Na imagem vemos um exemplo. Mas há alguns poucos mais, no que respeita ao “acordo” ortográfico, simplesmente porque os Brasileiros pronunciam algumas consoantes, que os Portugueses não pronunciam, por exemplo: percePção, recePção, excePto, aspeCto, perspeCtiva, infeCtar (e as suas derivações) e mais umas poucas, que escaparam à mutilação levada a cabo pela Reforma de 1943, no Brasil. Porque era preciso baixar o elevadíssimo índice de analfabetismo e deslusitanizar o Português (cujo maior incentivador foi Antônio Houaiss, o homem dos dicionários e das enciclopédias). O que só por si, não dá direito a nenhum político de deformar um IDIOMA.
De resto, nessa mesma reforma, todas as outras palavras com consoantes que não se pronunciavam, tais como em afeCto, direCto, faCtura, teCto, arquiteCto, baPtizado, entre centenas de outras, foram mutiladas apenas porque sim.
E esta filosofia de “o que não se lê, não se escreve”, herdada do Formulário Ortográfico de 1943, é que está na base do AO90.
Fonte da foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3487626911283683&set=gm.671650906824288&type=3&theater&ifg=1
Se fosse apenas isto!
Mas já se abordou isto milhões de vezes, ao longo destes 30 anos de duração da tal “unificação” que nunca aconteceu.
Nunca aconteceu, e jamais acontecerá. Mas eles insistem. Por teimosia? Não. Por ignorância? Também não. Simplesmente porque a intenção do AO90 nunca foi unificar as ortografias, até porque isso seria completamente impossível (e os que o engendraram sabiam disso) dadas as particularidades da Variante Brasileira da Língua Portuguesa em todas as suas vertentes. A intenção era, e continua a ser, acabar com a Língua Portuguesa.
Na Internet ela já desapareceu, como é facilmente comprovado. Mas não só.
Eis um exemplo que me deixou completamente passada.
Este é o telemóvel de um menino, que o tem exclusivamente para contaCtar os Pais e os Avós em caso de necessidade, e apenas em caso de necessidade.
Sim, é um menino português, que anda na escola básica a aprender os números e a ler e a escrever e a contar, e mais algumas matérias.
O menino sabe falar. E quando fala diz que tem o contaCto dos Pais e dos Avós, para casos de emergência. Anda a aprender a sua Língua Materna, já bastante mutilada. Mas sabe que se lê e escreve contaCto, com cê. De repente depara com contato, lê contátu e não sabe o que isto é.
E isto é uma pouca-vergonha. O que pretendem com isto?
A rede do telemóvel é a NOS.
Dizem-me que a NOS é uma operadora portuguesa de televisão a cabo e satélite e fornece serviços de televisão, acesso à Internet, telefones fixo e móvel.
Bem, se é uma operadora portuguesa, não deveria escrever contaCto, até porque em Portugal lemos o cê?
Aquele “criar contato” o que será? Uma afronta? Uma subserviência? Uma ignorância? Ou faz parte do plano para acabar com a Língua Portuguesa, e, para tal, contam com cúmplices por toda a parte, incluindo a cumplicidade do Chefe de Estado Português, uma vez que, por aí, “contato” e “fato” são faCtos consumados.
E Marcelo Rebelo de Sousa, que deveria ser o garante da nossa IDENTIDADE, cala-se perante esta escalada de subserviência à Variante Brasileira da Língua Portuguesa.
Nada contra o Brasil, mas tudo por Portugal.
Isabel A. Ferreira
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