Cara Susana, “toxinfeção” (que em PORTUGUÊS se lê “tóksinf’ção”, pode até nem ter vindo do nada, mas NÃO existe nos dicionários de Língua Portuguesa. E o Google é para esquecer, porque se VENDEU à Variante Brasileira do Português.
É inadmissível que tenhamos nos telemóveis, computadores e redes sociais a opção Português de Portugal, e o conteúdo estar no dialecto brasileiro. O mesmo acontece com o Google. Por isso prefiro consultar tudo em Inglês, até porque é mais fiável.
Uma professora, a propósito disto, enviou-me o seguinte:
«A propósito do vocábulo "toxinfeção", eu descobri, aqui em casa, a palavra escrita da seguinte forma: "Toxi-infecção". Encontrei-a no "Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa" de António de Morais Silva (1980). No dicionário Completo da Língua Portuguesa da Texto Editores (2006) não existe tal vocábulo e na 3ª Edição do Dicionário de Português da Porto Editora (não consigo ver a data porque é muito antigo, mas creio ser dos anos sessenta) também não existe tal vocábulo. Gostaria de partilhar consigo a página do dicionário de António de Morais Silva e coloquei-a nos anexos. Seria bom que houvesse coerência no estudo da Língua Portuguesa, mas cada um escreve como quer e já ninguém se entende. É por isso que temos salgalhada.»
A Susana apresenta-me o Houaiss, que não serve de bitola para se falar de Português.
Leio no Linguagista que este «é vocábulo que continua a estar ausente dos dicionários”.
Pudera! É um vocábulo HORROROSO.
Devia ser proibido criar monos ortográficos como este e muitos outros que o AO90 gerou com a supressão dos hífenes, como, por exemplo, “corréu” (o que é isto?), quando com mais elegância e propriedade se escreve em BOM Português co-réu (quem não saberá imediatamente o que significa co-réu?)
E o Priberam, meteu os pés pelas mãos, e ficámos a saber o mesmo, ou seja, nada, sobre como escrever “toxinfeção”. Aliás o PRIBERAM prostituiu-se. Já não é um dicionário online de referência. Está uma completa mixórdia.
Isto é uma vergonha para Portugal, onde a ignorância impera, a começar pelos decisores políticos, que aceitam este enxovalhamento sem pestanejar.