Enviei aos senhores governantes de Portugal um texto com este título:
PARA PORTUGAL!
E perguntei-lhes: «Qual o sentido de PARA PORTUGAL?»
Este “para” é uma preposição ou um verbo? E conforme for uma ou outra coisa, o sentido da minha pergunta ou vai para norte ou vai para sul.
O que eu pretendo dizer depende da decifração desta charada.
Mas há mais.
Vamos fazer de conta que o boneco da esquerda representa os desacordistas, e o da direita, os acordistas.
O da esquerda pergunta:
- O que é pior? A ignorância ou a indiferença?
Responde o da direita:
- Nem sei, nem me importa!
Devido a este não saber e não importar, a Língua Portuguesa anda por aí a morrer de fome de consoantes, de acentos, de hífenes, empobrecida, esfarrapada, maltratada, e Suas Excelências, lá do alto dos seus postos de faz-de-conta que governam Portugal e zelam pelos seus interesses e pelos interesses dos Portugueses, estão a permitir um caos ortográfico que, a continuar assim, acabará por arruinar definitivamente o Português, que já perdeu o seu berço, a sua História de mais de 800 anos, a sua beleza.
O Português que se escreve por aí, e que os órgãos de comunicação social, particularmente os televisivos (que dão mais nas vistas) disseminam abundantemente, e cujas legendas e rodapés de notícias estão nas mãos de semianalfabetos, já não é Português, mas tão-só uma mal-amanhada massamorda, graças a políticos pouco esclarecidos e muito desalumiados que decidiram arvorar-se em donos da Língua, e fazer dela o tapete comunitário em que todos limpam os pés, à entrada de Portugal. E apenas em Portugal, onde, reza a História, nasceu a Língua Portuguesa. Mas não parece. Por incrível que pareça, parece que nasceu em África, onde a Língua Portuguesa ainda mantém as suas origens europeias.
Isabel A. Ferreira
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