Ou estarei enganada? Como não obtive esclarecimento, embora tivesse tentado, sou livre de pensar o que bem entender, acerca disto. Até porque o AO90 é tabu, e não pode ser abordado com a verdade.
Trago a público este episódio, a pender para o pidesco, porque não concebo censuras, a não ser que estejamos, realmente, a viver na mais pura e dura ditadura, fantasiada de democracia, só para disfarçar. E também porque não admitito atitudes machistas, na tentativa de me calar.
Eu, e muitos como eu, consideramos estar debaixo das asas de ditadores cegos, surdos e mudos às incontáveis vozes que se erguem contra a absurda imposição ditatorial do AO90. E que não haja qualquer dúvida acerca disto.
A história conta-se numa penada.
Tudo começou com um comentário que deixei ao texto «Ramalho Eanes: "Se não fosse o império, seríamos uma Catalunha" – a propósito da polémica sobre a remoção dos brasões da Praça do Império, em Belém, o qual pode ser consultado neste link:
Sendo eu uma livre-pensadora, dos quatro costados, e não conseguindo ver passar o vento, sem entrar na tempestade, e depois de consultar as Regras da Comunidade [SOL], li no ponto 1 que «todos os leitores podem comentar no site do Nascer do SOL, para tal necessitam estar registados na plataforma de comentários DISQUS», e estando já registada, ousei lá deixar o seguinte comentário:
Então um outro comentador, ripostou deste modo:
E eu respondi-lhe o seguinte (que não consegui capturar, porque o comentário foi eliminado). Contudo, tinha-o arquivado na lista dos comentários que faço online, não vá o diabo tecê-las, como, aliás, foi o caso:
***
O meu comentário censurado:
O que é que significa “ter problemas em assumir o que escrevo”? Quem tem problemas? Eu? Quem parece ter problemas é você, que lê, mas não entende o que está escrito.
Está muito enganado quanto ao regresso às ditaduras, pois se actualmente vivemos uma ditadura disfarçada de democracia (e não me refiro ao estado de emergência, que não é para aqui chamado)!
Vou dar-lhe apenas um exemplo, entre uma lista enorme de exemplos que poderia dar, mas não cabe neste espaço. Vou dar-lhe o exemplo mais flagrante, porque põe em causa a nossa identidade de nação livre e independente: a ditadura ortográfica que nos foi imposta, à força, ditatorialmente, e que nenhum país “lusófono” quer.
O facto de existir um SS a comandar as “tropas” servilistas e seguidistas, que não têm o mínimo espírito crítico, para se lhe opor, é um prenúncio de ditadura, de tal forma, que o actual governo, desprezando a Lei, anda a espezinhar uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos [Contra o Acordo Ortográfico ILC-AO] e a manter uma ortografia ilegal e inconstitucional, aos milhares de Portugueses, que já se pronunciaram desfavoravelmente acerca desta matéria. E se isto não é uma “arte” ditatorial, eu sou a Rainha de Sabá.
E por causa desta ditadura de extrema-esquerda, anda meio mundo português desiludido, estando a dar força a uma possível ditadura de extrema-direita, que já está bastante bem posicionada.
Não se ponham a pau, e muito brevemente andaremos todos a marchar: ou de punho erguido ou de mão estendida, em todos os Terreiros do Paço do nosso pequeno, pobre e desgraçado País! E ambas as marchas serão um regresso ao passado que tanto se quer ver destruído!
***
Bem, não sei ao certo se o comentário foi eliminado por causa da alusão ao AO90, ou por outro motivo qualquer.
Nas regras da Comunidade, que podem ser consultadas aqui:
Nascer do SOL Comment Policy
Ao comentar no Nascer do SOL está de acordo com a política de comentários.
Please read our Comment Policy before commenting
nada vi que pudesse levar à censura do meu comentário, até porque se se derem ao trabalho de ver os outros 288 comentários, podem comprovar que em muitos deles quase todas as regras são violadas, desde o anonimato, ao insulto. E o meu nem era anónimo nem insultava ninguém. Penso eu.
O meu comentário continha apenas umas verdades, que não convinham estar ali. Não, naquele “Nascer do SOL”, por motivos muito óbvios, aliás, algo que o sociólogo António Barreto abordou num texto lapidar, que pode ser consultado neste link:
***
Concluindo: todos os Portugueses (mas também milhares de cidadãos dos restantes países lusófonos), que têm os seus neurónios a funcionar plenamente, rejeitam o AO90, por este não ter ponta por onde se lhe pegue. Contudo, ditatorialmente, continua por aí a ser imposto, divulgado e apoiado, contribuindo para um analfabetismo funcional, sem precedentes na nossa já longa História, algo que Portugal pagará muito caro.
Como diz o meu amigo Eduardo Amarante «isto já não é o "lápis azul" a actuar; é o "lápis vermelho" dos tiranos!» Certíssimo.
E se isto não faz parte de uma táctica ditatorial, eu sou a Rainha de Sabá.
Isabel A. Ferreira
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