Porque é óbvio que não vamos dar lucros aos editores e aos escritores que se venderam, quais judas iscariotes, a interesses estrangeiros.
António Parada nasceu em Sesimbra. É casado e tem uma filha. Formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa.
A música e os livros sempre o acompanharam. Nutre um gosto muito especial por sons mais obscuros e pesados, que amiúde enquadram as suas incursões literárias pela Antiguidade Clássica e pelos universos do fantástico e da ficção científica.
Em Agosto de 2014, lançou o seu primeiro livro, A Guardiã, um thriller de ficção científica, polvilhado de erotismo. Seguiu-se-lhe Adão e Eva, editado em Julho de 2015, obra assumidamente cinematográfica onde a realidade e o sobrenatural se confundem. Em Julho de 2017, lançou O Deus dos Cinzentos, um romance épico a cruzar o thriller. A Origem – 175 a.C. é a sua quarta obra literária.
Os quatro romances contam já com várias edições.
É acompanhado por uma legião de amigos e leitores nas suas páginas do Facebook. As apresentações que realizou nas lojas FNAC, em concertos e feiras do livro foram coroadas de êxito. De entre várias entrevistas, assinala-se a realizada na RTP, no programa «5 para a Meia-Noite».
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Como (também) gosto de incursões literárias pela Antiguidade Clássica e pelo universo do fantástico, e consultando as sinopses dos livros, não tenho dúvida de que terei momentos fabulosos de leitura, com os livros que adquiri, de António Parada, e que já vêm a caminho, para preencher o meu Natal.
Vou aqui deixar as sinopses dos livros, que ajudarão os leitores a se decidirem, e a página do Facebook de António Parada, e o seu e-mail, para contacto.
https://www.facebook.com/antonio.parada.escritor
amgparada@outlook.pt
«O DEUS DOS CINZENTOS»
Muitos séculos depois do abismo, a Lusitânia volta a emergir na longínqua Antárctida.
A tripulação da Adamastor, guiada pelo espírito dos antigos navegadores, vai explorar a costa sul-americana, onde se cruzará com incríveis criaturas e inesperados inimigos. Pedro e o seu amigo Fantasma embarcam numa odisseia épica que os conduzirá por perigos inimagináveis, rumo ao mundo perdido, à mítica mãe-pátria e à descoberta do derradeiro segredo que a nova ilha encerra.
Apenas os laços de amizade que os unem e a arrebatadora paixão de Pedro pela exótica Inês poderão contrariar desfecho trágico que se adivinha…
PVP: 14 €
Páginas: 274
Dimensões: 15cmx23cm
Livro autografado:
enviar mensagem para Facebook/messenger
ou amgparada@outlook.pt
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«A GUARDIû
Uma estranha e dominadora raça de alienígenas, dotada de inigualável capacidade de metamorfose, acaba por se refugiar na Terra onde depressa, e de forma dissimulada, cria as condições para se perpetuar dando início aos seus rituais macabros. Quando o seu projecto está prestes a tornar-se irreversível e imparável, vão cruzar-se com Henrique, um inspector da Polícia Judiciária, que, inexplicavelmente, começa a ser atormentado por terríveis visões.
PVP: 14 €
Páginas: 444
Dimensões: 14cmx22cm
Livro autografado:
enviar mensagem para Facebook/messenger
ou amgparada@outlook.pt
Escrevi este texto em 2009. Com muito carinho.
Dedico-o, hoje, igualmente com muito carinho, aos meus irmãos Brasileiros, lamentando que o AO90 esteja a destruir a Língua que nos unia, mas também esteja a destruir algo dentro de mim...
Ainda que as palmeiras se agitem, ao aproximar-se a tempestade, mesmo assim... a magia é imensa...
Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
Talvez porque o dia esteja cinzento... e de onde me encontro só vislumbro telhados e chaminés, coisas que nada me dizem... recuo a um passado vivido entre palmeiras, goiabeiras, coqueiros, farta vegetação, onde o canto do sabiá se fazia ouvir sobre todos os outros cantos de pássaros exóticos, de que é fértil a selva brasileira.
Quanta saudade!
Viajo até à formosa ilha de Paquetá, um daqueles paraísos que, suponho, ainda vão resistindo à mão do homem-predador, uma ilha que eu conheci, um dia, era ainda menina, e que jamais pude esquecer. Foi como se tivesse vivido um conto de fadas.
A Baía da Guanabara, onde se situa a Ilha de Paquetá, integra uma das mais belas paisagens do mundo, tendo a seus pés a cidade do Rio de Janeiro, onde nem tudo combina com a exuberante natureza da região.
No tempo em que por lá vivi, atravessava-se a Baía até Paquetá, em pequenos barcos a motor, sempre apinhados de gente, que procurava um refúgio tranquilo naquela ilha, onde a deslumbrante flora tropical, não fora ainda violada pela poluição, de espécie alguma.
Ali, as árvores não estremeciam com o roncar dos automóveis ou das infernais motorizadas, pois a sua circulação na ilha era proibida (ainda será?). Lá, só se andava a pé, de charrete, com pneus de borracha, puxada a cavalos, ou então de bicicleta.
Não admirava, pois, que o verde da folhagem fosse mais verde e as flores mais coloridas. Podia ouvir-se o som do silêncio, quando a Natureza adormecia, apenas interrompido, de onde a onde, pelo suspiro de um pássaro solitário.
Lá, as areias eram brancas e a vegetação crescia selvagem e livre até às praias, banhadas por águas límpidas que reflectiam a luz do Sol, permitindo ver o fundo marinho envolvido em mistério.
Paquetá tinha a magia de uma ilha tropical, tranquila, quente, envolvente. Todas as madrugadas, a Natureza despertava como se acabasse de ser criada pelo próprio Deus, e, quem tinha o privilégio de lá viver ou passar alguns dias, era despertado também pelo canto de um pássaro que resolvia pousar no ramo mais próximo do chalé. Abria-se então a janela e aquele ar puro com cheirinho a mar entrava-nos na alma, e era como se tornássemos a nascer.
Ao cair da tarde, debaixo da luz ténue do Sol tropical, a vegetação tomava um colorido suave, indescritível, e as águas tranquilas da baía faziam-nos lembrar os tão cantados lagos dos contos de fadas.
Em Paquetá, vivia (será que ainda vive?) o próprio Deus!
Claro que a ilha já existia, bela e selvagem, muito antes de os homens a terem descoberto. E ela era tão linda, tão exuberante que homem algum se atreveu a violá-la. Adaptaram determinados locais para o homem lá poder viver. Mas não a destruíram. E era possível nela podermos apreciar belos chalés e palacetes de arquitectura notável, lindas avenidas, floridas e arborizadas, testemunhos de uma civilização controlada, não agredindo a Natureza virgem.
Na ilha tudo era fresco e limpo, e os turistas (estrangeiros e brasileiros) que ali afluíam não se atreviam a conspurcar o lugar, com a sua incivilização. Não podiam! Tal era a magia que Paquetá exercia sobre os homens.
Sou daquelas pessoas que pensam que o homem pode preservar o seu próprio paraíso, quando o tem, ou construí-lo, quando o não tem, tudo dependendo do seu grau de inteligência, da sua boa vontade, da sua sensibilidade, da sua lucidez. Por isso, revolto-me ao deparar-me com homens de pouca inteligência, de má vontade e insensíveis a conduzir o destino dos que sabem distinguir entre o inferno e o paraíso.
É verdade que o que é paraíso para uns, pode ser inferno para outros, no entanto, quem mutila o próprio corpo para dele arrancar os próprios pulmões, é um mero suicida, e não um Homem!
Quem teve o privilégio de conhecer Paquetá e outros paraísos, ou viveu outras civilizações, onde a Natureza é respeitada e preservada para o próprio homem dela usufruir, não pode, em toda a consciência, aceitar a vida na selva de cimento em que se transformaram as nossas cidades.
Deus, que criou paraísos para o homem viver, e deu inteligência ao homem (e não às pedras) para ele poder discernir, não quer, com toda a certeza, ver destruído o que construiu com tanto engenho e arte.
Deus, ao mostrar o paraíso a Adão e Eva disse-lhes: «Eis o Jardim do Éden, onde podeis viver felizes e tranquilos, se assim o desejardes!»
Dependia, pois, deles, viver eternamente sem «consumirem a própria existência em rudes e penosos trabalhos».
Adão e Eva conheceram o Paraíso e perderam-no, por não saberem preservá-lo. E Deus nada pôde fazer. A escolha foi deles.
Quem de nós não conseguir interpretar o simbolismo do «Jardim do Éden» não poderá nunca entender a magia da Natureza, os segredos da flora e da fauna e os mistérios que rodeiam a Humanidade.
É essa ignorância que eu lamento.
Isabel A. Ferreira