(Encontrei esta “Defesa da Língua Portuguesa” algures. Não fixei a fonte. Se o autor, por ventura, vier a ler este texto, peço que diga de sua justiça, para que eu possa acrescentar a autoria).
«Em defesa da Língua Portuguesa, que é uma parte essencial do PATRIMÓNIO IMATERIAL de PORTUGAL, segundo a Convenção da UNESCO, o remetente desta mensagem NÃO adoPta o “Des-Acordo Ortográfico” de 1990 (AO9O) devido a ser:
1 - ILEGAL e INCONSTITUCIONAL
2 - Linguisticamente inconsistente
3 - Estruturalmente incongruente.
4 - Para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral e de ter provocado um CAOS ORTOGRÁFICO em PORTUGAL e um DESCALABRO a nível internacional.
Foi REJEITADO por vários outros países (ANGOLA, MOÇAMBIQUE).
REVOGAÇÃO IMEDIATA!»
***
Entretanto, num comentário que também li algures, Fernando Lira que, suponho, é um cidadão brasileiro, a propósito de uma publicação, onde num título de jornal se escrevia ESPETADORES, algo muito disseminado pelos acordistas, que querem ser mais malaquistas do que Malaca Casteleiro, disse o seguinte:
«Aqui no Brasil ninguém fala e nem escreve ESPETADOR em vez de ESPECTADOR.
Nós escrevemos como falamos. Portanto, aqui se fala e se escreve:
RECEPÇÃO, CONCEPÇÃO, DETECÇÃO, BACTÉRIA, INFECÇÃO, CONTACTAR, PACTO, PERCEPÇÃO, FACÇÃO, APTO e etc.
Já nas palavras que não pronunciamos o "C" e o "P" também não se escreve:
ATO, FATO, EXATO, ASSUNTO, CONTATO, ADOÇÃO, ACESSO, EXCEÇÃO e etc.»
***
Isto é verdade.
No Brasil, país onde se forjou a ortografia preconizada pelo AO90, escreve-se e pronuncia-se os pês e os cês, de espectador, recepção, concepção, detecção, bactéria, infecção, contactar, pacto, percepção, facção, apto, etc….
Em Portugal, não. Em Portugal, os “brilhantes” escreventes e tradutores da nossa praça, desatam a cortar todos os pês e os cês que lhes aparecem à frente dos olhos. Daí vermos por aí escritas palavras curiosas, estranhas, indecifráveis, inexistentes nas línguas latinas: espetador, receção, conceção, deteção, batéria, infeção, perceção, fação… e tantas outras.
Agora, curioso, curioso, e quando por lá andei a estudar, tentei que me dessem uma justificação racional para assim ser (mas não deram) é o facto de, no Brasil, escreverem ato, fato, exato, mas pacto; contato, mas contactar; exceção, mas recepção, concepção, percepção…
Não há qualquer lógica nisto. É assim porque é. Aliás, o AO90 não segue nenhuma lógica. É como é, porque é. Não há qualquer base científica para o sustentar. Nem científica, nem jurídica, nem racional. Nem coisa nenhuma.
Então, as perguntas são estas:
Por que é que o AO90 ainda não foi atirado ao caixote do lixo, lugar onde pertence?
Por que é que o governo português, teima em impingi-lo, principalmente às crianças portuguesas, que estão a ser criminosamente enganadas? Estão a vender-lhes gato por lebre. E elas, além de não merecerem, são tudo, menos parvas, e já se apercebem desta ignóbil tramóia.
Atente-se no que diz Vasco Graça Moura.
Por isso, esperamos que as editoras, que têm interesses obscuros neste negócio sórdido, vão todas à falência.
Apela-se, portanto, ao boicote de todas as publicações (livros, jornais, revistas) que não estejam escritas em Língua Portuguesa. A única. A oficial. A Culta.
Isabel A. Ferreira
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