Quarta-feira, 2 de Novembro de 2022

Professores em greve? Só se tem direito a exigir melhores salários quando se presta um serviço de QUALIDADE, especialmente à disciplina de Português. O que não é o caso.

 

Sei que que os professores que estão a fazer greve, não gostarão que se lhes diga isto, mas esta é a mais pura verdade.

 

Por exemplo, os Enfermeiros fazem greve por melhores salários e melhores condições de trabalho, e têm esse direito, porque NÃO tratam os doentes com instrumentos enferrujados, obsoletos ou não adequados às suas funções. Exercem a sua profissão/missão com dignidade, com probidade, com BRIO profissional, conforme o juramento que fizeram, quando iniciaram a sua carreira.


O que se passa com os professores? Especialmente com os de Português? Tratam os seus alunos como se fossem muito estúpidos, vendendo-lhes gato por lebre, como se eles não se dessem conta disso. Qualquer criança do Ensino Básico, que ande a estudar Inglês, Francês, ou Castelhano, sabe que direCtor se escreve com um cê.

 

O instrumento de trabalho dos professores é a Língua Portuguesa, com a qual transmitem os seus saberes aos alunos, que vão frequentar as escolas. Para quê? Para aprenderem, obviamente. Para receberem instrução, educação escolar.

 

E o que acontece?  Os professores, na sua generalidade, e particularmente os de Português, usam uma escrita esfarrapada, deturpada, abrasileirada e sem sentido algum: aspeto, receção, exceto, respetivo, infeção [estas são palavras esfarrapadas, deturpadas e sem sentido algum para o mundo]; ação, teto, correto, direto, setor, afeto, Egito [e estas são palavras brasileiras sem sentido algum para os Portugueses]  - tudo lido com os és fechados, se quiserem seguir as regras gramaticais – Egito, quando no mundo inteiro se escreve EgiPto, por ser o país dos EgíPcios e dos egiPtólogos, e  apenas os Brasileiros escrevem Egito, porque italianizaram a palavra (os italianos escrevem Egitto) aliás como fizeram com muitas mais. E elas são mais que muitas, mutiladas, afastadas da sua Genetriz, e é este tipo de grafia, preconizada pelo AO90, que os professores impingem aos alunos, sem o mínimo espírito crítico, sem o mínimo conhecimento das leis, que obrigam a escrever correCtamente a Língua Oficial dos países.

 

Portugal é o ÚNICO país do mundo onde se ensina a escrever incurrêtamente.

 

Os professores estão a desensinar os alunos a desescrever a sua Língua Materna, com base numa Resolução do Conselho de Ministros (RCM), que não tem valor de lei. E mais, se um aluno diz que NÃO quer escrever à brasileira, ou seja, não quer usar o AO90, por ser português e a sua língua ser a Língua Portuguesa, o professor recusa, e diz que lhe marca erro e baixa a nota, se o fizer (digo isto com conhecimento de causa). E isto é um aviltamento.  E anda Marcelo Rebelo de Sousa a dizer pelo Brasil, que em Portugal o AO90 NÃO é obrigatório.  Como poderia ser, se NÃO existe lei que a tal obrigue? Mas os professores, mais comodistas do que profissionais, não sabem que em Portugal NÃO é obrigatório usar o AO90.

 

Isto NÃO é prestar um serviço de QUALIDADE nas escolas, e querem aumentos salariais, para andarem a desensinar os alunos, que saem das escolas sem saberem escrever correCtamente? Porque à conta do AO90, o que anda a ser ensinada nas escolas é uma vergonhosa mixórdia ortográfica. Numa mesma folha, um professor tanto escreve ação como acção. E as crianças perguntam: «Afinal, como é que se escreve isto?» Já me perguntaram a mim. Por isso sei dessa mixórdia. Disse-lhes a verdade: «A professora não consegue atinar com a novilíngua [expliquei-lhes o que é a novilíngua] e acabam por não saber escrever, nem ensinar a escrever correCtamente a Língua Materna de TODOS os Portugueses – a Língua de Portugal.


Os professores, ao menos, poderiam ser mais profissionais, e aproveitar esta greve para informarem o actual ministério da deseducação que não mais iriam ser cúmplices da ilegalidade, porque daqui em diante iriam exercer a sua profissão com DIGNIDADE, abandonando o AO90, e ministrariam um ENSINO DE QUALIDADE, daí merecerem melhores salários. E se isto não fosse concretizado, a greve manter-se-ia indeterminadamente…


Queria ver se o ministério da deseducação tinha a coragem de prolongar indeterminadamente esta situação, e prejudicar milhares de alunos, e despedir toda a classe docente, ou de lhe instaurar processos disciplinares.


Para lutar por uma causa mais do que justa é preciso NÃO ser cobarde. Para cobardes basta os políticos envolvidos nesta trafulhice ortográfica, porque erraram, e agora não têm CORAGEM política para desfazerem o erro, porque errar até pode ser humano, mas insistir no erro é completamente INSANO.


Isabel A. Ferreira

Greve de professores.jpg


Comentário no Grupo do Facebook NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90

 

PEDRO HENRIQUE - NOVO GRUPO.PNG

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:30

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comentários:
De Susana Bastos a 6 de Novembro de 2022 às 19:38
"Seja quem for ou o que for a Susana Bastos, ou a serviço de quem estiver a Susana Bastos, por favor, não subestime a minha inteligência e o meu saber."

É o que também lhe respondo, pois sem saber com quem está a falar presume que sabe mais e inclusive a minha profissão. Aprenda também alguma coisa e seja mais modesta e humilde.
E repito, "sector" é grafia admitia e utilizada no Brasil, mesmo antes do AO90. Consulte o dicionário Michaelis de português brasileiro, o vocabulário ortográfico da Academia Brasileira de Letras ou a parte brasileira do vocabulário ortográfico comum. Está lá: SECTOR.
O português do Brasil teve e tem inúmeras influências, tal como o nosso português também teve e tem: árabe, germânica, africana, espanhola, etc. E nada disso é uma fraqueza, pelo contrário.
Que os descendentes de italianos não gostem dos portugueses, isso não sei, o que sei é quem promoveu mudanças ortográficas no Brasil nem tinha essas origens, mas portuguesas. Houaiss que mencionou, por exemplo, até era de origem libanesa. Lembre-se inclusivamente que quem declarou a independência do Brasil foi um português... Os italianos não são para aqui chamados, embora possa ter tido problemas pessoais que não interessam nada para a discussão.
O grosso do vocabulário do AO não é brasileiro, assemelha-se mais uma mistura e com elementos inventados não existentes em nenhuma das normas. Veja como muitas das palavras que indicou continuam a manter a consoante no Brasil, só nós é que mudámos.
Para terminar, também não gostaria que amesquinhasse o meu saber e as minhas fontes.
De Isabel A. Ferreira a 7 de Novembro de 2022 às 12:25
A Susana Bastos poderia ter sido mais original, não repetindo as minhas palavras.

Eu não sei qual é a sua profissão, porque a Susana Bastos ainda não teve a gentileza de a referir [não é que seja obrigada]. E quer saber mais? Nem sei se a Susana Bastos é a Susana Bastos, porque andam por aqui muitos acordistas portugueses, inclusive deputados da Nação, com nomes de mulher, ou anónimos, ou com apelidos estranhos, a comentar e a tentar afastar-me desta luta com as ordinarices deles, que, obviamente, eu Não publico. Mas deixam sempre o rabo de fora, e eu que ando sempre ATENTA, apanho-os.

Gostaria muito de saber com quem estou a esgrimir. Seria um esgrimir mais “limpo”. Porque Susanas Bastos há muitas.

Não vamos voltar ao seCtor, porque SEI, e já lhe disse, que esta grafia também é utilizada no Brasil. Porém, a norma é SETOR. Quando por lá andei a estudar jamais escrevi seCtor, por não ser da norma.

Para sua informação eu tenho todos esses dicionários que referiu, e sei que lá consta setor = sector, e vice-versa. Não precisa lembrar-me.

Também sei que a VARIANTE Brasileira do Português - é errado estar com essa coisa do “Português do Brasil”, porque no Brasil o que se escreve e fala já NÃO é Português há muito, e já existem inúmeros linguistas brasileiros a dizê-lo, isto NÃO é coisa minha, só que eu concordo com eles – absorveu elementos linguísticos das inúmeras comunidades que lá se implantaram, por isso ando sempre a dizer que os Brasileiros americanizaram, italianizaram, castelhanizaram, afrancesaram, italianizaram e DESLUSITANIZARAM o Português, e acrescentaram à Língua que criaram, a partir do Português, o léxico indígena e africano. E eu nunca disse que isto era uma fraqueza, mas sim uma RIQUEZA, desde que NÃO lhe chamem PORTUGUÊS.

A Susana Bastos está a repetir o que eu disse sobre o Houaiss, que sei quem é de ginjeira, era libanês, e segundo Milôr Fernandes, era alguém que conhecia o alfabeto, mas não sabia juntar as letras. Os Italianos sempre tiveram uma INFLUÊNCIA enorme no linguajar brasileiro. E isto é um FACTO. Não me faça estar sempre a repetir o mesmo. E o triste episódio do meu professor de Geografia Económica, na Universidade, perante uma turma de brasileiros com dois portugueses dentro, não foi um problema pessoal, foi um problema em que eu e o outro português interferimos, para esclarecer a turma de que a Península Ibérica pertencia à Europa, e NÃO à África como ele frequentemente referia. Eu não trago para aqui problemas pessoais, que, de facto, NÃO interessam a ninguém. Trouxe este exemplo, só para dizer que os italianos, no Brasil, tentaram tudo para impor o Italiano e descartar o Português. A tal ponto de colaborarem na tal “lavagem cerebral” nas escolas e universidades, que redundaram na lusofobia instalada no Brasil por esquerdistas brasileiros ignorantes (porque os há cultos). E esta é que é a história.

Para esta discussão não é chamado o facto de ter sido um português a dar a independência ao Brasil. Isso é da HISTÓRIA, que é também é a minha área.

E REPITO: o GROSSO do vocabulário MUTILADO que andam por aí a disseminar nas escolas portuguesas é BRASILEIRO. E isto é um FACTO COMPROVADO.

As excePções no Brasil, são meia dúzia de vocábulos e as suas derivantes (podem parecer muitos mas NÃO SÃO).

Para terminar, como poderia eu amesquinhar o seu SABER, se ele está minado por uma LAVAGEM CEREBRAL à portuguesa, que NÃO lhe permite VER O ÓBVIO? E insiste no que NÃO é?

Podem andar por aí a tentar enganar os SERVILISTAS, Susana Bastos, mas NÃO enganam os que têm todos os neurónios a funcionar em pleno, têm sentido crítico e SABEM do que estão a falar.

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