Os governantes portugueses trazem os Portugueses desgostosos, tristes, desiludidos, por muitos, muitos, muitos e variados motivos, e mais um: o da vulgarização, por aí, de um “português” que já deixou de ser Português, para ser brasileiro, e na maioria das vezes, uma mixordice que envergonha Portugal, berço da Língua Portuguesa.
O que levou o meu amigo Pedro Soares, a fazer o comentário que abaixo reproduzo, e que diz do estado d’alma dos que estão a ver a sua Língua Materna a escoar-se pelo cano de esgoto…
Eu, que também nasci Portuguesa, morrei também Angolana, se esta miséria linguística continuar a aniquilar a harmonia ortográfica que caracterizava a Língua Portuguesa.
«Assim se escreve em bom BRASILÊS.» A revista Sábado era editada em Português correcto. A partir de Janeiro deste ano, decidiu "adotar" o COISO ORTOGRÁFICO. Eis o resultado no verso desta capa: BRASILÊS puro. Que falta de brio!» (Nuno Teixeira)
Origem da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2663366350402167&set=a.402416659830492&type=3&theater&ifg=1
Comentário de Pedro Soares: Há muito tempo que, em termos de Língua Portuguesa, me considero Angolano. Não só por ter vivido largos anos nessa Terra abençoada por Deus (não é só o Brasil), não só por os restos mortais de meu Pai repousarem em Luanda, não só por ter um filho nascido em Cabinda, não só por ter iniciado a minha carreira bancária no Banco de Angola, mas também porque Angola honra a Língua Portuguesa, a sua matriz, é a sua Língua oficial, sem estrangeirismos, sem brasileirês.
Por tudo isto, e também pela vergonha que sinto pelo AO90, um papaguear ridículo, vergonhoso, às portas de um dialecto, em que mercenários portugueses e brasileiros transformaram uma Língua com matriz greco-latina.
Mal sabia eu, há mais de 40 anos, quando disse que o meu coração ficava para sempre em Angola, viria a ter razão acrescida.
Nasci Português e morro Angolano, com vergonha dos biltres que atraiçoaram a minha Pátria.
***
Este sentimento de vergonha, é também o meu sentimento.
Isabel A. Ferreira
. «Nasci português e morro ...