Quarta-feira, 18 de Janeiro de 2023

Na SIC Notícias professor questiona que qualidade de ensino teremos no futuro? Por que NÃO aproveitou esta oportunidade para exigir a extinção do AO90, para que o Ensino possa, de facto, ter qualidade?

 

Todos nós entendemos as reivindicações dos professores, no que respeita aos direitos laborais. Ninguém contesta esta parte. Mas, e o resto?

 

PROFESSOR.png

 

O movimento contestatário dos professores NÃO é pelo que está MAL na Escola PÚBLICA no seu TODO: DIREITOS dos alunos a uma educação escolar e um ensino de QUALIDADE, começando pela Língua Portuguesa, que está a ser DESENSINADA, e por manuais escolares elaborados para alunos inteligentes, e não a julgar que eles são idiotas, e também por instalações condignas e professores com uma FORMAÇÃO de QUALIDADE (o que nos últimos tempos tem falhado de um modo inconcebível!)  


Isto é que faz uma Escola Pública ter QUALIDADE.

No entanto, também é importante que os professores tenham uma carreira estável. E é apenas pela carreira estável que os professores estão a lutar. Uma vergonha!!!!!!

 

Os professores estão-se nas tintas para os direitos dos alunos, que mencionei anteriormente, e vêm questionar que espécie de ensino ou que qualidade de ensino teremos no futuro, quando está nas mãos deles pugnar por essa QUALIDADE de ensino, REJEITANDO o anormal “acordo ortográfico de 1990 que, ilegalmente, veio substituir a Língua Portuguesa, o PILAR de todo o SABER de um Povo?  O que fazem os professores? Simplesmente ignoram que a qualidade do ENSINO passa pela aprendizagem de um Português correCtamente escrito e falado.

 

A Escola NÃO é apenas o professor.

 

Em tudo o que já escrevi a este propósito, nunca pus em causa o direito dos professores exigirem melhor condições de trabalho. Nunca.

 

O que eu, e muitos como eu, pomos em causa, é este protesto generalizado APENAS pelo direito laboral dos professores, SEM que nele estejam incluídos também os DIREITOS dos alunos.

 

Nestas manifestações primeiro ELES, segundo ELES e terceiro ELES. E é isto que eu, e todos os que estão atentos ao que se passa nas escolas, contestamos. Não, o direito de lutar pelos direitos deles.

 

Quanto à questão do AO90, os professores servilmente, acriticamente aceitaram vender gato por lebre aos alunos, escudados numa obrigação que NÃO têm, por ser mais cómodo.

 

Carlos  Fernandes  DITADURA  ORTOGRÁFICA.jpg

 

E o que se passa, ou poderá passar é o seguinte: ou os professores mudam o discurso e incluem nele também os DIREITOS dos alunos a um ENSINO de QUALIDADE, de facto, ou, se conseguirem levar a água ao moinho deles (direitos laborais materializados) ficando de fora os alunos, o Ensino e a Educação Escolar continuarão mergulhados no CAOS, e a QUALIDADE de Ensino, hipocritamente e aligeiradamente questionada pela rama, continuará ad aeternum a NÃO existir.

 

***

FRANÇÊS.png

 

E já que falamos em CAOS, veja-se o estado caótico em que anda a escrita do NOSSO Português, ainda que isto nada tenha a ver com a estupidez propagada pelo AO90. Mas uma coisa chama a outra, e já ninguém atina com escrever correCtamente.

 

É inadmissível que num programa da RTP (suponho que seja o «Porquinho Mealheiro»), que se quer “cultural”, se escreva “franÇês”, à moda da “desiluÇão” no cartaz de uma professora em manifestação pelos seus direitos laborais. Não admira que as crianças troquem frequentemente os cês pelos ésses e vice-versa, com tantos exemplos de como se escreve MAL em Português, por gente que devia ser o MAIOR exemplo de como escrever BEM em Português.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:46

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comentários:
De Bartolomeu a 19 de Janeiro de 2023 às 09:08
Uma coisa que eu não percebo é a real necessidade dum Acordo Ortográfico "internacional" do Português. Quer dizer, foram, por exemplo, suprimidas as consoantes mudas mas porquê? No Brasil ainda se diz "baptismo" ou "recepção" e nós em Portugal não começamos a ter convulsões por causa disto. Da mesma maneira que em palavras como "acadêmico", "colônia", "fenômeno", nós sabemos que cá se escreve "académico", "colónia", "fenómeno". Por que razão, então, foi criado este DesAcordo? Só porque temos ortografias ligeiramente diferentes, não nos faz de todo incompreensíveis nem incompreendidos. E porquê? Porque, como humanos, somos inteligentes e o nosso cérebro preenche inconscientemente estas diferenças na escrita. O AO90 foi criado para as pessoas se tornarem mais burras, não para tentar "uní-las".
De Isabel A. Ferreira a 19 de Janeiro de 2023 às 15:35
Bartolomeu, concordo com o que diz, mas permita-me uma observação: no Brasil, a grafia para o NOSSO baPtismo é “batismo”, sem pê; mas sim, eles escrevem recePção com pê, um dos poucos vocábulos que, no Brasil, escapou à mutilação. De resto, eles mutilaram 99% das consoantes mudas, de acordo com o Formulário Ortográfico de 1943, afastando-se desse modo, da RAIZ da Língua Portuguesa, o que criou uma grafia NÃO ligeiramente, mas quase totalmente diferente.

O (des)acordo ortográfico foi criado para DESTRUIR a Língua Portuguesa, e substituí-la pela (que há-de ser) a Língua Brasileira. Mas foi também criado a pensar naquelas pessoas com graves dificuldades para PENSAR a Língua, como os CRIADORES do AO90.

Um dos argumentos mais idiotas para sustentar o AO90 é este: «como uma criança pode saber que “director” se escreve com cê?», achando que as crianças portuguesas são mais idiotas do que as crianças inglesas, alemãs, francesas, espanholas, polacas, croatas, enfim, uma infinidade de outras nacionalidades com Línguas cheias de CONSOANTES MUDAS.

E o que dizer das gerações anteriores ao AO90, que sempre souberam que director, se escrevia com cê. Éramos uns super-cérebros (se eles podem escrever “correú”, eu tenho toda a legitimidade para escrever super-cérebros, com hífen, como penso que deve ser escrito, para não criar abortos ortográficos, é para isso que os hífenes existem). De repente, as crianças portuguesas perderam a sua inteligência.

Só mesmo DOIDOS VARRIDOS acham (porque não sabem pensar) que a grafia do AO90 é grafia de GENTE.
De Bartolomeu a 19 de Janeiro de 2023 às 17:52
Ora aí está um belo ponto: o inglês. Talvez uma das mais - senão a mais - ortograficamente inconsistente de todas as línguas. Por exemplo, o nome Hughie pronuncia-se "Hyuie": esta é uma das várias maneiras diferentes de pronunciar o "gh" (ghost, though, tough, dough, tight, sigh). No entanto, não conheço ninguém que tenha ficado severamente danificado ao nível cerebral por estes fenómenos, sejam ingleses ou portugueses...
De Isabel A. Ferreira a 19 de Janeiro de 2023 às 18:35
Bartolomeu, os acordistas ADULTOS, além de não conseguirem descortinar que "director" é escrito com cê, jamais conseguiriam escrever as palavras inglesas que mencionou. E muito menos palavras alemãs com uma carrada de sílabas e consoantes não-pronunciadas como em Schlittschuhlaufen ou Kraftfahrzeug-Haftpflichtversicherung. E nem sequer jamais as pronunciariam.

As crianças alemãs e inglesas devem ser uns génios, comparadas com os acordistas ADULTOS que engendraram o AO90.

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