Caro Hélio (penso que o seu nome deverá ser acentuado) a sua avaliação sobre a minha pessoa está obviamente errada. Por que haveria de carregar comigo marcas de ressentimento e raiva? Ressentimento de quê? Raiva de quê? Do Brasil? Dos Brasileiros? Quanta estupidez da minha parte, se assim fosse.
Nada tenho contra o Brasil, nem contra os Brasileiros, até porque tenho muita família brasileira e a Cultura Culta Brasileira (NÃO a das favelas) faz parte da MINHA Cultura.
O meu ressentimento e a minha raiva, que existe, sim, é contra os IGNORANTES decisores políticos portugueses e brasileiros. Dos primeiros, porque são capachos dos segundos. E dos segundos, porque querem destruir a Língua, a Cultura e a História Portuguesas, para fazer vencer a Variante Brasileira e a MENTIRA.
E isto, caro Hélio, é que NÃO me faz nada, mas nada, nada bem, até porque NÃO tenho sangue de barata, não sou feita de pau ou pedra, e mau seria se EU aceitasse, de bom grado, que uns despeitados ignorantes andem por aí a desvirtuar descaradamente a História de Portugal, a Cultura de Portugal, a Língua de Portugal, e a pôr o POVO Português num lugar onde NÃO pertence, além de andarem a usurpar o nome da Língua Portuguesa, usando a bandeira brasileira para designar o Português, que eles NÃO falam, nem escrevem.
A minha relação com o Brasil e os Brasileiros DECENTES está de muito boa saúde.
Mas não posso admitir que um bando de ignorantes ande por aí a destruir mais de 800 anos de existência de um POVO que deu ao Brasil todas as ferramentas para se tornar os Estados Unidos da América do Sul, e olhe o que fizeram com elas: deitaram-nas ao lixo.
Quanto ao meu perfil ter coisas “divertidas”, terá para quem NÃO sabe interpretar o que lá vem escrito.
Sim, terminei com distinção o 1º ano do Curso de História, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Rio de Janeiro, e isto foi importante narrar, devido ao que vem a seguir e que o Hélio não leu ou não percebeu: «o que me valeu uma BOLSA DE MÉRITO para continuar os estudos em Portugal, terminando a minha Licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e isto para um “Curriculum Vitae” é importante.
E quer saber mais, já que cutucou a onça com vara curta? Se eu continuasse os estudos na “Gama Filho”, talvez, hoje, lá pudesse ter uma placa de bronze para celebrar a proeza de ter sido a melhor aluna que por lá passou até àquela época. E isto foi-me dito logo na inscrição, a melhor nota de ingresso na Faculdade, desde sempre, e depois, as melhores notas do primeiro ano, de todos os Cursos, também desde sempre (até à época).
Eu escusava de dizer isto, mas disse. Não era isso que estava à espera que eu dissesse, para justificar a Bolsa de Mérito, que me proporcionou vir estudar para a melhor Universidade de Portugal, a de Coimbra, naquela época, porque, hoje, a UC está desprestigiada, por ter aderido ao patético AO90, sem precisar de ter aderido.
Bem, posto isto, adeus. Espero que não se incomode mais comigo, porque agora já sabe do que sou capaz, quem sou, e que ninguém se atreva a vir amesquinhar o MEU País. Defendo-o de quem vier por mal, com todas as minhas garras de fora.
Caro Hélio, diante deste seu comentário, vejo que a sua iliteracia é avançadinha.
Vejo que não conhece a expressão, «pôr as garras de fora»; vejo que não percebeu a expressão “cutucar a onça com vara curta”; vejo que não percebeu nada do que eu escrevi sobre o MÉRITO, que não o temos apenas quando terminamos um Curso, mas durante o nosso percurso académico, em qualquer altura, até durante apenas uma intervenção numa aula. Eu já fui Professora de Português e de História, e distinguia o mérito dos meus alunos, quando eles faziam alguma coisa fora de série. A isso chama-se «incentivar para fazerem ainda melhor»; vejo também que não percebeu contra quem sinto um ressentimento legítimo e uma raiva legítima.
Expliquei tudo isto tão bem! O que lhe aconteceu, Hélio?
Não se aflija que eu estou bem, aliás, fico sempre bem, ainda que me “cutuquem com vara curta”, e estou tranquilíssima, porque NÃO penso (achar é para quem procura alguma coisa) que estão em guerra contra mim, porque sou EU que estou em guerra contra os PREDADORES do meu mais precioso instrumento de trabalho: a Língua Portuguesa, que a quero de boa saúde, íntegra e bela como sempre foi, e nunca deixará de ser, ainda que tentem desfeá-la. As coisas mal feitas acabam sempre por degradar-se e sumir nas trevas que as rodeiam. O Belo, o Bom e o Bem (a filosofia dos três Bês, que sigo) prevalecerá, porque sempre prevaleceu, desde que o Homem descobriu essa preciosa Trilogia.