Ora Brasileiros, ora Portugueses acordistas não conseguem deixar a Língua Portuguesa em paz.
Os primeiros, porque a Língua Portuguesa é a pedra no sapato deles.
Os segundos, porque venderam a Língua Portuguesa ao Brasil, deslumbrados com os milhões, não tendo em conta que não falamos a mesma Língua: uma é A Língua, outra, é a sua Variante.
Chamaram-me a atenção para o artigo publicado, hoje, no Diário de Notícias, intitulado Língua Portuguesa e os desafios da Inteligência Artificial, da autoria de Ana Paula Laborinho, DireCtora (na grafia em vigor de jure) em Portugal, da Organização de Estados Ibero-americanos.
Esta não será mais uma estratégia para implantar a Variante Brasileira do Português, embrulhada na Inteligência Artificial que, sendo artificial, saberá destrinçar a Língua da sua Variante dependendo de quem estiver por detrás da máquina? E, como sabemos, os Brasileiros, por serem milhões, infiltraram-se em todos os lugares-chave, e é a Variante Brasileira do Português que domina a Internet disfarçada de Português assinalado com a bandeira brasileira, aliás, uma coisa muito feia.
Mediante isto, deixarei aqui alguns exemplos do Brutuguês que a Inteligência Artificial talvez possa vir a usar nos desafios que aí vêm.
Nota: não esquecer que a grafia que está em vigor de jure, em Portugal, é a grafia de 1945.
Isabel A. Ferreira
Enviaram-me um artigo que, na altura, passou-me despercebido, da autoria de Ana Paula Laborinho, sob o título «O Grito do Ipiranga», no Jornal Diário de Notícias, no qual reconhece que «o grande objetivo [em Língua Portuguesa: objeCtivo] do Acordo Ortográfico de 1990 não foi alcançado: criar uma base ortográfica comum a todos os países de língua oficial portuguesa que permitisse, por exemplo, maior circulação do livro e de todos os produtos escritos, mas também contribuísse para a criação de um espaço de conhecimento comum, facilitando a mobilidade de estudantes e professores.»
E disse que «Lindley Cintra (1925-1991), um dos maiores linguistas portugueses, que colaborou ativamente [em Língua Portuguesa: aCtivamente] na elaboração das bases desse acordo, publicou no semanário Expresso, em 28 de junho [em Língua Portuguesa Junho] de 1986, um artigo em que expõe as razões para que, segundo ele, "deve considerar-se indispensável e urgente que se chegue a um verdadeiro e eficaz acordo sobre tal matéria ainda que, para isso, haja que sacrificar preconceitos e hábitos há muito adquiridos [...]". O resto da história já a conhecemos».
O resto desta história é a História Trágico-Linguística Portuguesa que, devido à mesquinha e inaceitável e inacreditável subserviência dos governantes portugueses aos interesses brasileiros, e APENAS brasileiros, porque aqui não entram interesses portugueses, nem angolanos, nem moçambicanos, nem timorenses, nem cabo-verdianos, nem guineenses, nem são-tomenses, gerou-se um caos ortográfico em Portugal, e APENAS em Portugal, porque os restantes países lusógrafos estão-se nas tintas para este "acordo" que, todos os que não são imbecis, consideram IDIOTA.
E tanto assim é que, no Brasil, os alunos portugueses têm de escrever à brasileira, e também falar à brasileira, ou correm o risco de ninguém os entender. Tenho por vizinhos um casal brasileiro, com dois filhos em idade escolar, gente muito educada e simpática, que veio para Portugal procurar a PAZ, que não encontravam no violento Brasil, e as crianças já me disseram que tinham muita dificuldade em entender o que os professores diziam nas aulas. E isto só se resolve com uma atitude, por parte do Ministério que dizem ser (mas não é) da EDUCAÇÃO: as crianças brasileiras ou de qualquer outra nacionalidade devem aprender PORTUGUÊS, para poderem frequentar as aulas, em Portugal. Assim como nós, no Brasil, e MUITO BEM, temos de aprender a escrever e a falar Brasileiro, para podermos frequentar as aulas, no Brasil.
Lindley Sintra, que Deus o tenha no seu eterno descanso, até podia ser um dos maiores linguistas portugueses, porém, nada sabia da realidade brasileira, de outro modo não teria colaborado nas bases do AO90, e muito me surpreendeu, que personalidades, como ele e como Ana Paula Laborinho, entre outros, com currículos tão cheios de rococós, tivessem, ACRITICAMENTE, aderido a algo tão imbecil, como um acordo, que não diz coisa com coisa, tem milhentas incongruências e erros gravíssimos, e que ninguém, com juízo, adoPtou. Nem mesmo os Brasileiros, que pariram o AO90, mas NÃO para eles adoptarem.
E ainda há mais, as novelas ou filmes portugueses que, eventualmente, passam nas televisões brasileiras, são legendados, ou pior ainda, são DUBLADOS. E os editores brasileiros preferem que os livros de autores portugueses, que escrevem em Língua Portuguesa, para serem publicados no Brasil, sejam traduzidos para BRASILEIRO. Será que é porque falamos a mesma Língua?
Um dia, o acordo ortográfico de 1990 cairá de podre. O Brasil elevará o que lá se chama ilegitimamente "Português do Brasil" a Língua Brasileira, e os portugueses que aderiram a este jogo sujo, ficarão a chuchar no dedo, feito parvos, como idiotinhas que são.
O meu correCtor ortográfico marcou erro na palavra setembro, escrita com letra minúscula. Em Língua Portuguesa escreve-se Setembro, com maiúscula.
Podem ler o artigo de Ana Paula Laborinho, neste link:
https://www.dn.pt/opiniao/o-grito-do-ipiranga-15143530.html
Quem estiver interessado, pode ler o Currículo Vitae de Ana Paula Laborinho neste link:
https://www.euroamerica.org/ana-paula-laborinho-cv
Como é que uma pessoa com tantos pergaminhos, andou (e continua) por aí a divulgar a mixórdia ortográfica em que se transformou a Língua Portuguesa, na sua forma grafada, e pior, a lançar o CAOS ortográfico, nas escolas Portuguesas?
É por isso, que se diz que: nem tudo o que reluz é ouro.
Isabel A. Ferreira
***
Alguns comentários ao texto de Ana Paula Laborinho, publicado no grupo do Facebook: NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90
***
Comentário publicado no grupo PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90
. O Instituto Internacional...