Chico Buarque, músico (e escritor brasileiro), que fez as delícias da minha adolescência, e que conheci, um dia, por acaso, no Rio de Janeiro, sentado num banco de jardim (e eu nem queria acreditar que era ele, mas os seus olhos verdes denunciaram-no) venceu, por unanimidade, o Prémio Camões 2019.
Só na fase adulta descobri o escritor, com Budapeste.
O seu legado musical e literário é admirável. Os seus poemas lindíssimos. Porém, foi a sua Valsinha que entrou em mim, como um abraço.
(Clicar no link)
https://www.youtube.com/watch?v=f1fMQVC8fhk&list=RDf1fMQVC8fhk&start_radio=1#t=17
Letra da Valsinha
Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto
Quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
Pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz…
Chico Buarque
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