Eduardo Silva, quem chamou os Brasileiros de incultos? Existem brasileiros muito incultos, sim, assim como existem portugueses, franceses, ingleses etc., também muito incultos. Eu tenho por hábito usar maiúsculas e minúsculas para separar as águas paradas das águas agitadas, e o trigo do joio. Quando uso Brasileiros, com um BÊ maiúsculo, refiro-me ao POVO BRASILEIRO, constituído por cidadãos cultos e por cidadãos incultos. O mesmo faço em relação aos Portugueses, o Povo Português, e entre ele existem portugueses cultos e também muito incultos.
Pois esses argumentos de que fala, já circulam por este Blogue em muitos e variados textos, incluindo o de Marcos Bagno, qual o qual concordo plenamente, no que respeita à separação linguística, porquanto, desse modo, acabar-se-ia com essa coisa do colonialismo português que os brasileiros incultos nunca aceitaram, e tanto desdenham.
Quanto aos portugueses hodiernos, estes NÃO sentem o mínimo saudosismo do que denomina de “passado heróico”, porque esse passado e esse heroísmo pertence aos nossos antepassados. E apenas a eles. O que os portugueses hodiernos e cultos sentem é orgulho do que fizemos pelo mundo, da herança BOA que deixámos pelo mundo, e da qual muitos povos (entre eles, os Japoneses, por exemplo) se orgulham, e uns poucos povos, como os brasileiros incultos não se orgulham, porque nunca aceitaram o seu passado, por desconhecerem a VERDADEIRA HISTÓRIA de um território descoberto por Pedro Álvares Cabral e que veio a ser o territorialmente GRANDE BRASIL. Mas para o Brasil ser GRANDE, tal como os tão adorados (pelos brasileiros) Estados Unidos da América, precisam de aceitar o seu passado, como os norte-americanos aceitaram o deles. E olhe que quanto a HERANÇA CULTURAL os Portugueses foram muito mais prolíferos do que os Ingleses. Foram muito menos racistas do que os Ingleses. Foram muito menos bárbaros do que os Ingleses e os Espanhóis, por exemplo, que exterminaram três das civilizações mais avançadas da época: a Inca, a Maia e a Asteca. De resto, a colonização e a escravatura fazem parte dos valores daquela época, que não podem ser avaliados à luz dos valores do século XXI d. C.. E esse é o vosso maior erro.
O problema do Brasil é um ENSINO de História do Brasil e da História do Mundo e da Língua muito, muito péssimo e deficiente. Posso falar desde modo, porque passei um pouco por todos os ciclos de ensino, no Brasil, desde o básico à universidade, alternando com o básico e a universidade em Portugal, e numa escola inglesa. E posso dizer-lhe que as diferenças de ENSINO são abissais.
Já agora, quero fazer-lhe uma pergunta, que não é inocente, mas tem o seu “quê” de fundamento: quais são as suas habilitações académicas?
De Eduardo Silva a 17 de Janeiro de 2022 às 18:12
Ha no Brasil sim muita gente culta, e e' de ser admirado, pois como voce pode constatar no tempo que la' andou, talvez tenha notado o baixo investimento na educacao e falta de reconhecimento aos profissionais dessa area. Mas nao estou aqui para defender o Brasil e atacar Portugal, ja' superei isso ha' muito tempo! Outra coisa que sempre vejo falarem e discordo profundamente, e' que dizem que nas escolas do Brasil nos ensinam a odiar Portugal, o que nao e' verdade ... apenas nos ensinam a historia que aconteceu, e nesse ponto concordo com voce que poderia ser ensinada melhor! Eu, na minha juventude, nunca odiei Portugal e hoje tambem nao odeio, muito pelo contratio, apos ali viver por dois anos (ainda que durante a pandemia) aprendi a admirar o pais, a cultura e o povo (apesar de ter conchecido alguns parvos e xenofobos, mas isso tem pra todo lado nao e' mesmo?).
Sobre o saudosismo dos portugueses ao passado, nao coloquei como afirmacao mas sim como uma possivel explicacao ... como nao sou portugues nao me atrevo a afirmar o que voces sentem ou deixam de sentir! Mas esse foi um dos argumentos que o professor Ivo Castro, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com doutorado em Linguística Portuguesa.
Tirei esse trecho da reportagem do professor Moarcos:
O professor Ivo CastroEle diz o seguinte: “Minha opinião de que a separação estrutural entre a língua de Portugal e a do Brasil é um fenômeno lento e de águas profundas, que é fácil e, a muitos, desejável não observar, assenta-se no convencimento de que a fratura do sistema linguístico existe, mas não é aparente a todos os observadores nem é agradável a todos os saudosistas.”
E como eu disse e' um argumento possivel para justificar os portugueses que nao querem a separacao das linguas faladas nos dois paises, nao sou eu quem esta a falar, mas um portugues letrado e culto.
Sobre a minha formacao academica, tenho bacharelado em Sistemas de Informacao pela Universidade Federal de Lavras MG/Br. Vim para o velho continente trabalhar com TI e nao me sinto despreparado ao trabalho que exerco quando comparado aos meus companheiros europeus e asiaticos. Hoje vivo nos Paises Baixos, trabalhos aqui com muitos portugueses, indianos e tambem com neerlandeses, todos excelentes no que fazem e como pessoas!
Ja agora nao entendi o fundamento da pergunta sobre meu nivel academico.
Eduardo Silva, sim, existe gente muito culta no Brasil, mas essa gente está em minoria. Não tem poder para ter poder. Nas escolas brasileiras, o ensino ministrado é muito pobre, e isto vem já de muito longe, desde que ignorantes marxistas (porque os há cultos) ocuparam o poder e lhe deram para estroncar, por exemplo, a História do Brasil, dizendo barbaridades da colonização, e isso está bem comprovado nos comentários de brasileiros (que apesar de instruídos são incultos), os quais pululam pela Internet, sobre esta matéria.
A mim, não me vem dizer que nas escolas “ensinam o que aconteceu”. É precisamente o contrário: ensinam-vos o que NÃO aconteceu, ensinam-vos a odiar a colonização portuguesa, e isso é um facto indesmentível, comprovado, daí que a LUSOFOBIA seja uma realidade no Brasil, não por parte do POVO menos instruído, mas do povo que vai à escola aprender INVERDADES, os tais instruídos, mas incultos. Isso posso garantir-lhe, porque tive de me bater contra essas inverdades, nomeadamente na Universidade, algo que abordei num livro que escrevi, e no qual provo o quanto os brasileiros se afastaram e continuam afastados da VERDADE HISTÓRICA.
Quanto ao saudosismo, penso que quando um País, que já teve prestígio no mundo por muito bons motivos, se afunda, é de toda a legitimidade que o Povo sinta saudades daquilo que construiu de BOM e que os IGNORANTES destruíram. E se vamos por este caminho, os brasileiros instruídos, mas incultos, sentem SAUDADES de algo que queriam que acontecesse e jamais acontecerá: o de terem sido colonizados pelos Ingleses. Este sentimento mesquinho é que tem destruído o Brasil, e impedido que ele se tornasse os Estados Unidos da América do Sul, 200 anos que já são passados sobre a sua Independência. Quem não aceita o seu passado, viverá o presente metido numa bolha, e jamais terá futuro.
Se não percebeu ou se não quer responder à minha pergunta sobre o seu nível académico, não precisa de responder. Era apenas uma curiosidade minha.
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