não dirão de mim, o que irão dizer dos que se encolheram e nada fizeram para SALVAR a Língua Portuguesa, que é a deles (e eles sabem disso).
Quanto à Lei que pode ser usada para acabar com o acordo ortográfico, peço-lhe o favor (que já pedi a muitos juristas, mas não me responderam [de que terão medo]?), que Lei é essa que pode ser usada para acabar com o AO90? Pode fazer-me esse favor? Se não quiser fazê-lo via comentário, faça-o, por favor, via e-mail: isabelferreira@net.sapo.pt
Cita no seu comentário a Edite Estrela. Se eu tivesse um livro acordista autografado por tal personagem, que escreveu um livro, juntamente com Maria Almira Soares e Maria José Leitão, que eu até consulto algumas vezes, «Saber Escrever Saber Falar – Um guia completo para usar correctamente a Língua Portuguesa» eu deitá-lo-ia ao lixo, pois não concebo que alguém que já defendeu a sua Língua, a fosse desprezar, incentivando à sua destruição, sendo cúmplice de interesses absolutamente vácuos, e que nada têm a ver com as Ciências da Linguagem.
Pergunta: «O que fazer para retirar Portugal do "Acordo Ortográfico"?»
Resposta: obrigar, por vias legais (daí a importância da LEI que refere) o presidente da República a cumprir a Constituição da República Portuguesa, e os governantes a admitirem o ERRO, ou convencer os decisores políticos que apenas mentes elevadas o fazem, e nós queremos crer que os nossos governantes são gente com mentes elevadas.
Pergunta: «Algum partido político português está contra o "Acordo Ortográfico"?»
Resposta: sim, existe um que está CONTRA o AO90 e escreve correCtamente em Português: o Partido Comunista Português (PCP), que já se pronunciou várias vezes na Assembleia da República, sobre esta matéria, porém, como está em minoria, os seus projectos e ideias são ditatorialmente desprezados.
Pergunta: «Existe alguma associação, legalmente constituída, que esteja contra o "Acordo Ortográfico"?»
Resposta: se existe, está muito encolhida também. O que existe é um Grupo Cívico espontâneo de cidadãos portugueses com trabalho já feito, mas também ditatorialmente desprezado pelo PR (várias vezes), pelos PMs socialista e social-democrata, por Cavaco Silva (duas vezes), pela Embaixada de Angola, mas NÃO pela Senhora Ursula von der Leyen, que teve a amabilidade de nos responder, logo à primeira, e sem muita demora.
Esse Grupo chama-se Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes (pensantes, porque os há não-pensantes, que talvez, infelizmente, sejam a maioria). Pode clicar no link e terá toda a informação do Grupo.
Para concluir, quando pessoas, no exercício dos seus cargos, como Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Luís Montenegro, Embaixadora de Angola, e Aníbal Cavaco Silva, este, abordado como ex-presidente da República e um dos culpados-mor pela introdução do ilegal e inconstitucional acordo ortográfico em Portugal, desprezam um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, cujo objectivo é defender o património maior da identidade portuguesa, a sua Língua Materna, vilipendiada pelos motivos mais torpes, não ficará tudo dito, quanto ao desdém que votam a Portugal e aos portugueses, e diz tanto da subserviência a uma ex-colónia que está a usar de má-fé, para impor ao mundo a Variante Brasileira do Português?
Pense nisto, caro João Barros da Costa.
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