Trocando e-mails com leitores acerca do AO90, eu não sei tudo, sei quase tudo, porque o tempo do tudo ainda está por chegar. Mas uma coisa eu sei: o AO90 é um enredo de mentiras que se enrolam para fazer meadas, e a este Blogue cabe apenas desenlear essas meadas…
Por entender ser do interesse público, as considerações que recebi, via e-mail, do Professor A. Viera, transcreverei a nossa última troca de ideias, com a permissão do próprio, começando pelo último e-mail, que nos fala de um exemplo onde a racionalidade saiu vencedora, o que nos dá uma ideia de que o Acordo Ortográfico (é) um Beco Com Saída, como nos conta Nuno Pacheco neste seu livro, de leitura obrigatória.
2º e-mail:
«Dr.ª Isabel, naturalmente que agradeço a inclusão do meu texto no seu blogue. No preciso momento em que li o seu mail, tive uma surpresa agradável - que felizmente também as há: ao receber a Revista "Combatente" (Edição da Liga dos Combatentes) reparei que a mesma vem agora redigida em Português correcto (a começar pela referência ao seu DireCtor) coisa que não acontecia; em tempos desinteressei-me da sua leitura e enviei um mail ao Gen. Chito Rodrigues, revoltado e a dar conta do erro em que uma edição das nossas F. A.´s incorria ao não respeitar a nossa Língua (e logo uma Instituição que deve pugnar pelos nossos valores - Pátrios). Assim comprovo que a mensagem surtiu efeito. Felizmente!!
Despeço-me, mantendo-nos em contacto e subscrevendo-me,
A.Vieira»
***
1º e-mail:
«Dr.ª Isabel, satisfaça-me a minha curiosidade p.f.: o dito "COLP" é uma iniciativa (ou organismo) meramente consultivo, ou tem algum alcance deliberativo?
Se bem reparou, naquele "conclave" de criaturas já visivelmente fossilizadas, que já deviam era estar de pantufas em casa a cuidar dos netos (ou mesmo até dos bisnetos) e que se auto-atribuem prebendas, num circuito fechado de resultado nulo, ninguém fez menção ao (dito) "A" O 90. Qual a razão?
Há algum tempo, o nosso Primeiro Costa "chutou para canto" relativamente a esta questão, quando depois de se afirmar "contra" (há poucos anos atrás) passou a ser "a favor" dizendo de seguida que "acordos ortográficos, houve-os, está agora este, mas outros irão seguir-se... assim mais ou menos nestes termos! ou seja, e para bom entendedor, para não "dar o flanco" já está a preparar-se para não perder a face, deixando antever, no íntimo, que este "A"O não tem mais pernas para andar. Há já algum tempo o "Kaiser" numa atitude de arrogância miserável afirmava que " eu até podia suprimir o AO!!"…! ou seja, os ditames da nossa Língua sujeitos aos estados de humor e aos caprichos da criatura!
Mais importante: este CIO-AO90, com sede em Genebra (que desconheço e que se calhar o mesmo sucede com a maioria das pessoas) de que alcance jurídico dispõe?
E afinal qual a posição do Brasil? se a iniciativa do Presidente Bolsonaro tivesse o desfecho desejado (a começar por ele mesmo) o assunto estaria já arrumado e de vez.
Continuo a pensar que se se criasse uma plataforma informática de professores decididos a não cumprirem o "A"O 90 numa atitude rebelião assumida sem hesitações, mas concertada, e em número elevado, e se se recusassem a corrigir testes e exames subordinados ao mesmo, a coisa mudaria de figura.
Despeço-me por hoje; mantendo-nos em contacto, subscrevo-me,
A. Vieira»
***
Caro Professor,
Agradeço o seu e-mail.
Respondendo à sua primeira questão:
O dito “COLP” (Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa) é um órgão (mais um, para esbanjar dinheiros públicos) nem consultivo, nem coisa nenhuma. Foi criado em Julho, apenas para se andar a brincar com um assunto muito sério: a destruição da Língua Portuguesa, na sua forma grafada, uma vez que o que divulgam não é a Ortografia Portuguesa, mas sim a Ortografia Brasileira. É, portanto, um organismo, mais um, para enganar os mais distraídos...
Sim, reparei, que eles já nem falam no AO90, naturalmente para não levantarem ondas sobre a FRAUDE que o envolve, estando todas essas criaturas envolvidas nela.
O nosso primeiro Costa, anda nisto como um barco à deriva, pois nada percebe das Ciências da Linguagem, escreve mal e pronuncia mal o Português, está-se nas tintas para a Cultura Linguística e para a perda da nossa identidade, desde que continue a ser o primeiro de Portugal.
Que o AO90 não tem mais condições para continuar, é um facto. Que o SS da língua anda por aí arrogantemente a arvorar-se dono dela é igualmente outro facto, gravíssimo, que deve ser escrutinado na justiça. Pois esta coisa de os ditames da nossa Língua estarem sujeitos aos estados de humor e aos caprichos de um SS, tem muito que se lhe diga.
Quanto ao mais importante: o CIO-AO90, suponho que tenha sido criado por desacordistas portugueses, que os há, e muitos, a viverem no estrangeiro, e, naturalmente, devido à gravidade das denúncias, terão com toda a certeza, um substancial alcance jurídico. Mas o alcance jurídico qualquer cidadão português poderá tê-lo, se se dispuser a exercer o direito cívico da denúncia/queixa.
Não, ninguém conhece o CIO-AO90. Nem eu própria. Mas quanto a mim, não me interessa conhecer as pessoas que lá fora lutam pela extinção do AO90, desde que lutem, e dêem provas disso. Recebo bastantes e-mails do estrangeiro, de pessoas com nomes estranhos (naturalmente pseudónimos) e que estão a lutar contra o AO90. Suponho que os cargos que ocupam, não lhes permitam dar a cara. Porque no meio mafioso, todo o cuidado é pouco. Entendo perfeitamente esta atitude de precaução.
Quanto ao Brasil, o silêncio mantém-se.
Em relação à plataforma informática de professores decididos a não cumprirem o AO90, acho óptimo, concordo em absoluto consigo, daí que lhe sugira, uma vez que é do meio, que lance o repto aos seus colegas, alinhave as ideias, e eu publicarei no Blogue esse repto.
Penso que está nas mãos de professores conscienciosos do DEVER da nobre missão de ENSINAR, acabar de vez com esta farsa, que só está a prejudicar as crianças e os jovens que frequentam as escolas Portuguesas.
Por fim, peço-lhe permissão para publicar o seu e-mail assinado, com esta minha resposta, por ser do interesse público.
Aguardo que me diga alguma coisa.
Saudações desacordistas,
Isabel A. Ferreira
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