Infelizmente, graças ao servilismo e seguidismo que por aí grassa na comunicação social (salvo raras excepções), o acordo ortográfico de 1990 transformou-se num tabu, quase absoluto.
E se é bem verdade que em Democracia não há assuntos tabu, o que pensar quando, apesar disso, existe um assunto tão tabu, que nem os decisores políticos, que se dizem “democráticos” (?) e deveriam ser os primeiros a descartar tal possibilidade, não têm a liberdade de discutir o assunto com os cidadãos que eles deveriam servir, mas não servem?
Diz-nos a Professora Maria José Abranches:
«Em breve teremos de cumprir de novo o nosso dever de cidadãos, participando nas próximas eleições legislativas. No respeito pela democracia que devemos ao 25 de Abril, cujos 50 anos celebraremos este ano, a questão da imposição política do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) a Portugal terá de ser tema obrigatório de discussão pública, de modo a que os diversos partidos demonstrem o seu conhecimento sobre a matéria e assumam claramente a sua posição.
E o jornalismo, que vive pela palavra, terá também de assumir com dignidade a sua função, chamando à ribalta esta questão fundamental, contribuindo assim para o indispensável esclarecimento dos cidadãos.
Faço minhas as palavras de José Carlos Barros, escritor, ex-deputado do PSD e relator do Grupo de Trabalho para a Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990: «O Acordo Ortográfico não é um assunto tabu e não há assuntos tabu em democracia»; «Acho que o silenciamento a que foi reduzida a questão do acordo ortográfico é algo verdadeiramente antidemocrático. Isto para não dizer outras coisas.» (Entrevista ao Jornal I, 11/07/2022).
Assino por baixo.
Isabel A. Ferreira
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