O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, esteve presente nas celebrações do Dia da Língua Portuguesa (ascrescente-se ACORDIZADA, porque o verdadeiro Dia da Língua Porttuguesa é o Dia 10 de Junho) realizadas no passado sábado, dia 05 de Maio de 2018, nos jardins da sede da ONU, em Nova Iorque.
Sabemos que António Guterres adoPtou a grafia brasileira, e foi com grande estupefacção que o ouvi, neste vídeo, falar de uma diversidade que é preciso manter…
Ouçamo-lo:
António Guterres, diz que «as pessoas estão fartas da uniformização (mas querem-nos impor a uniformização da Língua Portuguesa através da grafia brasileira); Guterres diz que a diversidade cultural é um valor extraordinário (daí que cada país deva ficar com a própria cultura, seja linguística ou outra, o que não está a verificar-se em Portugal, com a imposição do AO90); e Guterres acrescenta sobretudo num mundo em que estamos a ver surgir o racismo e a xenofobia, vários sentimentos isolacionistas de separar uns dos outros, a diversidade que a CPLP representa e que cada um dos países da CPLP representa na sua multiplicidade étnica, cultural e religiosa são valores fundamentais de que nos devemos orgulhar e que devemos projectar neste mundo»…
Ou eu percebi mal, ou António Guterres meteu os pés pelas mãos, ao dizer que a diversidade cultural é um valor extraordinário, e ao considerar a diversidade da CPLP e a multiplicidade étnica, cultural e religiosa como valores fundamentais que é necessário projectar no mundo, se não é isto que o malfadado acordo ortográfico de 1990 preconiza, e se ele próprio, António Guterres, ao adoPtar a grafia brasileira, afastou-se dessa diversidade que apregoa.
Se há algo que me tira do sério é esta coisa de os governantes julgarem que somos todos parvos.
A diversidade da CPLP está a ser posta em causa pelo AO90, engendrado unicamente entre o Brasil e Portugal, e que o governo português está a impor aos portugueses ilegalmente. Com a imposição do AO90 pretende-se que os oito países da CPLP adoPtem a grafia brasileira, e a isto não se chama diversidade, nem multiplicidade. Chama-se uniformização.
Que Português podemos celebrar no (falso) dia da Língua Portuguesa, se a Língua Portuguesa saiu da esfera portuguesa?
O que pretenderão com estas celebrações?
Sabemos que a CPLP é uma fraude. É uma reminiscência da época colonial. Não me parece que as ex-colónias portuguesas tenham assim tantas saudades do colonizador para continuarem a pretender estar a ele amarradas por elos linguísticos. Falai-me de outros elos.
Queremos manter a diversidade. Queremos preservar a multiplicidade étnica, cultural e religiosa de que fala António Guterres, e para isso é urgente acabar com esta coisa de pretender UNIFICAR a diversidade linguística que existe nos oito países lusógrafos.
A este propósito sugiro a leitura dops textos incluídos nestes links:
Daí que nada há para comemorar no que respeita à Língua Portuguesa, enquanto pairar sobre nós a fraude do AO90.
Isabel A. Ferreira
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