O acordo ortográfico de 1990 é um falso acordo, não só porque gerou o maior desacordo da história dos países lusófonos, como é uma espécie de "gato escondido com o rabo de fora" para encapotar a imposição da ortografia brasileira (mais acento, menos acento, mais trema, menos trema, mais hífen, menos hífen) aos restantes países de expressão portuguesa, com a pretensão de que eles são milhões. Mas se lhe retirarmos os milhares de analfabetos ainda existentes, os milhares que mal sabem ler e escrever (os semianalfabetos), os milhares que se estão nas tintas para a ortografia; os milhares que nem sabem o que isso é, acaba por restar menos de um milhar…
Que o falso AO90 é uma tremenda fraude e um falhanço total, o mundo inteiro já sabe. Que o falso AO90 não serve os interesses de nenhum país, exceptuando os interesses dos governos e editores brasileiros e portugueses, também já se sabe.
Que o falso AO90 só trouxe desprestígio à CPLP é um faCto.
Por isso não haverá outra saída senão recuar, antes que a babel ortográfica se instale de vez, e cada um passe a escrever como lhe dá mais jeito, e de acordo com os parcos conhecimentos que tem da língua.
Por cá, o caos já se instalou e desde erução, receção, óvio, teto, arquiteta, fazer um pato, e outros abortos ortográficos que tais, já se vê de tudo um pouco, conforme a incultura do escriba.
E errar até pode ser humano (e sobre esta atribuição ao racional humano existem muitas dúvidas), mas insistir no erro é insano, e neste aspecto, não há a mínima dúvida.
Isabel A. Ferreira
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