comentários:
De Ana a 27 de Setembro de 2021 às 12:17
Não sei quem é esse Carlinhos (Des)Esperança, o que só prova que é mais uma marioneta dessa jogatina política, um lambe-botinhas tão comum em Portugal, mais do a suposta aversão às novidades que ele apregoa na verborreia que escreveu.
E qual é o problema de escrever sem o aborto ortográfico? Dói-lhe muito ver português bem escrito? Ele perde comissão quando alguém não o segue? Quem ele pensa que é para exigir ao Público e ou a quem quer que seja que siga o aborto ortográfico? Se fosse Directora do Público, proibiria a publicação de todos os artigos defensores desse lixo e obrigaria todos os colonistas convidados a escreverem correctamente português só de pirraça. Isto é uma guerra! E quanto mais esses badamecos tagarelas fascistas que gostam de impôr (lá está o Google a marcar como errado) o seu modo de ser, estar e pensar aos outros, mais eu me rebelo e tenho vontade de escrever correctamente. Aliás, foi graças a essas badalhocos que abortei o uso do AO 90, e voltei ao lindo AO 45. E aquela chantagem estúpida de "ai não me obrigues a esconder o Público aos meus netos" só mostra o ditatorialismo desse sujeito e a sua imensa falta de carácter! Aliás, é um atestado de estupidez aos netos e à sua própria pessoa!
De Isabel A. Ferreira a 27 de Setembro de 2021 às 14:51
Pois também, aqui, estou completamente de acordo consigo, Ana.

Há por aí muitos lambe-botinhas e botas que nos provocam, pelos menos a mim, urticária. Tenho alergia a essa gentinha.

O que este senhor Esperança escreveu é de um autoritarismo, que vem comprovar a DITADURA ORTOGRÁFICA que foi imposta a Portugal, se bem que apenas os mais servilistas e seguidistas aplicam o AO90, agora que têm disponível TODA a informação acerca desta fraude.

E sim, também concordo co a Ana quando diz que este senhor ao falar de esconder o Público aos netos foi passar um atestado de estupidez aos netos e a si próprio.

Mas o que são capazes de fazer os paus-mandados para conseguirem benefícios!!!!!!! Vendem a própria honra!
De Susana Bastos a 27 de Setembro de 2021 às 20:15
O quadro não está bem, é "acepção" a grafia no Brasil. Não conhecem outra. O AO90 não é a grafia brasileira. Existem dezenas de outros exemplos.
De Isabel A. Ferreira a 28 de Setembro de 2021 às 12:30
Susana Bastos, começo por agradecer a correcção. De facto, no Brasil, antes e depois do AO90 os brasileiros grafavam e continuaram a grafar acePção, porque simplesmente pronunciam o pê. Já corrigi o lapso. E os exemplos das excePções são diminutos.

De resto, a Susana Bastos NÃO tem razão quando diz que o AO90 NÃO É a grafia brasileira.
Por que É e por QUEM o AO90 foi engendrado? Isto já foi explicado ene vezes, e ainda assim há quem teime, como a Susana Bastos, por alguma razão menos clara, em dizer que a grafia do AO90 NÃO está assente na grafia brasileira. Quando a intenção dos parideiros do AO90 foi PRECISAMENTE essa, com a falácia da UNIFICAÇÃO, pôr os Portugueses a grafar à brasileira. Depois vieram coma areia nos olhos, no que respeita à acentuação e hifenização, apenas para não dizerem que os Brasileiros não teriam nada para mudar com o AO90. Isto é um FACTO, Susana Bastos.

A falaciosa unificação não foi para o lado PORTUGUÊS. Não pôs os brasileiros a grafar aCto, quando eles escreviam e continuam a escrever “ato”, e etc., e infinitos etc., em várias centenas de vocábulos, em que OBRIGARAM os Portugueses a grafar à brasileira. ExcePto, uns poucos vocábulos e as suas derivantes, que eles continuaram e continuam a escrever à portuguesa, pelo simples facto de pronunciarem os pês e os cês.

De resto, Susana Bastos, é da teimosia, para já não falar da ignorância, RECUSAR ver o óbvio.

Com o AO90 os Brasileiros continuaram a grafar sem os cês e os pês, que a nós obrigaram (os ignorantes políticos portugueses e brasileiros) a grafar à brasileira, e só não vê isto quem está de má-fé, ou então, usa isto para se escudar ou se justificar, porque sendo professores, NÃO ADMITEM que estejam a “ensinar” as nossas crianças a escrever à brasileira. Como de facto ESTÃO.

A intenção do brasileiro Antônio Houiss, o ideólogo do AO90, era precisamente essa: pôr os Portugueses a grafar centenas e centenas de palavras à brasileira, NÃO com o intuito de UNIFICAR as grafias, porque ele não era assim tão parvo, que tivesse essa pretensão, que sabia ser impossível de concretizar, porque ou os Brasileiros começariam a grafar “Amazónia”, ou os Portugueses a grafar “Amazônia”. A intenção de Houaiss foi simplesmente a de deslusitanizar a Língua Portuguesa, em Portugal, como foi deslusitanizada no Brasil a partir de 1943, e “bagunçar o [nosso] coreto”, uma expressão brasileira que significa “atrapalhar de propósito” , no nosso caso, destruir a Língua Portuguesa, para que a “brasileira” se impusesse no mundo, o que DE FACTO já está a acontecer, bem nas barbas dos governantes portugueses, e dos PROFESSORES, a quem atribuo a MAIOR culpa de toda esta tragédia linguística, porque CEDERAM, quando tinham o DEVER e podiam NÃO CEDER, porque não existe nenhuma Lei que os obrigasse a “ensinar” uma tal ortografia.

A ignorância, por si só, já é uma tragédia. Mas a ignorância OPTATIVA é o cúmulo da tragédia.

Portanto, Susana Bastos, não venha para aqui, outra vez, dizer que o AO90 nada tem a ver com a grafia brasileira. Leia mais sobre esta matéria. Informe-se. Não emprenhe pelos ouvidos, o que os políticos ignorantes querem que se emprenhe. O meu Blogue está cheio de informação COMPROVADA, a este respeito.

De Susana Bastos a 27 de Setembro de 2021 às 20:17
Esse Sr. Esperança é um miserável. Não tem outra qualificação possível. Muito bem fez o Público em não publicar tamanha idiotice.
De Inácio Silva a 28 de Setembro de 2021 às 13:02
Porque estou totalmente de acordo com esta brilhante crítica ao AO90, peço licença à respectiva autora (Isabel A. Ferreira) para o publicar.
Esta chapada cultural deveria encaixar e deixar marcas severas nos ignorantes que aceitaram promulgar aquela infâmia à Língua Portuguesa, deixando-se colonizar pelo Brasil, que nunca soube falar e escrever, correctamente, a língua de Camões.
Estou triste por Portugal ter servidores ignorantes mas mais triste estou, ainda, por os nossos filhos e netos estarem a aprender uma língua destorcida, amputada e maltratada por alguns imbecis, em representação de Portugal mas sem terem submetido a referendo nacional esta aberração que é o A. O., que teria chumbo garantido.
Eu nunca mas nunca escreverei segundo este malvado A. O..
Por mim, obrigaria todos os que estiveram na base da alteração e da publicação deste AO, a voltarem para a escola, para aprenderem o verdadeiro e genuíno português.
De Isabel A. Ferreira a 28 de Setembro de 2021 às 15:01
Inácio Silva, desde que mencione a fonte do texto :

https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-acordo-ortografico-de-1990-ao-90-e-a-334961?thread=170609#t170609

pode partilhá-lo à vontade.

O que diz no seu comentário é o pensamento de milhares de Portugueses, que, no entanto, calam-se, por motivos inexplicáveis.

Por mim, os políticos, que mantém esta aberração ortográfica activa, também regressariam ao 1º ano da Escola Básica, para aprenderem não só a escrever correCtamente, mas também a falar, porque eles a falar são uma desgraça, não tão grande quanto a escrever, mas são igualmente uma desgraça....
De Inácio Silva a 28 de Setembro de 2021 às 20:09
Obrigado, Isabel A. Ferreira, por ter publicado o meu comentário.
Sim, eu mencionei a fonte, como aconselha a ética.
Caso queira, poderá verificar. O link é este:https://www.facebook.com/inacio.silwa/posts/10216701303685238.
Os meus cumprimentos.
De Isabel A. Ferreira a 29 de Setembro de 2021 às 11:58
Obrigada, eu, por partilhar o texto, Inácio Silva.
As minhas saudações desacordistas.
De José Lucas a 30 de Novembro de 2022 às 13:39
Gostaria de lhe enviar a carta que escrevi a Marcelo Rebelo de Ousa sobre o (des)Acordo Ortográfico mas nao sei como porque a tenho em Word então tenho blog.
Portugal e um país de analfabetos que elege os políticos que merece. Esses mesmos senhores fizeram aprovar um acordo feito por linguistas de vão de escada e com gravíssimas consequências para as gerações futuras. Mas, como estamos no Mundial tudo se esquece, e outras eventos aparecerão para esquecer isto.
"Até às nestas mais ferozes tem um sentimento de pied
ade de vez em quando mas, eu não sinto nenhum pelos autores deste acordo logo, não sou nenhuma besta"
Ricardo II
William Shakespeare

De Isabel A. Ferreira a 30 de Novembro de 2022 às 17:44
Boa tarde, José Lucas.
Pode enviar o seu texto para o endereço do Blogue:
isabelferreira@net.sapo.pt
De José Lucas a 30 de Novembro de 2022 às 15:20
Hoje fui de fato ao futebol mas não atei os sapatos porque fui ver o segundo ato do Il Trovador de Verdi, mas estou atrasado porque tenho de atar os sapatos para fazer a Ata da reunião de Direção da empresa.
Lindo não e? Tão lindo que os políticos que aprovaram isto deviam limpar as mãos aquele papel que se usa para fins menos dignos.
De Isabel A. Ferreira a 30 de Novembro de 2022 às 17:46
Tenho a mesma opinião.
Com estes políticos que temos, Portugal NÃO precisa de inimigos.
De Felipe Maia a 19 de Julho de 2023 às 02:04
Olá, sou Brasileiro e concordo em algumas coisas do seu post, o acordo ortográfico (tanto o de 90 e o de 2009) também causou um show de horrores no Brasil, em coisas como:
a remoção da trema, sendo que "güi", é totalmente diferente de "gui", adição de letras que nem existem no português, K-W-Y, e remoção de acentos como em "vôo", "jibóia", "éi", "oí"

éis aqui um artigo brasileiro falando dos aspectos negativos do AO que tivemos aqui:

https://ufal.br/ufal/noticias/2009/01/o-acordo-ortografico-e-suas-implicacoes-na-vida-diaria
De Isabel A. Ferreira a 8 de Agosto de 2023 às 16:52
Boa tarde, Felipe Maia. Só agora vim de férias e vi o seu comentário.

Em primeiro lugar quero agradecer o seu comentário.
Gostaria de lhe perguntar que “acordo” é esse de 2009, que é completamente desconhecido por aqui?

Quanto ao “show de horrores” que refere, penso que exagera, porque no Brasil o maior “horror” foi a retirada do trema. Depois foram menos uns acentos e uns hífenes, e foi só o que mudou na vossa grafia.

Em Portugal, foi o LÉXICO português que foi alterado, mutilado, e para completar, a destruição da escrita, a acentuação e hifenização, auxiliares preciosos para a compreensão da escrita, transformou-a num caos. E hoje temos uma linguagem básica, amixordizada, porque nem é portuguesa, nem é brasileira.

O K, o W e o Y sempre fizeram arte do nosso alfabeto. Em 1943, aquando da elaboração do Formulário Ortográfico Brasileiro, decidiram retirá-las, porque as consideraram “desnecessárias”, e deslusitanizaram o Português, ou seja, mutilaram as palavras, afastando-as das suas raízes greco-latinas, suprimindo-lhes as consoantes não-pronunciadas, mas com FUNÇÃO DIACRÍTICA, o que obrigatoriamente conduz a uma outra pronúncia das palavras, em Português. Na Variante Brasileira do Português isso não acontece, porque castelhanizaram o Português, abrindo todas as vogais, e no Brasil “afeto” continua a pronunciar-se “afÉtu”, em Portugal, como AO90 a exigir a retirada do CÊ, pronuncia-se “âfÊtu”. E o que será “afetu” (âfêtu")?

Se para o Brasil o AO90 trouxe aspectos negativos, para Portugal trouxe o CAOS elevado ao infinito, e o abrasileiramento do Português, algo que os Portugueses PENSANTES não estão dispostos a aceitar.

O Brasil tem a sua Variante Brasileira da Língua Portuguesa (uma outra versão de linguagem) e Portugal tem a sua Língua Portuguesa.

No artigo que enviou, e que eu agradeço, existem várias interpretações erradas (algo muito comum, quando a um brasileiro lhe dá para falar acerca do Português, que no Brasil é estudado à brasileira, e NÃO à portuguesa. Por exemplo, nós sempre escrevemos jÓia, bÓia, jibÓia, e, quem cumpre a lei vigente no nosso país, continua a acentuar essas palavras. Não escrevemos “idÉia (como os Brasileiros o fazem) assim como não escrevemos aldÉia, nem sequer abrimos o E: alcateia, ameia, amêijoa (ÊI).

Com o AO90, no Brasil, apenas se mexeu nos hífenes e na acentuação, com maior desgosto para o trema. No entanto, no Brasil, o AO90 não existe para 99,9% dos brasileiros. Nem sequer sabem o que isso é. Continuam a escrever e a falar como sempre escreveram e falaram: à brasileira. É o que eu faço quando vou ao Brasil, onde aprendi a ler e a escrever.

Quanto à situação ser “irreversível” é a maior FALÁCIA.
Irreversível, só a MORTE.
Enquanto houver, em Portugal e nas comunidades portuguesas na diáspora, quem lute pela Língua Portuguesa, ela jamais será brasileira. E somos milhares.

Penso que os milhões de brasileiros deveriam ficar com a sua VARIANTE Brasileira do Português, enriquecida com as linguagens indígenas, brasileiras e africanas, e dos muitos outros povos que aí se fixaram.

O Brasil não precisa rebaixar-se, ao USURPAR a Língua dos Portugueses, para poder impor-se no mundo.

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