Por Isabel A. Ferreira
Regra nº 1 – Não aceito ir a eventos, cujos convites sejam enviados em acordês, e digo às pessoas que os fazem, o motivo pelo qual não aceito os convites.
Regra nº 2 – Ando sempre com um lápis vermelho na bolsa e corrigir os erros ortográficos dos panfletos que estão, por exemplo, nos Centros de Saúde, ou noutros locais públicos, e depois pô-los no mesmo lugar, já corrigidos.
Regra nº 3 – Não compro nem ofereço livros, jornais ou revistas ou outras publicações que tais, que estejam escritas em acordês.
Regra nº 4 – Nas livrarias digo alto (o suficiente, para quem estiver ao redor ouvir, mas não preciso de gritar) que não compro este livro, ou esta revista ou este jornal por estarem cheios de erros ortográficos, por a ortografia não ser a ortografia portuguesa, e estar a ser imposta ilegalmente em Portugal.
Regra nº 5 – Quando entro em algum lugar e existe cartazes ou outra coisa qualquer escrita em Português mutilado, chamar a atenção para os erros ortográficos, por exemplo, diante de um “quadro elétrico”.
Regra nº 6 – Entro num Grupótico e peço marcação para uma consulta de otorrino.
Regra nº 7 – Quando estou a ler histórias aos netos, pronuncio bem as consoantes mudas para realçar a existência dessa consoante, e claro, nunca lhes ofereço livros em acordês.
Regra nº 8 – Envio todos os textos que escrevo sobre o AO90 aos governantes, como forma de protesto. Se os lêem ou não… é outra história. O que interessa é que saibam que, pelo menos eu, não gosto que me façam de parva.
E se todos os que se têm como anti-acordistas fizessem o que eu faço?
Talvez alguma coisa mudasse, não?
Isabel A. Ferreira
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