Por exemplo, o que fizeram ou estão a fazer objectivamente as “conhecidíssimas personalidades” e os “parceiros oficiais” que constam da lista do ACORDO ZERO - iniciativa independente de incentivo à rejeição do AO90, criada em 10 de Julho de 2021, no Facebook?
Ver lista neste aqui
A Língua Portuguesa está moribunda, e a sua morte iminente deve-se não só aos governantes portugueses, que CEGAMENTE rastejam aos pés de quem a destruiu com um objectivo dos mais abjectos, como também à INACÇÃO daqueles que dizem ser contra este incompreensível, inacreditável e inútil acordo, mas NÃO passam das palavras às acções. E só com palavras não levaremos a água ao nosso moinho. E os que estão a fazer alguma coisa, precisam de fazer muito MAIS.
Por sua vez, a segunda Língua Oficial de Portugal, a Língua Mirandesa está em risco de desaparecer, e aguarda ratificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias, que enumera uma série de premissas com que os Estados-membros, entre eles Portugal, se comprometem para “a salvaguarda e defesa das várias línguas minoritárias”. Ora neste caso, Portugal, como em tudo o resto, anda a passo de caracol, e, por este andar, o Mirandês, que devia ser aprendido, tal como o Português, nas escolas portuguesas, está também em vias de extinção. Apenas os péssimos políticos NÃO estão em vias de extinção.
E com que Língua Portugal entrará no futuro? Com a Variante Brasileira do Português? Aquela que, devido a um ensino altamente ineficaz e defeituoso, se tem degradado a olhos vistos, estando a ser disseminada pela Internet como sendo “língua portuguesa”, mas com bandeira brasileira?
O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Para tal, é necessário que as figuras públicas, mais divulgadas nos média ou com acesso a eles, como escritores, músicos, cantores, professores ou ex-professores, actores, políticos, poetas, ensaístas, tradutores, jornalistas, cineastas, advogados, juristas, juízes-conselheiros, historiadores, linguistas, humoristas, filólogos, revisores, autores, investigadores, aprendizes d’escrita, editores, embaixadores, livreiros, agentes culturais, explicadores de português, enfim, todos os que constam da lista abaixo apresentada (e também todos os que não constam, mas são anti-AO90) da INICIATIVA ACORDO ZERO, se UNAM numa acção que aqui vou apresentar, para instar o presidente da República Portuguesa a cumprir o seu DEVER, ou seja, a ANULAR o AO90, e devolver a Portugal a grafia portuguesa.
O que PROPONHO é que se estiverem de acordo com o texto/apelo, dirigido a Marcelo Rebelo de Sousa, mais abaixo reproduzido, o subscrevam, enviando os vossos nomes e profissões (ainda que já na reforma), para o e-mail do Blogue isabelferreira@net.sapo.pt e quando tivermos um número considerado razoavelmente suficiente de subscritores encaminhá-lo-emos para o site da Presidência da República. Podem dar outras sugestões para o texto, ou para a acção, PORÉM, o fundamental é que FAÇAMOS alguma coisa, se quisermos SALVAR a Língua Portuguesa. Ela está a com os pés na cova, mas ainda vamos a tempo de a salvar. É só QUERER e AGIR.
Atentem nesta notícia, do Jornal Observador:
«Exame de Português para acesso a universidades nos EUA tem recorde de inscritos»
O exame de “português” do National Examinations in World Languages (NEWL), que atribui créditos para acesso ao ensino superior nos Estados Unidos da América, registou um recorde de alunos inscritos e é já o idioma líder nesse segmento, segundo fontes oficiais, ultrapassando o Russo, o Coreano e o Árabe.
Esqueceram-se, porém, de dizer o principal: essa linguagem, a que chamam “português” é a Variante Brasileira do Português. Nos EUA o que mais há é brasileiros a leccionar a Variante Brasileira da nossa Língua. Desses cursos os alunos sairão a falar Bráziu e não, Brâzil, e a escrever “onipresente”, “umidade” “exporte”, “trem”, “tornozeleira eletrónica” e NÃO, omnipresente, humidade, desporto, comboio, pulseira electrónica ( = bracelete OU dispositivo usado geralmente no tornozelo, que transmite sinais em radiofrequência e permite a vigilância de determinada pessoa em local previamente definido).
Não sei qual é a vossa opinião. A minha, é que estão a USURPAR a Língua de um País livre e soberano, ALTERANDO-A, tendo o desplante de continuar a chamá-la “portuguesa”, fazendo isto parte de um objectivo abjecto, já em curso.
E isto com a cumplicidade dos governantes portugueses, acolitados pelos que os SERVEM acriticamente, cegamente, servilmente.
Ver notícia aqui:
Vamos tentar SALVAR, a SÉRIO, a NOSSA Língua?
Isabel A. Ferreira
***
Apelo a enviar a Marcelo Rebelo de Sousa, da autoria de um jurista, para apreciação e subscrição.
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico -- a Língua Portuguesa -- da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna – aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a ser acordizadas, num manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas, também, ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que recuse deixar às gerações futuras, como legado para a posteridade, a renúncia da nossa Língua, da nossa Cultura, da nossa História, de quase nove séculos.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos,
(Nome dos subscritores)
Atentem nesta imagem:
Mostrei-a a duas crianças, uma de dez anos (4º ano) e uma de sete anos (1º ano), e disse-lhes: «Vejam esta imagem e digam-me se encontram nela alguma coisa que não está correcta».
Olharam atentamente e em segundos disseram quase ao mesmo tempo: «É a bandeira brasileira que está mal».
E está mal porquê? Perguntei.
Porque a bandeira que devia estar ali era a portuguesa, porque o Português é de Portugal. Quem respondeu foi a criança mais nova, demonstrando uma certa indignação (que não me surpreendeu) e a mais velha concordou, sem pestanejar.
Destas bandeiras apenas conheciam a espanhola e a brasileira. E obviamente a portuguesa que ali não está.
Depois teceram várias considerações acerca disto, não muito favoráveis a Portugal.
Entretanto, fui referenciando as outras línguas europeias, que ali estão representadas, com as bandeiras dos respectivos países, de onde são oriundas.
Então porquê o Inglês, cuja origem está em Inglaterra, não está representado pela bandeira inglesa? A pergunta foi inevitável.
Porque este é um site norte-americano, onde se fala e escreve o Inglês Americano, ligeiramente, e apenas ligeiramente, diferente da Língua Inglesa original, por isso, está, naturalmente, representado pela bandeira dos Estados Unidos da América, e não pela da Inglaterra.
Compreenderam.
Expliquei-lhes também quais daqueles países foram colonizadores e deixaram a sua Língua espalhada por esse mundo fora: Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Rússia.
As línguas destes países estão ali representadas pelas respectivas bandeiras, à excepção da Inglaterra (por motivos compreensíveis) e Portugal (por motivos incompreensíveis), se bem que sendo o site americano, o Português transpôs-se para brasileiro.
Na Língua Castelhana (mais correcto do que “espanhol”, de acordo com professores universitários) poderia lá estar a bandeira da Argentina, maior país sul-americano de expressão castelhana, também com as suas (poucas) diferenças do original. Mas não está, porque de facto, a Língua Castelhana (nome da comunidade linguística, Castela, que lhe deu origem nos tempos medievais) é língua europeia, oriunda de Espanha). É falada por mais de 500 milhões, mas a língua é de Espanha.
A Língua Francesa é a Língua oficial de 29 países, a segunda língua mais estudada no mundo, a seguir ao Inglês. Cerca de 500 mil a falam e escrevem, contudo, o seu a seu dono.
Aproveitei a ocasião para proporcionar às duas crianças uma aula de História, de Geografia e de Línguas, com base na História, na Geografia e nas Línguas, e não com base nas vontades dos políticos, que nada sabem de História, de Geografia e, principalmente, de Línguas.
Bem, o que quero dizer com isto?
Quero dizer que até as crianças conseguem ver o que os governantes portugueses não vêem, ou se recusam a ver, por alguma cegueira mental, ou por mera conveniência obscura.
Quero dizer que a bandeira que deveria ali estar a representar o Português, era a portuguesa, porque o Português é língua europeia, tal como o Alemão, o Tcheco, o Grego, o Castelhano, o Francês, o Italiano, o Neerlandês, o Polaco, o Esloveno, o Sueco, ali representadas pelas bandeiras dos respectivos países. Exceptuando a Língua Inglesa que, sendo aquele um site norte-americano, é natural que a Língua Inglesa (na sua versão americana), esteja ali representada pela bandeira americana, embora não devesse estar.
A bandeira brasileira, representando uma língua europeia, entre línguas europeias, não está, de todo, correcto.
Portugal deixou de ser um país, para se reduzir à condição de colónia?
Acham isto normal (parafraseando José Eduardo Moniz, no seu Deus e o Diabo)?
Eu não! Nem as crianças.
Isabel A. Ferreira
***
Links para o citado site:
https://www.gatestoneinstitute.org/about/contact/
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