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De Susana Bastos a 15 de Agosto de 2023 às 18:36
Não é uma palavra vinda do nada, existe e tem uso já há muitos anos, basta usar o Google. Não estar ainda num ou noutro dicionário não significa que não exista, e os dicionários são feitos por pessoas e têm falhas, gralhas e omissões como qualquer obra feita por humanos...

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/toxi-infeccao-e-toxinfeccao/18801
https://linguagista.blogs.sapo.pt/526098.html
De Isabel A. Ferreira a 17 de Agosto de 2023 às 16:04
Cara Susana, “toxinfeção” (que em PORTUGUÊS se lê “tóksinf’ção”, pode até nem ter vindo do nada, mas NÃO existe nos dicionários de Língua Portuguesa. E o Google é para esquecer, porque se VENDEU à Variante Brasileira do Português.

É inadmissível que tenhamos nos telemóveis, computadores e redes sociais a opção Português de Portugal, e o conteúdo estar no dialecto brasileiro. O mesmo acontece com o Google. Por isso prefiro consultar tudo em Inglês, até porque é mais fiável.

Uma professora, a propósito disto, enviou-me o seguinte:

«A propósito do vocábulo "toxinfeção", eu descobri, aqui em casa, a palavra escrita da seguinte forma: "Toxi-infecção". Encontrei-a no "Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa" de António de Morais Silva (1980). No dicionário Completo da Língua Portuguesa da Texto Editores (2006) não existe tal vocábulo e na 3ª Edição do Dicionário de Português da Porto Editora (não consigo ver a data porque é muito antigo, mas creio ser dos anos sessenta) também não existe tal vocábulo. Gostaria de partilhar consigo a página do dicionário de António de Morais Silva e coloquei-a nos anexos. Seria bom que houvesse coerência no estudo da Língua Portuguesa, mas cada um escreve como quer e já ninguém se entende. É por isso que temos salgalhada.»

A Susana apresenta-me o Houaiss, que não serve de bitola para se falar de Português.

Leio no Linguagista que este «é vocábulo que continua a estar ausente dos dicionários”.

Pudera! É um vocábulo HORROROSO.
Devia ser proibido criar monos ortográficos como este e muitos outros que o AO90 gerou com a supressão dos hífenes, como, por exemplo, “corréu” (o que é isto?), quando com mais elegância e propriedade se escreve em BOM Português co-réu (quem não saberá imediatamente o que significa co-réu?)

E o Priberam, meteu os pés pelas mãos, e ficámos a saber o mesmo, ou seja, nada, sobre como escrever “toxinfeção”. Aliás o PRIBERAM prostituiu-se. Já não é um dicionário online de referência. Está uma completa mixórdia.

Isto é uma vergonha para Portugal, onde a ignorância impera, a começar pelos decisores políticos, que aceitam este enxovalhamento sem pestanejar.

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